Com o
lastro da memória do apoio de Lula, as chances são claramente favoráveis a
Dilma”, diz Reis
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Nelio Rodrigues
"É importante para
Dilma que o povão sinta a presença de Lula"
Para o cientista
político Fábio Wanderley Reis, a correlação entre os benefícios sociais e a
política, criada a partir da eleição de 2006, é apontada como fundamental para
entender os movimentos da eleição deste ano
Eduardo Mirandaeduardo.miranda@brasileconomico.com.br e Paulo
Henrique de Noronhapaulo.noronha@brasileconomico.com.br
Quem quiser ganhar a eleição presidencial deste ano terá que conciliar,
na campanha, políticas macroeconômicas efetivas com a continuidade do
atendimento aos interesses da população mais pobre, sentencia o professor Fábio
Wanderley Reis, doutor em Ciência Política pela Universidade de Harvard e
docente emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em sua análise,
a correlação estabelecida pelo governo Lula, a partir de 2006, entre programas
sociais (como o Bolsa Família) e uma parcela considerável da população, será o
maior desafio dos candidatos da oposição. “É algo muito forte, a ponto de as
oposições não conseguirem encontrar um discurso alternativo”. Apesar de apontar
erros estratégicos do governo Dilma Rousseff, como a dificuldade da presidenta
para exercer liderança, Reis — estudioso de temas como a transição democrática,
o processo eleitoral e os partidos políticos — vê o cenário favorável à
petista, sobretudo com a entrada de Lula na campanha: “Com o lastro da memória
do apoio de Lula, as chances são claramente favoráveis a ela”. Sobre o
principal adversário de Dilma, Aécio Neves (PSDB), Reis acha que seu
crescimento nas pesquisas “ainda não é suficiente para impor uma derrota a
Dilma”.
Como o sr. avalia o cenário para as
eleições presidenciais?
Temos que ir, basicamente, para as pesquisas, que continuam a dar,
apesar de pequenas variações entre os institutos, uma mensagem de vitória de
Dilma Rousseff. Em alguns casos, como no Vox Populi, ela aparece ganhando no
primeiro turno. Mas, como tem sido ressaltado, as coisas vão começar a se
definir depois da Copa e com o programa eleitoral gratuito nas TVs, que
normalmente tem importância decisiva. As perspectivas do governo federal e de
Dilma como candidata são favoráveis também desse ponto de vista, já que ela
terá um tempo maior de televisão e, até aqui, o que teve de avanço na oposição
é algo bem relativo.
Como o sr. vê as perspectivas para o
candidato do PSDB, senador Aécio Neves?
Estava claro que o crescimento de Aécio iria acontecer, na medida em que
ele se tornou o candidato do PSDB e conseguiu resolver os problemas do partido
em consagrar sua candidatura num cenário em que tínhamos José Serra como
candidato virtual. E o PSDB é um partido com perspectiva de disputar com vigor
a eleição presidencial. A tendência é de crescimento do Aécio, embora até aqui
não haja indícios muito claros de que isso venha a ser suficiente para impor
propriamente a derrota a Dilma.
E a candidatura de Eduardo
Campos, do PSB?
A situação dele é mais negativa, pelo fato de que o lugar em que ele
supostamente teria apoio natural e forte, o Nordeste, é fiel a Lula há muito
tempo e tem sido fiel a Dilma, como vimos na última eleição. É uma briga contra
Lula para conseguir se viabilizar como candidato. Do ponto de vista das
pesquisas, tem ficado muito claro o que há de problemático nessa candidatura.
Apesar da aproximação com a Marina, Eduardo Campos está onde sempre esteve. Não
evoluiu.
Há quem diga que vice não elege
ninguém. Isso é verdade?
