quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

VITÓRIA BRASILEIRA

Amorim diz que venda de aviões Super Tucano aos EUA é vitória da indústria nacional

Brasília, 27/02/2013 –
O secretário de Defesa interino dos Estados Unidos, Ashton Carter, ligou há pouco para o ministro da Defesa, Celso Amorim, para comunicar que o consórcio brasileiro formado pela Embraer/Sierra Nevada Corporation foi o vencedor da licitação realizada pela Força Aérea norte-americana (USAF, na sigla em inglês) para aquisição de 20 aeronaves de ataque leve que serão utilizadas em apoio às forças que se encontram no Afeganistão.

O grupo brasileiro concorreu com o avião A-29 Super Tucano, no âmbito do programa LAS (Light Air Support), ou Apoio Aéreo Leve.

No telefonema, o secretário de Defesa parabenizou o governo brasileiro pelo resultado, ressaltando as qualidades do projeto desenvolvido pela indústria brasileira de defesa.

Amorim comunicou o fato à presidenta Dilma Rousseff, que expressou contentamento com mais uma demonstração da capacidade da indústria aeronáutica nacional.

O ministro da Defesa brasileiro classificou o resultado da concorrência como “uma grande vitória” para a indústria nacional. “Isso certamente vai abrir muitas novas portas para um projeto bem-sucedido, que já demonstrou ser exitoso no país e em outras partes do mundo”.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Deputados aprovam formação da frente parlamentar com Roraima para avaliar turismo na Venezuela
Os deputados estaduais aprovaram por unanimidade, em seus pronunciamentos, a formação de uma frente parlamentar para lutar pelos direitos dos turistas brasileiros que viajam à Venezuela
Manaus (AM) , 26 de Fevereiro de 2013
ACRITICA.COM

Os deputados presentes à sessão desta terça-feira (26) na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) aprovaram por unanimidade, em seus pronunciamentos, a formação de uma frente parlamentar para lutar pelos direitos dos turistas brasileiros que viajam à Venezuela. Os deputados relataram casos de constrangimento e deram testemunho pessoal de experiências vividas nas rodovias do país vizinho.
O secretário-geral da Casa, deputado Vicente Lopes (PMDB) relatou o testemunho pessoal de uma viagem feita cerca de seis anos, quando sofreu constrangimentos nas alcabalas venezuelanas e disse que “enquanto eu me lembrar daquela viagem, não volto à Venezuela”. Para Lopes, o motivo dos amazonenses buscarem a Venezuela é porque aqui não tem mar, “mas os problemas de constrangimento são extremamente desagradáveis. A Guarda Nacional aborda as pessoas de maneira desleixada e o chocolate Garoto parece até mais uma moeda de troca”.
Já o presidente da Comissão de Turismo e Empreendedorismo, deputado estadual Francisco Souza (PSC) elogiou a sensibilidade do colega para o assunto, informando que o corpo técnico da sua comissão estará à disposição para seguir orientação da Mesa Diretora, no sentido de trabalhar junto com a frente parlamentar em formação. “Não mediremos esforços para ajudar”, assegurou.
O deputado estadual David Almeida (PSD) lembrou o trabalho do colega Marcos Rotta (PMDB) realizado no ano passado a respeito da questão. Segundo ele, o deputado Orlando Cidade também “sofreu agruras” na ida à Venezuela e elogiou união de forças para defender um tratamento adequado aos amazonenses e roraimenses “que são 95% dos turistas que visitam a Venezuela”. Lembrou ainda o constrangimento de parentes, que fizeram a viagem.
Audiência

Para o deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), será “uma luta contra a cerca de jurubeba” que impede a região de ser atendida em suas reivindicações. “Não me causa estranheza o que está acontecendo. O que me causa estranheza é o tratamento que o governo brasileiro está dando à questão, largando de mão. Talvez depois do que aconteceu (a morte do empresário de Roraima em fevereiro) o governo federal decida tomar medidas contra isso”, desabafou o deputado. Abdala também irá propor a realização de uma audiência pública para discutir sobre a situação de constrangimento enfrentada pelos amazonenses que vão à Venezuela.
Ante a proposta de uma nota de repúdio ao Itamaraty feita pelo presidente da ALE/RR, deputado Chico Guerra, o petista José Ricardo disse que as casas legislativas devem se manifestar com gestão pela integração dos dois países, mas não concorda com o repúdio. Mas concordou com a formação da frente parlamentar e disse que gostaria de subscrever qualquer propositura dos deputados que já se manifestaram para fazer crítica aos fatos acontecidos.
Comunicado ao Itamaraty
O deputado Arthur Bisneto (PSDB) disse que enviará um comunicado ao Itamaraty, à Embaixada da Venezuela no Brasil e ao Consulado da Venezuela pedindo medidas de segurança e providências contra a falta de respeito com os turistas brasileiros, além de marcar uma visita ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
A deputada Conceição Sampaio (PP) disse que o problema é institucional e diplomático entre os dois países e que o governo brasileiro deve se posicionar em relação aos destratos. Ela lembrou o trabalho de Marcos Rotta (PMDB) sobre a questão e concordou com a frente parlamentar afirmando que “o que se vê é desrespeito, os turistas são tratados como bandidos. Por isso é necessário um posicionamento do governo para definir a relação de respeito entre os dois países”.
O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC/Aleam) Marcos Rotta disse que tem recebido muitos relatos de brasileiros, principalmente de amazonenses, que se deslocam de carro até a ilha de Margarita. Dirigindo-se ao deputado Chico Guerra, disse que vai passar esses relatos e a documentação enviados ao Ministério das Relações Exteriores pedindo reuniões com autoridades venezuelanas. Ele criticou a atitude da cônsul da Venezuela, Carmem Nóvoa, que “se mostrou insensível e desinteressada em receber o poder legislativo”.

Rotta defendeu a unificação das bancadas estaduais para que se possa mobilizar as bancadas federais. “O primeiro passo já foi dado pelo deputado federal Carlos Souza (PSD) e esperamos que ele possa agora fazer também nas bancadas federais, para que haja um grito unificado dos nossos representantes, diante do grau de perigo a que estamos submetidos os turistas brasileiros”.
O deputado Sinésio Campos (PT) lembrou que para a grande maioria dos brasileiros que viajam à Venezuela, a aventura passa a ser única, “pois não querem mais voltar”. Ele elogiou o estreitamento político para tratar de um tema importante como este. Mas disse que o Parlamento Amazônico dentro da Unale tem de suscitar esse debate. “Ele deve assumir esse papel e trabalhar de forma permanente para fazer campanha conjunta”, concluiu.
O vice-presidente da Aleam, deputado Belarmino Lins (PMDB) disse que a intenção dessa frente parlamentar “vem ao encontro das ideias do nosso parlamento de se unir em defesa dos brasileiros”. Ele confirmou que em breve a delegação chefiada pelo presidente Josué Neto vai a Roraima para a audiência de formação da frente parlamentar.

