Fome atinge 3,9 milhões no
Sudão do Sul; ONU pede acesso imediato em meio a conflito
Análise aponta que país atingiu nível máximo de
insegurança alimentar e põe em risco a vida de mais de 30 mil pessoas. Nível
piorou com a guerra civil.
Foto: UNICEF Sudão do Sul
Três agências da ONU – a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Programa Mundial de Alimentos
(PMA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – alertaram em
um comunicado conjunto que 3,9 milhões de sul-sudaneses vivem em “situação
severa” de insegurança alimentar.
A Classificação Integrada de Fases de Segurança
Alimentar (IPC) indicou que a situação de uma parcela da população no Sudão do
Sul atinge a escala cinco – o nível máximo, considerado “catastrófico” –, nunca
antes registrada no Sudão do Sul desde o início da guerra civil, em dezembro de
2013.
Segundo a análise das agências da ONU, pelo menos
30 mil pessoas estão vivendo em condições extremas de fome.
“As famílias têm sito extraordinárias tentando se
sustentar, mas esgotaram todos os mecanismos de superação. As agências podem
ajudar, mas somente se tivermos acesso irrestrito [à região]”, afirmou Jonathan
Veitch, representante do UNICEF no Sudão do Sul.
O UNICEF, o PMA e FAO, juntamente com outras
organizações não governamentais, alcançaram milhões de pessoas fornecendo
alimentos, ajuda nutricional e kits de sobrevivência.