quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Defesa promove workshop sobre proteção das mulheres em operações de paz

Publicado em Quinta, 27 Novembro 2014 12:25 | Última atualização em Quinta, 27 Novembro 2014 12:39
Brasília, 27/11/2014 – Acontece até esta sexta-feira (28), em Itaipava (RJ), o Workshop sobre Proteção de Mulheres em Operações de Manutenção da Paz, evento internacional coordenado pelo Ministério da Defesa e executado pelo Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB).
A cerimônia de abertura, na última terça-feira (25), foi presidida pelo general Álvaro Gonçalves Wanderley, subchefe de Operações de Paz do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) do Ministério da Defesa.
O evento tem o objetivo de discutir aspectos relevantes relativos aos instrumentos normativos, estruturas na região das missões e procedimentos dos peacekeepers voltados à proteção das mulheres em áreas em conflito que recebem as operações de manutenção de paz da ONU.
Além de militares brasileiros, participam do evento representantes da Argentina, do Uruguai e do Equador. Entre as organizações brasileiras presentes no evento estão o Instituto Pandiá Calógeras, ligado ao Ministério da Defesa, a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Igarapé.

Fotos: Subchefia de Operações de Paz
Assessoria de Comunicação, com informações do CCOPAB
Ministério da Defesa

Nota Oficial: Acidente com aeronave Hércules C-130 da FAB na Antártida

Publicado em Quinta, 27 Novembro 2014 14:34 | Última atualização em Quinta, 27 Novembro 2014 14:34
Uma aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) acidentou-se, nesta quinta-feira (27/11), durante o pouso na base chilena Eduardo Frei, na Antártida. A ocorrência foi por volta das 11h da manhã (horário local). Não houve feridos.
A aeronave realizava uma missão do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). A Força Aérea Brasileira vai investigar os fatores contribuintes para a ocorrência.
Brasília, 27 de novembro de 2014.
Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
Antifumo começa a vigorar na próxima semana em todo o Brasil
Fica proibido fumar em locais fechados, públicos ou privados. A norma extingue também fumódromos e propaganda comercial de cigarros
Agência Brasil redação@brasileconomico.com.br
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Brasília - Entra em vigor na próxima quarta-feira a Lei Antifumo que proíbe, entre outras coisas, fumar em locais fechados, públicos e privados, de todo o país. Para especialistas, a medida é um avanço no combate ao hábito de fumar. Pouco mais de 11% da população brasileira são fumantes. No Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado hoje, a informação vem reforçar as medidas de prevenção da doença.
Com a vigência da Lei 12.546, aprovada em 2011 mas regulamentada em 2014, fica proibido fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo. Se os estabelecimentos comerciais desrespeitarem a norma, podem ser multados e até perder a licença de funcionamento.
A norma também extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros até mesmo nos pontos de venda, onde era permitida publicidade emdisplays. Fica permitida a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os males provocados pelo fumo. Além disso, os fabricantes terão que aumentar os espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco, que deverão aparecer em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais.
Será permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, em áreas abertas de estádios de futebol, em vias públicas e em tabacarias, que devem ser voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções também estão cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar, caso isso faça parte do ritual.
Nas Américas, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), 16 países já estabeleceram ambientes livres de fumo em todos os locais públicos fechados e de trabalho: a Argentina, Barbados, o Canadá, Chile, a Colômbia, Costa Rica, o Equador, a Guatemala, Honduras, a Jamaica, o Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago, o Uruguai e a Venezuela.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão, o mais comum de todos os tumores malignos, estão relacionados ao tabagismo. A instituição estima que em 2012 foram diagnosticados mais de 27 mil novos casos da doença, considerada “altamente letal”.
Segundo o epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, o hábito de fumar está ligado não só a cânceres no aparelho respiratório, mas também a outros como de bexiga e intestino e pode causar outras doenças, como hipertensão e doenças reumáticas.
“A gente sempre associa o hábito de fumar ao câncer, mas não é só o câncer, são quase 50 doenças que ele pode causar, direta ou indiretamente". Scaff lembrou que os males podem atingir a pessoa que fuma e a que está ao lado, o fumante passivo.
O epidemiologista conta que enquanto no fim da década de 80, uma pesquisa apontou que cerca de 35% da população adulta eram fumantes, esse número hoje gira em torno de 11%. Para ele, essa redução também se deve à legislação, que impede que as pessoas fumem em qualquer lugar, e às limitações de propaganda. “A entrada em vigor da Lei Antifumo vai limitar o lugar onde a pessoa pode fumar, isso já não permite que ela fume a todo momento. Só para lembrar, um tempo atrás, você podia fumar em avião, no ambiente de trabalho, dentro do cinema, em qualquer lugar podia puxar o cigarro”.
O especialista alerta que as pessoas precisam entender que o hábito de fumar é um vício, uma doença que precisa de tratamento. Ele ressalta que a rede pública disponibiliza em todo o Brasil medicamentos e insumos necessários para quem quer parar de fumar.
Para reforçar a importância da Lei Antifumo, a Fundação do Câncer, em parceria com a Aliança de Controle do Tabagismo, lança na semana que vem campanha informativa nas redes sociais. A campanha visa a conscientizar a população sobre o tema e repassar informações sobre a lei.

