sábado, 29 de setembro de 2012

OPERACIONAL - FAB vai empregar VANT na vigilância de fronteiras
A Força Aérea Brasileira (FAB) treina para utilizar Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) em operações de guerra, mas seus aviões-robô RQ-450 também são valiosos para tempos de paz, como na vigilância de fronteiras, auxílio em situações de calamidade e ações de segurança. A informação é do Brigadeiro Maximo Ballatore Holland, do Estado Maior da Aeronáutica. "Além da aplicação militar propriamente dita, algumas das características inerentes ao poder aeroespacial podem ser exploradas nas aplicações civis", afirma.

O último teste dos VANT da FAB aconteceu durante a Rio+20, quando o avião sem piloto transmitia imagens ao vivo para a central de operações que cuidava da segurança do Rio de Janeiro. O cenário da estreia operacional dos RQ-450, no entanto, foi na longínqua fronteira do Brasil com a Colômbia. Ali, durante a Operação Ágata 1, em agosto de 2011, um VANT monitorou pistas de pouso clandestinas que pouco depois foram bombardeadas por aviões de caça.

De acordo com o Brigadeiro Ballatore, como os aviões-robô são capazes de transmitir ao vivo imagens das áreas de interesse, é possível ter uma nova dinâmica nas ações de comando, que permite um ganho maior de dados de inteligência e uma tomada de ações mais rápida. "O ciclo de decisão é reduzido, tornando-se um ponto. Podemos visualizar e tomar decisões ao mesmo tempo", explica.

Em operações como a Ágata, quando além das Forças Armadas participam órgãos de segurança pública e organizações como o Ibama e a Receita Federal, a Força Aérea pode fornecer informações de acordo com a demanda de cada um deles. As imagens transmitidas por enlaces digitais são obtidas em cores ou em preto e branco, quando é usado o modo infravermelho que permite identificar pessoas à noite ou sob as copas das árvores, por exemplo. Além disso, os novos VANT têm sistemas de comunicações aperfeiçoados, designador laser e são equipados com um radar de última geração que identifica alvos moveis no solo, através da função denominada MTI (moving target inidicator). Um radar deste tipo equipará o futuro avião de transporte da EMBRAER, o KC-390.

Por outro lado, quem está no solo tem dificuldades para enxergar o RQ-450 em voo. Com 10,5 metros de distância entre as pontas das asas e 6,1m de comprimento, a aeronave é pintada em cores claras e pode voar em altitudes de até 5.500 metros. Seu ruído é bastante difícil de se ouvir do chão. Cada voo pode durar até 16 horas, o suficiente para, se necessário, uma dupla de aeronaves manter a vigilância de uma determinada área de interesse de forma ininterrupta.

Doutrina

As duas primeiras unidades recebidas pela FAB estão alocadas no Esquadrão Hórus, da Base Aérea de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. Criado em 2011, a unidade já voou mais de 600 horas com seus RQ-450, em treinamentos que têm como objetivo não apenas dominar a máquina, mas fazer o que os militares chamam de "desenvolvimento de doutrina". Isto é: não basta ter a aeronave no ar, é preciso saber como executar os voos. O Brigadeiro Ballatore lembra ainda que a análise dos dados é outro desafio. "Também é necessário ter a capacidade de processamento das informações, o que não é simples",diz.

Uma das medidas já adotadas no Esquadrão Hórus foi a definição de que somente aviadores podem ter o controle dessas aeronaves. Apesar de não levar tripulantes a bordo, o RQ-450 é comandado por uma dupla de militares que permanecem em uma cabine de controle no solo. Por este motivo, a Força Aérea designa o avião-robô como uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP). De fato, um mouse substitui o manche, mas o controle permanece nas mãos de oficiais com experiência de voo, conhecimento das áreas de operação e familiaridade com as regras de controle do espaço aéreo. É estreita a coordenação da unidade aérea operadora dos ARP com os órgãos de controle, subordinados ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o que garante a segurança dos voos.

Investimento de 48 milhões

O contrato de aquisição assinado com a empresa Aeroeletrônica, subsidiária da israelense Elbit, foi assinado em 21 de dezembro de 2010 e incluiu os dois RQ-450, uma estação de solo, sensores e a logística inicial associada. O investimento foi de R$ 48.174.836,00. De acordo com a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), o projeto inclui ainda importante nacionalização de itens, além das desejadas transferência de tecnologia e compensações comerciais (off-set).

