Energia
Izabella Teixeira critica exploração de gás de
xisto
Brasil Econômico - As informações são da
Agência Brasil
06/12/13 14:51
06/12/13 14:51
Para a ministra, é preciso evitar situações de
exposição ambiental, como a contaminação de lençóis
"Continuo trabalhado para que possamos ampliar
a matriz energética brasileira, do ponto de vista renovável"
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, criticou nesta sexta-feira a exploração de gás de xisto como
estratégia para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa.
"Eu acho isso [exploração de gás de xisto para essa finalidade]
insuficiente", disse a ministra. "De fato, não está dando grande
mudança e, por outro lado, trabalha-se com tecnologias que podem implicar danos
ambientais muito graves", acrescentou.
Izabella ressaltou que os países interessados
precisam conhecer as técnicas disponíveis e que não é tradição brasileira
adotar a tecnologia de fraturamento de rochas, necessária nesse tipo de
atividade. "Continuo trabalhado para que possamos ampliar a matriz
energética brasileira, do ponto de vista renovável", ressaltou a ministra.
Ela alertou que é preciso evitar situações em que o
Brasil seja exposto, em função de tecnologias não adequadas ambientalmente, à
contaminação de lençóis freáticos, mas 'não é isso que está na mesa". Até
agora, o Brasil se prepara para fazer apenas uma pesquisa exploratória, e não
uma exploração comercial dessa fonte de energia, disse.
Ontem, a ministra reuniu-se com representantes do
Instituto Brasileiro de Petróleo e de todas as empresas envolvidas na pesquisa.
Segundo ela, está sendo criado no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) um grupo de especialistas para colocar à
disposição caminhos de capacitação, qualificação e acesso à informação. O grupo
também será responsável pela preparação dos ritos de tramitação de
licenciamento ambiental que serão usados no caso de o Brasil, em algum momento,
optar pela exploração comercial do gás de xisto.