Honda inaugura parque eólico de autogeração
Projeto em Xangri-Lá vai atender a 100% da demanda da fábrica de veículos em Sumaré e reduzir em 30% as emissões de CO2
Patricia Büll pbull@brasileconomico.com.br


Xangri-Lá, Rio Grande do Sul - A Honda Energy, subsidiária da Honda Automóveis do Brasil, inaugurou ontem em Xangri-Lá (RS), um parque eólico que irá suprir toda a demanda de energia elétrica da fábrica de automóveis da montadora em Sumaré (SP). Com investimentos de R$ 100 milhões, 75% deles destinados aos equipamentos, o projeto é o primeiro parque eólico da companhia japonesa no mundo e, no Brasil, é o primeiro no setor automotivo e também o primeiro de uma empresa para autogeração.
As gigantescas torres de aço dão um ar futurista à pacata cidade do litoral gaúcho, que não chega a 14 mil habitantes. Os nove aerogeradores são capazes de gerar 3 megawatts (MW) de energia cada, com capacidade total de 27MW, ou 95 mil MW/ano, suficiente para abastecer uma cidade de 35 mil habitantes, ou duas Xangri-Lá.
O projeto levou uma nova dinâmica econômica para a cidade, cuja economia gira em torno da construção civil, movimentando o comércio e incentivando o empreendedorismo para prestação de serviços. Apesar disso, o prefeito de Xangri-Lá, Cilon Rodrigues da Silveira, afirmou que esperava mais em relação ao uso da mão de obra local, mas reconheceu que a falta de especialização dificultou o processo. “Mas a parceria entre a Honda e a cidade é de uma importância tremenda, pois a empresa traz junto o desenvolvimento de outros setores. Além disso, a companhia se comprometeu em desenvolver projetos que aproximem a comunidade da empresa, ajudando no desenvolvimento social”, disse. Segundo o prefeito, o projeto vai gerar cerca de R$ 200 mil por ano em ICMS.
Com o pleno funcionamento do parque, a Honda deixará de emitir 2,2 mil toneladas de gás carbônico ( CO2) por ano, o que representa 30% do total gerado pela fábrica de automóveis de Sumaré. Esse, aliás, é o motivo principal apontado pelo presidente da Honda South America, Issao Mizoguchi, para a adoção do projeto.
Em 2011, a empresa estabeleceu a meta de reduzir em 30%, até 2020, as emissões de CO2 de seus produtos e em seus processos produtivos, em comparação com os níveis obtidos em 2000. Assim, o parque eólico é uma das várias iniciativas que a empresa vem adotando para que as metas sejam atingidas no Brasil. “O investimento aqui não é por questões financeiras, mas para atender ao nosso compromisso de sustentabilidade e redução de emissão de CO2 no meio ambiente”, disse o presidente da companhia.
Ainda assim, a autogeração vai gerar uma economia entre 40% e 45% em relação ao que a companhia paga pelo contrato de fornecimento com a CPFL em Sumaré, segundo o presidente da Honda Energy, Carlos Eigi Miyakuchi. Esse porcentual já leva em conta o que a companhia pagará para utilizar o Sistema Integrado Nacional (SIN), através de uma subestação da Eletrosul em Xangri-Lá.
Miyakuchi salientou que a geração de energia será essencialmente para abastecer a fábrica de Sumaré, que consome cerca de 70 mil MW/ano. Mas não descartou a possibilidade de venda da energia excedente, tampouco de projetos que abasteçam também as fábrica de motocicletas em Manaus e a nova unidade de veículos em Itirapina (SP). “Meu sonho é que as três fábricas fossem abastecidas com energia eólica, mas ainda não há nada de concreto”, disse .
O parque eólico de Xangri-Lá é o segundo no litoral do Rio Grande do Sul, e, na opinião do governador Tarso Genro (PT), demonstra a confiança que as empresas têm no estado e no país: “Só se faz um investimento desse porte quando se confia no governo.”
Genro destacou o protagonismo do estado na produção de energia eólica e que esses projetos levam investimento e emprego para regiões consideradas deprimidas.
Presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeolica), Elbia Melo salientou a importância de um grande consumidor de energia tornar-se gerador, o que deve abrir caminhos para que outras empresas sigam o exemplo. Ela lembrou que o Brasil é, hoje, o segundo país mais atraente para novos investimentos em fontes renováveis, atrás apenas da China. E o terceiro em investimentos em energia eólica. Sobre o Rio Grande do Sul, disse que o estado é o terceiro em capacidade instalada. “O país tem capacidade de investir em energia limpa de forma competitiva”, afirmou.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Amorim defende maior cooperação em Defesa entre Brasil, Índia e África do Sul

