França diz que República
Centro-Africana está à beira do genocídio
País está em caos desde março, quando rebeldes
depuseram o presidente.
EUA estima que cerca de 400 mil pessoas foram deslocadas.
EUA estima que cerca de 400 mil pessoas foram deslocadas.
Da
Reuters
A França
afirmou nesta quinta-feira (21) que a República Centro-Africana estava "à
beira do genocídio" e que espera que a Organização das Nações Unidas (ONU)
conceda ao governo francês e à União Africana permissão para intervir.
A República Centro-Africana, um país sem litoral de
4,6 milhões de habitantes, descambou para violência e caos desde que os
rebeldes Seleka, muitos deles dos vizinhos Chade e Sudão, depuseram o
presidente François Bozizé em março.
O
Departamento de Estado norte-americano estima que cerca de 400 mil pessoas
foram deslocadas e 68 mil fugiram para países vizinhos desde que o líder
rebelde e presidente interino Michel Djotodia perdeu o controle de sua coalizão
dos senhores da guerra.
A
violência cada vez mais tem colocado lutadores principalmente muçulmanos do
Seleka contra milícias cristãs. Os cristãos representam metade da população e
os muçulmanos são 15 por cento, segundo o CIA World Factbook.
"O
país está à beira do genocídio", disse o chanceler francês, Laurent
Fabius, à emissora de televisão France 2. "A França, os vizinhos da
República Centro-Africana e a comunidade internacional estão preocupados. A ONU
dará permissão às forças africanas, à União Africana e à França para
intervir."
Enquanto
o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse na segunda-feira que deve estar
preparado para enviar tropas de paz da organização internacional ao país, o
secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deixou claro que os EUA são a
favor de uma força mantenedora de paz africana.