Sudão do Sul: Ataques em série e piora de
crise motivam ação conjunta
14 de abril de 2014 · Notícias - ONU
Ataques aéreos a comunidades vulneráveis são novo capítulo na crise
humanitária da mais “jovem” nação do mundo. Em declaração conjunta, ONU, EUA e
União Europeia pedem mais cooperação internacional.
A recente
descoberta de aviões não identificados sobrevoando o campo de refugiados de
Yida, no Sudão do Sul, e do bombardeamento aéreo em uma comunidade vizinha trouxe
receios quanto à segurança dos refugiados e trabalhadores humanitários. De
acordo com as Nações Unidas, esses incidentes podem indicar um aumento da
violência no país.
“Estamos
preocupados com a segurança de nosso pessoal em Yida após uma aeronave não
identificada ter circulado o acampamento diversas vezes no dia 9”, disse
Melissa Fleming, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). O flagra aconteceu
dois dias depois do bombardeio aéreo da comunidade de Neem, em uma fronteira
disputada próxima de Yida.
Preocupados com a
situação humanitária do país, cujos cidadãos têm sido afetados por confrontos
armados, deslocamentos e escassez alimentícia, a subsecretária-geral da ONU
para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, e representantes dos Estados Unidos e
da União Europeia, emitiram uma declaração conjunta no último sábado (12).
“Esta declaração é
um alerta para prevenir uma catástrofe pior no Sudão do Sul, que atualmente
vive à beira de uma crise de fome”, declarou Amos, enquanto Kristalina
Georgieva, representante da UE, completou: “São civis inocentes que estão
pagando o mais alto preço da crise. Precisamos fazer todo o possível para parar
este conflito que está destruindo a nação”.
Quase 5 milhões de
pessoas precisam de assistência humanitária imediata no país, incluindo mais de
800 mil pessoas que estão deslocadas internamente. Outros 280 mil sul-sudaneses
também estão buscando refúgio em países vizinhos. Um fundo da ONU já concedeu
financiamento para atender às necessidades humanitárias dos sul-sudaneses na
Etiópia, Quênia, Sudão e Uganda.