Publicado em Quinta, 20 Novembro 2014 09:38 | Última atualização em Quinta, 20 Novembro 2014 10:30
Rio de Janeiro, 20/11/2014 – “Nós temos que trabalhar rapidamente para desenvolver os projetos concretos apresentados aqui. É um exemplo muito importante de cooperação Sul-Sul para o mundo e trará benefícios para os nossos países.” As palavras do ministro da Defesa, Celso Amorim, foram proferidas durante o encerramento do 6° Encontro do Grupo de Trabalho Conjunto de Defesa do IBAS – bloco trilateral formado por Índia, Brasil e África do Sul.

Realizado na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro , o encontro terminou na manhã da última quarta-feira (19). O objetivo foi discutir propostas de cooperação militar conjunta em diversos setores, como ciência e tecnologia, além da defesa.
Entre as possibilidades de parceria entre os três países está a execução de competições esportivas, exercícios de operação de paz e de forças especiais, seminários e workshops.
O ministro da Defesa assinou a ata do encontro, juntamente com os representantes das delegações sul-africana e indiana. Também participaram da firma do documento o comandante da ESG, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e o chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa (MD), general Gerson Menandro Garcia de Freitas.
Off-set
Amorim defendeu a flexibilização das regras brasileiras de off-set – processo de contratação onde um dos requisitos é a compensação comercial –, a fim de beneficiar a Índia e a África do Sul. “Poderíamos facilitar isso entre nós. Temos que garantir a compensação e dar preferência às nações do IBAS nas compras na área de defesa. No entanto, sei que nossas leis são complexas”, afirmou.
Sobre o assunto, o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do MD, general Aderico Visconte Pardi Mattioli (foto abaixo), disse aos presentes que o tema consta na ata e será levado em consideração. “A flexibilização das normas é necessária para explorar potencialidades com outros países.”
Cooperação
Ainda em sua palestra de encerramento, o ministro elogiou o trabalho militar realizado na manobra marítima IBSAMAR. A atividade consiste em um exercício de adestramento entre as Marinhas da Índia, do Brasil e da África do Sul.
“Vamos continuar a desenvolver programas como esse. Ele é um exemplo”, disse. E completou: “A confiança recíproca entre nós vai possibilitar, cada vez mais, o desenvolvimento de projetos conjuntos”. O próximo IBSAMAR será em 2016, na Índia.
Amorim citou, ainda, dois exemplos de cooperação do Brasil com os países do bloco IBAS. Um deles é o desenvolvimento, junto com a África do Sul, do míssil Ar-Ar de quinta geração A-Darter.
Em relação à Índia, destacou a integração de radares da nação-amiga à aeronave brasileira Embraer EMB-145. “Houve a tentativa de venda desses aviões com a plataforma indiana. Isso pode se tornar um projeto conjunto mais para frente”, explicou.
Segundo o ministro da Defesa, é fundamental que ações dessa natureza sejam apresentadas ao exterior. “Podemos desenvolver muitas coisas em parceria com os demais países.”
Sobre o grupo IBAS
Em 2014, o grupo IBAS completa mais de uma década de existência. Ele foi formalmente instituído em 2003, em Brasília (DF). No evento, Amorim destacou sua participação na criação do fórum e disse estar “contente de ver, como padrinho do projeto, que ele tenha se desenvolvido tanto”.
“O Brasil tem muitas semelhanças com a África do Sul e a Índia, em termos econômicos, na maneira de exercer a democracia, como na obediência a tratados de não intervenção, nas relações internacionais e até mesmo nas nossas próprias carências e problemas sociais”, falou.
Por fim, o ministro manifestou o interesse de que sejam feitos eventos entre as nações do IBAS com o objetivo de mostrar a experiência brasileira de inserção do tema de defesa na sociedade civil. E sugeriu, ainda, a realização de nova reunião entre ministros.
Projetos 
As atividades do encontro do IBAS foram divididas em dois subgrupos: de defesa e de ciência e tecnologia. A apresentação dos resultados do primeiro subgrupo ficou a cargo do subchefe de Assuntos Internacionais do MD, general Décio Luís Schons (foto ao lado).
Ele citou a realização dos Jogos Militares do IBAS, na Índia em 2015 – com competições de futebol e vôlei; do Seminário de Segurança Marítima em 2016 no Brasil e em 2018 na Índia, com revezamento entre países de dois em dois anos; do Seminário de Cooperação em Saúde Militar, na África do Sul, em 2016; além do Workshop de Defesa Cibernética, em 2015 no Brasil.
Já o general Mattioli expôs as iniciativas do subgrupo de ciência e tecnologia. São elas: verificar proposta de criar um grupo virtual para identificar pontos em comum de interesse na área espacial e aeronáutica; utilização de sistema de inteligência com linguagem universal em catalogação; inserção de discussões sobre controle de armas nas próximas reuniões; e assinatura de acordo específico de ciência e tecnologia entre os três países.
Fotos: Felipe Barra
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa

EUA são tomados por protestos em decorrência do caso Ferguson
Atos contra a violência policial e o racismo ocorrem em várias cidades, como Nova York, Los Angeles e Washington, após juri inocentar policial branco que matou o jovem negro Michael Brown em agosto, em Ferguson, no estado do Missouri
Redação Brasil Econômico redacao@brasileconomico.com.br

Os Estados Unidos foram palco de uma explosão de protestos contra a violência policial e o racismo em várias de suas cidades após um júri composto de nove integrantes brancos e três negros terem inocentado um policial branco que matou o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, que estava desarmado, no dia 9 de agosto, em Ferguson, cidade no subúrbio do condado de St Louis, no estado do Missouri.
A onda de indignação contra a violência policial que atinge especialmente os negros começou na noite de segunda-feira, dia seguinte ao assassinato de outro menino negro que chocou o país: o de Tamir Rice, de 12 anos, que brincava com uma pistola de brinquedo e foi morto a tiros pela polícia, em Cleveland. No conflito de Ferguson, mais de 10 prédios foram queimados e 61 pessoas foram presas. Ontem foram registrados e estavam sendo planejados cerca de 130 protestos em várias cidades dos EUA e do Canadá, segundo a rede de televisão “CNN”. Procurando evitar mais saques e conflitos de rua violentos, o governador do Missouri, Jay Nixon, pediu ontem reforço da Guarda Nacional para Ferguson.
A morte do adolescente já havia provocado manifestações de rua há quase quatro meses, mas os protestos de segunda-feira foram os mais violentos até agora e se espalharam pelo país, incluindo Nova York, Los Angeles, Chicago e Oakland, Seattle e a capital Washington, entre outras cidades. Wilson poderia ser acusado desde homicídio culposo a assassinato em primeiro grau. A família de Brown disse, por meio de advogados, estar “profundamente decepcionada” pelas conclusões do júri.
Em Nova York, centenas de manifestantes reuniram-se na Times Square segurando cartazes pretos com mensagens escritas com letras brancas: “O racismo mata”, “Não ficaremos calados”, e “Se não houver justiça não haverá paz”. Multidões enfurecidas se reuniram ao redor do departamento de polícia em Ferguson, na noite de segunda-feira, após o júri ter dito que não havia causa provável para acusar o policial Darren Wilson, 28 anos, de qualquer crime envolvendo a morte de Michael Brown. Tiros foram disparados e prédios foram incendiados em Ferguson.
Janelas de lojas foram quebradas, e incêndios destruíram alguns edifícios, incluindo um salão de beleza e uma pizzaria na cidade. Voos foram restringidos e a polícia disparou gás lacrimogêneo à medida que os manifestantes tomaram as ruas da cidade de 21 mil habitantes, dois terços dos quais, negros. Apesar disso, a maior parte do Departamento de Polícia é composta de brancos e o Conselho Municipal tem apenas um representante negro.
A indignação geral veio à tona no país com um caso que salientou as antigas tensões raciais não apenas em Ferguson, mas também em todos os Estados Unidos. "Assassinos, vocês não são nada além de assassinos”, gritou uma mulher por um megafone em direção a oficiais de polícia que vestiam roupa de tropa de choque em Ferguson após o anúncio da decisão do júri. “Malditos assassinos."A polícia disparou latas de gás lacrimogêneo e granadas de luz em resposta aos manifestantes.
Os manifestantes saquearam lojas e queimaram carros apesar dos apelos do presidente dos EUA, Barack Obama, para que eles se contivessem. “Nós somos um país construído pela vigência da lei e então precisamos aceitar que esta decisão foi tomada por um júri”, disse Obama. “Sabemos que a situação em Ferguson trata de desafios mais amplos que ainda enfrentamos como nação. O fato é que em muitas partes deste país, existe uma profunda desconfiança entre a polícia e as comunidades de cor”, completou. Canais de televisão transmitiam o pronunciamento de Obama ao vivo da Casa Branca em uma parte da tela, enquanto na outra, mostravam as cenas violentas de Ferguson.
