Enviado das Nações Unidas condena onda de
violência em cidade no sul da Somália
25 de março de 2014 · Notícias - ONU
Soldado do Exército
Nacional somali toma guarda ao lado de moradores de Modmoday, uma vila a 40
quilômetros ao leste de Baidoa. Foto: UA-ONU/IST
A cidade de Baidoa,
no sul da Somália, foi palco de um violento assassinato nesta segunda-feira (24). Durante uma conferência para
formação de governo, oito anciões representantes de comunidades locais foram
emboscados e assassinados por insurgentes do grupo militante Al Shabaab.
“Eu condeno esses
assassinatos cruéis e expresso meus sinceros pêsames às famílias e comunidades
dos anciões”, disse Nicholas Kay, responsável pela missão de assistência da ONU
no país (UNSOM),
que também pediu por cooperação entre os grupos políticos locais. “Todas as
partes devem agir com cautela e evitar quaisquer provocações que possam ameaçar
a segurança e resultar em maior instabilidade.”
Somália: uma nação
dividida
Após décadas de
lutas entre facções, novas instituições do governo somali emergiram no ano
passado, quando o país concluiu, com o apoio da ONU, sua fase de transição para
um governo permanente e democraticamente eleito.
Em comunicado ao
encontro do Conselho de Paz e Segurança da União Africana em Adis Abeba, na
Etiópia, Kay requisitou uma ação urgente das autoridades somalis para o
processo de construção da paz. “É fundamental que todos os responsáveis se
dediquem aos problemas de Baidoa e apoiem um processo pacífico de formação de Estado
sob liderança do governo federal.”
O enviado também
parabenizou a proposta do governo em reunir os líderes políticos e tradicionais
de todas as partes interessadas para um diálogo urgente. “A UNSOM apoia os
esforços do governo e trabalhará atentamente com seus parceiros internacionais
a fim de acelerar a consolidação do Estado somali.”
Sobre a presente
situação do país, Kay notou que a Somália “está em um ponto crucial de uma
longa jornada”, enfatizando que “somente juntos poderemos ajudar o governo a entregar
à população aquilo de que mais precisa: segurança, justiça, educação, saúde,
trabalho e desenvolvimento econômico”.