Alguma ajuda a Marina terá dado, pelo menos no sentido de aumentar a
visibilidade de Eduardo Campos como candidato. Mas acho que não há razão para
apostar que ela veio a ser decisiva, pelo simples fato de ter ficado restrita a
vice e de que ela mesma é uma candidata que tem seus problemas — o caráter
evangélico e as condições efetivas de uma liderança numa perspectiva mais
ampla, além da questão ambiental. A Marina tem, claramente, aspectos positivos,
uma certa respeitabilidade. Mas, por outro lado, apesar dos 20 milhões de votos
que ela recebeu nas últimas eleições, ela tem que dar provas disso. E, do jeito
que ficaram as coisas na aproximação com Eduardo Campos, nem tudo ficou muito
tranquilo, houve divergências importantes e, até aqui, não há nenhum impacto
muito representativo no que se refere a aumentar o peso da candidatura de
Eduardo Campos.
A presidenta Dilma continua como
favorita, mas há um movimento gradual de perda de pontos a cada nova pesquisa.
Essa queda tende a continuar?
No momento em que a gente tenha o programa eleitoral na televisão, com o
tempo muito maior que ela terá e com o lastro da memória do apoio de Lula, que
se tornará mais claro, acho que as chances ainda são claramente favoráveis a
ela — apesar de ela ser uma candidata difícil. Em princípio, ela é, antes de
mais nada, um poste do Lula, uma criação dele. Há implicações relevantes do
ponto de vista da liderança real que ela tem dificuldade de exercer, e esse fim
de mandato tem deixado isso muito claro. Apesar disso, do ponto de vista do
processo eleitoral, como candidata à reeleição, as chances são maiores para
ela. E aí nós temos um conjunto de programas relacionados com a sociologia
política e eleitoral do país, que são relevantes na discussão.
Programas como Bolsa Família, Minha
Casa, Minha Casa, Pronatec e Prouni são cacifes eleitorais da Dilma?
São, sem dúvida, importantes. Isso toca o que eu chamo de sociologia
eleitoral do país. É o fato de a questão social ter se tornado decisiva no
processo da política eleitoral a partir de 2006, quando passamos a ter uma
nítida correlação entre a disposição de votos dos eleitores e sua situação
socioeconômica, com as posições geográficas e regionais. Dilma é fortemente
apoiada no Nordeste, como o Lula era, em conexão com o próprio movimento
lulista. Obviamente, houve, de modo bem claro, a emergência do PT, que
conseguiu juntar uma mensagem de conteúdo ideológico, uma retórica radical, com
a figura do Lula, de forte apelo popular, de origens sindicais, e ligando-se a
movimentos sociais. O resultado foi a experiência inédita de ver um líder
operário chegar à Presidência da República, o que seria impensável em
circunstâncias mundiais um pouco antes.
Que condições proporcionaram essa
mudança?
A mudança do cenário internacional é um aspecto importante dessa
dinâmica. Nas condições e circunstâncias em que se criou o período lulista —
com uma certa moderação e um aprendizado realístico na aproximação com os meios
empresariais; moderação de perspectivas; e uma redefinição social-democratizante
independente do discurso, da forma de atuação; e de programas como Bolsa
Família e correlatos, que resultaram em avanços efetivos de determinadas
frações do eleitorado, a questão da chamada nova classe média — tudo isso
representou algo importante do ponto de vista da dinâmica eleitoral. Essa
correlação que a gente passou a ter a partir de 2006 é a evidência mais nítida
em termos de dados que continuam a se manifestar no apoio a Dilma, na medida em
que o país cresce nos níveis de renda, educação, e se desloca de São Paulo para
o Nordeste. É algo muito forte, a ponto de as oposições não conseguirem
encontrar um discurso alternativo.
A oposição não tem esse apelo?
Ainda que vejamos Aécio falar em medidas impopulares a serem adotadas, é
impossível repudiar o Bolsa Família. De alguma forma, o discurso é o de
incorporar. Todos os candidatos têm, de alguma forma, que entrar nisso. Nos
Estados Unidos, há a expressão política do “eu também”, para quando há uma
política eleitoral muito forte e o que resta à oposição é incorporar isso e
acrescentar algo que seja atraente. É dizer que “eu também” faço e farei isso.