A família de Brown também pediu por calma. “Embora entendamos que muitos outros compartilhem nossa dor, pedimos que vocês canalizem sua frustração de maneira a promover uma mudança positiva”, disse a família, em um comunicado. Advogados de Wilson disseram que ele estava seguindo os passos de seu treinamento e cumprindo a lei quando atirou em Brown. Em uma entrevista à rede de TV “ABC”, ontem, Wilson disse que fez apenas o que estava treinado para fazer e que tem a consciência limpa.
O júri ouviu provas que incluíam testemunhas convocadas pela promotoria assim como um especialista particular contratado pela família de Brown para analisar a cena da morte. Ao menos nove jurados precisavam concordar para prosseguir com as acusações. Uma investigação federal está em andamento, e o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, ressaltou que o investigadores do Departamento de Justiça ainda não haviam chegado a nenhuma conclusão.
O policial Darren Wilson disse ao júri que Brown havia tentado agarrar a sua arma e por isso ele sentiu que sua vida corria perigo. Então, atirou. Wilson agradeceu o apoio que recebeu em uma mensagem atribuída a ele e postada ontem em uma página do Facebook. Mas os quase 70 testemunhos que depuseram para o júri deram versões diferentes sobre os últimos minutos de vida do adolescente: alguns disseram que as mãos do jovem estavam estendidas para o alto. Outros afirmaram que as mãos estavam ao lado do corpo, enquanto outras contavam que as mãos dele estavam na frente de seu corpo. Foram três minutos desde o momento em que Brown foi abordado pelo policial, até a sua morte. Brown estava acompanhado do amigo Dorian Johnson que disse que Brown teria levantado os braços quando foi abordado por Wilson.
“Isto (a reação violenta) vai acontecer de novo”, disse James Hall, 56 anos, morador de Ferguson, enquanto caminhava por uma prédio incendiado. “Se eles tivessem indiciado o policial por alguma coisa , isso não teria acontecido em Ferguson”, afirmou. O chefe da polícia de St Louis, Jon Belmer, disse que o conflito de segunda-feira à noite e manhã de terça foi “muito pior” do que os protestos que irromperam nas ruas da cidade em agosto.
O alto comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Zeid Ra'ad Al Hussein, disse ontem que as autoridades dos Estados Unidos devem reavaliar como as questões raciais afetam a aplicação da lei e a Justiça no país, visando lidar com uma "profunda" desconfiança presente em alguns setores da população.
Zeid disse que não poderia comentar se a absolvição do policial se enquadrava na legislação internacional de direitos humanos, pois não tinha conhecimento sobre todos os detalhes do caso. “Mas estou profundamente preocupado com o número desproporcional de jovens norte-americanos negros que morrem em embates com policiais, assim como o número desproporcional de afro-americanos no corredor da morte”, afirmou. Com Reuters
Divisão racial na análise do assassinato

A morte de Michael Brown é encarada de forma diferente por brancos e negros nos Estados Unidos, segundo pesquisas. Uma delas, feita pelo instituto Pew Research, em meados de agosto, logo após o assassinato do jovem, mostrava que 80% dos entrevistados negros acreditavam que o caso levanta a questão do racismo no país, enquanto só 18% deles acham que há exagerada atenção para o racismo. Já 47% dos entrevistados brancos diziam que a questão do racismo atraía atenção exagerada no caso, enquanto 37% acham achavam que a morte de Brown ressalta a necessidade de debater o racismo.
Também há divisão de opiniões entre simpatizantes dos democratas e dos republicanos: 68% dos democratas diziam que o caso levanta o debate do racismo, enquanto somente 22% dos republicanos afirmavam o mesmo.
A pesquisa revelou também que antes mesmo da decisão do júri de não indiciar o policial branco Darren Wilson, a maioria dos entrevistados negros (76%) já expressavam pouca confiança nas investigações do caso. Somente 18% diziam confiar no processo judicial. Mas 52% dos entrevistados brancos afirmavam ter confiança nas investigações, enquanto 33% diziam o oposto. 

