28/04/2014 | 09:29 - Atualizado em: 28/04/2014 | 10:03
"Dilma não percebeu a
armadilha do consumo", diz Luiz Carlos Mendonça de Barros
O economista e
ex-presidente do BNDES afirma que não adianta continuar subindo a taxa de
juros, pois o problema da inflação atual é de outra natureza
Octávio Costaocosta@brasileconomico.com.br e Marcelo
Loureiromarcelo.loureiro@brasileconomico.com.br
Luiz Carlos Mendonça de Barros participou ativamente do governo Fernando
Henrique Cardoso nos anos 90, quando foi presidente do BNDES e ministro das
Comunicações. Hoje, é sócio da gestora Quest Investimentos e assumiu uma
postura independente no debate sobre a economia, fugindo do clima apocalíptico
da oposição. Em entrevista ao Brasil Econômico , afirma que “a política
monetária está no caminho certo”. A redução no ímpeto do consumo “já
aconteceu”, diz, e se a inflação ainda resiste, é porque há gargalo na oferta.
“Não estamos à beira de um colapso, mas, sim, no meio de uma armadilha clássica
de demanda crescendo acima da oferta”. No mercado financeiro dizem que Luiz
Carlos se tornou simpatizante do PT. O ex-ministro se diverte com essas
reações. E, apesar de aplaudir a ação do Banco Central, prevê que, num segundo
governo Dilma, a equipe econômica precisará “de um nome que tenha peso”.
Crescimento baixo, desequilíbrio
fiscal, inflação resistente às doses altas de juros. O sr. concorda que a
economia brasileira está vivendo um mau momento?
O momento da economia é difícil. Crescimento bem mais baixo, com
inflação alta... A diferença é que eu olho para essa situação como resultado de
duas coisas básicas. Primeiro, há uma componente conjuntural clássica. Todos os
países, desenvolvidos ou emergentes, passam por momentos de desequilíbrio entre
oferta e demanda que levam à inflação mais alta. Neste momento, a demanda
precisa de um freio, um choque para que a oferta seja corrigida, avance e a
economia volte a crescer. O controle da inflação está nesse equilíbrio. Esses
são os ciclos curtos da economia capitalista. O Brasil vive um desses ciclos,
mas com uma peculiaridade. Viemos de um período longo de crescimento bastante
sustentável. Se pegarmos a renda per capita média do brasileiro, tanto formal
quanto informal, calculada pelo IBGE desde o Plano Real até o fim do mandato do
Lula, cresceu 4,7% ao ano, na média. Mais do que dobrou no período — não se
encontra algo parecido na história do Brasil.
A nova classe média surge daí?
Isso. Aí vem a crítica de que essa nova classe média tem pés de barro e
renda baixa. Eu prefiro dividir a sociedade brasileira de outra forma. Vejo
dois grandes grupos: o que vive na formalidade econômica e o que está fora
dela. Classes A, B e C no primeiro grupo, D e E na informalidade. A diferença é
a segurança em termos de renda e cobertura social. O sujeito que vive na
formalidade tem um controle muito maior sobre o futuro. Ele pode se endividar,
comprar a prazo, porque consegue projetar a renda futura. Foi trazendo para a
formalidade que o Brasil conseguiu expandir a renda em 4,7%.
E criou pressão na oferta...
Exatamente. Até porque houve um desvio no governo Lula, ao passar o foco
para o estímulo ao consumo. Embora não tenha deixado de investir, como ele
parou as privatizações no serviço público, acabou reduzindo o investimento. Ficamos
com a infraestrutura sucateada. Mas a mudança mais importante foi a seguinte:
tínhamos um terço da população na formalidade, e teremos 75% nesse grupo até
2016, de acordo com o Itaú. Uma mudança extraordinária. Mesmo a crítica sobre o
baixo valor da renda da classe média não cabe. O “Financial Times” já falou
exatamente sobre a criação de uma classe média nova no mundo todo. Mas na Índia
e na China, essa nova faixa é qualificada com uma renda muito menor do que
aqui.