Também os deputados Fausto Souza (PSD) e Bisneto defenderam a formação da frente parlamentar. Souza disse que tem recebido muitas reclamações e elogiou o trabalho de Rotta pedido de providências ao Itamaraty. Bisneto disse que “o que não pode é haver um tratamento discriminatório em relação aos brasileiros. Vejo que tem que haver um esforço conjunto das bancadas federais”.

Os riscos da nova Lei dos Portos

27/02/13 07:33 | José Augusto Valente - Diretor Executivo do Portal de Logística T1 e ex-secretário de Política Nacional de Transportes

"Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço" (Romanos 7;19) A nova Lei dos Portos (MP-595/12), encaminhada pela presidente Dilma ao Congresso Nacional, anunciada como panaceia para resolver problemas nos portos brasileiros, pode trazer mais males do que benefícios para o nosso comércio exterior.
Essa mudança do marco regulatório tem como base um diagnóstico, penso que equivocado, de que os portos dificultam o crescimento das exportações/importações.
Fundamento minha discordância em três fatos inquestionáveis, ocorridos entre 2002 e 2011: a) a corrente de comércio exterior brasileiro cresceu de US$ 100 bilhões para US$ 480 bilhões; b) a movimentação de contêineres cresceu de 2 milhões para 5,3 milhões e; c) o Brasil teve crescimento, no comércio exterior, período 2009/2011, maior que a China e muito maior que os Estados Unidos e a Alemanha.
É bom lembrar que 95% do comércio exterior brasileiro se dá através dos portos. Ora, se é verdade que um sistema ineficiente e precário pode travar o crescimento do comércio exterior, é tão verdade quanto que o crescimento elevado deste indica que os portos contribuíram para esse sucesso.
O marco regulatório anterior (Lei 8.630/93) - agora revogado pela MP-595/12 - é semelhante ao de países desenvolvidos e funcionava bem até agora, o que não quer dizer que prescinda de melhorias, já que qualquer sistema portuário pode e deve ser melhorado, mesmo os europeus e asiáticos. 
Aqui, de fato, os aspectos que oneram o custo logístico e a operação portuária são: acessos terrestres aos portos; elevada burocracia; tarifas portuárias elevadas, cobradas pelos donos dos navios (armadores) do importador/exportador; e necessidades de ampliação dos berços de atracação e de dragagem, para fazer face aos navios gigantes que começaram a vir para o Brasil.
Entretanto, a MP-595/12 não ataca nenhum desses pontos! Ela parte de um outro diagnóstico de que o problema está nos portos públicos e propõe a expansão dos terminais privados que, salvo melhor juízo, é inconstitucional.
Abrir a possibilidade desses terminais prestarem serviço público, sem licitação, irá gerar competição injusta entre desiguais: de um lado, os operadores nos portos públicos, com uma série de restrições e encargos provenientes dos processos licitatórios e regras da Antaq e com necessidade de ganhos de escala para reduzir custos e tarifas cobradas dos armadores; do outro lado, os terminais privados, sem restrições, com baixos encargos e poucas obrigações.
Nesse cenário, há o risco dos futuros terminais privados ficarem nas mãos dos donos dos navios e dos grandes operadores internacionais, que têm fôlego suficiente para fazer "dumping" por longo tempo, até a total precarização dos portos públicos. Nesse momento, o comércio exterior brasileiro ficará refém de interesses internacionais, com a consequente redução da competitividade dos nossos produtos.
Assim, é necessário emendar a MP-595/12, visando a evitar esse risco. O que é possível pois, nas 645 emendas apresentadas, há algumas que poderão cumprir muito bem esse papel. Com a palavra o Congresso Nacional.rexto publicado hoje no jornal "Brasil Econômico".

Brasil e Namíbia querem expandir cooperação bilateral na área militar

Brasília, 22/02/2013 – Os governos do Brasil e da Namíbia querem fortalecer suas relações em defesa, estendendo para as áreas do Exército e da Aeronáutica a bem-sucedida cooperação existente hoje entre as marinhas das duas nações. A intenção foi manifestada em comunicado conjunto divulgado durante a visita oficial de dois dias realizada esta semana pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, à cidade de Windhoek, capital do país africano (

Acompanhado de comitiva integrada por representantes de seu ministério e de empresários da indústria nacional de material militar, Amorim participou de reunião bilateral na sede do Ministério da Defesa namibiano. Durante o encontro, do qual participaram o ministro da defesa, Nahas Angula, e os principais chefes militares do país africano, foram discutidos vários temas relacionados à cooperação em defesa.

As delegações manifestaram a intenção de aumentar o número de exercícios militares, e também de ampliar os projetos conjuntos na área industrial, com o objetivo de melhorar a capacidade produtiva e operacional dos dois países no setor de defesa.

Nahas Angula fez uma breve exposição sobre o cenário geopolítico africano, destacando as preocupações de seu país com o aumento da pirataria, do tráfico de drogas, da pesca ilegal e de outras atividades ilícitas nas águas do Oceano Atlântico que banham a costa da Namíbia e de outras nações africanas.

Em resposta, Celso Amorim afirmou que o Brasil compartilha das apreensões namibianas em relação ao aumento das atividades ilegais. Durante a conversa, ambos concordaram em ampliar o trabalho conjunto bilateral, e no âmbito de foros como a Zopacas, para manter o Atlântico Sul como zona de paz e livre de ameaças.

Agradecimento presidencial

Após reunir-se com seu contraparte namibiano, Amorim foi recebido no palácio do governo pelo presidente do país, Hifikepunye Pohamba. O ministro brasileiro entregou a Pohamba uma carta da presidenta Dilma Roussef. No documento, Dilma reitera a disposição do governo brasileiro de ampliar a cooperação com o país africano em setores diversos, entre os quais o de defesa.

Depois de ler com atenção a carta, Pohamba afirmou compartilhar com a presidenta brasileira as mesmas preocupações e visões sobre a situação da África, de outras regiões do mundo, e sobre as relações entre os países. Em seguida, dirigindo-se ao ministro Celso Amorim, fez um sincero agradecimento ao Brasil pelo apoio prestado pelo país na constituição da Marinha namibiana.

De fato, há quase duas décadas, a Marinha do Brasil tem mantido um forte programa de cooperação com a força naval da Namíbia, que inclui desde a formação de oficiais e praças militares em escolas brasileiras até a doação e venda de navios. Como consequência dessa relação, muitos oficiais namibianos falam português, e outros se encontram atualmente fazendo cursos em instituições de ensino da Marinha.
No âmbito da cooperação, o Brasil mantém uma missão com cerca de 40 militares da Marinha, sediados no porto de Walvis Bay. Em abril deste ano, o novo navio-patrulha oceânico que será incorporado à Força Naval brasileira, o Apa, visitará Walvis Bay, onde deverá participar de operações conjuntas no mar com os militares namibianos. O Apa é o segundo navio-patrulha oceânico dos três adquiridos junto à Inglaterra a ser incorporado à Marinha do Brasil.

