Havaí envia por engano
alarme sobre ataque de mísseis e causa pânico
Reprodução/Twitter/TulsiGabbard
|
||
|
||
'Ameaça de mísseis balísticos atingindo o Havaí. Procure abrigo
imediatamente. Isto não é um teste', diz a mensagem enviada por engano pela
Agência de Gestão de Emergências do Estado
|
DE
SÃO PAULO
13/01/2018 17h32 -
Atualizado às 19h45
Os moradores do Havaí receberam na manhã deste
sábado (13) uma mensagem de alerta do serviço de emergência do arquipélago
avisando que a região estava sob um ataque de mísseis e pedindo que a população
procurasse abrigo. Só que a informação era falsa.
"Ameaça de mísseis balísticos atingindo o
Havaí. Procure abrigo imediatamente. Isto não é um teste", dizia a
mensagem, toda escrita em caixa alta e enviada pela Agência de Gestão de
Emergências do Estado.
O aviso levou o caos à região, com muitas pessoas
usando as redes sociais para questionarem se o ataque era verdadeiro.
Segundo a rede de TV CNN, se passaram 38 minutos
até a agência perceber o erro e emitir um novo comunicado informando que o
alarme era falso e que o Havaí não estava sob ataque.
O Comando militar americano no Pacífico também
disse que não havia detectado nenhum míssil voando em direção ao arquipélago ou
a outra parte do país.
O governador do Havaí, o democrata David Ige, pediu
desculpas e classificou o caso como "infeliz e lamentável". Ele
afirmou que vai pedir a agência que crie novas regras para que o problema não
volte a acontecer.
Vern Miyagi, que comanda a agência, disse que a
mensagem foi enviada devido a um erro humano durante uma troca de turno.
O pânico causado pelo aviso é decorrência da
história da região, que na Segunda Guerra foi alvo do ataque japonês contra
Pearl Harbour —a base militar fica próxima a capital havaiana, Honolulu. Na
ocasião, o sistema de alarme não funcionou.
Em novembro de 2017, o governo havaiano também
decidiu reativar o sistema de sirenes que alertam sobre um
possível ataque nuclear contra o arquipélago, que tinha sido suspenso após o
fim da Guerra Fria.
A medida foi tomada devido ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.