Obama condena morte de embaixador americano e diz que "justiça será feita"
AFP - Líbios ajudam homem inconsciente, supostamente identificado como Chris Stevens, embaixador americano na Líbia, que morreu em ataque a consulado (Foto: AFP)
O presidente Barack Obama condenou nesta quarta-feira o ataque "ultrajante" que matou quatro americanos, incluindo o embaixador do país na Líbia, mas destacou que não vai romper os vínculos dos Estados Unidos com a nação africana.
Em um discurso no jardim da Casa Branca, Obama homenageou o embaixador Christopher Stevens e seus colegas, mortos em um ataque de manifestantes islamitas ao consulado americano em Benghazi, revoltados com as informações sobre um filme considerado ofensivo ao islã.
"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes este ataque ultrajante e chocante", afirmou Obama na Casa Branca.
"Não se enganem, nós vamos trabalhar com o governo líbio para levar à justiça os assassinos que atacaram nosso povo".
O filme que provocou a revolta dos islamitas foi realizado por um israelense-americano, que chama o islamismo de "câncer", e promovido pelo polêmico pastor da Flórida Terry Jones.
O presidente lembrou que desde sua independência, "a América é um país que respeita todas as crenças".
"Rejeitamos qualquer tentativa de denegrir a fé religiosa de outros. Mas não há absolutamente justificativa nenhuma para este gênero de violência sem sentido, nenhuma", destacou.
A secretária de Estado Hilary Clinton também condenou "nos termos mais enérgicos este ato de violência sem sentido".
"Expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e colegas daqueles que perdemos", disse.
"A amizade entre nossos países, nascida de uma luta comum, não será outra baixa deste ataque", afirmou a chefe da diplomacia americana.