Otan preocupada com militarização da Crimeia pela Rússia
YURI LASHOV/AFP
Russos ortodoxos abençoam caça a ser enviado à Crimeia
Olga Nedbaeva, da AFP
Eric Randolph, da AFP
Kiev - O comandante-em-chefe da Otan, o general americano Philip Breedlove, denunciou nesta quarta-feira em Kiev o envio de mísseis russos à Crimeia, a península ucraniana anexada em março pela Rússia, considerando que se trata de uma ameaça aos países vizinhos.
A visita do general Breedlove ocorre no momento em que as autoridades pró-ocidentais de Kiev tentam relançar o projeto de adesão à Otan, após a perda humilhante da Crimeia e a divisão da região mineradora de Donbass, no leste da Ucrânia, controlada em parte por rebeldes pró-russos que combatem o Exército ucraniano.
"Estamos muito preocupados com a militarização por parte de Moscou da península da Crimeia", declarou o general durante uma coletiva de imprensa em Kiev.
"Os equipamentos militares russos instalados na Crimeia como os mísseis de cruzeiro e os mísseis antiaéreos são capazes de ter a seu alcance todo o Mar Negro", afirmou Breedlove.
Nas últimas semanas, a Rússia tem reforçado sua presença militar na Crimeia. Desta forma, o Kremlin decidiu reabrir uma base de alerta antimíssil e de investir mais de 1,75 bilhões de euros até 2020 para o desenvolvimento de sua frota no Mar Vermelho.
E durante a visita do comandante da Otan, a Rússia anunciou o envio de 14 caças para a Crimeia, dez caças Su-27 e quatro Su-30 M2, segundo a agência de notícias russa TASS.
Adesão difícil
Depois de se reunir com o presidente ucraniano Petro Poroshenko e o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk, que fizeram da adesão de Kiev à Otan uma prioridade, o general Breedlove foi vago sobre esta perspectiva, dizendo que tais decisões devem ser tomadas por políticos.
Poroshenko prometeu na segunda-feira a realização de um referendo sobre esta questão, sem indicar quando os critérios necessários serão "preenchidos".
Mas até mesmo os aliados mais fieis a Kiev permanecem céticos sobre a perspectiva da adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.
A chefe do Departamento de Estado americano para Assuntos Europeus, Victoria Nuland, declarou nesta quarta-feira em uma entrevista ao site de notícias Meduza que seria "muito difícil" para a Ucrânia aderir à Otan.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, declarou ao jornal Spiegel que via uma "parceria entre a Ucrânia e a Otan, mas não uma adesão".
O general Breedlove acusou repetidamente a Rússia de enviar aos rebeldes pró-russos tropas e equipamentos, o que Moscou nega categoricamente.
Sua visita ocorre no momento em que as autoridades ucranianas se preparam para abandonar o status de não-alinhados desta ex-república soviética, com vista a uma futura adesão à Aliança Atlântica.
Essa perspectiva tensiona Moscou que quer manter a Ucrânia em sua órbita e nega qualquer envolvimento no conflito no leste que já custou mais de 4.300 vidas desde o lançamento da "operação anti-terrorista" ucraniana em meados de abril.
Por sua vez, Kiev evocou nesta quarta a entrada em seu território de dezenas de caminhões transportando homens e artilharia na fronteira com a Rússia.
O porta-voz militar ucraniano, Andrii Lysenko, falou de movimentos registrados na véspera de duas colunas de equipamento militar da Rússia na direção de Lugansk, via o posto fronteiriço de Izvariné, sob o controle dos separatistas pró-russas.
"Trata-se de cerca de 40 caminhões, acompanhados por dois veículos blindados e um carro. Sete veículos transportam pessoal e mais de 20 outros artilharia", disse ele.
Solicitadas por Kiev, as autoridades dos Estados Unidos se recusam a fornecer armas letais, mas preveem o posicionamento de cerca de 150 tanques e veículos blindados em vários países membros da Otan, incluindo alguns no leste europeu, muito preocupado com sua segurança.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Cerca de 40 focos foram constatados, mas 13 são considerados os maiores, acima de seis hectares (Foto: Dayanne Saldanha/G1)