Além de encontrar-se com o presidente da Namíbia, Celso Amorim manteve encontros de trabalho com outras autoridades do país, entre as quais o primeiro ministro, Hage Geingob. Oficiais-generais e superiores das Forças Armadas receberam grupo de empresários brasileiros numa reunião em que estes últimos puderam apresentar alguns de seus projetos e produtos.

Integrante da comitiva brasileira, o comandante do Exército, general Enzo Peri, foi recebido por seu contra parte namibiano. Durante a visita, a comitiva brasileira contou com apoio da embaixadora do Brasil no país, Ana Maria Sampaio Fernandes. Antes de passar pela Namíbia, a comitiva esteve em Angola, também em visita oficial.


Fotos: Luiz Gustavo Rabelo
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
Brasil ajudará Angola a estruturar sua indústria de Defesa

Brasília, 22/02/2013
– O Brasil auxiliará a Angola a estruturar sua indústria de defesa para reduzir a dependência externa das Forças Armadas do país africano em relação à aquisição de equipamentos militares. A medida é um dos principais resultados da visita oficial realizada esta semana à África pela comitiva brasileira chefiada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. A viagem ainda incluiu a Namíbia, país também situado no sul do continente africano com o qual, assim como Angola, o Brasil possui boas relações internacionais na área de defesa.

Uma década após sair de uma complexa guerra civil, Angola vive um momento de estabilidade política e passa, atualmente, por um processo de reestruturação de suas Forças Armadas (FAA). A pedido do governo do país, além dos representantes do Ministério da Defesa, a delegação brasileira contou com 14 empresários de diferentes segmentos da indústria nacional de material militar: aviões, armas não letais, munições, projetos navais, entre outros.

Os empresários brasileiros participaram de diversas reuniões com militares e representantes civis do governo angolano nas quais puderam expor projetos e mostrar alguns dos equipamentos e produtos de uso militar produzidos no Brasil. Eles também mantiveram encontros com representantes da indústria de Angola, que demonstraram interesse em partilhar conhecimento.

Além das conversações na área comercial, oficiais militares do Ministério da Defesa do Brasil participaram de grupos temáticos. A pedido do Ministério angolano, eles fizeram exposições sobre assuntos como previdência e saúde militar, e também trataram da cooperação bilateral nas áreas naval e de formação militar.

Comitê conjunto

Para garantir os próximos passos da cooperação bilateral, os ministros da defesa do Brasil e de Angola, general Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem, decidiram instituir um Comitê Interino Conjunto de Defesa (CICD). Caberá a esse organismo a supervisão e implementação de um programa que fará o detalhamento da cooperação. Os integrantes do Comitê serão definidos pelos dois países, e deverão se reunir anualmente, de forma alternada, no Brasil e em Angola.

Também para assegurar a continuidade dos trabalhos, as delegações acordaram o envio de uma missão multissetorial de angolanos ao Brasil, com o objetivo de conhecer in loco o trabalho, os produtos e os serviços das empresas ligadas à base industrial de defesa. O primeiro encontro dos africanos com os empresários brasileiros deverá ocorrer já em abril próximo, no Rio de Janeiro, durante a realização da LAAD, feira internacional de equipamentos militares.

Tanto a criação do comitê quanto os principais pontos da reunião de trabalho entre as delegações dos dois países foram mencionados no comunicado conjunto divulgado ao final do encontro (veja aqui a íntegra do documento). Considerada proveitosa pelos participantes, a reunião ganhou destaque nos principais veículos informativos da Angola, que ressaltaram os ganhos a serem obtidos com o incremento da cooperação.

Carta presidencial

Celso Amorim e a comitiva brasileira foram recebidos com honras militares na sede do Ministério da Defesa, em Luanda. Durante o encontro, ele e seu contraparte ressaltaram os laços históricos que ligam as duas nações. Amorim parabenizou o povo de Angola pelos avanços políticos e socioeconômicos obtidos pelo país nos últimos anos.

Van-Dúnem agradeceu a solidariedade do governo e do povo do Brasil, lembrando que o país foi o primeiro a reconhecer a independência de Angola, em 1975. Ele e Amorim também trataram da coordenação de esforços para a revitalização da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas).

Após o encontro no Ministério da Defesa, Celso Amorim foi recebido no palácio do governo pelo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Amorim entregou a Santos carta da presidente Dilma Roussef na qual a mandatária brasileira reitera a firme disposição do Brasil em aprofundar a cooperação com a nação amiga.

Na visita de dois dias, Amorim também manteve encontros com outras autoridades angolanas, entre as quais o ministro das relações exteriores do país. Ele também visitou a Base Naval de Luanda, onde assistiu a uma exposição sobre a Marinha angolana e a cooperação entre as forças navais do país africano e do Brasil.

Além de definir as ações relativas ao desdobramento da cooperação, Brasil e Angola concordaram em firmar um memorando na área de saúde militar. Também realizaram a atualização das informações sobre o estágio dos trabalhos relativos à demarcação da plataforma continental de Angola. A empreitada conta com o auxílio brasileiro por meio de contrato firmado entre a comissão do governo angolano responsável pelo assunto e a Emgepron, empresa ligada à Marinha do Brasil.

Além de empresários e representantes civis e militares do Ministério da Defesa, a comitiva brasileira foi integrada pelo comandante do Exército, Enzo Peri. Durante a visita, a comitiva contou com apoio da embaixadora do Brasil em Angola, Ana Lucy Gentil Cabral Petersen.

Fotos: Luiz Gustavo Rabelo
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)

