Cuba oferece aos EUA Porto de Mariel, erguido e financiado pelo
Brasil
Leandro Mazzini
Thomas e Castro, em reunião em
Havana, na sexta - milhares de empresas americanas querem operar no porto, e a
Câmara de Comércio Americana pode dominar o local
Camaradagem é isso aí.
O Porto de Mariel, A nova 'Jóia do Caribe' - como classificam os cubanos capitalistas - construído com financiamento do governo brasileiro, que também doou R$ 240 milhões (!) para a obra, foi oferecido pelopresidente Raúl Castro para operação dos americanos, conforme reportagem do Clarin.
Os dois países dão como certo o fim do embargo dos Estados Unidos nos próximos anos. Na última sexta, o diretor da Câmara de Comércio Americana, Thomas Donohue, visitou Mariel com séquito de grandes empresários norte-americanos, e ouviu a proposta de parceria do presidente Raúl Castro.
Camaradagem é isso aí.
O Porto de Mariel, A nova 'Jóia do Caribe' - como classificam os cubanos capitalistas - construído com financiamento do governo brasileiro, que também doou R$ 240 milhões (!) para a obra, foi oferecido pelopresidente Raúl Castro para operação dos americanos, conforme reportagem do Clarin.
Os dois países dão como certo o fim do embargo dos Estados Unidos nos próximos anos. Na última sexta, o diretor da Câmara de Comércio Americana, Thomas Donohue, visitou Mariel com séquito de grandes empresários norte-americanos, e ouviu a proposta de parceria do presidente Raúl Castro.
Parte do
Puerto del Mariel. Foto: cubadebate.cu
A proposta de parceria surge em meio à polêmica no Congresso sobre o investimento do governo brasileiro, com financiamento do BNDES, para a construção do porto pela Odebrecht. Mais ainda porque o Ministério do Desenvolvimento Econômico repassou R$ 240 milhões a fundo perdido para obras, na gestão de Fernando Pimentel. O contrato é sigiloso por 30 anos (*)
Mariel, construído pela Odebrecht, tem capacidade para operar 9 mil containers/dia e para receber os meganavios pos-Panamax. É muito superior aos portos brasileiros.
OLHOS DE ÁGUIA
A Câmara Americana é entidade privada que reúne mais de 1 milhão de empresas dos EUA, insaciáveis exportadores e importadoras de olho no porto. Uma das empresas patrocinadoras da empreitada de semana passada foi a americana Cargill, que tem unidade em Cuba.
(*)
A proposta de parceria surge em meio à polêmica no Congresso sobre o investimento do governo brasileiro, com financiamento do BNDES, para a construção do porto pela Odebrecht. Mais ainda porque o Ministério do Desenvolvimento Econômico repassou R$ 240 milhões a fundo perdido para obras, na gestão de Fernando Pimentel. O contrato é sigiloso por 30 anos (*)
Mariel, construído pela Odebrecht, tem capacidade para operar 9 mil containers/dia e para receber os meganavios pos-Panamax. É muito superior aos portos brasileiros.
OLHOS DE ÁGUIA
A Câmara Americana é entidade privada que reúne mais de 1 milhão de empresas dos EUA, insaciáveis exportadores e importadoras de olho no porto. Uma das empresas patrocinadoras da empreitada de semana passada foi a americana Cargill, que tem unidade em Cuba.
(*)
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
(MDIC) confirmou ao Congresso em Foco que o
Tesouro repassou recursos a fundo perdido, uma espécie de subsídio, sem
necessidade de ser pago, para o governo deCuba modernizar o porto de
Mariel. Alegando sigilo, o ministério não revela o total gasto pelo Tesouro na
operação. Entretanto, valores d o programa que usa recursos públicos para
incentivar exportações brasileiras - que existe desde o governo Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) - mostram que Cuba recebeu US$ 107 milhões (o
equivalente a R$ 239 milhões) no período da reforma do terminal. Antes do
empreendimento, Cuba quase nada recebia do programa de incentivo.
O empreendimento teve um financiamento de US$ 692
milhões (R$ 1,5 bilhão) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). Ao todo, o porto custou US$ 957 milhões. Um documento inédito,
assinado pelo ex-ministro Fernando Pimentel e revelado pelo Congresso
em Foco esta semana, mostra que, quando o Brasil fez acordo com
Cuba, em 2008, o combinado era emprestar US$ 600 milhões,
que seriam "utilizados durante quatro anos".
O MDIC diz que não pode explicar o aumento do valor
do financiamento, alegando sigilo, decretado por Pimentel por período de 15 a
30 anos. Pela mesma razão, se nega a explicar se os quatro anos se referem ao
prazo de pagamento por Cuba ou ao período em que o BNDES fará os desembolsos