quinta-feira, 31 de maio de 2012

MALÁRIA

Estudo aponta que a genética está diretamente ligada a contração de malária
 Em 2011 mais de 61 mil pessoas foram infectadas pela malária no Amazonas, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS)
Manaus, 31 de Maio de 2012
MARIANA LIMA

Dr. Marcus Lacerda coordena o estudo pela UEA e Fundação de Medicina Tropical (Euzivaldo Queiroz)
Parece impossível, mas não é: algumas pessoas podem ser imunes à malária. Independente da transmissão feita pelo mosquito, algumas pessoas não contraem a doença por que não têm predisposição genética para isso. É o que indica um estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em parceria com a Fundação de Medicina Tropical (FMT).
A pesquisa indica que a possibilidade de identificar as pessoas que possuem maiores chances de contrair ou não a doença está diretamente ligada ao tipo sanguíneo, o que pode facilitar, daqui a alguns anos, um tratamento mais efetivo para a doença.
Durante cinco anos, aproximadamente 800 pessoas de uma comunidade localizada no município do Careiro Castanho (a 83 quilômetros de Manaus) tiveram amostras de sangue retiradas para contribuir com o estudo. O doutor em Medicina Tropical pela Universidade de Brasília em parceria com a Universidade de Nova York, Marcus Lacerda, que coordena o projeto, explica que a tipificação do sangue é o primeiro passo de uma longa caminhada de estudos.
Para isso, ele usou uma tipificação diferente do sistema ABO Rh, mais conhecido pela população. A tipificação Duffy, explica Lacerda, não tem relação direta com a mais usual e facilita o estudo da contaminação da célula pelo vírus. Segundo estudos anteriores, os portadores de sangue Duffy Negativo não contraem malária do tipo Plasmodium Vivax, espécie mais comum no Brasil, devido à sua característica sanguínea. “As pessoas que possuem Duffy negativo tem uma espécie de ‘tranca’ na célula que impossibilita a contaminação do vírus”, explica o pesquisador.
O tipo Plasmodium Vivax é o mais comum em Manaus. Dados da FMT apontam que 99% dos casos registrados na capital amazônica no ano passado são desse tipo. O restante – 1% - é do tipo Plasmodium Falciparum. Estes são os dois vírus causadores da malária mais comuns da região Amazônica. O site do Ministério da Saúde aponta ainda a existência de outros dois tipos de vírus: a Plasmodium Malarie, pouco frequente no País; e a Plasmodium Ovale, que só existe na África.
Segundo o pesquisador, “há casos de pessoas que moram em áreas de contaminação, que possuem sangue Duffy Negativo, que nunca tiveram a doença e possivelmente não a terão”. Ele alerta sobre os outros fatores que podem propiciar a contaminação pela picada do agente transmissor da doença, o mosquito Anopheles como o cheiro que a pessoa exala, a idade que possui, entre outros fatores. “Atualmente estamos estudando apenas a questão genética do indivíduo”, conclui.
A próxima etapa do estudo, segundo o pesquisador, consiste em avaliações de tratamentos durante a aplicação de dois tipos de remédios nos moradores de Careiro Castanho que contraíram a doença.
Ocorrência mundial
Cerca de 300 milhões de novos casos de malária e um milhão de mortes, a maioria em crianças com menos de cinco anos e grávidas africanas, são registrados no mundo a cada ano, conforme dados do Ministério da Saúde.
Novo tipo?
Segundo ele, apesar da característica peculiar das células do sangue tipo Duffy Negativo, estudos recentes apontam que algumas pessoas com esse tipo de sangue estão sendo contaminados pelo vírus e estamos tentando entender o porquê, diz Lacerda.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Brasil, Colômbia e Peru vão ampliar cooperação militar para segurança da tríplice fronteira



Manaus, 30/05/12
— Brasil, Colômbia e Peru reforçaram, em âmbito militar, o compromisso de proteger a fronteira comum contra ilícitos transnacionais. Em reunião tripartite dos chefes dos Estados-Maiores Conjuntos das Forças Armadas realizada ontem (29), em Manaus (AM), representantes dos três países concordaram em fortalecer políticas de cooperação multilateral para combater crimes como narcotráfico, mineração ilegal e contrabando.

"A palavra chave é cooperação", disse o anfitrião do encontro, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi. Segundo ele, o apoio mútuo entre as nações é fundamental para que a América do Sul encontre soluções para ameaças comuns, sobretudo na área fronteiriça. "Mas não podemos esquecer da nossa missão principal: a defesa da pátria e garantia da soberania nacional", ressalvou.

Durante a reunião, realizada na sede do Comando Militar da Amazônia (CMA), De Nardi e os chefes das delegações do Peru e da Colômbia, almirante Jose Cueto Aservi e general Leonardo Alfonso Barrero Gordillo, respectivamente, debateram propostas para incrementar a proteção da área da tríplice fronteira, além de medidas que possam gerar cooperação na luta contra crimes transnacionais.

Ao avaliar a evolução de medidas já adotadas pelos três países, o chefe do EMCFA defendeu que o fortalecimento do intercâmbio de inteligência se dê não apenas na esfera política — entre ministros de Estado ou envolvendo a alta cúpula das Forças Armadas —, mas também na "linha de frente", entre as próprias unidades fronteiriças. "Os comandantes de batalhão precisam se comunicar", afirmou. Para De Nardi, é preciso criar mecanismos que permitam replicar, em outros escalões, a aproximação obtida por Brasil, Colômbia e Peru em nível institucional.

