Com voo São Paulo-Manaus-Havana a partir de dezembro, Cuba
está de olho no PIM
Depois de firmar parceria com a Suframa na área de processamento
de carnes, o governo da ilha comunista visa agora o turismo
Manaus
(AM), 29 de
Setembro de 2015
Delegação de Cuba estará na 8ª Feira Internacional da Amazônia,
em novembro
Depois de firmada a parceria entre empresas de processamento de carnes de
porco, frango e peixe - que estão sob jurisdição da Suframa - com Cuba, a
autarquia cria outras oportunidades para fortalecer a relação econômica e
política estreitada em março. Cuba, que tem o interesse em fomentar
investimento estrangeiro e ampliar as cadeias produtivas estará aberta para a
consolidação dos seus interesses na 8ª Feira Internacional da Amazônia (Fiam),
que ocorrerá em novembro deste ano.
Atualmente,
três empresas do Acre se mostraram interessadas e estão mais à frente no
processo, no entanto, a Suframa pretende fechar outros acordos, envolvendo o
Amazonas. “É possível que após o diálogo estabelecido em novembro, possamos
estipular o número de investimento. Enquanto isso, estamos fazendo um
levantamento das indústrias que tem interesse em participar desse processo”,
destaca Luiz Frederico de Aguiar, assessor técnico da coordenação geral de
comércio exterior (Cogex) da Suframa.
Alternativas
Além
do setor primário, Cuba demonstrou interesse em desenvolver o turismo bilateral
e a Suframa na exportação de produtos de tecnologia. “Primeiro, o objetivo é
atender as demandas de Cuba, diminuindo a dependência deles em relação a
alimentos, e aumentando a nossa exportação”, destaca Frederico. Posteriormente,
o objetivo é exportar produtos de tecnologia. Atualmente são 11 milhões de
habitantes, e 3 milhões de celulares no país de política denominada socialismo
em desenvolvimento.
Há
um acordo pré-firmado que propõe a criação de um novo destino comercial São
Paulo-Manaus-Havana, prevista para operar em dezembro pela Gol Linhas Aéreas.
Essa rota proporcionará a expansão da venda de produtos da Zona Franca de
Manaus, diminuindo os custos logísticos.
“Será
uma ligação direta do PIM com Cuba, Caribe e Estados Unidos”, destaca a
coordenadora geral de Comércio Exterior da Suframa, Sandra Morais de Almeida.
No entanto, os acordos só terão validade depois que o congresso norte-americano
votar o fim do embargo econômico.
Arthur Neto
critica falta de investimento
O
embargo econômico e o alto investimento de US$ 682 milhões financiados pelo
governo federal, através do BNDES, no Porto de Mariel, localizado em Cuba, foi
criticado pelo prefeito Arthur Neto.
“Tenho
críticas totais, Manaus, o Amazonas e outros lugares, precisando de
investimento e não tem. O BNDES praticamente parece que busca investir em
coisas que não há tanta necessidade para o Brasil. É necessário que haja
consciência que é o lado economico que nos sustenta e não a política”, afirmou.
Com relação aos benefícios entre os acordos de Cuba, ele afirma que “existem
vantagens. É um país lindo, com grande potencial turístico, saúde e educação
como referência, mas um atraso tecnológico grande. É dentro dessa concepção que
os acordos entre Brasil e Cuba devem se estabelecer”, afirmou Arthur Neto.