O planejamento da COPAC, no entanto, vai além dessa primeira dupla de VANT. Considerados de pequeno porte frente aos modelos já desenvolvidos em outros países, a ideia é utilizá-los para o desenvolvimento de doutrina e daí partir para iniciativas mais audaciosas, como um VANT projetado no Brasil.
No horizonte do planejamento da Força Aérea está o emprego de armas em aviões deste porte e até a transmissão de dados dos VANT para qualquer ponto do país com o uso de satélites também de fabricação nacional.

Fonte: Agência Força Aérea

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ATITUDE

Exército decide dar proteção a Joaquim Barbosa e cria zona de conflito com Dilma Rousseff
Sem que a presidente Dilma Rousseff fosse consultada, o Exército destacou os melhores e mais preparados oficiais da inteligência para dar proteção diuturna ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470).
25/09/2012 - 17:37:00 - rondoniaovivo - Matéria Visualizada 10889Vezes
Temperatura alta – Azedou a relação entre o Palácio do Planalto e a cúpula do Exército brasileiro. Sem que a presidente Dilma Rousseff fosse consultada, o Exército destacou os melhores e mais preparados oficiais da inteligência para dar proteção diuturna ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470).

Ao criar o esquema que dá garantia de vida a Joaquim Barbosa, que tem ojeriza a esse tipo de situação, o Exército, que se valeu de militares cedidos à Abin - Agência Brasileira de Inteligência, acabou passando por cima da Presidência da República, do Ministério da Justiça e da cúpula da Polícia Federal, que por questões óbvias não foram consultados, mas a quem, por dever de ofício, caberia a decisão.

Outros dois ministros do Supremo, Ricardo Lewandowski e José Antônio Dias Toffolli, reconhecidamente ligados ao Partido dos Trabalhadores e a alguns dos seus mais altos dirigentes, também contam com escolta, mas da Polícia Federal. O esquema criado para o ministro-relator não se limite à proteção física, mas inclui também monitoramento constante de ambientes e do sistema telefônico utilizado pelo magistrado.

A proteção ao ministro Joaquim Barbosa foi uma decisão tomada pelo alto comando do Exército e pelo general José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Esse episódio, que tem como palco a necessária proteção a Joaquim Barbosa, deve aumentar a tensão entre Dilma e os militares, que ganhou reforço extra com a criação da Comissão da Verdade, que investigará apenas os crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura, deixando

Presidente catalão ameaça com referendo mesmo sem autorização de Madri

AFP 
O presidente do governo autônomo catalão, o nacionalista Artur Mas, ameaçou nesta quarta-feira organizar uma consulta popular sobre a independência da região mesmo que o Executivo de Madri não conceda autorização.
"A consulta tem que acontecer em qualquer caso", afirmou Mas no Parlamento catalão.
"Pode ser feita pela via do referendo, porque o governo espanhol a autoriza, melhor. Se o governo espanhol der as costas e não autorizar nenhum tipo de referendo nem de consulta, tem que acontecer do mesmo jeito", afirmou Mas durante a segunda sessão de debates de política geral catalã.
Na primeira sessão, Mas, no governo catalão desde dezembro de 2010, anunciou na terça-feira a antecipação das eleições legislativas catalãs ante a recusa de Madri de renegociar um sistema fiscal que os nacionalistas catalães consideram injusto.
A antecipação eleitoral foi interpretada como uma tentativa de capitalizar o fervor separatista que cresce na Catalunha, estimulada pela crise econômica e que em 11 de setembro levou mais de um milhão de pessoas às ruas de Barcelona para reclamar a autodeterminação.
Outro presidente regional, o basco Juan José Ibarretxe, fez uma ameaça similar em 2003.
Como reação, o governo espanhol, então dirigido pelo conservador José María Aznar, do PP, tipificou a convocação de referendos sem a autorização do Parlamento espanhol como um delito punido com a prisão.
O atual governo de Mariano Rajoy, também do PP, goza de maioria absoluta no Congresso dos Deputados.


Nova etapa da Jornada de Interoperabilidade Logística discute saúde e recursos humanos

Brasília, 25/09/2012 –
Representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de servidores civis do Ministério da Defesa (MD), estiveram reunidos no Rio de Janeiro (RJ) para debater boas práticas em saúde e recursos humanos das Forças Armadas. O tema foi destaque da II Jornada de Interoperabilidade Logística.

Na abertura do evento, no último dia 20 deste mês, o subchefe de Integração Logística do MD, major-brigadeiro-do-ar Nilson Soilet Carminati, destacou que o transporte de material, no caso militar, “trata de prover às Forças combatentes todos os suprimentos, insumos e serviços necessários à condução de uma campanha militar”.