Mas essa mudança se deveu só à economia?
Tivemos uma sequência de governos democráticos que mudaram a sociedade.
Uma pesquisa recente revelou que 75% das pessoas querem mudanças. É o mesmo
pessoal que ascendeu. Falta entender que mudança eles querem. Todos os
indicadores, como o das cestas básicas compradas com um salário mínimo,
melhoraram. Não me choca nem surpreende que, ao fim do processo, tenhamos
entrado nessa armadilha econômica clássica.
O sr. se refere ao gargalo da
oferta?
É, a demanda andou na frente da oferta. O investimento não andou no
governo Lula, que privilegiou os gastos sociais. O investimento puro do governo
está em torno de 1% do PIB, o que criou o gargalo. A renda do sujeito aumenta,
a mudança é muito rápida e não há resposta a isso. A moça não ia ao
cabeleireiro e passou a ir. O erro foi quando Dilma Rousseff assumiu e não
atentou para a armadilha do consumo. Tentou apostar no mesmo modelo, forçou os
bancos públicos a dar mais crédito, tirou IPI de alguns produtos, não entendeu
o que acontecia. Aplicou uma terapia oposta ao que era necessário, em 2011, e
só modificou ano passado quando o BC passou a aumentar os juros. Em 2010, as
vendas do varejo estavam crescendo 10% ao ano. Hoje, avança perto de 3% com
perspectiva de zerar o crescimento. Minha diferença para o mercado é que vejo o
movimento como natural, enquanto outros acham que é o fim do mundo, comparam
com a Venezuela.
O mercado diz que o governo demorou a
corrigir o caminho. O “Financial Times”, recentemente, criticou a matriz da
expansão pelo consumo, que estaria esgotada.
O “Financial Times”... me poupe. Gosto muito do jornal inglês, da
revista “The Economist” também. Mas falando do Brasil? Eles não nos conhecem.
Falam como se a Inglaterra não tivesse passado por isso. A matriz econômica
baseada no consumo, câmbio desvalorizado, juro baixo, funcionou lá com o Lula.
Ela não tem nada de nova e apresentou o mesmo resultado que se previa depois de
tanto tempo. O crescimento recuou, a inflação subiu, a conta corrente piorou. O
BC tomou a atitude necessária do freio de arrumação através dos juros. Tanto é
verdade que, como disse, o consumo que crescia a 10%, hoje avança quase 3%.
Evidentemente, aqueles indicadores deteriorados vão melhorar. E essa é a
diferença entre o que penso e o entendimento do mercado. Não vejo nenhuma crise
de ruptura ou qualquer beira de abismo. Ainda. Vamos ver como o próximo
presidente reagirá a esse sentimento de mudança. O discurso da oposição ainda
não convenceu. Até agora, o sentimento de mudança de 75% das pessoas não está
refletido nos candidatos de oposição.
As pessoas, quando dizem que
querem mudança, estão querendo dizer que querem mais saúde e educação, por
exemplo?
Elas sentiram intuitivamente que a política que as fez crescer se
esgotou. A oposição está confundindo isso com mudança radical. Essa não é minha
leitura.
Mas querem uma troca de guarda?
Não, não. Para mim, elas estão dizendo que “não é a Dilma do primeiro
mandato o que a gente quer”. Dilma pode responder a isso. Além dessa
possibilidade, as pessoas vão ouvir o que a oposição tem a oferecer. Mas a
oposição deve tomar cuidado. Outro dia, ouvi o Armínio Fraga dizer que uma das
coisas a se fazer é reduzir a meta de inflação para 2,5%. Não me parece o
discurso adequado a ganhar corações e mentes dos eleitores. Me parece uma meta
absurda para um país que não consegue fazer 4,5%.
Qual discurso conquistaria corações e
mentes?