O que chegou a ser formulado por Fernando Henrique Cardoso, a tese de que o
PSDB não tinha que se dirigir ao povão, tinha que falar com setores emergentes,
já envolve o reconhecimento de que, bem ou mal, há setores emergentes em
políticas que deram certo, ainda que com limitações e problemas. Não se ganha
eleição, sobretudo majoritária, sem entrar no povão, porque é aí que está a
maioria. O discurso e a política devem se dirigir a ele. Medidas como o Bolsa
Família ou as que permitem o acesso ao crédito e aumento do salário mínimo são
decisivas. O desafio administrativo que tem que ser enfrentado, pelo menos na
campanha dos candidatos, é o de conseguir executar políticas que sejam
economicamente efetivas e que evitem o “pibinho”, que consigam criar uma
dinâmica econômica mais forte, e que concilie isso a algo que dê continuidade
ao atendimento direto e imediato dos interesses da população mais pobre. É muito
problemático para a oposição conseguir ser efetiva no discurso que afina com a
continuidade do compromisso social.
Mas temos uma insatisfação crescente
no Sul e no Sudeste, que contrasta com a realidade do Nordeste que apoia
Dilma...
Desde a eleição do Lula, essa polarização vem se intensificando. Tenho
visto o crescimento da oposição a Dilma em São Paulo, em níveis socioeconômicos
mais altos. Essa é a própria expressão da correlação da qual falávamos. O que
pode decorrer dessa insatisfação e dessa polarização do ponto de vista
eleitoral? Os setores em que Dilma tem maior apoio são populares e
majoritários. Por isso, há uma certa precariedade na aposta de que, na medida
em que se intensifica a polarização, aumenta a chance de Dilma vir a ser
derrotada. Na medida em que a briga se intensifica, setores mais baixos do
eleitorado estarão propensos a trazer apoio, e não é só uma questão de ganhos
materiais. Trata-se de um eleitorado via de regra desinformado, desatento
politicamente, e isso envolve uma imagem tosca que contrapõe elite e povão,
mesmo antes da emergência do PT como fenômeno novo que se inseriu de maneira
eficaz nesse quadro. A vitória do MDB, em 1974, pode ser interpretada como uma
identificação do partido com a melhoria nos níveis de renda. Em Belo Horizonte,
a cada 10 votos, 9 eram para o MDB. O MDB conseguiu criar a imagem de partido
do povo, partido popular.
Essa relação entre o social e as
eleições teria começado com Getúlio Vargas?
Ele é parte dessa história. Muitos anos depois do desaparecimento do
Getúlio, os dados ainda o mostravam como uma figura muito popular, pela
consolidação das leis trabalhistas, pela imagem de “Pai dos pobres”. E um
ingrediente importante disso continua posto na política brasileira, embora
analistas discutam até que ponto o lulismo-petismo representaria algo de
natureza mais ideológica, no sentido nobre da expressão, versus essa
identificação meramente pessoal. Essa é uma questão importante para se entender
até que ponto, para a consolidação da estrutura partidária, a identificação
lulista e sua mescla com a identificação petista — sob aspectos negativos do
mensalão e a passagem pelo governo — pode se transformar numa identificação
estável com partidos, de maneira a estabelecer marcas partidárias. No caso do
Brasil, o PT é o grande vitorioso.
Mas ainda não surgiu o
“dilmismo”...
Não. Dilma é criação do Lula, e é importante para as perspectivas
eleitorais dela que o povão continue sentindo a presença do Lula.
As manifestações na Copa podem
influenciar as eleições?
A leitura do significado das manifestações tem sido muito equivocada,
com interpretações voluntaristas e pessoas vendo o que querem ver. Acho que
houve certa mistificação disso, algo que me parece que é pura e simplesmente o
resultado de novos meios de comunicação disponíveis, as redes sociais, o
telefone celular etc., que têm produzido situações parecidas mundo afora.
