Dnit e Ibama fecham acordo sobre a rodovia BR-319
O licenciamento está prejudicado
porque o Ibama e a Funai solicitaram do Dnit um levantamento sobre a existência
de comunidades indígenas no raio de 40 quilômetros entre os rios Madeira e
Purus
Manaus (AM), 21 de Outubro de 2015
ACRITICA.COM
O acordo foi
fechado com os representantes dos dois órgãos, da Funai, das federações
empresariais do Amazonas e Rondônia e do governo (Divulgação)
O
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vai oficializar
nesta quarta (21) um pedido de levantamento de embargo ao Ibama para dar
continuidade às obras de manutenção do chamado “trecho do meio” (entre os
quilômetros 250 e 655,7) da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO).
Como as obras
estão embargadas por supostas irregularidades ambientais, o diretor de
licenciamento do Ibama, Thomaz Miazaki, disse que esse documento do Dnit
contendo ainda a lista das obras de manutenção será o suficiente para que o
órgão ambiental acabe com o embargo.
O acordo foi
fechado nesta quarta durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do
Senado com os representantes dos dois órgãos, da Funai, das federações
empresariais do Amazonas e Rondônia e do governo deste último Estado.
“Nós
priorizamos o debate técnico sobre o embargo e a necessidade de desembargar a
obra. Acredito que foi uma das audiências públicas mais frutíferas das quais
participei”, comemorou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que propôs a
reunião junto com os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) e Valdir Raupp
(PMDB-RO). Segundo ela, a diligência na estrada que será feita pela
comissão na próxima segunda (26) servirá para acelerar o processo de
licenciamento a fim de que a rodovia seja pavimentada. Os senadores sairão de
ônibus de Porto Velho até Manaus.
O
licenciamento está prejudicado porque o Ibama e a Funai solicitaram do Dnit um
levantamento sobre a existência de comunidades indígenas no raio de 40
quilômetros entre os rios Madeira e Purus.
O
diretor-geral do Dnit, Valter Casimiro Silveira, disse que órgão está cumprindo
todas as exigências e negou irregularidades ambientais. “Em nenhum momento o
Dnit fez obras com objetivo de reconstrução da rodovia. Foi exclusivamente
itens de manutenção, serviços comuns que fazemos em todas as rodovias no país,
previstos em contratos”, disse.
Além dos
representantes dos dois órgãos, foram debatedores o diretor de Promoção ao
Desenvolvimento Sustentável da Funai, Artur Nobre Mendes; diretor da
Representação em Brasília da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam),
Saleh Hamded; representante da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia
(Fiero), Alan Gurgel do Amaral; a representante do Governo de Rondônia, Elizete
Lionel. Embora tenha confirmado presença, o Governo do Amazonas não enviou
representante.