A necessidade de incrementar a interação de informações também foi abordada pelas demais delegações. Além da troca de dados de inteligência, o almirante peruano Jose Cueto Aservi propôs a implementação de programas de treinamento conjunto em setores como inovação tecnológica militar, operações especiais (do tipo reconhecimento e combate noturno) e sistemas de simulação.

Já o general Barrero Gordillo, falando pelos colombianos, mencionou a importância do intercâmbio para manutenção e revitalização de equipamentos militares — como os veículos brasileiros Urutu e Cascavel, utilizados em seu país —, além da necessidade de contar com instâncias que permitam a troca de informações "em tempo real".

Ao debater algumas das ideias apresentadas, o general De Nardi lembrou que o tratamento de questões de segurança nas fronteiras não está restrito à atuação das Forças Armadas, e que uma abordagem mais ampla para o trato dos problemas enfrentados envolve a participação de outros atores institucionais, como o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça, no caso do Brasil.

Defesa cibernética

Ao longo da programação, militares brasileiros fizeram apresentações sobre temas diversos, recorrendo ao uso de slides e vídeos. A primeira delas tratou da questão da defesa cibernética no país e abordou desde a estrutura do setor, hoje sob responsabilidade do Exército Brasileiro, até os programas e projetos em andamento. Segundo o panorama apresentado, o núcleo do recém-criado Centro de Defesa Cibernética, em vias de ser ativado, deve multiplicar por quatro o número de profissionais empregados nos próximos dois anos.

Recentemente, cerca de R$ 20 milhões foram investidos pelo governo federal para a segurança cibernética da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece daqui a duas semanas, no Rio de Janeiro. Investimentos na montagem de sistemas de proteção semelhantes devem ser feitos para outros grandes eventos, como a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo, no ano seguinte.

Em outra apresentação, o chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, general João Carlos Vilela Morgero, falou das lições aprendidas na Operação Ágata, de combate a ilícitos nas fronteiras. Após fazer um balanço geral das quatro edições já realizadas, Vilela destacou o substancial aumento da participação de órgãos públicos na iniciativa, que integra o Plano Estratégico de Fronteiras. De acordo com o general, enquanto a Operação Ágata 1, realizada há menos de um ano, teve a participação de três ministérios, a Ágata 4, concluída há duas semanas, teve a participação de dez ministérios e cerca de 40 órgãos públicos federais e estaduais.

Militares colombianos e peruanos foram apresentados também ao "Guarani", nova família de blindados sobre rodas que começou a ser produzida no Brasil. E tiveram a oportunidade de realizar visitas ao Centro Regional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em Manaus, ao Cindacta 4 e ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS).

Esta foi a segunda reunião tripartite realizada pelos chefes dos Estados-Maiores Conjuntos das Forças Armadas do Brasil, da Colômbia e do Peru. A primeira ocorreu em outubro de 2010, na cidade de Leticia, na Colômbia. A próxima edição do evento está prevista para acontecer no primeiro semestre de 2013, em cidade ainda a ser definida, no Peru.


Assessoria de Comunicação

Ministério da Defesa

terça-feira, 29 de maio de 2012

Reunião em Manaus aborda combate ao narcotráfico na tríplice fronteira
Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas do Brasil, Colômbia e Peru debatem estratégias de combate não só contra o tráfico, bem como a outros crimes comuns na região fronteiriça
Manaus, 29 de Maio de 2012
ACRITICA.COM

Avião da FAB sobrevoa área de fronteira no Amazonas (Divulgação/FAB)
O intercâmbio dos dados de inteligência, para combater os impactos negativos gerados pelo narcotráfico e o terrorismo, na região de tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru é um dos temas da reunião entre os Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas dos referidos países, nesta terça-feira (29), em Manaus.
Os resultados da II Reunião Tripartite Brasil-Colômbia-Peru, realizada na sede do Comando Militar da Amazônia (CMA), localizado no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, deverão ser divulgados nesta quarta-feira (30).