Ministério da Defesa
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Não saqueei o Banco do Vaticano e nem convenci Bento XVI a desistir do pontificado
(*) Ucho Haddad –
<http://ucho.info/wp-content/uploads/2013/02/ucho_24.jpg>
Sobre a decisão de Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, de deixar o comando do Vaticano, assinei matéria em que relato fatos comprovados por autoridades, alguns deles por mim testemunhados in loco. Bento XVI sofre de doenças típicas de uma pessoa com 85 anos, mas não foi a anunciada artrose que o levou à decisão de interromper o próprio pontificado. Ratzinger não conseguiu conviver com o crime organizado que grassa nas coxias do Vaticano. Quem não aceita tal realidade ignora a verdade, o óbvio, o que foi provado e comprovado por investigações de todos os naipes.
Ter escrito sobre o tema causou uma revolução na banda católica que frequenta a rede mundial de computadores, os ortodoxos se
Gostem ou não os incomodados, não há como fugir da verdade dos fatos, da história. A patifaria circula pelos corredores do Vaticano desde o fim da era de João XXIII, o que não significa que antes a sacanagem por lá deixou de reinar em algum momento. Entre ser católico e acreditar no que fazem e dizem os inquilinos do Vaticano existe uma abissal distância. E é exatamente essa distância que torna muitas pessoas cegas diante da realidade.
O Estado paralelo e criminoso que existe na Praça São Pedro ganhou força quando Licio Gelli, que foi próximo de Benito Mussolini, se juntou ao então arcebispo Paul Marcinkus e a Roberto Calvi, que presidia o Banco Ambrosiano e ficou conhecido como o “banqueiro de Deus”, no rastro de um dos maiores escândalos político-financeiros da história da Itália. Com a morte de Giovanni Montini, o papa Paulo VI, chegou ao cargo máximo da Igreja Católica o ex-patriarca de Veneza, Albino Luciani, o papa João Paulo I. Homem correto, probo e humilde, Luciani durou pouquíssimo tempo no cargo.
Nos trinta e três dias de seu pontificado, João Paulo I tentou acabar com o crime organizado que dominava o Vaticano desde muito. A Santa Sé anunciou que Albino Luciani morreu em decorrência de um infarto, mas na verdade ele foi envenenado. Um assessor próximo, integrante da quadrilha que agia desde os tempos de Paulo VI, colocou cianureto no chá de Luciani. Enquanto aguardava-se a escolha de um novo pontífice, Gelli, Marcinkus e Calvi agiam livremente e contavam com a mente criminosa de Michele Sindona, o “Tubarão”, destacado integrante da loja maçônica Propaganda Due ou P2, um dos vértices do escândalo, banqueiro e membro da Cosa Notra, a máfia siciliana.
Escolhido como novo papa, o polonês Karol Wojtyla, ou João Paulo II, também tentou fazer uma faxina nas entranhas do Vaticano, pois fora avisado sobre o funcionamento do esquema criminoso que imperava na Santa Sé. Wojtyla havia mal começado a adotar medidas moralizadoras quando sofreu um atentado em plena Praça São Pedro, episódio que teve como atirador, não por acaso, o turco Mehmet Ali Agca.
O criminoso, que foi preso imediatamente pelos seguranças do Vaticano e depois foi perdoado por Wojtyla ainda no cárcere, era membro do grupo Lobos Cinzentos e estava a serviço da máfia turca, que por sua vez contava com o apoio operacional e estratégico do soviético Leonid Brejnev. A máfia turca era a outra ponta do esquema que usava o Banco Ambrosiano como central de branqueamento de capitais. Os Lobos Cinzentos participaram da Operação Gladio (a qual detalho mais adiante), mas tinham em seus quadros agentes soviéticos que se infiltraram a mando de Brejnev, que queria ter informações sobre a atuação do grupo clandestino de informações secretas.
Na ocasião em que o escândalo veio à tona, descobriu-se que o rombo no Banco do Vaticano, acionista do Ambrosiano, era de quase US$ 2 bilhões. Nos bastidores, a ação criminosa – que levou o Ambrosiano à quebra e provocou um rombo no Banco do Vaticano – foi comandada por Roberto Calvi, Paul Marcinkus, Licio Gelli e Michele Sindona.
Por conta desse enredo criminoso, que levou um internauta debochado e abusado a afirmar que a minha matéria mais parecia um roteiro de Dan Brown, autor do best-seller “O Código da Vinci”, desço aos detalhes do esquema que levou Bento XVI a optar pela renúncia. Não criei qualquer história e muito menos estória, mas relatei fatos que acompanhei de perto, além de muitos outros que acompanhei e estudei ao longo de mais de vinte anos. Quando integrantes da Igreja Católica entram em contato para, sob a promessa do sigilo, reconhecer que estou certo, fica claro que não sou roteirista de filme de suspense e nem recebo para ovacionar descompensados mentais.
Quem era quem na trama
Paul Marcinkus
Nascido nos Estados Unidos, Paul Marcinkus, o Gorila (que já havia presidido o Banco Ambrosiano), chegou ao posto de terceiro homem mais importante do Vaticano e, durante dezoito anos (1971 a 1989), presidiu o Banco do Vaticano, que era sócio-controlador do Ambrosiano. Por seu porte físico avantajado e jeito truculento, Marcinkus passou a atuar como guarda-costas do papa Paulo VI e foi acusado de participar da trama que levou João Paulo I à morte.
O escândalo do Ambrosiano foi tamanho, que o Vaticano funcionou com refúgio para que esse canalha que falava em nome de Cristo não fosse preso e condenado. Para proteger Marcinkus, a Santa Sé colocou sua rede criminosa para atuar nos bastidores da Justiça italiana, a quem coube investigar o caso. Para justificar a não punição fr Marcinkus e outros administradores do Banco Ambrosiano, a Justiça italiana invocou o Tratado de Latrão, que transformou o Vaticano em Estado e prevê, em um dos seus artigos, que “os entes centrais da Igreja Católica estão isentos de qualquer ingerência por parte do Estado italiano”. Marcinkus viveu no Vaticano à sombra do Tratado de Latrão até voltar para os Estados Unidos, onde morreu em 2006.
Licio Gelli
Licio Gelli, chefão da loja maçônica P2, onde é mestre venerável, e criminoso conhecido que agia nos escaninhos do poder, foi informante da Gestapo durante a 2ª Guerra Mundial. Gelli participou da Operação Gladio, uma organização clandestina que funcionava como central de informações secretas, cujo objetivo era evitar a invasão da Itália pela União Soviética. Em muitos momentos, a Gladio, que teve sua existência reconhecida oficialmente pelo ex-primeiro-ministro italiano Giulio Andreotti, usava de estratégias baixas para desestabilizar o sistema político do país. O que explica o apoio logístico dado à máfia turca por Leonid Brejnev, que tinha na Itália dúzias de espiões infiltrados.
Licio Gelli foi acusado de participação nas mortes do ex-primeiro-ministro italiano Aldo Moro, do jornalista Mino Pecorelli, de Roberto Calvi e de João Paulo I. Prestes a completar 94 anos, Gelli cumpre prisão domiciliar na propriedade que tem na Toscana.
O jornalista Pecorelli foi sequestrado e morto pelas “Brigate Rosse” (Brigadas Vermelhas), organização terrorista italiana com que Gelli mantinha estreitas relações por causa da Operação Gladio, que foi o pano de fundo para as atrocidades cometidas por Cesare Battisti, o criminoso que contou com a ajuda de Lula para continuar impune no Brasil.
O grupo “Brigadas Vermelhas”, que participou da Gladio, foi responsável pela explosão de um trem em Bologna, em 1980, que ao deixar a estação da cidade foi alvo de bomba dentro de um túnel, matando dezenas de pessoas e deixando duzentos passageiros feridos.
Em 2002, a Justiça italiana condenou Giulio Andreotti a 24 anos de prisão pela morte do jornalista Mino Pecorelli.
Roberto Calvi