Eu gosto do discurso do Eduardo Campos. Algo como “para preservar os
ganhos do passado, é preciso mudar o jeito de governar”. É um discurso que
acomoda as duas situações. Defende o governo do Lula, o ganho de renda. Mas diz
também que a presidenta está pondo as coisas a perder. Me parece um raciocínio
razoável. O discurso errado, para mim, é o da ruptura total.
Há quem defenda uma nova carta ao
povo brasileiro, como a de 2002, dizendo quais serão as linhas mestras da
política econômica de um novo governo. Seria o caso?
A grande questão para a Dilma não é o que ela fará, mas com quem ela irá
governar. A turma dela, da Unicamp, está queimada com a matriz do consumo. Esse
pessoal vai ser enterrado junto com o desgaste do modelo.
Se reeleita, Dilma mudará a política
econômica?
Dilma já deu algumas indicações. Aparentemente, no segundo mandato dela
as privatizações vão voltar com toda a carga. Foi um sinal que deu. Os
contratos novos de privatização das estradas estão muito bem feitos. Digo até
que estão melhores do que os feitos pelos tucanos. Os governos do PSDB
aproveitavam a privatização para cobrar do vencedor antes de começar a obra.
Sempre fui contra esse modelo. Não me parece justo porque quem está pagando
esse montante é o usuário. A privatização de estradas é o fluxo de caixa. O
governo obriga a empresa a pagar R$ 1 bilhão na frente. O modelo da Dilma não
cobra nada. Essa é a primeira indicação que nós temos sobre um segundo mandato
dela. O que é correto, porque vamos precisar de investimento privado para
melhorar a infraestrutura.
Há outros sinais?
O segundo sinal que ela precisa dar é um voto de confiança na economia
de mercado. Uma das causas para a redução no volume de investimento no país é
que, vamos dizer assim, ela foi agressiva com o capital.
O que significa exatamente esse
“agressiva”?
Por exemplo, ao dizer que a opinião do governo sempre deveria prevalecer
e também as medidas autoritárias no setor de energia elétrica, antecipando
concessões que estavam em vigor... Outros membros da equipe também falavam no
mesmo tom: “Quem manda na economia é o Estado, e vocês são atores secundários”.
Essa visão é mais do que
keynesiana...
É verdade. Eu chamo de soviética. Mas, você sabe, a escola keynesiana é
a mais soviética de todas. Agora, Dilma vai ter que desdizer: “Olha, a economia
brasileira é privada”. E contar também quem vai trabalhar com ela
Isso está em linha com a ideia de uma
carta aberta com possíveis nomes para um segundo mandato?
Olha, a história nunca se repete a não ser como farsa. A carta aberta
foi um instrumento inteligente usado pelo Lula para vencer o pânico, que
naquela época era com o PT. O partido hoje é uma fera domada perto daquele lá.
Mas Dilma poderia reconhecer que fez uma análise errada da economia, tentou
superar os problemas e hoje tem uma visão diferente para tentar avançar.
É importante o governo dizer que dará
mais peso ao mercado?
O fator crucial dos próximos quatro anos é investimento, ao invés do
consumo. Dilma vai precisar do setor privado, cuja confiança está abalada. A
prova mais importante dessa falta de credibilidade foi o Pedro Passos, do Iedi
(Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), romper com o governo
em fevereiro. Logo o Iedi, criado sob a influência do pensamento da Unicamp e
bastante alinhado ao PT. Ali, ela perdeu o último elo de confiança do mercado.
Os juros estão caminhando para onde o
mercado quer, as rodadas de leilões e as privatizações foram retomadas. O que
mais seria necessário?
O nome da jogada é investimento. A primeira coisa é criar um clima de
confiança com o mercado. A segunda é ter uma equipe econômica que funcione como
uma âncora de investimento. Precisa, portanto, de um nome de peso. Não pode ser
o Nelson Barbosa, que é um grande desconhecido de todo o mundo.