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Brasil passa de estrela a lanterninha dos BRICs
NOVA YORK - O mesmo Brasil que até pouco tempo era incensado por investidores do mundo todo parece ter sido mandado para a coxia. Entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), ele é o que está crescendo menos, a aversão a risco em relação ao País só aumenta e o Brasil passou de estrela a lanterninha do grupo.
'Há uma desaceleração considerável no Brasil e alguns investidores estão pensando: 'hei, deve haver algum problema aí'', comentou o estrategista Albert Ades, do Bank of America Merrill Lynch (BofAML), em entrevista à Agência Estado.
Enquanto a China cresceu 8,1% no quarto trimestre de 2011, a Índia teve expansão de 6,1% e o PIB da Rússia aumentou 4,9%, a economia do Brasil avançou apenas 1,4%. Isso mesmo com um ciclo de relaxamento monetário - iniciado em agosto do ano passado, e que derrubou a taxa Selic de 12% para o patamar de 9% - e com todas as medidas de estímulo que vêm sendo adotadas pelo Ministério da Fazenda, controlado por Guido Mantega.
'Qualquer um com um pouco de senso de história sabe que quando o Brasil começa a reduzir demais os juros, é preciso ficar atento ao risco de inflação. E neste momento, nenhum investidor quer ser pego por estar no lado errado', explicou o diretor da EPFR Cameron Brandt.
Parte desse movimento negativo tem a ver com a aversão a risco por causa do cenário de incerteza na Europa, que afeta todos os emergentes. A outra parte está relacionada com as novas medidas que vêm sendo adotadas pelo governo e que têm gerado insegurança.
'O governo está usando medidas temporárias, no lugar de olhar o cenário mais amplo para avançar em reformas que possam fazer a diferença num prazo mais longo, num nível mais duradouro', disse a diretora de ratings soberanos da Standard and Poor's, Lisa Schineller.
Esse movimento de aversão a risco entre os emergentes fica claro no MSCI Emerging Markets Index, que é um índice criado pelo Morgan Stanley para medir ao desempenho do mercado de ações em 26 economias emergentes. Esta semana, esse índice chegou a cair 2,4%, a 896,96 pontos, a maior queda desde 23 de novembro do ano passado. Do final de janeiro até o início de maio, o MSCI havia se mantido acima do nível de 1.000 pontos.
O iShares MSCI Emerging Markets Index Fund, que é o fundo de ETFs da Blackrock que acompanha o desempenho do MSCI, estava hoje em queda de 0,27%, tendo perdido 0,13% em um mês e com retração de 1,87% no acumulado do ano até esta tarde. Já o iShares MSCI Brazil Index Fund hoje está em movimento de reduzir perdas recentes e subia 1,90%, com queda acumulada de 14,88% em um mês e de 9,24% no ano.
Uma fonte em Nova York disse à Agência Estado que outro ponto que está sendo observado e desperta cautela entre os investidores é a participação do governo, em especial, do BNDES nos investimentos do País. Segundo essa fonte, o papel do governo segue muito forte e gera incertezas, uma vez que se espera uma participação maior do setor privado.
Outros analistas, no entanto, dizem que, no longo prazo, os fundamentos do País são bons. Mauro Roca, estrategista para emergentes do Deutsche Bank, por exemplo, não concorda com os que dizem que os dias de glória do Brasil ficaram para trás. 'Não podemos julgar o Brasil apenas pelo que está acontecendo neste momento. O potencial do País ainda é enorme. Mas ainda faltam as reformas', disse.
Roca admite, no entanto, que na comparação com seus concorrentes latinos o País não está no topo do ranking. Segundo ele, além do Chile, que está em melhor situação, mas que também está em nível mais alto de grau de investimento do que seus vizinhos, a Colômbia tem se mostrado hábil na condução de reformas e mudanças no país, incluindo a melhora da segurança, assim como o Peru, que pode não estar tão bem preparado como Chile e Colômbia, mas se mostra na direção de consolidação fiscal e reformas. O México, assim como o Brasil, ainda tem de fazer reformas, mas está sendo beneficiado no momento pela melhora na economia dos EUA.
Para o analista sênior para emergentes da América Latina do HSBC, Bertrand Delgado, de fato, as mudanças frequentes de políticas têm tido peso negativo, mas ele acredita que o Brasil ainda tem potencial para ter um bom desempenho econômico no longo prazo. Para este ano, ele espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 3,2%, a inflação fique em 5,2% e o dólar ao redor de R$ 2.
Albert Ades, do BofAML, acredita que o dólar ficará na faixa de R$ 1,84 a R$ 2,20 nos próximos seis meses e recomenda a seus clientes que façam suas apostas em derivativos levando esse cenário em conta. 'Com o dólar nessa faixa, será possível eles fazerem dinheiro', diz.
Ades disse que o Brasil ainda tem vários fatores favoráveis para que consiga superar esse momento de crescimento menor, entre eles as perspectivas promissoras no setor de energia, especialmente com o petróleo do pré-sal. 'Vejo bom potencial no Brasil no médio e longo prazo. Mas o País tem desafios no lado fiscal, tem de fazer as reformas necessárias', ponderou.

Militares brasileiros contribuem para um mundo livre de conflitos armados, diz Amorim no Líbano

Brasília, 24/05/2012
– O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que o Brasil tem contribuído decisivamente, junto a outros países e organismos multilaterais como as Nações Unidas, para a construção de um mundo melhor, livre de conflitos armados.

As declarações de Amorim foram feitas no último domingo (20) durante a cerimônia que marcou a substituição da Fragata União (F-45) da Marinha brasileira pela Fragata Liberal (F-43) na missão de paz da Organização das Nações Unidas no Líbano (Unifil). Desde outubro de 2011, o Brasil mantém uma fragata como nau capitânia da Força Tarefa Marítima (MTA) composta por nove navios de diferentes países, e que integra a missão de paz.

O comando da MTA, sob a responsabilidade do Brasil, está a cargo do contra-almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith. A principal tarefa do braço marítimo da missão militar é evitar a entrada, por mar, de armas e explosivos em território libanês. No entanto, nos limites do mandato estabelecido pela ONU, a Marinha brasileira tem feito muito mais, capacitando oficiais e praças da Marinha libanesa em operações navais para que o país possa, no futuro, assumir tarefas que hoje estão sob a alçada da Unifil.

Num clima de emoção, integrantes das marinhas brasileira e libanesa, além de representantes diplomáticos de diversos países, ouviram o discurso do ministro Celso Amorim a bordo da fragata União. Ele destacou o esforço e profissionalismo dos brasileiros na missão. “Não muitos países são capazes de enviar uma fragata para local tão distante de seu litoral por período tão extenso como temos feito nos últimos sete meses”, assinalou o ministro.