Durante os dois dias de jornada, os cerca de 300 participantes assistiram a palestras que destacaram os sistemas informatizados de inspeção de saúde e gestão de pessoal, padronização de equipamentos médico-hospitalares, gestão de pessoas por competências e avaliação de desempenho.
Jornada

O evento faz parte de um conjunto de atividades e iniciativas conduzidas pela Subchefia de Integração Logística (Subilog) do MD. O objetivo é incrementar a interoperabilidade e promover a racionalização administrativa e a integração entre as Forças.

A primeira edição foi realizada pelo Exército, há dois meses, em Brasília, e focou engenharia, manutenção e salvamento. Desta vez, a organização ficou a cargo da Força Aérea. “O tripé informação, compartilhamento e apoio institucional guiou os trabalhos” nesta segunda edição, afirmou o brigadeiro Carminati.

A próxima jornada, sob responsabilidade da Marinha, está prevista para os dias 8 e 9 de novembro, no Rio de Janeiro, e vai tratar das funções logísticas de suprimento e transporte.

Participou também da abertura do encontro no Rio o tenente-brigadeiro-do-ar Ricardo Machado Vieira, que estava à frente da Chefia de Logística (Chelog) do Ministério da Defesa quando se deu a primeira etapa do evento.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Venezuela é o pior lugar do mundo para negócios, aponta pesquisa
DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
A Venezuela é o pior lugar do mundo em termos de facilidade para se abrir uma empresa ou exercer a liberdade econômica, segundo um relatório sobre 144 nações divulgado nesta quarta-feira pelo liberal Instituto Cato.
Hong Kong lidera a lista da Liberdade Econômica, com nota 8,90 em uma escala de 0 a 10, segundo a metodologia deste instituto e com base em dados de 2010. Em seguida, estão Cingapura (8,69) e Nova Zelândia (8,36).
Os Estados Unidos, que costumava estar entre os primeiros colocados nos anos 1980, foi caindo até ficar na posição 18. Entre os latino-americanos, o Chile se destaca na décima posição.
O instituto americano defende os postulados de economistas como Milton Friedman (1913-2006) ou o austríaco Friedrich Hayek (1899-1992), ambos Prêmios Nobel e partidários do máximo de liberdade econômica possível e de um papel limitado do Estado.
A Venezuela ostenta uma pontuação de 4,07 pontos.
Em penúltimo lugar, está Mianmar (4,29) e, em antepenúltimo, Zimbábue (4,35), ambos países sujeitos a sanções da comunidade internacional.
Venezuela, Argentina, Islândia e Estados Unidos registram as piores quedas na lista desde 2000, destaca o Instituto Cato.
RICO EM RECURSOS
"A Venezuela é um país rico em recursos e com as piores instituições econômica da América Latina", criticam os autores, que recordam que o Banco Mundial também situa este país no último lugar em seu índice anual sobre liberdade empresarial.
Para estabelecer sua lista, o Instituto Cato e os economistas associados ao projeto levam em conta 24 variáveis, agrupadas em cinco categorias: o peso do governo, o sistema legal, a política monetária e os dados econômicos, e a liberdade comercial e a regulação.
Na América Latina, os países mais livres economicamente são o Chile, o Peru, o Panamá, a Colômbia e o México.
"Comparados a outros países, a maioria das nações latino-americanas têm governos cujo porte é pequeno, mas seus sistemas legais estão politizados", explica o texto.

Índia faz novo teste de míssil nuclear com 3.000 km de alcance
DA EFE, EM NOVA DÉLI
A Índia testou nesta quarta-feira com sucesso na região litorânea de Orissa o míssil terra-terra Agni-IV, que tem um alcance de mais de 3.000 quilômetros e capacidade nuclear, segundo informou à Agência Efe uma fonte oficial.
O míssil foi testado, pela terceira vez, nas instalações que a Organização para o Desenvolvimento e Pesquisa da Defesa (DRDO) da Índia tem nas proximidades da cidade de Dhamra, no distrito de Bhadrak.
"O teste foi bem-sucedido e foi estipulada com o alcance máximo do míssil, que atingiu o objetivo com grande precisão", disse à Efe o representante do DRDO, Ravi Kumar Gupta.
O Agni-IV ("fogo" em sânscrito) é uma versão modificada do Agni-II, pesa 16 toneladas e conta com capacidade para transportar 1.000 quilos de carga explosiva.
"Sua tecnologia é muito superior às versões anteriores do míssil, tanto em termos de manejo, como de tecnologia e alcance", acrescentou Gupta.
Esse míssil pode ser lançado de plataformas de lançamento ferroviárias ou de estradas, com um tempo de preparação para o disparo de quinze minutos.
A Índia mantém há anos uma corrida armamentista com seu rival e vizinho Paquistão, que também possui armas nucleares.
Para o futuro, a Índia pretende testar o míssil Agni-V, com alcance de 5.00