E o Alexandre Tombini, do BC?
Acho que o Tombini vai muito bem onde está. Digo isso porque o grande
desafio dos próximos quatro anos é de natureza microeconômica, e não macro. O
investimento precisa de condições básicas. Primeiro, é a confiança no futuro.
Segundo, uma política econômica consistente e conhecida de todos, estável. Em
terceiro vem a demanda. Essa já existe, tanto que estamos com um problema de
oferta. O quarto ponto é a perspectiva de ganho, rentabilidade na operação. Aí,
temos um problema sério na indústria, de competitividade. Como a estrutura de
custos no Brasil é muito mais elevada do que no exterior, os setores que não
têm proteção estão minguando. É necessário dar fôlego a esse pessoal. Só
conheço um jeito: reduzir a carga tributária.
O sr. defende a redução para algum
setor específico?
Por setores, não. Reduzir carga tributária depende de o governo diminuir
despesas. Sabemos que há uma rigidez muito grande por esse lado. Por isso, é
necessário reduzir a carga dos tradables , esses produtos industriais que
podem elevar as exportações. Inclusive, já propus pegar o PIS/Cofins, o imposto
mais deletério para a indústria, e o reduzir até a eliminação. É como se desse
ao beneficiário uma desvalorização do real, sem afetar a inflação. Em troca,
adotaria uma contribuição em cima do pagamento de dividendos. Dessa forma, há o
incentivo para o empresário reaplicar uma parte maior do lucro na produção,
melhorando a oferta.
Mas o problema da indústria hoje não
é a expectativa, que está negativa?
É negativa por causa da estrutura de custos. O PIS/Cofins representa de
5% a 6% do custo da produção. Com a fórmula que propus, a indústria ganha
margem no mercado interno e externo, aumenta a rentabilidade do negócio e, por
consequência, o investimento. Para mim, é melhor uma ideia dessas do que mexer
no sistema de metas do BC.
A alta dos juros é suficiente para
evitar que a inflação passe do teto este ano?
A inflação brasileira tem, de novo, características inerciais fortes.
Dificulta trazer o índice para baixo. Mas a alta dos juros reduziu o consumo de
forma importante, fazendo a demanda recuar. O BC tirou lenha da fogueira
inflacionária, o que vai melhorar a conta corrente. Tem outro instrumento, que
está sendo usado agora, o câmbio. No ano passado, o governo fez uma barbeiragem
ao desvalorizar o câmbio quando as outras moedas emergentes não estavam se
desvalorizando. Ali, a inflação mudou de patamar. Mas a condição necessária
para controlá-la é reduzir a demanda. Necessária, mas não suficiente para trazer
a inflação para 4,5%. Precisa de outros instrumentos e de tempo. Os preços
defasados também precisam ser corrigidos. Represados, pressionam a inflação.
E se forem corrigidos agora?
Não vai acontecer, por causa da eleição. O presidente competente faz isso
no primeiro dia após a eleição, não antes.
O sr. acha que a inflação está sob
controle, como diz o governo?
A inflação está louca para sair do controle...
Há necessidade de um novo aumento nos
juros?
Por mim, teria parado, porque o sinal que precisava ter era a redução no
ímpeto do consumo. Isso já aconteceu. Só um demente acharia que o juro,
sozinho, levará a inflação ao centro da meta. O pior é que tem alguns dizendo
isso. Gostei do que disse a Fitch (agência de rating), que não espera aperto
por parte do governo em ano de eleição. É da natureza da política. Não estamos
à beira de um colapso, e sim no meio de uma armadilha clássica de demanda
crescendo acima da oferta. Mas, agora, a política monetária está no caminho
certo. É possível estabilizar a inflação entre 6,5% e 7%, o que não faz muita
diferença. O próximo governo, sim, terá de investir muito tempo para mudar esse
cenário.
Nessas condições, a presidenta se
reelege?