Nascido em Milão, Roberto Calvi presidiu o Banco Ambrosiano e ficou conhecido, à época do escândalo, como “Banqueiro de Deus”. Envolvido diretamente na trama que levou o Ambrosiano à falência e provocou um rombo bilionário no Banco do Vaticano, com direito a desvios de dinheiro para uso pessoal de muitos dos integrantes do esquema e pagamentos indevidos à loja maçônica P2, Calvi fugiu da Itália e acabou sendo assassinado em Londres.
Em junho de 1982, o corpo de Calvi foi encontrado em um terreno debaixo de uma ponte da capital inglesa, pendurado em uma corda, dando a entender que o ex-presidente do Banco Ambrosiano cometera suicídio. Na ocasião, afirmei que Calvi fora assassinado, mas apenas em 2002 essa tese foi confirmada por uma equipe de médicos-legistas, após a exumação dos restos mortais do integrante da quadrilha que operava sob as bênçãos do Vaticano.
Durante o período em que presidiu o Banco Ambrosiano, Roberto Calvi tinha como principal assessor e braço direito um ex-agente do serviço secreto italiano, Francesco Pazienza. Acusado de envolvimento no atentado terrorista de Bologna, na morte de Calvi e no escândalo que levou à quebra do Ambrosiano, Francesco Pazienza fugiu da Itália e prestou serviços a agências de inteligência de vários países latino-americanos e serviu a Manoel Noriega, traficante de drogas panamenho de quem era amigo.
Pazienza foi preso nos Estados Unidos e extraditado para a Itália, onde cumpriu pena e foi colocado em liberdade condicional em 2009. Por ser um arquivo ambulante, pois muitas informações sobre a quebra do Ambrosiano ainda são ignoradas, Pazienza não deve durar muito tempo.
Michele Sindona
Michele Sindona, banqueiro inescrupuloso que era conhecido como “Tubarão” e que dirigia uma instituição financeira na Suíça e que levou à bancarrota a Banca Privata Italiana, atuou durante décadas como o braço financeiro da Cosa Nostra, a máfia siciliana. Sindona também foi acusado de pagar propina de US$ 5,5 milhões a Marcinkus e Calvi.
Em 1986, Michele Sindona foi condenado à prisão perpétua pela morte do advogado Giorgio Ambrosoli, ocorrida em 1979. Ambrosoli foi indicado pela Justiça italiana como síndico da massa falida da Banca Privata Italiana, quando descobriu a atuação criminosa de Sindona na instituição financeira. Antes disso, Michele Sindona foi nomeado pelo papa Paulo VI como assessor financeiro do Vaticano e membro do conselho de administração do Banco do Vaticano.
Diante dos fatos, o Vaticano, sem ter como explicar a nomeação do criminoso, informou por meio de nota que fora enganado por Sindoma. Cumprindo pena em prisão de segurança máxima na Lombardia, Michele Sindona prometeu revelar detalhes dos escândalos, mas morreu em sua cela, em março de 1986, enquanto tomava café, Durante a perícia, a polícia descobriu que a bebida continha cianureto, a mesma tática usada para assassinar João Paulo I.
O caso Emanuela Orlandi
Filha de um funcionário do Vaticano, Emanuela Orlandi não foi protagonista do escândalo, mas vítima da organização criminosa que era liderada por Pauli Marcinkus. Emanuela desapareceu em 1983, quando tinha 15 anos, e jamais foi encontrada.
O que era para ser um caso corriqueiro de desaparecimento transformou-se, em pouco tempo, no capítulo mais sinistro do escândalo que teve na proa o Banco Ambrosiano e envolveu o Vaticano, o Banco do Vaticano e uma organização criminosa conhecida como “Banda della Magliana”, que atuava na capital italiana.
A “Banda della Magliana” era comandada por Enrico de Pedis, um delinquente que, junto com seus parceiros de crimes, atuava no tráfico de drogas, turfe e lavagem de dinheiro. Ao lado da Gladio, a “Banda della Magliana” participou de ataques terroristas realizados, durante a Guerra Fria, com o objetivo de desestabilizar a política italiana durante o período que foi chamado de “Anos de Chumbo”.
A “Banda” foi acusada de participar dos assassinatos do jornalista Carmine Pecorelli, do ex-primeiro-ministro Aldo Moro e do então presidente do Banco Ambrosiano, Roberto Calvi, além de envolvimento no atentado na estação de ferroviária de Bolonha.
O desaparecimento de Manuela Orlandi foi relacionado com a tentativa fracassada de assassinar Karol Wojtyla, o papa João Paulo II, na Praça São Pedro. Em junho de 2008, Sabrina Minardi, ex-namorada de De Pedis, afirmou em depoimento que Emanuela foi sequestrada e morta pela “Banda della Magliana”, tendo seu corpo arremessado em triturador de cimento, a pedido do arcebispo Paul Marcinkus.
Enrico de Pedis se aproximou de Marcinkus por intermédio de Roberto Calvi, então presidente do Ambrosiano, que acolhia e lavava o dinheiro sujo da “Banda dela Magliana”. De acordo com o depoimento de Sabrina Minardi a ordem de Marcinkus tinha o objetivo de calar o pai de Emanuela Orlandi, que sabia demais sobre os bastidores imundos do Vaticano.
De Pedis morreu em fevereiro de 1990, assassinado por seus antigos comparsas. A sua proximidade com a cúpula criminosa do Vaticano garantiu-lhe o sepultamento ao lado de papas e cardeais na Basílica de São Apolinário.
Após denúncia, o Ministério Público de Roma decidiu abrir o túmulo para investigação e confirmou que De Pedis de fato tinha sido sepultado em uma basílica pertencente ao Vaticano. Os procuradores prosseguem na investigação para apurar os motivos que levaram a tão estranho sepultamento.
Há informações desconexas no caso, mas a ex-namorada de Enrico de Pedis não tinha razão para mentir, em depoimento, depois de quase vinte anos da morte do líder da “Banda della Magliana”.
As denúncias de Viganò
Joseph Ratzinger não é um homem inocente e desprovido de inteligência. Se assim fosse, jamais teria chegado a Sumo Pontífice da Igreja Católica. Contra Ratzinger pesa o fato de ter integrado a Hitlerjugend (Juventude Hitlerista), divisão da SS criada por ordem de Adolf Hitler e composta por jovens alemães. Em outras palavras, ao então jovem Joseph Ratzinger não restou opção, que não a de cumprir a determinação de um facínora que acreditava na supremacia da raça ariana e na possibilidade de dominar o mundo. E esse detalhe tem sido usado por alguns que querem dar conotação distinta à decisão de Bento XVI encerrar seu período à frente do Vaticano.
Sabendo do que acontecia no Vaticano antes de sua escolha como papa, Joseph Ratzinger foi alertado pelo arcebispo Carlo Maria Viganò sobre o esquema criminoso que ainda domina a sede do Catolicismo.
Na carta que enviou ao papa, cujo conteúdo acabou vazando para a imprensa, Viganò, que foi secretário-geral do governorado do Vaticano, afirmou que lá “trabalham as mesmas empresas, ao dobro (do custo) de outras de fora, devido ao fato de não existir transparência alguma na gestão dos contratos de construção e de engenharia”. Para que o caso não se transformasse em mais um escândalo na seara da Igreja Católica, o Vaticano informou que as afirmações de Carlo Maria Viganò resultavam de “avaliações incorretas”.
Viganó seguiu em suas denúncias e na carta endereçada a Ratzinger destacou: “Jamais teria pensado em me encontrar diante de uma situação tão desastrosa”, que apesar de ser “inimaginável, era conhecida por toda a Cúria”. Além disso, o denunciante afirmou que banqueiros que integram o chamado Comitê de Finanças e Gestão se preocupam muito mais com os próprios interesses do que com os do Vaticano, lembrando que em dezembro de 2009 “queimaram US$ 2,5 milhões” em uma operação financeira. Ou seja, o desvio de dinheiro para despesas pessoais dos integravam o concílio criminoso e que levou o Banco Ambrosiano à quebra continua em pauta na Praça São Pedro.
O escândalo Vatileaks
Mordomo do papa Bento XVI desde 2006, Paolo Gabriele foi preso sob a acusação de ter roubado documentos secretos da cúpula do Vaticano, encontrados pela polícia em seu apartamento.