Forças Armadas mobilizam 5 mil militares na “Operação Amazônia 2012”

Brasília, 14/09/2012 – Durante as próximas duas semanas 5 mil homens das Forças Armadas estarão participando de exercício militar na região Norte do país. Trata-se da “Operação Amazônia 2012” cujo objetivo é o adestramento das tropas de forma conjunta para eventual emprego na defesa do Brasil. Coordenada pelo Ministério da Defesa e sob o comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), a operação conta com a participação da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.



Para o subchefe de Operações do EMCFA, vice-almirante Luiz Henrique Caroli, a “Operação Amazônia”, embora seja um treinamento, é importante para a interoperabilidade das três Forças. O almirante Caroli afirma que os exercícios permitem aos militares estarem preparados para o caso de enfrentar uma situação real.

“Essa é a nossa principal missão. E o exercício permite que as tropas estejam em condições diante da necessidade de entrar em ação”, disse.

Operação Amazônia

A operação tem início na manhã de segunda-feira (17), na foz do rio Amazonas, abrangendo os estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Acre, além de exigir o desdobramento de meios e tropas de outras regiões do país. Até o dia 28 de setembro, os militares das três Forças estarão participando do treinamento com os objetivos de “difundir o sentimento de patriotismo e a mentalidade de defesa junto à população”, conforme informa o comunicado divulgado pelo comando da operação.

No período, além dos exercícios militares, ocorrerão ações cívico-sociais (Acisos) que têm por objetivo levar às regiões mais carentes apoio médico e odontológico. A expectativa é de que pelo menos 3 mil pessoas sejam atendidas nestas ações de modo a contribuir para a intensificação da presença do Estado e das Forças Armadas na região.

As Acisos levarão atendimentos a populações de localidades isoladas ao longo da calha dos rios Solimões, Purus e Juruá. Para tanto, serão empregados navios hospitais da Marinha, além de militares dos corpos de saúde do Exército e da Força Aérea Brasileira, que atuarão utilizando a estrutura de saúde dos municípios envolvidos.

Trata-se do 10º exercício desse porte realizado na região Amazônica desde 2002, com o objetivo de aprimorar o adestramento das três Forças para atuar, de forma coordenada e eficaz, em conflitos convencionais no ambiente ribeirinho e de selva.

De acordo com o chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi, manobras dessa natureza ajudam a desenvolver os processos da logística e comunicações militares, bem como sedimentar doutrinas operacionais vitais para o emprego das Forças Armadas.

Segundo o general De Nardi, as atividades relacionadas à “Operação Amazônia 2012” começaram oito meses antes do início do deslocamento das tropas. Esse planejamento envolve o desenho de cenários de guerra e conflitos na região Amazônica, bem como o emprego eficaz das Forças em forma integrada com outros órgãos federais e estaduais atuantes na região.

Além da operação na Amazônia, o EMCFA planeja exercícios conjuntos em outras regiões do país. Estão programadas para acontecer, até dezembro de 2012, operações conjuntas no Centro-Oeste e de intensificação da área de fronteira nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, além de uma grande operação nas águas jurisdicionais das regiões Sudeste e Sul.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, na companhia dos comandantes militares, visitará a região onde acontece a operação. Durante os dias 25 e 26 de setembro, o ministro acompanhará ações conjuntas nas localidades de Aiapuá e Paricatuba, no estado do Amazonas, e irá a Iranduba (AM), onde acontece uma Aciso.




Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
Brasil quer Guiana e Suriname envolvidos na integração em defesa sul-americana

Paramaribo, 13/09/2012 –
O Brasil quer estimular a participação da Guiana e do Suriname no processo de integração em defesa na América do Sul. Para tanto, acena com o apoio à modernização da estrutura de defesa dos dois países, por meio de iniciativas que envolvam formação e treinamento militar, intercâmbio de conhecimentos, ação conjunta nas fronteiras e revitalização de equipamentos militares.

