Suposto integrante do ETA preso no Rio chegou ao Brasil em 1996
DE SÃO PAULO
DO RIO
DA EFE
DO RIO
DA EFE
O suposto integrante do grupo separatista basco ETA
que foi encontrado e preso no Rio vivia no Brasil desde 1996. A informação foi
confirmada nesta sexta-feira pela PF (Polícia Federal).
O homem, identificado como Joseba Gotzon Vizan
González, apelidado Potxolín, estava foragido da Justiça da Espanha desde 1991,
quando foi condenado por ter participado de um atentado à bomba que matou dois,
em 1988, ainda conforme a PF.
No Brasil, dizem os investigadores, ele usava
documentos falsos em nome de Aitor Julián Arechaga Echevarría e dava aulas de
espanhol em um curso de idiomas na zona sul da cidade, cujo nome não foi
divulgado. A PF informou ainda que ele morava na zona sul, com a mulher e um
filho, espanhóis, mas não divulgou desde quando sua família morava no Brasil.
Fontes do Ministério do Interior espanhol
informaram à agência de notícias Efe que a prisão foi feita por meio de uma
cooperação entre agentes brasileiros e espanhóis motivada por um mandado
expedido pela Audiência Nacional espanhola, tribunal encarregado de crimes de
terrorismo.
Segundo a PF brasileira, o acusado estava na lista
vermelha da Interpol (polícia internacional), que relaciona os procurados de
alta periculosidade.
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ETA
Em outubro de 2011, o ETA anunciou que estava se
retirando da luta armada. Mesmo debilitada, porém, a organização se recusa a se
dissolver e entregar as armas, como exigem os governos espanhol e francês. O
último atentado reivindicando pelo ETA ocorreu em agosto de 2009.
Em 40 anos de luta armada em nome da independência
do País Basco, o ETA assassinou 829 pessoas, de acordo com as estimativas
oficiais.