O escândalo Vatileaks, uma alusão ao Wikileaks, veio à baila em janeiro de 2012, quando o jornalista italiano Gianluigi Nuzzi publicou o conteúdo da carta do arcebispo Carlo Maria Viganó ao papa. Na tal carta, Viganó pedia ao Sumo Pontífice para não ser transferido apenas por conta de suas denúncias. Contudo, a decisão de Ratzinger de mandar um dos ex-administradores do Vaticano para os Estados Unidos pode ter salvado a vida de Carlo Maria Viganó.
Ainda no primeiro semestre de 2012, o escândalo ganhou reforço com o vazamento de documentos que tratam de uma ferrenha luta pelo poder no Vaticano e relatam os esforços de Bento XVI para mostrar maior transparência financeira e cumprir à risca as normas internacionais de combate à lavagem de dinheiro. Nesse período, uma carta anônima, que ganhou o noticiário, fazia um alerta sobre uma ameça de morte contra o papa.
O imbróglio ganhou novos e explosivos contornos com o lançamento, em maio de 2012, do livro “Sua Santidade, as Cartas Secretas de Bento XVI”, do jornalista Gianluigi Nuzzi, que em sua obra tratou das correspondências confidenciais trocadas entre Bento XVI e seu secretário pessoal. Polêmico, porém verdadeiro, o livro mostra a face oculta do Vaticano, onde intrigas, armações e disputas intermináveis pelo poder acontecem diuturnamente. O livro de Nuzzi também revela detalhes sobre finanças pessoais de Ratzinger, casos de pagamento de suborno para conseguir agendar uma audiência com o papa, além de relatórios secretos sobre políticos italianos, como o presidente Giorgio Napolitano e Silvio Berlusconi.
Gianluigi Nuzzi garante não ter desembolsado um euro sequer pela papelada, o que confirma que importantes e secretos documentos do Vaticano foram vazados propositalmente na tentativa de intimidar os criminosos que agem na Santa Sé. Escolhido para ser o operador desse vazamento de documentos, o mordomo Paolo Gabriele foi preso, mas por saber demais acabou solto e no final de 2012 recebeu um indulto do papa, o que mostra que a operação foi previamente combinada, mas não surtiu o efeito desejado e levou Ratzinger a anunciar o fim do seu pontificado.
Minhas considerações finais
Ser informado no Brasil é crime para aqueles que nada sabem e se julgam a personificação da sabedoria. Revelar a verdade dos fatos, narrar a história em sua sequência real e fiel, também é crime na visão de um bando de revoltados que não se conformam com a própria ignorância e usam rapapés e declarações chicaneiras para atacar quem não conhecem.
Faço jornalismo da maneira como deve ser feito, sem sensacionalismo barato. Se o Criador, aquele que não frequenta a Santa Sé, resolveu me colocar no lugar certo e na hora certa em determinados momentos, não tenho culpa. Não sou um inerte diante da história e muito menos um conformado que não reage às mentiras que a grande imprensa divulga sem parar.
A história mostra que o Vaticano se cerca, não é de hoje, de bandidos profissionais e sou acusado de inventar fatos e chutar outros. Nada tenho contra a ignorância consentida de alguns, mas que esses se contentem com a própria insignificância, pois do contrário a melhor receita está no divã do analista mais próximo.
Há mais de trinta anos me dedico a acompanhar e estudar os escândalos que emolduram o Vaticano e não será um grupelho facinoroso, que age como se fosse um apêndice do campo de Treblinka, que roubará minha consciência e muito menos a competência, reconhecida por muitos e que a cada dia busco melhorá-la, pois não me contento com o pouco saber e nem saio batendo no peito para gazetear que sou gênio, como fazem alguns dos meus críticos.
Discordar é um dos pilares da democracia, cujo segredo é a convivência pacífica das opiniões divergentes. Atacar gratuitamente por discordância ou oportunismo burro e barato é sinal inconteste de incompetência e ignorância. Esses merecem merecem conviver com os falsos santos que circulam nos subterrâneos do Vaticano, porque afinal são iguais.
Joseph Ratzinger tomou a decisão mais acertada, pois entre viver em paz e ser conivente com criminosos que posam de oráculos do Senhor sem ter gabarito para tal, a primeira opção é a mais lógica. Por outro lado, continuo acreditando que aquele que incomoda uma minoria burra é porque está no caminho certo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Órgão oficial indica reeleição de Correa no primeiro turno.
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou que prevê a reeleição de Rafael Correa nas eleições realizadas neste domingo (17), segundo uma contagem por amostragem em quase 40% das zonas eleitorais.
Segundo o órgão oficial, Correa teria recebido 56,7% dos votos válidos, seguido por Guillermo Lasso (24%), Lucio Gutiérrez (5,9%), Mauricio Rodas (4,3%), Alvaro Noboa (4,3%) e outros candidatos com votação menos expressiva.
Lasso, tido como o único concorrente de peso à Presidência, já admitiu publicamente a derrota --poucos minutos após a divulgação dos dados prévios da CNE--, afirmando que Correa merece o "respeito" pelo êxito.
Ministro da Defesa viaja à África para ampliar cooperação com Angola e Namíbia
Brasília, 17/02/2013 – O ministro da Defesa, Celso Amorim, parte neste domingo (17/02) para a Àfrica para uma viagem oficial de três dias à Angola e  à Namíbia. A viagem tem o objetivo de ampliar o intercâmbio e a cooperação na área de defesa com as duas nações africanas.
A pedido do governo angolano, além de representantes do Ministério da Defesa e dos comandos militares, a comitiva brasileira será integrada por um grupo de quatorze empresários, representantes de diferentes segmentos da indústria nacional de material militar. Entre as empresas que participarão da viagem estão companhias como a Embraer, Odebrecht, Avibrás, Emgepron, Imbel e CBC.
Nos dois países estão previstos encontros de Celso Amorim com os titulares dos respectivos ministérios da Defesa, visitas a instalações militares e reuniões com empresários e representantes governamentais. Estão previstos ainda encontros do ministro brasileiro com os presidentes dois países.
A visita da comitiva brasileira insere-se no conjunto de iniciativas que visam a ampliar e abrir novas possibilidades de intercâmbio e cooperação com as nações africanas no campo da defesa. Também é parte do esforço brasileiro em fortalecer as instituições dos países que compartilham o Atlântico Sul, com o objetivo de manter a região como zona de paz e de cooperação, afastada de conflitos internacionais.
O Brasil possui laços históricos com Angola e Namíbia, países com os quais mantém relações próximas nos planos político e militar. O Brasil foi a primeira nação a reconhecer a independência de Angola, em 1975, tendo participado de missões de paz da ONU no país nos anos 90. A nação africana é compradora de material militar brasileiro, já tendo adquirido, por exemplo, aviões de ataque leve Super Tucano, da Embraer.
A Namíbia contou com o importante auxílio do Brasil para a criação de sua Marinha. Muitos dos militares que integram a Força Naval do país foram e ainda são formados em escolas da Marinha brasileira. O Brasil também fez o levantamento da plataforma continental da nação africana, trabalho que agora está sendo realizado em Angola.
Durante a visita aos dois países, deverão ser discutidas alternativas para estender a bem-sucedida cooperação na área naval aos demais segmentos da defesa: terrestre e aeronáutico.
O ministro da Defesa brasileiro será portador de cartas da presidenta da República, Dilma Rousseff, endereçadas aos presidentes dos dois países. Nelas, a presidenta destacará os laços históricos entre o Brasil e ambas as nações, e as possibilidades de incremento da cooperação bilateral na área de defesa.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