Amorim lembrou também que o Brasil é um importante contribuinte de tropas para as operações de peace-keeping da ONU, participando, atualmente, de oito missões de paz, seja por meio de observadores, como ocorre na Síria, seja por intermédio do deslocamento de grandes contingentes militares, a exemplo do Haiti.

Dirigindo-se ao comandante da fragata União, o capitão-de-fragata Ricardo Gomes e sua tripulação, Amorim agradeceu o trabalho realizado e destacou o pioneirismo da tarefa desempenhada pelos marinheiros na missão, uma vez que a União foi a primeira embarcação brasileira a liderar uma força marítima em missão da ONU. “A história reservará um lugar especial para todos vocês. Homens repletos de coragem, competência e determinação que cumpriram a missão confiada: contribuir para a causa da paz.”

O ministro desejou, em discurso, sucesso ao capitão-de-fragata José Luiz Ferreira Canela, oficial que comandará a fragata Liberal, embarcação que vai permanecer no Mediterrâneo até novembro deste ano. O navio dispõe das mesmas capacidades operacionais da União, com sistema de armas atualizado e helicóptero multi-emprego, e conta com uma tripulação de cerca de 250 homens.

Durante visita às duas fragatas brasileiras, Amorim ouviu dos oficiais da Marinha relatos sobre a missão, que, segundo eles, tem contribuído efetivamente para evitar a entrada de armamento no Líbano, além de baixar a tensão das relações entre países em conflito na região. O trabalho brasileiro, afirmam, tem sido reconhecido pelo Líbano.

Na cerimônia de despedida da União, estiveram presentes o comandante das Forças Armadas Libanesas, general Kawadji, além do comandante da Marinha do país, almirante Nazih Baroudi. O evento também teve a participação do embaixador do Brasil no Líbano, Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura; do chefe da Unifil, general Paolo Serra; do comandante de Operações Navais da Marinha brasileira, almirante-de-esquadra Max Roffé Hirschfeld; e do chefe do Centro de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, almirante-de-esquadra Carlos Augusto de Sousa.

Encontros com lideranças

Além de participar da cerimônia de troca das fragatas, na viagem de três dias ao Líbano, Amorim manteve encontros com as principais lideranças políticas do país. O ministro teve audiências com o presidente da República, general Michel Sleiman (foto acima); com o presidente da Assembleia Nacional, Nabih Berry (foto abaixo); com o ministro da Defesa, Fayes Ghosn; com o chanceler, embaixador Adnan Mansour; e com o comandante do Exército, general Jean Kajwaji.

Nos encontros, Amorim reiterou o compromisso do Brasil em auxiliar o Líbano por meio da Unifil. Ele manifestou a intenção de ampliar a cooperação com o país na área de defesa com iniciativas para além do que já vem sendo feito na missão de paz, a exemplo do incremento da participação de oficiais em cursos oferecidos pelas Forças Armadas de ambos os países.

Em suas conversas, o ministro brasileiro lembrou os laços históricos entre os dois países. Ele mencionou o fato de que, atualmente, vivem em várias regiões do Brasil milhões de descendentes de libaneses.

Amorim também conversou com lideranças sobre os reflexos da crise da Síria no Líbano. O ministro informou a seus interlocutores que 11 militares brasileiros se encontram na Síria, na condição de observadores, como parte do esforço internacional para auxiliar o país a por um fim no conflito interno.

Assessoria de Comunicação

Ministério da Defesa
Brasil e Portugal defendem o incremento de intercâmbio no setor militar



Brasília, 24/05/2012
– A necessidade de incrementar o intercâmbio e fortalecer a parceria militar Brasil-Portugal norteou a reunião entre os ministros da Defesa Celso Amorim e José Pedro Aguiar-Branco, nesta quinta-feira, em Brasília. No encontro bilateral, o ministro Amorim sugeriu que os chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas dos dois países participem de conferências anuais para tratarem de questões de abrangência comum. O ministro Aguiar-Branco destacou o processo de privatização do setor naval português, projeto que, segundo ele, oferece oportunidades para indústrias brasileiras.

“O Exército brasileiro tem interesse na parceria com o Exército português. Aqui no Brasil desenvolvemos o Centro de Defesa Cibernética, que já foi implantado há um ano e meio e terá seu grande teste na Rio+20. O governo federal tem o programa ‘Ciências sem Fronteiras’ e asseguro que podemos estabelecer intercâmbio nessa área”, disse o ministro Amorim.

Com relação à privatização, Celso Amorim considerou importante que o governo brasileiro conheça em detalhes a concorrência e priorize a participação de empresas
nacionais. Nesse momento, autoridades militares fizeram relato sobre a construção de navios patrulhas de 200 e 500 toneladas. No entanto, os brasileiros expuseram que há necessidade de verificar o mercado para tomar qualquer decisão sobre a privatização.

A visita
O ministro Aguiar-Branco chegou ontem (23) ao país para visita oficial de três dias. As reuniões com as autoridades brasileiras foram iniciadas hoje pela manhã, sendo a primeira no Ministério da Defesa. Aguiar-Branco chegou às 11h e foi recebido com honras militares. Em seguida, ocorreram as apresentações dos integrantes da comitiva portuguesa, que depois se deslocaram à sala de reuniões na sede do ministério.

Na abertura, o ministro Amorim destacou a importância do encontro bilateral Brasil-Portugal. Aguiar-Branco contou que chegara dos Estados Unidos, onde participou de reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ocorrida em Chicago. Segundo o ministro português, um dos assuntos tratados foi a retirada de tropas militares do Afeganistão até 2014. Ele afirmou que foi apresentado um cronograma para a redução gradual dos 325 mil militares naquele país.

Celso Amorim, por sua vez, relatou a atuação do Brasil no Haiti e Líbano. Com relação ao país caribenho, o ministro brasileiro explicou que as tropas militares foram enviadas para cumprir três metas: segurança, estabilidade política e desenvolvimento econômico e social. Amorim reconheceu alguns avanços e previu que a participação brasileira deva se encerrar após as próximas eleições gerais.

Amorim mencionou também a participação do Brasil na missão de paz no Líbano, bem como a relação com a Síria, onde há presença de 11 militares brasileiros no grupo de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU). “Nossa política tem dado muita importância ao Conselho de Defesa Sul-americano e à [União de Nações Sul-americanas] Unasul”, relatou o ministro brasileiro.

Na reunião, Amorim e Aguiar-Branco destacaram a parceria entre a Embraer e a OGMA (indústria aeronáutica de Portugal) no projeto KC-390, para desenvolvimento de um jato cargueiro, transporte de tropas e reabastecimento em voo. Celso Amorim destacou que o ministro português – que fará visita hoje à sede da Embraer, em São José dos  Campos (SP) – tomará conhecimento das etapas do projeto desenvolvido pelas duas empresas. Ao término do encontro, o ministro Amorim propôs a elaboração de ata com o apontamento dos principais tópicos para manter a memória das discussões entre os países.

Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa

quinta-feira, 24 de maio de 2012

ONU alerta para crise alimentar que afeta 2,8 milhões de pessoas em Burkina Fasso
23 de maio de 2012 · Destaque  - ONU



A Subsecretária-Geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, destacou hoje (23/05) a necessidade de responder rapidamente à crise alimentar e nutricional em Burkina Fasso, que está afetando cerca de 2,8 milhões de pessoas. Amos ressaltou a importância da construção da resiliência no país para futuras emergências.
Burkina Fasso faz parte da região do Sahel, onde há quase 15 milhões de pessoas enfrentando insegurança alimentar. De acordo com comunicado emitido pelo Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), há cerca de 60 mil refugiados do Mali no país que também necessitam de assistência.
“A seca e os preços dos alimentos têm feito as suas vítimas. Muitas famílias tiveram que vender seu gado para cobrir suas necessidades alimentares ou que estão comendo as sementes que deveriam plantar para a próxima temporada”, ressaltou Amos no fim de sua visita de dois dias ao país.
Na segunda-feira (21/05), Amos e o Governo de Burkina Fasso lançaram um pedido por 126 milhões de dólares para lidar com a insegurança alimentar e nutricional, incluindo saúde, água, saneamento e higiene.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Irã fez contraproposta sobre questão nuclear, diz delegação
DA FRANCE PRESSE, EM BAGDÁ
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Irã fez uma contraproposta às grandes potências durante as negociações sobre o programa nuclear de Teerã nesta quarta-feira, indicou um membro da delegação iraniana.
A fonte, que falou em condição de anonimato, acrescentou que as negociações prosseguem nesta quarta-feira e na quinta-feira na capital iraquiana.
"O Irã realizou uma contraproposta em cinco pontos durante a primeira rodada de negociações com o Grupo 5+1 --Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha. Nossas propostas se baseiam no TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear), nos princípios do 'passo a passo' e da reciprocidade aceitos em Istambul", declarou.
"Esperamos que a outra parte nos conteste durante a segunda rodada de negociações na noite desta quarta-feira", acrescentou.
"As negociações continuarão na quinta-feira", disse ainda a fonte.
NEGOCIAÇÕES
O Irã e seis potências mundiais começaram hoje em Bagdá uma nova negociação sobre o programa nuclear iraniano. As potências ocidentais afirmam que o Irã procura fabricar a bomba atômica, enquanto o Irã afirma que seus objetivos são unicamente civis.
Os representantes do Irã e do Grupo 5+1 se reuniram em uma residência oficial da Zona Verde, um bairro hiperprotegido no centro da capital iraquiana.
Uma reunião em Istambul em meados de abril, a primeira em 15 meses, havia aberto o caminho para a reunião desta quarta-feira em Bagdá.
EUA
Ontem, o governo dos Estados Unidos demonstrou ceticismo em relação ao diálogo com o Irã edeclarou que o país "será julgado" pelos avanços no programa nuclear, mas é "um passo a frente" o acordo da República Islâmica com a AIEA (gência Internacional de Energia Atômica), vinculada à ONU.
"É importante notar que o anúncio de hoje é um passo adiante, mas os Estados Unidos julgarão o comportamento de Teerã com base nos seus atos", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em entrevista coletiva nesta terça. "Promessas são uma coisa, ações e cumprimento de obrigações são outra".
O representante confirmou que o governo americano continuará pressionando as autoridades de Teerã a suspenderem as atividades atômicas, com o uso de sanções econômicas contra o país e membros do governo de Mahmoud Ahmadinejad.
Na segunda (21), o Senado americano aprovou mais um grupo de sanções econômicas. As novas restrições são feitas às contas do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã e pede às companhias americanas que comuniquem a existência de negócios relacionados com o Irã à Comissão de Exportações e Segurança.

ONU aumenta a proteção a civis após surto de violência na República Democrática do Congo
23 de maio de 2012 · Notícias  - ONU


A Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo  (MONUSCO) tem intensificado a proteção a civis após a última explosão de violência na província de Kivu do Norte, no leste do país. No mês passado, um ex-líder rebelde acusado de crimes de guerra promoveu um motim na região.
“O que estamos enfrentando agora teve origem no início de abril, quando Bosco Ntaganda começou um motim de tropas integradas às FARDC [Forças Armadas da República Democrática do Congo], embora, na verdade, muitos nunca tenham aceitado plenamente a autoridade do governo central, incluindo o próprio Ntaganda”, disse o Chefe da MONUSCO, Roger Meece.
“Acredito que as ações de Ntaganda naquele momento foram provavelmente motivadas pelo medo de que a rede estava se fechando para sua prisão ou outra ação contra ele”, acrescentou o Chefe da Missão.
Segundo Meece, as Forças de Paz estão ativamente envolvidas em várias ações, incluindo a proteção de áreas vulneráveis, como a cidade de Sake, que as tropas de Ntaganda tentaram tomar.
Meece informou ainda que os combates causaram deslocamento “significativo” de civis, internamente e também para Ruanda e Uganda. A MONUSCO está trabalhando para facilitar o acesso humanitário às áreas de conflito.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) repassou na terça-feira (22/5) informações divulgadas pelas autoridades de Uganda, segundo as quais um adicional de 13 mil a 15 mil refugiados da RDC entraram no país durante os últimos dias. Entre 6 mil e 7 mil já haviam cruzado as fronteiras.
O Procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, afirmou semana passada que está buscando novas acusações contra Ntaganda – relacionadas a crimes de guerra e contra a humanidade. O TPI já emitiu um mandado de prisão, em 2006, por atos criminosos cometidos contra civis na região de Ituri, no Congo, entre 2002 e 2003.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Rio+20 e Estratégia Nacional de Defesa pautam reunião dos chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas

Brasília, 17/05/2012 – A atualização da Estratégia Nacional de Defesa (END) e a evolução do plano de segurança para a Rio+20 foram os principais temas da 13ª Reunião do Comitê dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas, ocorrida nesta quinta-feira, no Ministério da Defesa.

O encontro contou com a participação do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e dos chefes dos Estados-Maiores da Armada, almirante Fernando Eduardo Studart Wiemer; do Exército, general Joaquim Silva e Luna; e da Aeronáutica, brigadeiro Aprígio Eduardo de Moura Azevedo.

Anfitrião do evento, o general De Nardi enfatizou a importância da Estratégia Nacional de Defesa, ao apresentar propostas de revisão do documento. “A END mudou a atuação das Forças Armadas. Hoje, Marinha, Exército e Aeronáutica pautam suas condutas pelas diretrizes nela estabelecidas”, afirmou.

Na oportunidade, os militares conheceram o resultado do grupo de trabalho interministerial criado para analisar e apresentar sugestões para a atualização do documento. O grupo atuou durante quatro meses e promoveu 16 reuniões.

A atualização da END segue o disposto na Lei complementar nº 136, de 25 de agosto de 2010, que prevê revisão a cada quatro anos, e posterior encaminhamento ao Congresso Nacional, para apreciação.

De Nardi deu conhecimento aos demais oficiais sobre algumas das propostas estudadas. O material deve seguir para o crivo do ministro da Defesa, Celso Amorim, até o fim deste mês.

Rio+20


Na etapa seguinte, tratou-se do esquema de segurança da Rio+20, evento que acontece entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro. O objetivo da conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto.

Na oportunidade, foi feita apresentação da evolução do plano de segurança da conferência, bem como do cronograma das ações realizadas e das que estão para acontecer. As Forças Armadas ficarão encarregadas tanto da segurança dos locais dos eventos, quanto do deslocamento das comitivas nos diversos itinerários na capital do Rio, além da segurança cibernética para o monitoramento da rede da Rio+20.

O comando do plano geral de segurança foi delegado ao Exército, que atribuiu ao Comando Militar do Leste (CML) o planejamento e a execução de todas as ações de segurança ligadas à conferência. A previsão é de que o aparato de segurança sob responsabilidade das Forças Armadas seja desmobilizado somente uma semana após a realização do evento.

Além das organizações militares, o plano de segurança envolve também o Comitê Nacional de Organização da Rio+20, o Departamento de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência, entre outros órgãos.



Assessoria de Comunicação

Ministério da Defesa
Alvos identificados na Operação Ágata 4 podem resultar em novas ações na Amazônia



Brasília, 17/05/2012
– As pistas clandestinas, as áreas ilegais de garimpo e os pontos usados para tráfico de entorpecentes e de animais silvestres podem ser alvos de novas operações das Forças Armadas na região da Amazônia. A determinação foi transmitida pelo chefe de Operações Conjuntas (CHOC), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general João Carlos Vilela Morgero, durante videoconferência que marcou o encerramento oficial da Operação Ágata 4. A ação militar realizada entre 2 e 17 de maio contou com aparato de 8,5 mil militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB), além de funcionários civis de 18 agências ligadas a dez ministérios.

A FAB levantou 11 pistas clandestinas – além da que foi explodida às margens do rio Catrimani, a 230 quilômetros de Boa Vista, no estado de Roraima – que passarão pelo processo de limpeza da área, como, por exemplo, a retirada de moradores para, em seguida, serem destruídas. Os números finais da operação Ágata serão encaminhados pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) ao Ministério da Defesa até o dia 25 de maio. Em seguida, será produzido documento com todos os detalhes da operação militar.

Para o patrulhamento de 5.128 quilômetros de fronteiras do Brasil com Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa foram empregados 3.331 militares da Marinha, 4.078 do Exército e 1.037 da FAB. A operação contou com a participação de 11 navios, nove helicópteros, 27 aviões e 65 veículos automotores.

O comandante da Força Aérea Componente (FAC), brigadeiro Marcelo Damasceno, disse que a operação permitiu mapear uma região fronteiriça de 5,2 mil quilômetros. Isso significa a distância entre Lisboa (Portugal) e Moscou (Rússia). O total de quilômetros voados pelas aeronaves da FAB durante a operação – 211 mil – representa cinco voltas em torno do planeta Terra.

Brasil tem mapa das fronteiras
Os resultados da Operação Ágata 4 servirão para que o governo federal tenha o diagnóstico dos 16.886 quilômetros de fronteira do Brasil com dez países sul-americanos. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao avaliar na última terça-feira (15/05), em Manaus (AM), a megaoperação.

Amorim percorreu trechos da região onde se desenrolou a Ágata 4 acompanhado do vice-presidente da República, Michel Temer; do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito; do chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi; e dos comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Peri; e da FAB, brigadeiro Juniti Saito.

“Com a Operação Ágata 4 completamos o patrulhamento da fronteira brasileira. Nesse período, fizemos o levantamento de áreas estratégicas. Um aspecto importante que devemos destacar foi a interoperabilidade das Forças Armadas”, disse o ministro.

A Ágata é parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado em junho do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff. As ações no âmbito dessa operação são coordenadas pelo EMCFA. Após a realização da Ágata, o governo deflagra a operação Sentinela, sob comando do Ministério da Justiça.

Operação em Roraima
O segundo dia de visita na região Norte começou no município de Bonfim (RR), distante 130 quilômetros de Boa Vista (RR). Lá, o vice-presidente Temer e os ministros Amorim e general José Elito (GSI), com os comandantes das Forças Armadas, conheceram o 1º Pelotão Especial de Fronteira (PEF), localizado perto da divisa de Roraima com o Suriname. Depois, as autoridades estiveram numa escola onde se realizaram atendimentos médico e social.

De Boa Vista, a comitiva seguiu para Manaus, onde foi recebida pelo governador Omar Aziz, o vice-governador José Melo, bem como autoridades locais. No CMA, na central montada para coordenar os trabalhos da Ágata 4, foi feita a apresentação das ações em apoio à defesa civil nos municípios que enfrentam problemas de enchentes.

O chefe do Estado-Maior do CMA, general José Luiz Jaborandy Junior, contou que desde o dia 10 de maio os militares atuam em cooperação com o setor de defesa civil do Amazonas. Segundo ele, a participação das Forças Armadas utiliza aparato que permite socorrer a população ribeirinha.

O comandante do 9º Distrito Naval, vice-almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, explicou que a Marinha vem ajudando os moradores da região Norte desde fevereiro. Inicialmente, equipamentos como navio-hospital e lanchas foram empregados em apoio aos municípios do Acre. Nesta semana, a Marinha deslocou os navios para a região metropolitana de Manaus.

No mesmo sentido, o 7º Comando Aéreo Regional (Comar) entrou na operação nos atendimentos médico e hospitalar com a participação efetiva no Hospital de Campanha (HCamp) que foi montado numa balsa e se localiza no bairro de São Raimundo, em Manaus. O brigadeiro Nilson Soileti Carminati, comandante do 7º Comar, disse que o HCamp poderá ser deslocado para outras áreas do Amazonas.

Após as exposições, o governador Omar Aziz agradeceu a ajuda do governo federal neste momento de dificuldades e anunciou investimentos de US$ 280 milhões em obras de recuperação dos igarapés e remoção de 4 mil famílias que ocupam as áreas de risco. Para o governador, a ação das Forças Armadas tem sido fundamental nessa região do país.

Para o vice-presidente Temer e o ministro Amorim, a ação em conjunto das tropas é fundamental para os resultados da Ágata – que tem o objetivo de assegurar a presença mais frequente do estado na região de fronteira. Até o fim do ano devem ocorrer mais duas edições da Operação Ágata.


Assessoria de Comunicação

Ministério da Defesa
Nível de influxo de refugiados da República Democrática do Congo é ‘desastroso’, avalia ACNUR
17 de maio de 2012 · Notícias - ONU

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) expressou na quarta-feira (16/05) preocupação com os novo influxo de refugiados para Ruanda e Uganda, que fogem dos combates no leste da República Democrática do Congo (RDC). ”O nível de deslocamento que estamos vendo no leste da República Democrática do Congo já é desastroso”, disse o Chefe do ACNUR, António Guterres.
Mais de 8,2 mil refugiados cruzaram a fronteira em direção a Ruanda desde 27 de abril, onde já vivem 55 mil refugiados. Segundo o governo de Uganda, 30 mil congoleses chegaram ao país este mês.
O combate foi retomado no leste da RDC nas últimas semanas entre forças do governo, grupos dissidentes e milícias, causando deslocamentos, violações de direitos humanos e perda de propriedade.
Desde novembro de 2011, quando foram realizadas eleições presidencial e parlamentar, estimadas 300 mil pessoas foram forçadas a deixar suas regiões. Isso eleva para mais de dois milhões de deslocados no país.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

IMPORTANTE - SAÚDE

Hipertensão, diabetes e obesidade estão em drástica ascensão no mundo, diz relatório da OMS
17 de maio de 2012 · Destaque - ONU


“Este relatório é mais uma evidência do aumento dramático nas condições que acarretam as doenças do coração e outras doenças crônicas, particularmente em países de baixa e média renda,” disse a Diretora-Geral da OMS, Margaret Chan. “Em alguns países africanos, quase a metade da população tem pressão alta.” No mundo, um em cada três adultos sofre desse problema.
Cerca de 10% da população mundial vive com diabetes.  Se não for tratada, pode ocasionar doenças cardiovasculares, cegueira e insuficiência renal.
O aumento da obesidade também é destacado no documento como um grande risco para a saúde. “Em todas as regiões do mundo, a obesidade duplicou entre 1980 e 2008″, disse o Diretor do Departamento de Estatísticas de Saúde e Informática da OMS, Ties Boerma. “Hoje, meio bilhão de pessoas – 12 % da população – são consideradas obesas.”

IRÃ VENDE ARMAS A SÍRIA E VIOLA SANÇÕES,DIZ ONU.

A Síria continua sendo o principal destino das armas exportadas pelo Irã,violando a proibição de exportações armamentistas impostas pela ONU à  República Islâmica,segundo um relatório preliminar confidencial feito por especialistas da organização.
O Irã,como a Rússia,é um dos poucos aliados do presidente  sírio,Bashar  al-Assad, que há 14 meses enfrenta rebelião  interna contra seu regime.O relatório,apresentado pelos especialistas à comissão de sanções do Conselho de segurança da Organização das Nações Unidas,disse que o painel investigou três grandes lotes de armas fornecidas pelo Irã ao longo do último ano. REUTERS – Matéria publicada hoje dia 17/05/2012 quinta-feira no jornal “Brasil Econômico”.

quarta-feira, 16 de maio de 2012


Dilma diz que ódio não move Comissão da Verdade
BRASÍLIA, 16 Mai (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff emocionou-se ao instalar nesta quarta-feira a Comissão da Verdade e disse que as investigações não serão movidas pelo ódio ou revanchismo, mas que o Brasil precisa conhecer a "totalidade de sua história".
"Ao instalar a Comissão da Verdade, não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu", disse a presidente.


Na cerimônia que deu posse aos integrantes da comissão, criada para esclarecer crimes e abusos contra direitos humanos cometidos no país entre 1946 e 1988, período que inclui o regime militar (1964-1985), Dilma afirmou ainda que a ignorância sobre a história não pacifica.
"O Brasil não pode se furtar a conhecer a totalidade de sua história. Trabalhamos juntos para que o Brasil conheça e se aproprie dessa totalidade da sua história", disse. "A ignorância sobre a história não pacifica, pelo contrário, mantém latente mágoas e rancores", acrescentou a presidente, que foi torturada e passou três anos presa durante o regime militar.
"A sombra e a mentira não são capazes de promover a concórdia. O Brasil merece a verdade", afirmou.
"As novas gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo, como se eles morressem de novo a cada dia", declarou emocionada.
Integram a comissão o ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp, o ex-procurador-geral da República Cláudio Fontelles, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, o embaixador Paulo Sérgio Pinheiro, a psicanalista Maria Rita Kehl e os advogados Rosa Maria Cardoso da Cunha e José Paulo Cavalcanti Filho.
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Fernando Collor de Mello participaram da cerimônia e foram citados por Dilma em seu discurso, pelo papel de seus governos na consolidação da comissão.
A comissão, cuja criação foi proposta em 2009, terá um prazo de dois anos para investigar as violações de direitos humanos ocorridas no período.
A lei que estabeleceu a Comissão da Verdade foi sancionada por Dilma em novembro do ano passado. Durante sua tramitação no Congresso, houve polêmica em torno do ponto que dava exclusivamente à presidente o direito de escolher os integrantes.
(Reportagem de Ana Flor)

General assume o comando da Brigada das Missões durante operação Ágata 4
Manaus, 08 de Maio de 2012
ACRITICA.COM
  
A Brigada das Missões desempenha um trabalho de fiscalização da fronteira para evitar que os narcotraficantes entrem no Brasil
 Ogeneral de brigada Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira assume o comando da 16 Brigada de Infantaria de Selva (Brigada das Missões), em Tefé. A Brigada das Missões desempenha um trabalho de fiscalização da fronteira em parceria com outras forças, como a Polícia Federal, para evitar que os narcotraficantes que atuam no Peru e na Colômbia entrem no Brasil.
Após a passagem de comando um desfile militar da tropa, com mais de 600 militares foi realizado no Quartel General da 16 Brigada de Infantaria de Selva.
"A passagem de comando da Brigada das Missões em plena operação Agata quatro, evidencia a importância desta brigada, que é altamente estratégica para o país", ressalta o general de Divisão Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, comandante da 12ª Região Militar.