Inclusive, no momento em que aconteciam as manifestações daqui, ocorriam também
as da Turquia. Em boa medida, elas são meramente uma imitação e são confusas do
ponto de vista político. Não merecem a leitura de algo que significasse uma
afirmação democrática. Há um claro caráter antipartidário, antipolítico e
anti-institucional, sem falar da violência. Tivemos o Palácio do Itamaraty
quebrado, houve uma disposição de confronto associada ao antipoliticismo.
Dificilmente poderíamos falar de um componente liberal ou republicano nessas
manifestações. Fica difícil imaginar que minorias dentro do movimento
conseguirão se afirmar, também pelo fato de a tentativa rechaçada de se trazer
o tema dos partidos para o movimento, por gente que entendia que era um tema
relevante. E há um aspecto das reivindicações: já que o celular e o Facebook
estão disponíveis, vamos imitar. Não vejo densidade em nada disso.
Mas não havia uma insatisfação com os
serviços públicos?
Essa é a dimensão consistente da coisa, e foi o que deu partida a tudo.
É o caso do Movimento do Passe Livre, que depois resistiu a se identificar com
as outras manifestações que vieram na cauda. O que não quer dizer associar a
ocorrência das manifestações à emergência das questões sociais que falamos
antes. Quem está se mobilizando através das redes sociais é gente que se torna
mais presente nos níveis socioeconômicos mais altos, e não tenho dúvidas de que
esse fator da disponibilidade dos meios de comunicação foi decisivo na
ocorrência da coisa, associada à confusão da banalidade que leva às
manifestações. É muito claro que o que houve de mais quente nas manifestações
mixou, quase desapareceu. Hoje, há gatos pingados, Black Blocs, gente que está
quebrando vitrines contra o capitalismo e, ao lado disso, uma movimentação de
categorias profissionais e suas reivindicações que criam embaraços no contexto
da Copa. O fato é que a Copa está acontecendo sem dar atenção a isso.
Como consequência das reivindicações
nos protestos, a presidenta Dilma tentou implantar por decreto a Política
Nacional de Participação Social, mas o Congresso e a oposição têm reagido,
argumentando que o PT tem domínio sobre os movimentos sociais.
A palavra domínio é um pouco exagerada. O PT tem melhores condições que
outros partidos para estar presente em conselhos sociais, essa é a história do
partido. É presumível que o PT venha a ter capacidade maior de influência em
movimentos análogos, mas não vejo nada muito além disso. Por outro lado, faz
sentido que uma questão como essa não seja iniciativa do Executivo, que o
Legislativo se manifeste a respeito. Era mais adequado que tivéssemos um
projeto de lei, e não um decreto.
Mas o Congresso não deu sinais
favoráveis às demandas das manifestações, nem à proposta da reforma política...
Isso é complicado, e não é de hoje. É precário supor que as pessoas
beneficiárias do processo político viessem a transformar significativa e
substancialmente esse processo, mudar as regras. É preciso mudar, mas temos que
contar realisticamente com os embates envolvidos. Não será num estalar de dedos
que se colocará uma reforma política consistente nesse país. Há algo indicativo
do clima geral: a comissão criada no Congresso por Ronaldo Caiado (Comissão
Especial da Reforma Política, em 2011) trouxe temas importantes e poderia estar
tomando decisões sem que ninguém prestasse atenção, porque a grande imprensa
divulgava as façanhas do Renan Calheiros diariamente. O clima é esse, e isso
não ajuda. Os políticos votavam numa direção a tudo o que é contrário ao que
acontecia de positivo no Congresso, mas os jornais contavam as falcatruas de
Renan Calheiros. É o que vende jornal.
O sr. acha que o Congresso não nos
representa, como muito se falou nas manifestações?
Isso é besteira. É, novamente, a manifestação do antipoliticismo. Os
políticos que estão aí podem, evidentemente, ser objeto de uma denúncia, de que
são corruptos, de que não nos representam. Mas não é possível prescindir deles.