domingo, 17 de fevereiro de 2013

MOMENTO

RAÇA NEGRA E AMIGOS 2012

MOMENTO

Otis Taylor

Momento

Otis Taylor

sábado, 16 de fevereiro de 2013


Facebook diz que foi alvo de ataque de hackers

DA REUTERS

O Facebook disse nesta sexta-feira (15) que foi alvo de uma série de ataques realizados por um grupo não identificado de hackers, mas não encontrou provas de que dados de usuários tenham sido comprometidos.

"No mês passado, a segurança do Facebook descobriu que nossos sistemas haviam sido alvo de um sofisticado ataque", disse a empresa em seu blog. "O ataque ocorreu quando alguns funcionários visitaram um website de desenvolvedores de tecnologias móveis que estava comprometido".


 

A rede social, que afirma ter mais de 1 bilhão de usuários ativos no mundo todo, acrescentou: "O Facebook não estava sozinho neste ataque. Ainda é incerto que outros também tenham sido atacados e infiltrados recentemente".

O anúncio do Facebook segue recentes ciberataques sobre outros sites proeminentes.

O microblog Twitter disse neste mês que foi hackeado e que aproximadamente 250 mil contas de usuários foram potencialmente comprometidas, com os agressores ganhando acesso a informações, incluindo nomes de usuários e endereços de email.

Sites de jornais como "The New York Times", "The Washington Post" e "The Wall Street Journal" também foram infiltrados, segundo as organizações. Estes ataques foram atribuídos pelas empresas a hackers chineses.

MOMENTO CULTURAL

Andre Rieu - My Way

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Celso Amorim fala sobre cooperação com a Rússia na área técnico-militar



Brasília, 08/02/2013
– Em entrevista concedida à rádio Voz da Rússia, o ministro da Defesa, Celso Amorim, falou sobre a parceria entre brasileiros e russos na área de Defesa. Recentemente, os dois países iniciaram negociações para a aquisição de sistemas de defesa antiaérea russos, com transferência de tecnologia.

Na conversa, Amorim aborda o tema e fala da possibilidade de desenvolvimento conjunto de equipamentos mais modernos. “Essa sugestão surgiu já na reunião do nosso chefe de Estado-Maior Conjunto com o seu correspondente russo e com as empresas”, disse o ministro.

“Vou chamar a atenção para o fato de que ele foi lá com várias empresas brasileiras. O que é muito interessante, porque isso já vai preparando terreno para uma eventual produção no Brasil, um desenvolvimento tecnológico conjunto”, completou.

Confira, abaixo, a íntegra da entrevista concedida ao jornalista Alexander Krasnov. O material também está disponível no sítio eletrônico da Voz da Rússia.

Entrevista com ministro da Defesa do Brasil

Apresentamos a entrevista concedida à Voz da Rússia pelo ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim. Ele falou, entre outros assuntos, sobre as relações russo-brasileiras na área técnico-militar. Esta foi a primeira vez que um ministro da Defesa do Brasil falou em exclusivo à mídia russa.

Celso Amorim nasceu em Santos, no estado de São Paulo, há 69 anos. Foi ministro das Relações Exteriores no governo do presidente Itamar Franco e nos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como diplomata, chefiou a Missão Permanente do Brasil nas Nações Unidas, em Nova York, entre 1995 e 1999, quando se tornou amigo de Sergei Lavrov, que hoje é o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia. Depois, assumiu a chefia da Missão Brasileira na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, Suíça. Em 2001, serviu como embaixador no Reino Unido. Celso Amorim é ministro da Defesa do Brasil desde 8 de agosto de 2011.

– Muito obrigado, ministro, por essa oportunidade. A gente agradece imensamente. Fizemos até um levantamento ainda há pouco e descobrimos que essa vai ser a primeira entrevista de um ministro brasileiro para o público russo. Isso nos enche de muita esperança e muito orgulho. O senhor esteve com a presidenta Dilma em dezembro na Rússia e foram realizados vários acordos entre os dois países. Mas, como destacou a própria presidenta, a área técnico-militar recebeu um destaque especial. Como está indo essa cooperação agora?

– Bom, o acordo de cooperação militar assinado abrange os mais diversos níveis. Por exemplo, havia uma dificuldade de treinamento dos pilotos dos helicópteros russos que nós havíamos comprado. A empresa dava um treinamento básico, mas nós precisávamos de algo mais. E, com esse acordo, nós teremos esse tipo de treinamento militar de maneira mais normal, mais fluida. Além de muitas outras coisas.

A assinatura desse acordo, em si mesma, já é algo muito importante, porque ela abre muitas outras avenidas de cooperação, de formação para trabalhar em áreas avançadas que interessam à Rússia e ao Brasil. Seja na cibernética, na área espacial ou de equipamento militar mesmo.

Houve essa aquisição dos helicópteros de combate, muito bons, e, no início, houve um pouco de dúvida sobre a manutenção. Mas já verifiquei que essas questões estão sendo encaminhadas e, naturalmente, no espírito do próprio acordo de compra, esperamos que haja uma boa transferência de habilidades e competências nessa área.

– Nós sabemos que o chefe do Estado-Maior, o general José Carlos De Nardi, esteve recentemente também na Rússia negociando alguns acordos mais concretos.


É. A ida do general De Nardi foi resultado direto das conversas entre os presidentes. O comunicado conjunto da visita, que singulariza a área de defesa antiaérea, já previa a ida do chefe de Estado-Maior brasileiro para tratar dessa possibilidade de cooperação.