Não sei. Se perguntarem à nova classe média como se sente, ela
responderá que está bem de vida, que vai assistir à Copa numa TV nova. Mas se
perguntarem se está preocupada, vai dizer que sim, porque sente que a melhoria
começa a perder força. A melhor interpretação que vi sobre as manifestações é a
de que a população começa a perceber que tudo o que depende do setor privado
melhorou nesses anos, e tudo o que depende do setor público, como o transporte,
está uma porcaria. Essa talvez seja uma armadilha que o PT não percebeu.
E a oposição?
No PSDB, tem gente que não reconhece a melhoria dos últimos anos. Chega
a ser engraçado. Está difícil pensar assim sem ser considerado petista.
O sr. tem sido rotulado assim?
Já fui e estou pouco me lixando. Sempre digo que esse período de
crescimento deve ser entendido como uma combinação entre os governos FHC e
Lula. Todo mundo me pergunta quem foi mais importante. Minha resposta: inverta
a ordem dos governos e pense no que aconteceria. Ponha o Lula primeiro e acho
que não chegaríamos aqui. Para essa nova classe média, o Lula é mais importante
pelo crescimento recente da renda. Agora, isso tudo pode ser jogado no lixo se
não vier um governo em 2015 que trate das questões substantivas. O medo que
tenho é que o PSDB entenda esse desejo de mudança como radical e passe a propor
coisas que as pessoas não estão demandando.
O sr., obviamente, não é petista.
Ainda se identifica com o PSDB?
Do ponto de vista amplo sobre um partido, o PSDB é mais completo. Tenho
uma discórdia com o PT que é a dominação da sociedade. Essa linha do PT
clássico morreu quando o José Dirceu foi para a cadeia. O PT de hoje é muito
articulado em torno do Lula e do poder. O Leôncio Martins Rodrigues, que
conhece o partido, disse bem: quando o Lula deixar de ser o fator agregador, o
PT vai se dividir em dois ou três. O que será bom para a democracia.
A alternativa ainda é o PSDB?
O PSDB tem de mudar também. Não apareceu nenhuma liderança nova. Os
quadros são bastante concentrados em São Paulo. Eu acho que a política vai
mudar é com a classe média nova. Se fosse montar um partido hoje, ele seria de
centro-direita, porque essa classe emergente terá um discurso mais conservador.
O sr. fica espantado com os casos de
corrupção recentes?
Me espanto com a incompetência dos corruptos. A Polícia Federal esses
dias recolheu dezenas de pen drives com indícios...
O mercado está muito nervoso com a
eleição. O que explica essa volatilidade?
O mercado hoje tem uma consistência muito diferente daquela de dez anos
atrás. Olhávamos muito para a análise dos fundamentos. A molecada hoje, talvez
por efeito da internet, está mais interessada nas notícias pontuais da
imprensa. Dou um exemplo. O mercado embarcou na tese de que o enxugamento da
liquidez nos EUA provocaria uma fuga de capitais dos emergentes. Foi um erro de
diagnóstico medíocre. Apostaram que o dólar iria a R$ 3: nunca vi um erro de
diagnóstico tão homogêneo. Só o pessoal de mais idade não comprou isso. A
geração com 30, 35 anos, que junta ignorância com agressividade, reagiu errado.
Aí veio o investidor estrangeiro, que nas últimas semanas se aproveitou para
corrigir o preço dos ativos. É evidente que eleição é um evento importante na
precificação do mercado, mas não da maneira que estamos vendo.
A Petrobras é o papel que mais oscila
nesse cenário?
O que essa movimentação diz é: a Petrobras, com uma gestão correta,
eficiente, em três anos recupera o valor que já teve. Não me parece crível que
a Petrobras vá replicar no próximo governo os mesmos erros desses últimos anos.
Vai ter de tirar o monopólio da operação do pré-sal, rever a regra de conteúdo
nacional na política de compra que só fez quebrar empresas. São coisas simples.
Por isso, não acredito em catástrofe.