Exército e Icmbio investigam desmatamento em área de RO
Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto tem 40 focos diagnosticados.
Icmbio deve investigar os casos e multa será a partir de R$ 5 mil.
Mais de 40 focos de desmatamento foram encontrados dentro da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, a cerca de 40 km de Guajará-Mirim, município a 330 quilômetros de Porto Velho durante um sobrevoo na manhã desta sexta-feira (21). Uma operação em conjunto entre o 6º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio) mapeia as áreas que serão investigadas. As multas de dano à área preservada são a partir de R$ 5 mil.
A operação em conjunto com o Exército, Polícia Federal, Icmbio, FUNAI, IBAMA e Polícia Militar faz parte da operação Curaretinga que acontece no Acre, Rondônia e Sul do Amazonas. “Chamamos de operação Interagências, em cooperação, de acordo com as demandas de cada um dos órgãos”, explica o comandante do 6º Bis, coronel Reginaldo Vieira de Abreu.
A reserva existe há 24 anos e foi a primeira a ser criada em Rondônia. Com área de mais de 204 mil hectares, o Icmbio, através de satélite, localizou alguns focos de possíveis áreas desmatadas. Fazendo um sobrevoo na região, várias áreas devastadas, queimadas e até de pasto com criação de animais de grande porte foram encontrados no local. “Recebemos um comunicado de Brasília, fizemos um levantamento destes pontos e localizamos o desmatamento”, afirma o chefe da resex, Luciano Cerqueira.
Cerca de 40 focos foram constatados, mas 13 são considerados os maiores, acima de seis hectares, segundo Luciano. “É admissível em reserva extrativista que a pessoa que more lá tenha pequenas criações, como caprinos e suínos e pequenas roças, mas acima disso não é permitido. Não pode desmatar para fazer pasto. O valor estipulado em lei para o crime é a partir de R$ 5 mil.
Segundo o Icmbio, serão investigados quem são os responsáveis pelas áreas e multas serão aplicadas, pois não há autorização para o desmate. Acima de 1 hectare, a multa é de um montante de R$ 5 mil e dependendo de outras infrações, os valores são somados.

Manaus tem pior IDH entre 16 regiões metropolitanas, mesmo com redução da desigualdade
Disparidade entre regiões metropolitanas no Brasil diminuiu entre 2000 e 2010, segundo estudo. Entretanto, Manaus ficou no final da lista. Renda, educação e longevidade compõem medidor de Índice de Desenvolvimento Humano
Manaus (AM), 25 de Novembro de 2014
ACRITICA.COM

Comparada com São Paulo, no topo da lista com 0,794 pontos, Manaus teve 0,720 de IDHM (Arquivo A Crítica)
Manaus tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre as 16 regiões metropolitanas (RM) no Brasil, divulgou nesta terça-feira (25) o estudo Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, resultado da parceria entre Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.
A região metropolitana de Manaus é composta, além da capital, por mais sete cidades: Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. O IDHM, composto por números sobre renda per capita, educação e expectativa de vida/longevidade, vai de 0 a 1, sendo 0 pior e 1 melhor.
Comparada com São Paulo, cidade no topo da lista com 0,794 pontos, Manaus tem 0,720 de IDHM. Mesmo sendo colocada no final da lista, o desempenho da região metropolitana de Manaus, acima dos 0,700 pontos de IDHM, faz parte de um avanço de todas as regiões metropolitanas no Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano, entre 2000 e 2010.
Em 2000, Manaus tinha índice de 0,585 pontos e já estava no final da lista. De lá para cá, até 2010, a diferença entre a região metropolitana de IDHM mais elevado (São Paulo) e a RM de IDHM mais baixo (Manaus) caiu de 22,1% para 10,3%, ou seja, a desigualdade diminuiu.
Conforme o estudo, as 16 RMs estão menos desiguais em 2010 do que estavam em 2000, já que atualmente todas alcançaram IDHM “alto”, acima dos 0,700, e avançaram em todos os 200 indicadores socioeconômicos levantados.

As 16 regiões metropolitanas no estudo são: Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luis, São Paulo e Vitória.
Mesmo com o avanço generalizado, o ritmo de crescimento entre elas não foi o mesmo. As Regiões Metropolitanas que possuíam os menores indicadores tiveram um ritmo de crescimento mais acelerado do que as que já estavam em patamares mais altos de IDHM, o que contribuiu para a redução do hiato entre elas.
Apesar da reconhecida melhora e da redução das disparidades, a desigualdade dentro dos municípios ainda é um fator marcante. Em casos extremos, na mesma RM há Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs) extremamente desiguais.
UDHs são áreas menores que bairros nos territórios mais populosos e heterogêneos, mas iguais a municípios inteiros quando estes têm população insuficiente para desagregações estatísticas. Confira abaixo a lista de IDHMs entre as 16 regiões metropolitanas.
1º São Paulo 0.794
2º DF e Entorno 0.792
3º Curitiba 0.783
4º Belo Horizonte 0.774
5º Grande Vitória 0.772
6º Rio de Janeiro 0.771
7º Goiânia 0.769
8º Vale do Rio Cuiabá 0.767
9º Porto Alegre 0.762
10º Grande São Luís 0.755
11º Salvador 0.743
12º Recife 0.734
13º Natal 0.733
14º Fortaleza 0.732
15º Belém 0.729
16º Manaus 0.720

