FAB realiza cerimônia de
desativação dos caças Mirage 2000
Uma solenidade militar realizada na Base Aérea de
Anápolis (BAAN) na última sexta-feira (20/12) marcou a despedida simbólica dos
caças Mirage 2000 da Força Aérea Brasileira (FAB). As aeronaves continuam em
operação até o final deste mês fazendo a proteção da capital federal e devem
ser substituídas a partir de janeiro pelos caças F-5EM. Na ocasião, também
ocorreu a passagem de comando do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) -
Esquadrão Jaguar.
Os Mirage, batizados na FAB de F-2000, atuam na
defesa aérea do país desde 2006 e já completaram mais de 10 mil horas de voo.
Para o Tenente-Coronel Eric Breviglieri, piloto da FAB com 1038 horas de voo no
caça, a aeronave atendeu todos os requisitos necessários enquanto esteve em
operação. “O Mirage é a máquina, é excelente e foi de grande valia para ajudar
neste salto que vamos dar a partir de agora com o Gripen. Os conceitos e o
emprego do Mirage vão auxiliar a assimilar mais fácil o novo caça”, revela o
Tenente-Coronel Breviglieri.
Os 12 Mirage foram adquiridos da França já usados
como uma solução temporária para a aviação de caça de alta performance no
Brasil. Pelo plano inicial os jatos iriam parar no final de 2011, mas com
ajustes seis aeronaves foram poupadas e permaneceram em voo. O Governo já
anunciou a aquisição dos substitutos do Mirage: o Gripen NG da empresa sueca
Saab.
Até que os novos caças cheguem, as missões de
defesa aérea, antes desempenhadas pelo Mirage, ficarão a cargo dos caças F-5EM.
Os três esquadrões com F-5, do Rio de Janeiro, Manaus e Canoas vão assumir o
alerta de defesa aérea a partir da BAAN com suas próprias aeronaves. “A partir
de primeiro de janeiro as aeronaves F-5 assumirão a defesa aérea, e tanto
Anápolis quanto o Planalto Central estarão protegidos”, afirma o Brigadeiro do
Ar Luiz Fernando de Aguiar, Comandante da Terceira Força Aérea (III FAE).
Com a aposentadoria do Mirage, o Esquadrão Jaguar
ficará sem aeronaves. Um grupo de seis pilotos permanece em Anápolis (GO) para
manter a administração da unidade, cumprir horas de voo no F-5 e participar de
treinamentos. No futuro os militares vão compor o primeiro grupo que irá
receber o novo caça Gripen NG. Parte do efetivo já foi transferida para outras
unidades, mas os que ficam aguardam com boas expectativas a chegada do novo
avião. “É uma aeronave que traz conceitos doutrinários novos, diferentes
daqueles que nós utilizamos, e vai colocar a Força Aérea, com certeza, em um
novo patamar operacional”, ressalta o novo comandante do 1º GDA, Major Aviador
Cláucio Oliveira Marques.