Sudaneses deixam terras
centro-africanas após uma década de exílio
A saída voluntária
de 1,4 mil pessoas repatriadas para a região sudanesa de Darfur marcou o fim de 10 anos de
asilo na República Centro-Africana.
A Agência das
Nações Unidas para Refugiados, ACNUR, garantiu neste fim de semana a
transferência dos cidadãos sudaneses que viviam no acampamento centro-africano
de Pladama Ouaka, em Bambari, para a área de Dafag.
A operação,
iniciada no dia 12 de dezembro, envolveu um total de 66 voos fretados. Em
território centro-africano continuam 194 refugiados sudaneses, que correspondem
a 70 famílias, que optaram por permanecer.
O conflito entre as
forças sudanesas e grupos armados provocou o êxodo da área de Darfur do Sul
para a República Centro-Africana. Uma década depois, os refugiados manifestaram
vontade de voltar para casa devido à melhoria da segurança e o avanço do
desarmamento dos grupos armados nas suas áreas de origem.
Apoio à
reintegração
Além de garantir o
transporte aéreo e terrestre dos retornados, o ACNUR ofereceu um pacote para
financiar a reintegração dos sudaneses.
Nas suas áreas de
origem, cada pessoa recebeu parcelas de terras, artigos não alimentares e
dinheiro para apoiar na construção.
O Programa Mundial
de Alimentação da ONU (PMA) participa na iniciativa com alimentos suficientes
para dois meses. As autoridades locais deverão fornecer terra para que os
repatriados pratiquem a agricultura.
No terreno, o ACNUR
ajuda a melhorar os serviços de saúde enquanto espera que o governo do Sudão
implemente as normas internacionais sobre o retorno dos refugiados, que incluem
as anistias.
O ACNUR continuará
acompanhando a situação de repatriados de Dafag para assegurar um processo de
reintegração seguro e inclusivo.