Não vai ser brigando e saindo no tapa no meio da rua que vamos resolver nossos
problemas. Precisamos das instituições. Não adianta vir com a retórica que
sonha com a democracia direta num país que tem 200 milhões de habitantes.
Precisamos, sim, aprimorar a transição constitucionalista, em que a gente bem
ou mal se insere, e contempla direitos civis nos quais a baderna na rua
supostamente aparece como ponto negativo. Sair por aí jogando coquetel molotov
nas pessoas, quebrando lojas, bens públicos, tudo isso é uma maneira tosca e
inaceitável de definir a atuação política, não adianta começar por uma postura
anti-institucional.
Em 2003, quando o presidente Lula
assumiu, a CUT e o MST eram parceiros fortes. Hoje, o PT não controla mais o
MST e a CUT perdeu força...
Quanto ao MST, as razões e irrelevância dele são bem claras. Não somos
mais um país agrário há muito tempo. O tema da reforma agrária não é mais tão
relevante. O MST, que já contou com a simpatia da opinião pública, perdeu esse
apoio, na medida em que assumiu posições violentas, e tende a se tornar
irrelevante. Ninguém imagina que o MST vai tomar de assalto o Estado. Quanto
aos movimentos sindicais, esse deram para trás no mundo inteiro, não foi apenas
no Brasil.
Por quê?
Há bastante tempo que nos países social-democratas e nos Estados Unidos
eles têm sido enfraquecidos por más razões. A leitura geral da dinâmica do
capitalismo leva na direção do neoliberalismo, no sentido das crises
econômicas, como a de 2008, um cenário antissindicato, anticorporativa,
antiestatal. O que acontece é a política da economia da oferta versus a
economia da demanda. Foi preciso criar condições para que os empresários
pudessem jogar seu jogo livremente. E o fato é que não dá para pensar em fazer social-democracia
sem ter um Estado atuante e com movimentos sociais que deem organicidade.
O debate eleitoral corre o risco de
ser moralizado por uma pauta com temas como aborto e drogas?
Uso disso, acredito que haverá. Seguramente, Aécio andou por aí fumando
sua maconhazinha, experimentando ou usando com alguma assiduidade. Mas há
razões respeitáveis para ser a favor do uso da maconha de forma mais ampla.
Temos a figura do ex-presidente Fernando Henrique se movendo em torno da
descriminalização das drogas, temos o caso do Uruguai. Ao que tudo indica, isso
tende a se tornar um tema irrelevante, embora complicado de se administrar em
termos de saúde pública e repressão. No nosso caso específico, teremos alguma
tentativa de uso disso, mas acho que dificilmente teríamos algo como em 2010,
quando se falou de maneira baixa sobre aborto.
E o mensalão?
Vai ficar para trás. Ficou até para o Joaquim Barbosa (presidente do
Supremo Tribunal Federal), que não quer saber mais disso. Existe a
possibilidade de se ver o mensalão como algo positivo, na perspectiva de
mostrar um braço mais comprido da atuação da Justiça brasileira, contra aquela
tese de que ela só pune os três “pês” — preto, pobre e puta. Mas o que estamos
vendo começa a ficar negativo até nessa perspectiva. O Joaquim Barbosa se
desgastou no desdobramento das coisas e nos excessos que cometeu.
O desinteresse do cidadão no processo
eleitoral, como as pesquisas mostram, tem relação com as manifestações?
Acho que as manifestações têm ajudado, sim, nessa direção. Há muita
gente que se relaciona de maneira distante com a política, que não presta
atenção. À medida que se começa a ter dias de manifestações supostamente
antitudo na televisão, é natural que as pessoas sejam afetadas.
O número de eleitores que querem votar
branco ou nulo é alto? Os indecisos podem beneficiar algum candidato?
Sobre os anos anteriores, sim, é alto. Mas é bom esperar a campanha
eleitoral e o programa de TV. E não vejo qualquer indicação de que esse pessoal
vá majoritariamente para o lado de Dilma, Aécio ou Campos.