Brasil vai instalar Missão Naval em São Tomé e Príncipe em fevereiro de 2015
Publicado em Segunda, 24 Novembro 2014 15:46 | Última atualização em Segunda, 24 Novembro 2014 15:46
Brasília, 24/11/2014 – A partir de fevereiro de 2015, o Brasil vai passar a contar com um Núcleo da Missão Naval em São Tomé e Príncipe, arquipélago na costa ocidental da África. Portaria assinada pelo comandante da Marinha, almirante Julio Soares De Moura Neto, estabelece as atribuições da representação militar, que estará subordinada ao Estado-Maior da Armada.

O Núcleo da Missão Naval tem como missão principal efetuar levantamento das reais necessidades da Guarda Costeira do país africano com vistas à elaboração de uma proposta de acordo de cooperação em Defesa entre Brasil e São Tomé e Príncipe.
Além disso, a representação da Marinha vai atuar no acompanhamento e apoio das atividades do Grupo de Apoio Técnico de Fuzileiros Navais em solo africano; administração de recursos humanos, materiais e patrimoniais; e o assessoramento ao embaixador em São Tomé e Príncipe.
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A previsão é que os integrantes do Núcleo da Missão Naval cheguem ao país africano em fevereiro de 2015. As obras de implantação da infraestrutura física devem estar concluídas até abril.
A expectativa da Marinha é que o Núcleo já esteja ativo no mês de maio.
Foto: Marinha do Brasil
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

‘Direito à alimentação saudável é uma questão de dignidade e não de caridade’, diz Papa Francisco

, diz Papa Francisco
 “A luta contra a fome a desnutrição vem sendo prejudicada pela priorização do mercado e a preeminência do lucro”, disse o papa durante conferência da ONU sobre alimentação e nutrição, em Roma.

Papa Francisco discursa na 2ª Conferência Internacional sobre Nutrição (ICN2) na sede da FAO, em Roma. Foto: FAO / Giulio Napolitano
“Quando falta solidariedade em um país, isto é sentido em todo o mundo”, disse o papa Francisco durante a 2ª Conferência Internacional em Nutrição (ICN2) da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Roma na quinta-feira (20).
O pontífice pediu aos delegados de 172 países presentes para tratarem a alimentação, a nutrição e o meio-ambiente como questões públicas globais de um momento onde as nações estão mais interligadas do que nunca.
Ele recomendou a todos a se certificarem de que suas promessas de garantir a segurança alimentar para todos os cidadãos sejam colocadas em prática, “pois o direito a uma alimentação saudável é questão de dignidade e não de caridade”.
“Apesar de haver comida suficiente para todos, questões alimentares são regularmente sujeitas a manipulações”, afirma o papa, citando a corrupção, a segurança nacional e a crise econômica. “Este é o primeiro desafio que precisamos vencer”, disse ele, pedindo que os direitos humanos sejam incorporados em todos os programas de ajuda e desenvolvimento.
“A luta contra a fome a desnutrição vem sendo prejudicada pela priorização do mercado e a preeminência do lucro, que reduziram a comida a algo que é comprado, vendido e sujeito à especulação”, disse o papa Francisco, ressaltando a necessidade de cuidar do meio-ambiente e proteger o planeta.
O papa acrescentou que “os homens podem esquecer, mas a natureza não esquece. Precisamos cuidar da mãe Natureza para que ela não nos responda com destruição”, sinalizando a próxima conferência climática da ONU em Lima (COP20) e Paris (COP21) como oportunidades para a ação.
Líderes globais aprovaram nesta semana a Declaração de Roma sobre Nutrição, listando princípios para resolver os grandes desafios atuais da nutrição e identificar prioridades para o reforço da cooperação internacional em matéria de nutrição.
Dentre os princípios estão: formas de combater a obesidade, um problema de saúde global crescente, combater as deficiências de micronutrientes que afetam 2 bilhões de pessoas em todo o mundo e assegurar o acesso de todas as pessoas a dietas saudáveis, necessárias para o desenvolvimento.
“Pela primeira vez na história, a humanidade pode dizer que a miséria não é destino e que a fome é completamente evitável”, disse o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.