Isso envolve, naturalmente, alguma aquisição, de acordo com as nossas necessidades imediatas, mas também há a expectativa de que empresas russas possam fabricar algum desses equipamentos aqui no Brasil. Agora, as questões técnicas ainda estão sendo discutidas.

A visita foi muito proveitosa. Seguramente, terá uma continuidade agora com a vinda do primeiro-ministro (Dmitri Medvedev), e a nossa expectativa é a de que isso possa caminhar. Claro que tem muita coisa a se discutir ainda, como aspectos financeiros, orçamentários, qual a transferência de tecnologia, treinamento e todas essas coisas.

– Mas uma eventual produção no Brasil desses equipamentos modernos é de interesse brasileiro.

– Sim. Não só dos equipamentos atuais, mas quem sabe até de um equipamento que ainda está em desenvolvimento pela própria Rússia.

– Isso antecipa um pouco outra pergunta. A Rússia tem exemplos de desenvolvimento conjunto de aviões com outros países. Isso poderia ser um caminho para o Brasil também?

– Bom, nesse caso, nós não estamos falando de aviões. Estamos falando desse equipamento de defesa antiaérea. Independentemente da aquisição e da produção no Brasil de equipamentos já existentes, há a possibilidade também do desenvolvimento conjunto de equipamentos mais modernos. Isso está sendo discutido, mas essas coisas levam algum tempo. Essa sugestão surgiu já na reunião do nosso chefe de Estado-Maior Conjunto com o seu correspondente russo e com as empresas. Vou chamar a atenção para o fato de que ele foi lá com várias empresas brasileiras. O que é muito interessante porque isso já vai preparando terreno para uma eventual produção no Brasil, um desenvolvimento tecnológico conjunto.

– A Rússia nos informa que existe uma lei que protege a propriedade intelectual justamente na área de defesa entre a Rússia e o Brasil. Esse acordo, na verdade, já foi ratificado pelo parlamento russo e, segundo eles, só falta agora o Brasil ratificar também.

– Há um pequeno problema interno, mas isso vai ser superado. Nós tivemos muito recentemente uma lei de acesso à informação, que não tem nada a ver com a parte tecnológica. Então, é preciso estudar todos esses acordos – não só com a Rússia – que envolvem cláusulas de confidencialidade para que possam ficar dentro da lei brasileira. Mas eu não vejo nenhuma dificuldade nisso. É um problema puramente burocrático de atualização.

– Entendi.

Quando nós começamos a recolher as perguntas da redação russa, percebemos que lá as pessoas ainda tem pouco conhecimento dos desafios do Brasil na área da defesa. No imaginário russo, o Brasil é um gigante, muito forte, que não tem nenhuma preocupação com a defesa. Eu queria que o senhor falasse um pouco como o Brasil se vê hoje nessa questão.

– Que é um gigante muito forte, isso é verdade. E que no futebol a gente nunca se preocupou muito com a defesa – por fazer sempre muitos gols, desde a época do Garrincha –, isso também é verdade. Mas, deixando a brincadeira de lado, obviamente o Brasil não pode ser uma das maiores economias do mundo, ser um dos maiores repositórios de água doce, biodiversidade, de capacidade de produção de alimento, ter a Amazônia do tamanho que é e não se preocupar com a defesa. Não é possível isso.

Embora tenhamos dez vizinhos, nós não temos problemas com nenhum deles. Todos os problemas de fronteira que nós tínhamos foram resolvidos diplomaticamente há mais de cem anos. A relação nossa com todos esses países é uma relação de amizade e cooperação. Mas isso não quer dizer também que nós não temos que defender nossas fronteiras de outras situações: grupos irregulares, traficantes de drogas, etc.

Pelas razões que eu enunciei antes, tendo toda essa riqueza natural, esse parque industrial e essa capacidade de produção que a gente tem, quem garante que, no futuro, um conflito até entre terceiros não poderá ter uma repercussão aqui? Esperamos que não, mas a melhor maneira de evitar isso é ter a nossa defesa. Por isso que eu digo: do ponto de vista regional, na América do Sul, cooperação; do ponto de vista global, dissuasão. Sem perder de vista que também tem que ter cooperação, nada é preto e branco.

– Essa é a maior preocupação então? É para dissuasão no caso desses eventos de maior envergadura.

– É para o caso de algum país querer se aventurar onde não deve.

– Essa preocupação é muito semelhante ao caso da Rússia...

– Eu acho que o Brasil e a Rússia têm muitas coisas em comum. Os dois são do BRICS, são países ricos em energia, com população semelhante, extensão territorial. Claro que há duas grandes diferenças: a Rússia tem bomba atômica e nós não temos e a Rússia é membro do Conselho de Segurança da ONU e nós não somos. Eu espero que em breve só haja a primeira diferença, porque bomba atômica nós não queremos ter.

– E quanto ao projeto do submarino?

– É um submarino de "propulsão nuclear". É sempre bom deixar claro. O que é nuclear no submarino não são as armas que ele leva. O que é nuclear é a propulsão. Ele usará energia nuclear como poderia estar usando diesel ou biocombustível.

É um projeto que está caminhando, está avançando. Os primeiros desenhos, as primeiras capacidades já foram mais ou menos adquiridas, na França. O pacote envolve um submarino nuclear mais quatro submarinos convencionais e nós estamos recebendo a primeira parte dos convencionais. Mas quanto ao desenho e ao projeto do submarino nuclear, nós já estamos bastante avançados. Agora, o que diz respeito à geração de energia é totalmente nosso. A França não tem nada a ver com isso, com a parte do propulsor. É 100% nacional.

– Sobre a licitação do avião, não sei se posso perguntar se tem alguma novidade, alguma previsão...

– Perguntar não ofende, mas não tenho nenhuma novidade para dizer no momento. No futuro, outros projetos sempre estarão em aberto.

– Se a Rússia tiver alguma chance de entrar, com seus equipamentos, é só num outro projeto... se aparecer?

– Já entrou com os helicópteros.

– Sei. Aliás, tem um projeto de outro helicóptero, pela Odebrecht, se não me engano.

– Bom, aí eu não sei se era militar ou civil. Isso não foi conversado em detalhe. O que eu posso lhe dizer sobre o que foi conversado em profundidade na visita da presidenta e gerou muito rapidamente uma missão... Em três semanas mais ou menos, nós mandamos o nosso Estado-Maior Conjunto para os rigores do frio russo...

– Me contaram que ele pegou vinte graus negativos.

Com relação a essa visita e à visita agora do primeiro-ministro Dmitri Medvedev, existe alguma expectativa de assinatura, de fechamento desses acordos?

– Eu acho que a questão da defesa antiaérea começou agora. Acho que haverá um relato, é possível que se mencione algum aspecto, algum detalhe que não tenha ficado claro. Não sei se há intenção de se fazer algum outro memorando. O acordo nós acabamos de assinar. Então, da nossa parte, não há necessariamente o desejo. Mas também não excluo a possibilidade de que, se houver uma proposta, ela será examinada.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa