terça-feira, 31 de julho de 2012

CADÊ A INTELIGÊNCIA ESTRATÉGICA ?

Protesto de caminhoneiros interdita faixas de rodovias de 6 Estados
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Caminhoneiros em greve fazem protestos e interditam faixas das rodovias federais em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul na manhã desta terça-feira.
Em São Paulo, os bloqueios causavam lentidão na pista sentido Rio de Janeiro da rodovia Presidente Dutra, do km 27 ao km 24, em Silveira (a 231 km de São Paulo).
No Rio de Janeiro, os manifestantes também fazem cinco interdições na via Dutra. No sentido São Paulo da rodovia, havia retenção do km 227 ao 228, na serra das Araras; e do km 264 ao km 276, em Barra Mansa.
Na pista sentido Rio, a interdição mais crítica ocorria do km 287 ao km 273, na região de Barra Mansa. Também havia bloqueio próximo da cidade de Resende, com lentidão entre o km 306 e o km 302; e em Porto Real, entre o km 291 e o km 290.
Já no Espírito Santo havia bloqueios parciais em ambos os sentidos da rodovia BR-262, km 9, em Viana. Na BR-101, caminhoneiros se concentravam em Cariacica, no km 284; em Iconha, no km 374; e em Linhares, no km 158.
No Paraná, o protesto afetava duas rodovias em cinco pontos diferentes onde os manifestantes impediam a passagem de caminhões.
Na BR-277 o bloqueio estava concentrado em Medianeira, no km 670. Já na BR-163, os pontos de protesto estavam na região de Barracão, no km 7; em Pranchita, no km 42; em Pérola D'Oeste, no km 64; e em Capanema, no km 86.
Em Santa Catarina, os grevistas interditam ao menos três rodovias federais. Eles permitem a passagem apenas de carros, ônibus, ambulâncias e veículos com cargas perecíveis.
O tráfego estava parcialmente interditado na BR-282 nas cidades de Maravilha, no km 605; em Catanduvas, no km 406; e em São Miguel do Oeste, no km 645. Na rodovia BR-158 o bloqueio ocorre em Cunha Porã, no km 110; na BR-163 há uma interdição em Dionísio Cerqueira, no km 121.
No Rio Grande do Sul, havia interdição de faixas nos dois sentidos da rodovia BR-101 --principal rodovia de saída do Estado.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o problema estava localizado no km 22, em Três Cachoeiras, onde havia 6 km de congestionamento em cada sentido. Cerca de 300 caminhões estavam estacionados na via, e os caminhoneiros permitiam apenas a passagem de carros, ambulâncias e ônibus.
MOTIVOS
A greve dos caminhoneiros, que não tem o apoio dos sindicatos da categoria, tenta derrubar mudanças implementadas pelo governo federal para o setor de transporte rodoviário do país, como o cartão-frete (que formaliza a contratação dos motoristas autônomos) e a lei que institui o controle de jornada de trabalho da categoria.
A Lei Federal 12.619 obriga o trabalhador a ter descanso de 11h entre duas jornadas de trabalho, uma hora por dia de parada para almoço e repouso de 30 minutos a cada quatro horas rodadas. A lei foi publicada pelo Governo Federal no dia 30 de abril e tem como objetivo evitar que motoristas rodem dia e noite sem paradas, para diminuir as mortes nas estradas.
Nélio Botelho, coordenador do MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro), afirma que as medidas têm reduzido a oferta de frete para os profissionais e diminuído os rendimentos em razão das restrições de horário de trabalho. Os caminhoneiros também reclamam da falta de estrutura das rodovias para cumprir as paradas obrigatórias previstas em lei, de quatro em quatro horas.
De acordo com Botelho, o protesto dos caminhoneiros tem enfrentado baixa adesão especialmente em São Paulo e nos Estados do Centro-Oeste, em que o setor de transporte rodoviário é controlado por grandes transportadoras e por multinacionais embarcadoras de grãos.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Atletas-militares, Sarah Menezes e Felipe Kitadai ganham ouro e bronze em Londres

Brasília, 30/07/2012 – Integrantes da equipe de 51 atletas-militares que participam dos Jogos Olímpicos Londres 2012, os judocas Sarah Menezes e Felipe Kitadai conquistaram as primeiras medalhas para o Brasil. Na categoria até 48 kg, Sarah bateu a atleta romena Alina Dumitru e conquistou a medalha de ouro. Antes, Felipe havia conquistado o bronze ao vencer por “golden score” o italiano Elio Verde.

Sarah Gabriele Cabral de Menezes, 22 anos, e Felipe Eidji Kitadai, 23, que representam a Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, passaram pelo Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento nas Forças Armadas, iniciativa do Ministério da Defesa e do Ministério do Esporte implantada em 2008.

O programa preparou as equipes para os 5º Jogos Mundiais Militares Rio 2011, e, também, atletas brasileiros que disputam as Olimpíadas de Londres, entre eles Sarah e Felipe, além de apoiar outros que buscam índices para os Jogos Olímpicos Rio 2016. As conquistas em Londres também reforçam o apoio das Forças Armadas na preparação de atletas para o 6º Jogos Mundiais Militares 2015, na Coreia do Sul.
Dos 259 atletas brasileiros que disputam medalhas, 51 são militares e passaram por treinamento na Escola de Educação Física do Exército, no bairro da Urca, no Rio. Ao serem incorporados à Marinha ou ao Exército, eles ganharam patentes. Sarah, por exemplo, é marinheira. Felipe, soldado.

Os atletas-militares brigam ainda por pódio nas seguintes modalidades: vôlei, vela, atletismo, esgrima, hipismo, natação, pentatlo moderno, taekwondo, judô, tiro, boxe e triatlo. No fim de semana, a Marinha e o Exército emitiram notas oficiais parabenizando os judocas pelas conquistas em Londres.

Seleção de atletas

Para se tornarem atletas-militares e, deste modo, representarem a Marinha e o Exército, Sarah e Felipe passaram por meio de concurso para marinheiro e soldado na especialidade de atleta de alto rendimento. A partir daí, os aprovados são alistados e recebem treinamento básico como militar com duração de três semanas em média.

Nessa condição, os atletas incorporados às forças passam a ter direito a soldo e assistência médica. Podem também utilizar as instalações esportivas militares para treinamentos.

Sarah Menezes




Nascida em Teresina, capital do Piauí, Sarah Gabrielle de Menezes conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil. Sarah Menezes havia participado dos jogos Olímpicos Pequim 2008 e foi desclassificada na primeira luta. Até Londres, a judoca teve uma ascensão relâmpago: sagrou-se bicampeã mundial Junior de 2008 e 2009, em competições realizadas em Amsterdã, Holanda, e Paris, França, respectivamente.

Em 2010, ela conquistou bronze no Grand Slam em Tóquio, Japão, parte do circuito mundial da Federação Internacional de Judô. Em dezembro do ano passado, a marinheira ficou com a medalha de prata no Grand Slam, em Paris, França. Nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, no México, ocorrido em 2011, Sarah ganhou bronze.

Felipe Kitadai

Felipe Eidji Kitadai nasceu em São Paulo. Integrante da seleção brasileira de judô desde 2008, o atleta é considerado o melhor judoca na categoria de até 60 quilos. Antes da participação em Londres, o soldado ocupava a 18ª posição no ranking.

Felipe tem no currículo a medalha de ouro na Copa do Mundo de judô, em Roma, Itália, onde bateu o único tricampeão olímpico, Tadahiro Nomura. O atleta foi ouro também nos jogos de Lusofonia 2009, bronze na Copa do mundo de São Paulo 2010 e ouro no Pan-americano, ocorrido em Guadalajara.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)

Ministério da Defesa
Programa “Forças no Esporte” vai aumentar participação nas fronteiras do país

Brasília, 27/07/2012 - Crianças e adolescentes moradores de municípios da faixa de fronteira do Brasil serão beneficiados, no próximo ano, com as ações do Programa Forças no Esporte (Profesp). O aumento da atuação da iniciativa nessas áreas atende a determinação do Ministério do Esporte. Nesta quarta-feira (25), os coordenadores do projeto se reuniram no Ministério da Defesa (MD) para tratar do assunto.

Na abertura do encontro, o secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do MD, almirante-de-esquadra Julio Saboya de Araujo Jorge, lembrou que o programa já atende a algumas regiões fronteiriças, como é o caso de São Gabriel da Cachoeira (AM). “[Nesse município] Se não está implantado ainda, vai entrar em funcionamento agora no segundo semestre com cem meninos. A partir do ano que vem teremos meninas também.”

De acordo com o almirante, porém, é preciso ter cautela quanto à implementação do Forças no Esporte nas áreas isoladas do Brasil. O oficial alertou que para o projeto ser implementado, as regiões devem cumprir três exigências básicas: possuir escola, ter uma organização militar com estrutura para receber as crianças e disponibilizar profissionais qualificados para trabalhar com desporto infanto-juvenil.

Em seguida, a reunião ficou a cargo do presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, general-de-divisão Fernando Azevedo e Silva, que enalteceu o trabalho realizado pelo programa. “O Forças no Esporte tem um apelo muito bom.” O general explicou que o Ministério do Esporte já fez levantamento das localidades que possuem estruturas escolar próximas à aérea de fronteira onde estão situadas organizações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Neste primeiro encontro de coordenação do programa de 2012, estiveram presentes representantes do Estado-Maior da Armada, do Comando de Operações Terrestres do Exército, do Estado-Maior da Aeronáutica, além de coordenadores do programa e integrantes do Esporte.

Dados


O gerente do programa, coronel Augusto Cesar Amaral, apresentou o balanço da iniciativa e expôs as metas de trabalho para o triênio 2013/2015. Este ano, o cronograma de atividades do projeto vai de julho a dezembro.

Ao todo, são cerca de 11 mil beneficiados de 7 a 17 anos em 58 municípios brasileiros, que contam com a estrutura de 85 organizações  militares (10% no Norte, 25% no Nordeste, 19% no Sul e 27% no Centro-Oeste). A meta para os próximos anos é fazer o programa chegar a 80 a 100 mil pessoas.

A previsão para o início da ação nas fronteiras é em março de 2013. A pasta do Esporte deve investir mais de R$ 13 milhões para a melhoria de infraestrutura das unidades militares que receberão o programa.

Forças no Esporte


O Profesp é uma iniciativa voluntária desenvolvida pelo Ministério da Defesa, com o apoio das Forças Armadas e com recursos dos Ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Somente este ano, o Esporte disponibilizou mais de R$ 2 milhões para a compra de material esportivo e contratação de profissionais e o MDS contribuiu com 4 milhões para auxílio alimentação dos meninos e meninas.

Desde 2003, o projeto tem beneficiado crianças, jovens e adolescentes que vivem em área de vulnerabilidade social. O objetivo da iniciativa é promover a integração social e a saúde; prevenção à doença, à marginalidade e à violência, por meio de atividades físicas e de lazer.


Assessoria de Comunicação Social (Ascom)

Ministério da Defesa
Vírus Ebola mata uma pessoa na capital de Uganda
AFP – 4 horas atrás
Pelo menos uma pessoa morreu vítima do vírus Ebola em um hospital de Kampala, capital da Uganda, enquanto médicos e enfermeiros trabalham agora em um caso em quarentena, anunciou nesta segunda-feira o presidente ugandês, Yoweri Museveni.
"O ministério da Saúde está procurando todas as pessoas que tiveram contato com as vítimas", disse Museveni em um discurso transmitido por rádio e TV, acrescentando que 14 pessoas morreram no oeste do país desde que foi declarada uma nova epidemia, há três semanas.
Dois casos foram reportados, desde então, na capital, sendo que uma destas pessoas morreu no hospital Mulago, em Kampala, acrescentou o presidente, que pediu à população que evite qualquer contato físico para evitar a propagação do vírus.
"O Ebola se propaga através do contato, quando uma pessoa toca fisicamente outras pessoas. Evitem apertar as mãos (de outras pessoas) porque o suor das mãos pode causar problemas", disse Museveni.
O presidente também pediu à população que "não lance fogo no corpo de uma pessoa que morreu com sintomas que parecem ser de Ebola. Em vez disso, chamem os funcionários de saúde porque eles sabem como agir. Evitem promiscuidade porque esta doença pode ser transmitida através de relações sexuais".
Pelo menos sete médicos e 13 funcionários do setor de saúde do hospital Mulago estão em quarentena depois que "pelo menos um ou dois casos" foram levados a este hospital.

sábado, 28 de julho de 2012

Rumo à quinta economia do mundo
BRASÍLIA e RIO. No momento de agravamento da crise global, muitos especialistas se perguntam qual será o impacto sobre o Brasil. Mas não basta olhar para o curto prazo. Nas próximas décadas, para onde o país caminha? O GLOBO levou essa indagação a funcionários do governo, economistas, professores, médicos, cientistas e esportistas. O objetivo era traçar um retrato do Brasil que queremos para os próximos 10 ou 20 anos. Em 2022, por exemplo, quando completará o bicentenário da Independência, o Brasil deverá estar entre as cinco economias mais importantes do globo e uma de suas principais reservas de energia.
O Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos) saltará dos US$ 2,4 trilhões do ano passado para cerca de US$ 3,5 trilhões, avançando no caminho de chegar aos US$ 5 trilhões em 2030. Em 2022, os quase 210 milhões de brasileiros, dos quais 70% em idade produtiva - recorde de todos os tempos -, serão um mercado consumidor de fazer inveja a grandes nações e permitirão ao país começar a próxima década com a missão de deixar de ser, para realizar, a velha promessa de futuro.
No Executivo, não há um plano de voo oficial que vá muito além de dez anos com metas claras. Em geral, os planejamentos são do tamanho dos mandatos políticos. A União, por exemplo, teve dificuldade de fazer parcerias com a China na área de preservação de biodiversidade, durante a Rio+20, pois só temos projetos no setor para dez anos, enquanto os asiáticos planejam as próximas três décadas, contou a ministra Izabella Teixeira.
Integrantes da equipe da presidente Dilma Rousseff dizem que um dos grandes desafios é conciliar as políticas voltadas para a ampliação do mercado interno, com mais renda e acesso a crédito, às estratégias de sustentabilidade do país. E esta será cada vez mais a realidade brasileira nas próximas décadas. As ações do Ministério da Fazenda que consideram práticas sustentáveis ainda são residuais. Para a iniciativa privada, os maiores esforços devem estar concentrados na educação, em investimentos e nas reformas tributária e administrativa.
- O meio ambiente está na agenda da economia, em projetos isolados, mas crescendo: o Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, amplia o número de habitações no país, mas já exige materiais verdes. Vantagens tributárias para automóveis mais eficientes, que estão sendo discutidas agora, serão outra novidade - diz uma fonte do governo.
Planejamento estratégico é frágil
Cada um dos 24 ministérios e 13 órgãos com status de ministério na Esplanada tem um planejamento específico, que, muitas vezes, não se comunica com o dos vizinhos. A própria presidente, segundo assessores próximos, tem uma visão muito particular. O economista João Paulo dos Reis Velloso, que foi ministro do Planejamento nos governos Médici e Geisel, é sarcástico ao falar da estratégia oficial de longo prazo:
- Se você souber de uma, me avise - ironizou. - O PAC não tem nada de ruim, mas é apenas um programa. Foi depois que o Planejamento virou ministério que começaram os voos de galinha - alfinetou o economista, responsável pelo II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), de 1975-79.
O "Brasil 2022", compêndio com mais de 100 páginas elaborado pela Secretaria de Assuntos estratégicos (SAE) da Presidência da República à época em que ainda era comandada pelo então ministro Samuel Pinheiro Guimarães, é o documento oficial que mais se aproxima de uma visão estratégica de longo prazo. Criado em 2010 ainda durante o governo Lula, o relatório vê um país ainda mais soberano, que participará em igualdade de condições de fóruns internacionais como o Conselho de Segurança da ONU e o G-20, com uma sociedade mais justa e progressista até 2022.
Ali, estão relacionados 180 sonhos - alguns vagos, outros mais precisos -, mas sem os respectivos meios de torná-los realidade. A lista dos desejos, que estão sendo chamados de "Metas do Centenário", inclui desde crescer mais de 7% ao ano e reduzir à metade do número de homicídios no país a dobrar o número de municípios atendidos por serviços aéreos, passando por zerar o déficit habitacional brasileiro, assegurar 100% de acesso a saneamento à população e atingir cinco livros per capita como índice de leitura nacional.
Neste momento, a SAE está ampliando o que teria sido essa primeira tentativa de criar diretrizes de mais longo prazo para o país. O ministro Wellington Moreira Franco conta que está sendo feito o Plano 2022 + 10. As metas devem ser conhecidas em 2013.
Desigualdade regional continuará caindo
Somado ao enorme crescimento do mercado consumidor, que deve receber quase 20 milhões de brasileiros até 2022, os investimentos e essa projeção recorde do governo para a população economicamente ativa (70%), devem levar o Brasil para a lista das cinco principais, passando Alemanha e França. No entanto, o Brasil seria ultrapassado pela Índia e ficaria em quinto. A colocação exata, contudo, dependerá do resto do mundo. Se todos crescerem, as chances de o país subir no ranking são menores. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, estima que o país poderá ter em 2030 um PIB entre US$ 4,497 trilhões e US$ 5,226 trilhões, dependendo se a média do crescimento do país ficar em 3,3% ao ano - primeiro cenário - ou em 3,9%, na segunda estimativa. Os quatro primeiros do ranking serão, segundo a entidade, China, EUA, Japão e Índia.
José Augusto Coelho Fernandes, diretor de Política e Estratégia da CNI, acredita que o futuro do país está nas mãos dos brasileiros :
- Acredito que 70% da agenda do futuro do país estão nas mãos dos brasileiros. É claro que é melhor um ambiente de crescimento global, mas parte das nossas soluções independe disso. Precisamos de mais educação, mais inovação, de uma reforma tributária, regras trabalhistas mais modernas e mais investimentos em infraestrutura, independentemente da piora ou não da crise da Europa, da recuperação dos Estados Unidos ou do crescimento chinês - explica.
Vanessa Petrelli Corrêa, a nova presidente do Ipea, diz que para falar do futuro do país é necessário estudar seu passado recente. O crescimento médio brasileiro nas últimas duas décadas do século passado, de 2,2%, praticamente dobrou para 4,3% ao ano no período entre 2004 e 2011:
- Neste período os investimentos subiram, aumentou o consumo, aproveitamos o bom momento das commodities, o governo fez uma forte política social de distribuição de renda e os bancos públicos ampliaram o crédito. O crescimento reduziu a desigualdade entre as regiões, o que deve ser intensificado nas próximas duas décadas - afirma a economista.
Os investimentos precisam continuar crescendo forte para dar conta dessa expansão. A CNI, por exemplo, indica que o país precisará de sete milhões de residências em 15 anos, a um custo de R$ 60 bilhões. A matriz eólica será a terceira mais usada em 2020, com mais de 6% do parque de geração de energia elétrica. Ambientalistas querem que o saneamento seja universalizado até 2030.
O petróleo está na agenda do país com a exploração na camada do pré-sal. Esta é uma das grandes apostas do governo, que espera que o país seja alçado nos próximos 20 anos ao ranking das cinco grandes reservas do planeta, que podem atrair mais de R$ 350 bilhões em investimentos até lá.
Embora ainda não tenha conseguido a aprovação do projeto que distribui os recursos desse petróleo que será retirado de profundezas até bem pouco tempo inimagináveis, governo e iniciativa privada se preparam para o futuro. O governo trabalha para que essa riqueza seja usada como uma poupança, a partir da criação do Fundo Social, que pode sair até o fim do ano.
Para o economista Sergio Besserman, o petróleo tem que ser o provedor de recursos financeiros para a transição para a economia do futuro, que estará baseada na sustentabilidade:
- Podemos fazer o que Celso Furtado chamou de deslocamento do centro dinâmico. E o nosso terá muita ciência, tecnologia e baixo carbono.

sábado, 21 de julho de 2012

EUA cortam ajuda militar a Ruanda após apoio a rebeldes no Congo
O governo dos Estados Unidos informou neste sábado que cortará a ajuda militar para Ruanda este ano, citando evidências de que o governo ruandês está apoiando rebeldes na República Democrática do Congo. A medida é significativa, já que o governo dos EUA é um dos mais fortes aliados de Ruanda.
O governo de Ruanda tem negado os relatos de peritos das Nações Unidas e de grupos de defesa dos direitos humanos, segundo os quais o país está apoiando rebeldes no leste congolês, incluindo o grupo M23, que ocupou partes da província de Kivu do Norte em combates que desde abril provocaram o deslocamento de mais de 260 mil pessoas de suas casas.
Ao anunciar a suspensão da ajuda militar, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Hilary Fuller Renner, citou evidências do apoio ruandês aos rebeldes.
"Nós não vamos repassar 200 mil dólares do financiamento militar para o ano fiscal de 2012, que tinha como destino uma academia ruandesa para oficiais não comissionados. Esses fundos serão redirecionados para programas em outro país', disse ela em um comunicado por e-mail.
No passado os EUA ficaram ao lado de Ruanda, apesar da longa história desse pequeno país de envolvimento em guerras no vizinho Congo, país bem maior.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

ABSURDO

Cientistas faziam festa em base na Antártida quando incêndio começou
Responsáveis pela investigação da Marinha levantaram a possibilidade de o sistema de alarme ter sido desligado para não atrapalhar comemoração – o mecanismo da pista de dança que espalhava gelo seco poderia fazer os sensores disparar
No momento em que a base brasileira na Antártida começou a ser destruída por um incêndio, na madrugada de 25 de fevereiro, funcionários militares e civis da Marinha e cientistas de universidades brasileiras participavam de uma festa chamada Baile da Terceira Idade, na qual houve consumo de bebidas alcoólicas.


Mantida em sigilo tanto pela Marinha quanto pelo grupo de 31 cientistas que estavam na base Comandante Ferraz, a realização da festa, com bebidas como cerveja e vinho, foi apurada pelo inquérito policial militar (IPM) aberto no dia do desastre, para apurar causas e responsáveis.
Como o alarme não disparou quando o incêndio começou, os encarregados pelo inquérito suspeitavam que o sistema pode ter sido desligado por ordem do comando da base. O objetivo seria não atrapalhar a festa. Na pista de dança há um mecanismo que espalha fumaça de gelo seco, como em uma boate. Os sensores são sensíveis e poderiam disparar, anunciando um falso incêndio.
Os cientistas não souberam responder nos depoimentos se os sensores foram desligados ou não, já que a decisão, se tomada, seria de atribuição militar. Alguns deles alegaram que sequer sabiam da localização do dispositivo que os desativava.
O IPM foi concluído e encaminhado em 15 de maio à 11.ª Circunscrição Judiciária Militar, “classificado como sigiloso, em atendimento ao Artigo16 do Código de Processo Penal Militar”, de acordo com comunicado divulgado à noite pela Marinha. As perguntas encaminhadas à Marinha pelo Estado sobre as conclusões e a realização da festa não foram respondidas.
Depoimentos. Na fase de depoimentos do IPM, os encarregados pela investigação interrogaram todos os que escaparam do incêndio. Foram ouvidos militares e pesquisadores. Um dos temas em que os investigadores mais insistiram foi a comemoração, feita em homenagem à professora Therezinha Monteiro Absher, da Universidade Federal do Paraná. Agrônoma e oceanógrafa, Therezinha completou este ano três décadas de expedições à Antártida. Ela era a decana da equipe de cientistas presentes à base em fevereiro. Para comemorar os 30 anos de viagens, foi organizada a festa, batizada, de maneira jocosa, como o Baile da Terceira Idade.
O Estado tentou ouvir a cientista. No Centro de Estudos do Mar da Universidade, informou-se que ela está participando, nos EUA, de um evento relacionado a pesquisas antárticas.
Salvação. Na opinião dos pesquisadores, a realização da festa pode ter sido fundamental para que não houvesse vítimas entre eles. Isso porque, se não fosse o baile, a maioria deles estaria dormindo em alojamentos que, em poucos minutos, foram devastados pelas chamas.
Como o alarme não disparou, talvez eles não tivessem chance de escapar do incêndio, pois seriam surpreendidos dormindo. Todos estavam no salão de estar da base e em outros locais comunitários. Assim que os gritos de “fogo” começaram, conseguiram fugir. O fogo começou a se propagar da sala de geradores, uma unidade externa ligada à base pelo telhado, por onde o fogo atingiu alojamentos e demais dependências com muita rapidez.
Encarregados de combater as chamas, o sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo morreram no local. O sargento Luciano Gomes Medeiros sofreu queimaduras nos braços.
Extraoficialmente, os pesquisadores foram informados de que três militares podem ter sido indiciados: o comandante da base, capitão de fragata Fernando Tadeu Coimbra; o sargento ferido, responsável pelos geradores; e o sargento João Cavaci, o técnico em eletrônica da base.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Autor de ataque na Bulgária esteve em Guantánamo, diz imprensa local
Mehdi Ghezali seria cidadão sueco; ele esteve na prisão americana em Cuba entre 2002 e 2004
SÓFIA - A imprensa búlgara informou nesta quinta-feira, 19, que o país identificou como Mehdi Ghezali o autor do ataque terrorista que matou pelo menos sete pessoas e deixou 30 feridos ontem no aeroporto da cidade costeira de Burgas. Segundo os jornais locais, Ghezali teria passado dois anos preso em Guantánamo.

Ministério do Interior da Bulgária/NYT
Imagem cedida pelo governo búlgaro mostra um homem com mochila no saguão do aeroporto
De acordo com relatórios divulgados pela imprensa na Bulgária, Ghezali seria cidadão sueco, com origens na Argélia e na Finlândia. Ele esteve detido na prisão americana em Cuba entre 2002 e 2004. O terrorista teria estudado em uma escola religiosa na Grã-Bretanha e viajado para Arábia Saudita, Paquistão e Afeganistão. Em 2009, foi capturado com outros 11 estrangeiros ao tentar entrar no Afeganistão.
Segundo o jornal Times of Israel, contudo, não há confirmação até o momento sobre a veracidade da informação. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, acusa o Irã e o Hezbollah pelo ataque. Segundo o jornal, não houve comentário do escritório de Netanyahu sobre a suposta identidade do terrorista.

Dilma ganha helicóptero com capacidade para 10 pessoas

Pedro Venceslau   (pvenceslau@brasileconomico.com.br)
18/07/12 16:11
O aparelho foi entregue nesta quarta-feira (18/7) durante uma cerimônia na Base Aérea de Brasília
A presidente Dilma Rousseff ganhou ontem (17/7) um novo helicóptero para chamar de seu.
A aeronave tem capacidade de transportar 10 passageiros, três tripulantes e tem autonomia de quatro horas e trinta minutos de voo.
A novidade permitirá que ela voe mais longe e com mais representantes da base aliada, que não para de crescer.
O aparelho foi entregue nesta quarta-feira (18/7) durante uma cerimônia na Base Aérea de Brasília com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim.
O equipamento, conhecido internacionalmente como EC-725, faz parte do contrato de R$ 5,2 bilhões para a construção de 50 unidades para as frotas da Presidência da República (2 unidades) e Forças Armadas (48 unidades, 16 para cada Força).Matéria publicada hoje dia 19/07/2012,quinta-feira no jornal "Brasil Econômico".


Especialistas em segurança descobriram uma campanha de ciberespionagem que colocou o Irã e outros países do Oriente Médio como alvos. A nova ofensiva se destaca porque é a primeira operação já descoberta que usa ferramentas de comunicação escritas em persa.
A companhia israelense de segurança Seculert e a russa Kaspersky Lab disseram nesta terça-feira (17) que identificaram mais de 800 vítimas da operação. Os alvos incluem companhias que fornecem infraestrutura crítica, estudantes de engenharia, empresas de serviços financeiros e embaixadas localizadas em cinco países do Oriente Médio. A maioria das infecções foi descoberta no Irã.
A Seculert e a Kaspersky não quiseram identificar os alvos da campanha, que acreditam ter começado há pelo menos oito meses. As empresas afirmam que não sabem quem está por trás dos ataques ou se algum país está envolvido.
“Com certeza é alguém que é fluente em persa, mas não sabemos a origem deles”, disse o vice-presidente de tecnologia da Seculert, Aviv Raff.
O trojan Mahdi permite que seus usuários roubem arquivos de computadores infectados e monitorem e-mails e mensagens instantâneas, disseram a Seculert e a Kaspersky. O software também permite a gravação de áudio, registro de teclas digitadas e retirada de imagens de atividades nos computadores infectados.
As empresas afirmaram que acreditam que múltiplos gigabytes de dados foram enviados a partir das máquinas comprometidas pelo programa.
“Alguém está tentando montar um dossiê em larga escala de alguma coisa”, disse Raff. “Não sabemos o que vão fazer com isso.”
Pesquisadores afirmaram anteriormente que países quase certamente estavam por trás do vírus Flame, que foi descoberto no início deste ano, e do Duqu, descoberto em 2011.
A Seculert e a Kaspersky apelidaram a nova campanha de Mahdi, um termo que se refere à profetizada redenção do Islã, porque as evidências sugerem que os autores usaram uma pasta com esse nome quando desenvolveram o software. Eles também incluíram um arquivo de texto chamado mahdi.txt no programa maligno.


Ministro da Defesa de Israel acusa Hezbollah por atentado na Bulgária
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro do país, chegou a apontar o Irã como responsável pela ação
JERUSALÉM - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta quinta-feira, 19, que o grupo libanês Hezbollah, patrocinado por terroristas iranianos, foi o responsável direto pelo o ataque a bomba mortal em um ônibus que transportava turistas israelenses na Bulgária na quarta-feira, 18. 
"Os executores imediatos são pessoas do Hezbollah, que naturalmente têm o patrocínio iraniano constante", disse Barak à Rádio Israel. Horas depois do ataque primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que Teerã estava por trás do ataque e que "Israel vai reagir fortemente contra o terrorismo iraniano". Não houve reação imediata do Irã para a acusação israelense.
Ainda na quarta-feira, 18, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou "energicamente" o atentado cometido contra um ônibus de turistas israelenses na Bulgária, que causou pelo menos sete mortos e vários feridos. "O secretário-geral condena nos termos mais enérgicos o atentado contra um ônibus que levava turistas israelenses do aeroporto de Burgas, na Bulgária", disse o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, em comunicado distribuído na sede central da ONU em Nova York.
O principal dirigente das Nações Unidas manifestou "suas condolências às vítimas e suas famílias, assim como aos governos e aos povos da Bulgária e de Israel", acrescentou o breve comunicado de Ban, que hoje estava em visita oficial à China e amanhã inicia uma viagem oficial à região dos Bálcãs.
Um ônibus com 47 turistas a bordo, procedentes de um voo de Israel, explodiu por volta das 17h30 locais (11h30 no horário de Brasília) quando se dispunha a abandonar o estacionamento do aeroporto de Burgas, uma cidade turística búlgara do Mar Negro muito popular entre os israelenses. O atentado causou sete mortos, segundo o ministro do Interior da Bulgária, Tsvetan Tsvetanov, e dezenas de feridos.
No momento da explosão, cerca 40 turistas se encontravam dentro do veículo e o fogo se alastrou a outros dois ônibus que estavam estacionados no aeroporto. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegou a apontar o Irã como responsável pelo atentado. "Todos os sinais levam ao Irã", afirmou na ocasião Netanyahu, em comunicado no qual assinalou que "Israel reagirá com determinação perante o terrorismo iraniano".




quarta-feira, 18 de julho de 2012

EUA dizem que violência na Síria está fora de controle
A bomba que matou os dois principais oficiais de Defesa da Síria em Damasco é evidência de que a violência no país está "rapidamente fugindo do controle", disse o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta. Aparecendo com Panetta em entrevista à imprensa no Pentágono, o ministro de Defesa do Reino Unido, Philip Hammond, afirmou que a escalada da violência indica que os rebeldes sentem-se encorajados e que o governo do presidente Bashar Assad está sofrendo "algumas fragmentações nas extremidades" enquanto tenta manter-se no O ataque à bomba realizado por rebeldes nesta quarta-feira matou o ministro da Defesa sírio, Dawoud Rajha, e seu vice, general Assef Shawkat (que também é cunhado do presidente Bashar Assad), em Damasco, capital da Síria. "A violência só piorou e a perda de vidas só aumentou", disse Panetta, razão pela qual, afirma ele, a comunidade internacional deveria impor "pressão máxima" para que Assad renuncie e permita uma transferência de poder estável.
Panetta e Hammond também alertaram o regime sírio para que não perca o controle de suas armas químicas. "Nós não vamos tolerar o uso ou proliferação das armas químicas", disse o ministro inglês.
Israel
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, convocou seus principais assessores de segurança e inteligência para discutir a deterioração da situação na Síria. "Israel está monitorando de perto todos os acontecimentos na síria", disse Barak.
Israel tem ficado fora dos combates, mas expressa temor de que armas sírias cheguem às mãos de militantes islâmicos. Síria e Israel são grandes inimigos, mas a fronteira entre ambos está calma desde 1974. As informações são da Associated Press.

Ônibus com turistas israelenses explode em aeroporto na Bulgária
Segundo o jornal israelense 'Haaretz', há ao menos sete mortos no incidente

SOFIA - Uma explosão atingiu um ônibus de turistas israelenses na Bulgária nesta quarta-feira, 18, matando ao menos sete pessoas e ferindo 20, de acordo com a imprensa em Israel. O prefeito da cidade búlgara de Burgas, Dimitar Nikoliv, confirmou a informação à rádio pública do país. "Uma explosão ocorreu em um ônibus de passageiros israelenses no aeroporto de Burgas", disse.
Segundo o jornal israelense Haaretz, o incidente seria um ataque terrorista. A informação teria sido confirmada pela polícia búlgara, de acordo com a agência local de notícias, Novinite.
"Diversos israelenses foram mortos e estão feridos em um ataque terrorista contra um ônibus de turismo", escreveu o diário. O país é um destino conhecido de israelenses durante o verão. De acordo com a Reuters, a polícia da Bulgária disse que não poderia confirmar a nacionalidade das vítimas ou a causa da explosão.
Uma fonte no ministério de Relações Exteriores em Israel disse ao estadão.com.br que não há informações confirmadas sobre o incidente.
De acordo com uma testemunha mencionada pelo Haaretz, um dos ônibus que carregava turistas israelenses entre os terminais do aeroporto de Burgas, às margens do Mar Negro, "explodiu e pegou fogo". O incidente ocorreu no aeroporto da cidade de Burgas, de acordo com a rádio pública búlgara e a rede de TV BTV.
"Posso apenas confirmar uma explosão", disse a porta-voz do Ministério do Interior da Bulgária, Vania Valkova, segundo a AFP. Ela disse ainda que não pode confirmar a existência de vítimas.
Com AFP, Reuters e AP

União Africana” elegeu pela primeira vez uma mulher para a Presidência da Organização

A “União Africana” (UA) elegeu* pela primeira vez uma mulher para a Presidência da Organização. Nkosazana Dlamini-Zuma, 63 anos, foi eleita por 37 votos entre os 51 possíveis. Também foi a primeira pessoa de nacionalidade sul-africana a assumir o cargo.
Dlamini-Zuma é “Ministra de Assuntos Internos da África do Sul” e já ocupou os ministérios das “Relações Exteriores” e da Saúde no mesmo país. Ela substituirá Jean Ping, do Gabão, que estava no cargo desde 2008.

A Ministra sul-africana é considerada uma diplomata experiente e a mulher mais forte ou mais influente da sua geração na “África do Sul”. Ao ser escolhida ela prometeu tentar tornar a administração mais eficiente e descartou os receios de uma imposição sul-africana sobre a Organização.
Durante sua gestão, analistas indicam que Dlamini-Zuma precisará revitalizar o Órgão, pois a UA foi diversas vezes criticada por não trazer respostas rápidas e efetivas para crises no continente, como as ocorridas na Líbia e na “Costa do Marfim”.

 Ministro de Defesa da Síria morre em atentado em Damasco

Damasco, 18 jul (EFE).- O ministro de Defesa da Síria, general Dawoud Rajiha, morreu nesta quarta-feira no atentado contra a sede da Segurança Nacional em Damasco, quando era realizada uma reunião de responsáveis ministeriais e da polícia, informou a rede de televisão estatal.


A emissora chegou a dizer que havia vários feridos, alguns em estado grave, entre os presentes ao encontro. O vice-ministro de Defesa da Síria e cunhado do presidente Bashar al Assad, general Asef Shauqat, também morreu no atentado contra o edifício.

O site da rede de televisão libanesa "Al Manar", voz do grupo xiita Hezbollah, aliado do regime sírio, afirmou que o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim al Shaar, e o chefe da Segurança Nacional, Hisham al Ijtiar, foram feridos com gravidade.
Uma fonte dos serviços de segurança sírios disse à Agência Efe que há um número indeterminado de mortos pela explosão no edifício, localizado na região central da cidade.
Após a explosão, a área foi cercada por soldados governamentais, que fecharam ruas próximas. Várias ambulâncias estão no local, como a reportagem da Efe constatou.
Nascido em 1947, Rajiha era também vice-presidente do Comando Geral do Exército e do Conselho de Ministros. Com longa carreira nas Forças Armadas, das quais foi comandante de batalhão e de brigada, ele ocupou o posto de chefe do Estado-Maior até ser nomeado ministro da Defesa, em agosto de 2011.
A rede de TV estatal informou que o ministro da Informação, Adnan Hassan Mahmoud, fará em breve uma entrevista coletiva para dar mais detalhes sobre o atentado.
Damasco é palco, há quatro dias, de confrontos entre rebeldes e o exército do regime.
Os insurgentes negaram seu envolvimento neste atentado, que o regime qualificou como uma "explosão terrorista suicida". EFE

segunda-feira, 16 de julho de 2012

HISTÓRIA

História Nacional  - Conheça a verdade dos fatos
Por Carlos I. S. Azambuja - Historiador.
Você sabia?
- Que no governo João Goulart algumas organizações de esquerda condenavam a luta pela reforma agrária, porque seu triunfo daria origem a um campesinato conservador e anti-socialista? Isso está escrito na página 40 do livro "Combate nas Trevas", de Jacob Gorender, que foi dirigente do PCB e um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, em 1967.
- Que no governo João Goulart já existiam campos de treinamento de guerrilha no Brasil? Em 4 de dezembro de 1962, o jornal "O Estado de São Paulo" noticiou a prisão de diversos membros das famosas Ligas Camponesas, fundadas por Francisco Julião, num campo de treinamento de guerrilhas, em Dianópolis, Goiás?
- Que afora o PCB, por seu apego ao ortodoxo "caminho pacífico" para a tomada do poder, foram os trotskistas o único segmento da esquerda brasileira que não pegou em armas nos anos 60 e 70?
- Que o primeiro grupo de 10 membros do Partido Comunista do Brasil – então partidário da chamada linha chinesa de "guerra popular prolongada" para a tomada do poder - viajou para a China ainda no governo João Goulart, em 29 de março de 1964, a fim de receber treinamento na Academia Militar de Pequim?
E que até 1966 mais duas turmas foram a Pequim com o mesmo objetivo? (livro "Combate nas Trevas", de Jacob Gorender).
- Que no regresso da China, esses militantes, e outros, foram mandados, a partir de 1966, para a selva amazônica a fim de criar o embrião da "Guerra popular prolongada" que resultou naquilo que ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia, somente descoberto pelas Forças Armadas em abril de 1972, graças à prisão de um casal, no Ceará, que havia abandonado a área, desertando?
- Que mais da metade dos cerca de 60 jovens que morreram no Araguaia, para onde foram mandados pela direção do PC do B, eram estudantes universitários, secundaristas ou recém-formados, segundo as profissões descritas na Lei que, em 1995, constituiu a Comissão de Desaparecidos Políticos?
- Que a expressão "socialismo democrático" - hoje largamente utilizada por alguns partidos e candidatos - induz a um duplo erro: o de apontar no rumo de um hipotético socialismo que prescindirá do Estado da Ditadura do Proletariado, acontecimento nunca visto no mundo, e o de introduzir a idéia de que o Estado mais democrático que o mundo já conheceu, o Estado Proletário não é democrático? (livro "História da Ação Popular", página 63, de autoria dos atuais dirigentes do Partido Comunista do Brasil, Aldo Arantes e Haroldo Rodrigues Lima).
- Que no início de 1964, antes da Revolução de Março, Herbert José de Souza, o "Betinho" já pertencia à Coordenação Nacional da Ação Popular? (livro "No Fio da Navalha", do próprio "Betinho", páginas 41 e 42).
- Que em 31 de março de 1964, quando da Revolução, "Betinho" era o coordenador da assessoria do Ministro da Educação, Paulo de Tarso, em Brasília? (livro "No Fio da Navalha", páginas 46 e 47).
- Que pouco tempo antes da Revolução de Março de 1964, o coordenador nacional do "Grupo dos Onze", constituídos por Leonel Brizola, era "Betinho", designado pelo próprio Brizola? (livro "No Fio da Navalha", páginas 49 a 51).
- Que em março de 1964 o esquema armado de João Goulart "era uma piada" e que "o comandante Aragão, comandante dos Fuzileiros Navais, era um alucinado e eu nunca vi figura como aquela"? (livro "No Fio da Navalha", página 51).
- Que já em 1935 Luiz Carlos Prestes, o "Cavaleiro da Esperança", era um assalariado do Komintern (3ª Internacional)? Isso está escrito e comprovado no livro "Camaradas", do jornalista William Waak, que teve acesso aos arquivos da 3ª Internacional, em Moscou, após o desmanche do comunismo.
- Que Luiz Carlos Prestes foi Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro por 37 anos, ou seja, até maio de 1980, uma vez que foi eleito em setembro de 1943, quando ainda cumpria pena por sua atuação na Intentona Comunista? (livro "Giocondo Dias, uma Vida na Clandestinidade", de Ivan Alves Filho, cujo pai, Ivan Alves, pertenceu ao partido).
- Que 4 ex-militares dirigiram o PCB desde antes de 1943 até 1992: Miranda, Prestes, Giocondo Dias e Salomão Malina? Ou seja, dirigiram - ou melhor, comandaram - o PCB por cerca de 50 anos?
- Que após o desmantelamento do socialismo real, que começou pela queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, foi considerado que "o marxismo-leninismo deixou de ser uma ferramenta de transformação da História para tornar-se uma espécie de religião secularizada, defendida em sua ortodoxia pelos sacerdotes das escolas do partido"? (livro "Nos Bastidores do Socialismo", de autoria de Frei Betto).
- Uma frase altamente edificante: "Quero deixar claro que admito a pena de morte em uma única exceção: no decorrer da guerra de guerrilhas". Seu autor? Frei Betto, em seu livro "Nos Bastidores do Socialismo", página 404.
- Que em fins de agosto de 1995 - 16 anos após a anistia - o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto, logo transformado em lei, dispondo sobre "o reconhecimento das pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979"?
- Que esse projeto definiu que deveria ser criada uma Comissão Especial, composta por 7 membros, com a atribuição de proceder ao reconhecimento de pessoas que tenham falecido de causas não naturais "em dependências policiais ou assemelhadas"?
- Que da relação de pessoas desaparecidas que acompanhou o projeto constavam os nomes de 136 militantes da esquerda considerados desaparecidos políticos que, por opção própria, pegaram em armas para instalar em nosso país uma República Democrática Popular semelhante àquelas que o povo, nas ruas do Leste Europeu, derrubou, nos anos de 1989 e 1990?
- Que entre esses nomes, estavam os de 59 guerrilheiros desaparecidos no Araguaia, quando tentavam implantar o embrião do modelo chinês de "Guerra popular prolongada"?
- Que as famílias de todos esses guerrilheiros do Araguaia já foram indenizados com quantias que variam de 100 mil a 150 mil reais?
- Que o ex-vereador LEOPOLDO PAULINO de Ribeirão Preto, que se diz ex-guerrilheiro, foi convidado a lutar no Araguaia e não foi porque disse que tem asma?  (extraído do Livro Tempo de Resistência, autor Leopoldo P.).
- Que, por conseguinte, à vista do que está escrito na lei, para que essa indenização fosse concedida, a área de selva de cerca de 7 mil quilômetros quadrados em que a guerrilha se instalou, foi considerada uma "dependência policial ou assemelhada"?
- Que duas senhoras, integrantes da Comissão que representam as famílias dos desaparecidos, Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger (ou Suzana Lisboa) foram militantes da ALN e receberam treinamento militar em Cuba?
- Que Iara Xavier Pereira participou de diversas "ações" armadas, conforme ela própria revela, na página 297, do livro "Mulheres que Foram à Luta Armada", de autoria de Luiz Maklouf?
- Que essas senhoras ou suas famílias foram indenizadas pela morte de 4 pessoas? Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnaldo Cardoso Rocha (todos membros do Grupo Tático Armado da ALN, com treinamento militar em Cuba, mortos nas ruas de São Paulo em tiroteio com a polícia), irmãos e marido de Iara Xavier Pereira, que também recebeu treinamento militar em Cuba, e Luiz Eurico Tejera Lisboa (treinado em Cuba), marido de Suzana Lisboa, que com ele também recebeu treinamento na paradisíaca "ilha da liberdade"? Que, no total, 600.000 mil reais, foi quanto os contribuintes pagaram a essas duas senhoras?
- Que a mídia, a famosa mídia que faz a cabeça das pessoas, jovens e adultos, nunca registrou esse "pequeno trecho" altamente edificante da História recente de nosso país?
- Que o guerrilheiro do Araguaia, Rosalino Cruz Souza, conhecido na guerrilha como "Mundico", incluído na relação de "desaparecidos políticos", sabidamente "justiçado", no Araguaia, pela também guerrilheira "Dina" (Dinalva Conceição Teixeira) - cujos familiares foram também indenizados - teve sua família indenizada? Não pelo Partido que o mandou para lá e o matou, mas por nós, contribuintes?
VOCÊ SABIA que a família do coronel aviador Alfeu Alcântara Monteiro, morto em 2 de abril de 1964 - cuja esposa, desde sua morte, recebe pensão militar - foi também aquinhoada com os tais 150 mil reais, com o voto favorável do general que, na Comissão, representava as Forças Armadas?
Que, depois, esse mesmo general, em entrevista ao jornal "Folha de São Paulo", buscando justificar seu voto, disse que no processo organizado pela Comissão constava que o coronel havia sido morto com "19 tiros pelas costas"? E, diz o general: "depois vim a saber que ele foi morto com um único tiro". Caso o ilustre general, que também é advogado, antes de dar seu voto, tivesse consultado o Inquérito Policial Militar instaurado na época, para apurar o fato, arquivado no STM como todos os demais inquéritos, teria constatado a versão real: dia 2 de abril de 1964, o brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley deveria receber o comando da então Quinta Zona Aérea, em Porto Alegre, do mais antigo oficial presente que era o coronel Alfeu Alcântara Monteiro, reconhecidamente janguista. O coronel recusou-se a transmitir o comando e reagiu, atirando e ferindo o brigadeiro Wanderley, sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo também coronel-aviador Roberto Hipólito da Costa, que acompanhava o brigadeiro. Ou seja, o coronel Hipólito matou em legítima defesa de outrém, conforme concluiu o Inquérito, sendo absolvido pela Justiça Militar.
- Que Carlos Marighela, morto nas ruas de São Paulo, delatado voluntária ou involuntariamente por seus companheiros do Convento dos Dominicanos, e Carlos Lamarca, morto no sertão da Bahia, tiveram seus familiars indenizados, embora a esposa de Carlos Lamarca já recebesse pensão militar? Ou seja, as ruas de São Paulo e o sertão baiano foram considerados, também, pela Comissão, "dependências policiais ou assemelhadas". Mas não terminou; eles querem mais, muito mais. VOCÊ SABIA que membros da Comissão pensaram reivindicar a promoção de Lamarca a general?
- Que o atual Ministro da Justiça também propôs a promoção de Apolônio de Carvalho (um ex-militar expulso do Exército em 1935 e posteriormente fundador e militante do PCBR e, posteriormente banido do país em troca de um embaixador sequestrado) a general?
- Que amplos setores da mídia e toda a esquerda vêm difundindo por todos esses anos a versão de que "a resistência armada" à "ditadura" no Brasil dos anos 60, foi uma resposta ao Ato Institucional nº 5, que "fechou" o regime? - Que isso não é verdade, pois o Ato Institucional nº 5, que teria "fechado" o regime, foi assinado em 13 de dezembro de 1968? - Que, antes disso, a esquerda armada já havia atirado uma bomba no Aeroporto dos Guararapes, em 25 de julho de 1966, matando um jornalista e um Almirante e ferindo um General? - Que já havia atirado um carro-bomba contra o Quartel-General do II Exército, em São Paulo, matando o soldado sentinela Mario Kosel Filho, em 26 de junho de 1968?
- Que já havia assassinado, ao sair de casa, na frente de seus filhos, o Capitão do Exército dos EUA Charles Rodney Chandler, tachado nos panfletos deixados sobre seu corpo, de "agente da CIA"?
- Que um dos assassinos - um sargento expulso da Polícia Militar de São Paulo pela Revolução de 1964 - várias vezes entrevistado, vive hoje, tranqüilamente, em São José dos Campos, após ter sido anistiado pela ditadura militar "fascista", indenizado e reintegrado à PM, como reformado?
- Que em 1968, antes, também, do Ato Institucional nº 5, o Major do Exército da Alemanha Edward Von Westernhagen, que cursava a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro, foi morto na rua por um grupo do Comando de Libertação Nacional (COLINA), constituído por dois ex-sargentos, um da Aeronáutica e outro da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sendo o crime, na época, atribuído a marginais? - Que ele foi morto por ter sido confundido com o capitão do Exército boliviano Gary Prado, que participou da caçada a Che Guevara, no ano anterior, em seu país, e que, por isso, deveria ser "justiçado", que também cursava a Escola de Comando e Estado-Maior? (livros "A Esquerda Armada no Brasil", e "Memórias do Esquecimento", de Flávio Tavares).
- Que antes do Ato Institucional nº 5, guerrilheiros do PC do B chegados da China em 1966 já se encontravam no Brasil Central preparando a Guerrilha do Araguaia?
- Que era essa a tática utilizada pela esquerda armada para instalar no Brasil um pleonasmo (uma República Popular Democrática): matar, matar e matar?
- Que a alucinada esquerda armada não matava apenas seus "inimigos", mas também os amigos e companheiros? Veja a relação dos companheiros assassinados, a título de "justiçamento", sob a alegação de que sabiam demais, demonstravam desejo de pensar com suas próprias cabeças e que, por isso, representavam um perigo em potencial. Não que tenham traído, mas porque poderiam (futuro do pretérito) trair:
- Márcio Leite Toledo (ALN) em 23 de março de 1971;
- Carlos Alberto Maciel Cardoso (ALN) em 13 de novembro de 1971;
- Francisco Jacques Alvarenga (RAN-Resistência Armada Nacionalista) em 28 de junho de 1973;
- Salatiel Teixeira Rolins (PCBR) em 22 de julho de 1973;
- Rosalino Cruz - "Mundico", na Guerrilha do Araguaia;
- Amaro Luiz de Carvalho – "Capivara" (PCR), em 22 de agosto de 1971, dentro de uma Penitenciária, em Pernambuco;
- Antonio Lourenço (Ação Popular), em fevereiro de 1971, em
Pindaré-Mirim/MA;
- Geraldo Ferreira Damasceno (Dissidência da Var-Palmares) em 19 de maio de 1970, no Rio de Janeiro;
- Ari da Rocha Miranda (ALN), em 11 de junho de 1970, em São Paulo.
- Que o militante da Resistência Armada Nacionalista, Francisco Jacques Alvarenga, "justiçado" dentro do Colégio em que era professor, no Rio de Janeiro, por um Comando da ALN, teve seus passos previamente levantados por Maria do Amparo Almeida Araújo, também militante da ALN?
- Que foi ela própria quem revelou esse detalhe no livro "Mulheres que Foram à Luta Armada", de Luiz Maklouf ?
- Que Maria do Amparo Almeida Araújo é atualmente a presidente do "Grupo Tortura Nunca Mais" de Pernambuco, entidade criada para denunciar as torturas e assassinatos da chamada "repressão"?
- Finalmente, leiam este trecho, altamente significativo, considerando a identidade de seu autor:
"No curso de Estado-Maior, em Cuba, esmiuço a história da revolução cubana e constato evidentes contradições entre o real e a versão divulgada pela América Latina afora (...) Muitas ilusões foram estimuladas em nossa juventude pelo mito do punhado de barbudos que, graças ao domínio das táticas guerrilheiras e à vontade inquebrantável de seus líderes, tomou o poder numa ilha localizada a 90 milhas de distância de Miami. Balelas, falsificações (...)
O poder socialista instituiu a censura, impediu a livre circulação de idéias e impôs a versão oficial.
Os textos encontrados sobre a revolução cubana são meros panfletos de propaganda ou relatos factuais, carentes de honestidade e aprofundamento teórico (...)
O Partido Comunista é o único permitido, e em seus postos importantes reinam os combatentes de Sierra Maestra ou gente de sua confiança, em detrimento dos quadros oriundos do movimento operário (...) Os contatos com as organizações de luta armada (de toda a América Latina) são feitos através do S2 (Inteligência), conseqüência das deturpações do regime.
A revolução na América Latina não seria uma questão política e sim, usando as palavras do caricato Totem, "de mandar bala". Nos relacionamos com os agentes secretos, que tentam influenciar na escolha de nossos comandantes, fortalecem uns companheiros em detrimento de outros, isolam alguns para criar uma situação de dependência psicológica que facilite a aproximação, influência e recrutamento; alimentam melhor os que aderem à sua linha e fornecem informações da nossa Organização, concedem status que vão desde a localização e qualidade da moradia à presença em palanques nos atos oficiais; não respeitam nossas questões políticas e desconsideram nosso direito à auto-determinação".
Totem, acima mencionado, é o general Arnaldo Ochoa, comandante do Exército em Havana, no início dos anos 70, fuzilado nos anos 80, sob a acusação deser narcotraficante.
O que acima foi transcrito está nas páginas 178 a 181 do livro "Nas Trilhas da ALN", de autoria de Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz ("Clemente"), o último dos "comandantes" da Ação Libertadora Nacional que recebeu
treinamento militar em Cuba. "Clemente" foi autor de vários assaltos a bancos, estabelecimentos comerciais, assassinatos e "justiçamentos" - ou planejamento deles - como o do seu próprio companheiro Márcio Leite Toledo e do presidente da Ultragaz em São Paulo, Henning Albert Boilesen, em 15 de abril de 1971.
Ao concluir o curso em Cuba, nos idos de 1973, "Clemente" foi viver em Paris, somente regressando ao Brasil após ter sido um dos anistiados pelo presidente Figueiredo, derrubando outro mito até hoje difundido pelas esquerdas de todos os matizes: o de que a Anistia não foi Ampla, Geral e Irrestrita Hoje, vive no Rio de Janeiro. Dá aulas de violão para crianças e participa de eventos culturais organizados pelo Movimento dos Sem-Terra.
O GRUPO GUARARAPES AGRADECE AO HISTORIADOR CARLOS S. AZAMBUJA ESTA AULA DA VERDADE.
O GRUPO GUARARAPES LEMBRA QUE CHE GUEVARA FALANDO AOS JOVENS EM 1962 ENSINOU ESTA BARBARIDADE:
"Os melhores dias da vida de um jovem são aqueles em que vê suas balas atingir o inimigo".
Ou o que disse para seu subordinado ESTRADA:"A propósito, para executar um homem não precisamos de provas que o inculpem.Precisamos tão só de provas de que sua execução é necessária".