TECNOLOGIA – VANT realiza primeiro pouso automático com sistema
desenvolvido pela FAB
O protótipo do Veículo Aéreo Não Tripulado Acauã realizou pela primeira
vez no sábado (23/10) um pouso automático com o sistema desenvolvido pelo
Instituto de Aeronáutica e Espaço – IAE. O projeto tem o objetivo de
desenvolver a tecnologia de um Sistema de Decolagem e Pouso Automáticos (DPA)
para Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). A operação foi realizada na
Academia da Força Aérea (AFA) em Pirassununga (SP).
Essa foi a nona etapa do projeto, que consistiu na execução do
pouso automático totalmente controlado pelo computador de bordo, o que incluiu
as seguintes fases: rampa de aproximação de precisão; alinhamento e nivelamento
antes do toque na pista; corrida no solo e parada total da aeronave.
Foram executados ao todo cinco voos com o Protótipo 03 do VANT Acauã, sendo que
dois voos tiveram o pouso de forma automática.
Poucos países no mundo dominam as tecnologias de controle necessárias
para a decolagem e pouso automáticos de veículos aéreos não tripulados de maior
porte. Essa capacidade possibilita a diminuição de acidentes durante fases
críticas do voo, além de permitir que o VANT opere em condições meteorológicas
adversas, como no caso de nevoeiros.
As tecnologias pesquisadas pelo Projeto DPA-VANT poderão ser desenvolvidas por empresas nacionais e incorporadas em futuros VANTs de emprego operacional das Forças Armadas Brasileiras.
As tecnologias pesquisadas pelo Projeto DPA-VANT poderão ser desenvolvidas por empresas nacionais e incorporadas em futuros VANTs de emprego operacional das Forças Armadas Brasileiras.
Projeto DPA-VANT
Com quatro anos de trabalho, o Projeto DPA-VANT realizou nove campanhas
de ensaios, sendo cinco de ensaios em voo e quatro de ensaios no solo com
corridas na pista. A meta de decolagem automática foi atingida durante a sexta
campanha, em agosto de 2013.
A meta do pouso automático foi atingida durante a nona campanha, que
contou com cerca de 40 profissionais participantes. Entre eles, integrantes do
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e do Centro
Tecnológico do Exército (CTEx), além das empresas contratadas: BCC, responsável
pelo software embarcado; e Flight Technologies, responsável pelo piloto
automático.
A AFA teve papel essencial para o sucesso da operação. A instituição
disponibilizou um helicóptero H-50 Esquilo para exercer a função de aeronave de
acompanhamento (“paquera”) durante os voos de ensaio.
Fonte: IAE