Em visita de três dias às capitais Georgetown (Guiana) e Paramaribo (Suriname), encerrada nesta quinta-feira, o ministro da Defesa, Celso Amorim, sublinhou o interesse brasileiro em ampliar as oportunidades de cooperação militar com os vizinhos do cone norte, que classificou como parceiros importantes na construção de uma comunidade de segurança na região.

“Isso mostra que a América do Sul não é só a América Ibérica, ou suas porções espanhola ou portuguesa, mas algo maior”, disse Amorim ao colega guianense, Roger Luncheon, em reunião de trabalho. No encontro, eles concordaram em expandir e fortalecer a cooperação em defesa não apenas no plano bilateral, mas também em nível multilateral, no âmbito das diversas instâncias da Unasul.

“Essa é a perspectiva geopolítica e geoestratégica que temos de adotar”, sustentou o ministro da Defesa brasileiro, que defende a ideia de construção de uma identidade sul-americana em matéria de defesa. O tema é recorrente em seu programa de viagens às diferentes capitais da região.



Em Georgetown, Amorim foi recebido pelo presidente Donald Ramotar, pelo primeiro-ministro Samuel Hinds e pela ministra de Relações Exteriores, Carolyn Rodrigues-Birkett, além do secretário Roger Luncheon. Em Paramaribo, ele se encontrou  com o ministro da Defesa surinamês, Lamuré Latour, com o chanceler Winston Lackin e com o presidente Desiré Delano Bouterse.

Nessas audiências, Celso Amorim colocou o diálogo e a cooperação em defesa como elementos centrais para fomentar confiança mútua e afastar qualquer risco de tensão no subcontinente. E repetiu o uso da expressão “cooperação para dentro da América do Sul, dissuasão para fora”, com a qual sintetiza o discurso brasileiro de integração em defesa como estratégia de integração regional.

Vias de cooperação

Guiana e Suriname fazem fronteira terrestre com o Brasil, mas sempre tiveram uma inserção mais voltada para a região do Caribe. Laços históricos com as ex-metrópoles,  hoje menos intensos, também contribuíram para que as antigas colônias inglesa e holandesa cultivassem referências mais além-mar do que junto ao entorno geográfico sul-americano.

Nas reuniões entre os titulares da Defesa, ambos os vizinhos manifestaram apreço pela proposta brasileira de cooperar em duas avenidas: a bilateral e a multilateral – esta última no âmbito da Unasul, cujo Conselho de Defesa Sul-Americano tem-se revelado, na opinião dos brasileiros, eficiente instância de consulta, cooperação e coordenação no setor.

No plano bilateral, o Brasil vai fortalecer suas parcerias com Guiana e Suriname por meio da criação de grupos de trabalho de defesa, que deverão se reunir anualmente, a nível de chefe de Estado-Maior Conjunto ou equivalente, para identificar oportunidades de cooperação.

De antemão, haverá novas ofertas de treinamento a oficiais guianenses e surinameses em instituições militares brasileiras, além da possibilidade de acompanhamento in loco de ações cívico-sociais e de patrulhamento nas fronteiras. Com o Suriname, prevê-se maior aproximação também das Forças Aéreas. Visitas técnicas militares irão detalhar a abrangência das atividades, de acordo com o interesse de cada país.

A parceria será ampliada ainda através de maior intercâmbio na área de vigilância. Brasil e Guiana acordaram, por exemplo, no envio de dez oficiais guianenses a Manaus (AM), para a realização de um curso em geotecnologia aplicada à defesa e segurança.

O objetivo é fazer com que os militares daquele país possam conhecer melhor os sistemas de monitoramento e vigilância brasileiros na Amazônia. Proposta semelhante foi aceita pelos surinameses, que têm interesse em saber como os brasileiros operam esses sistemas e interpretam seus dados, sobretudo no que se refere a mapeamentos e imagens provenientes de satélites.

No caso  da Guiana, uma missão militar do Brasil também deverá ajudar na avaliação de áreas que em que aquele país carece de conhecimento especializado, além de apoiar iniciativas em que há maior interesse estratégico local, como suprimentos e vigilância naval.

“Contamos com o apoio do Brasil para atender essas necessidades e oferecer complementaridade onde pudermos explorar sinergia”,  disse o secretário Roger Luncheon. Sem dar detalhes, Celso Amorim sinalizou também a possibilidade de doar equipamentos militares ao país vizinho.

Intercâmbio

Já no encontro com seu contraparte surinamês, Lamuré Latour, Amorim acertou o auxílio das Forças Armadas do Brasil em formação e treinamento, com incremento de ações de intercâmbio militar. Os surinameses manifestaram o desejo de apoio na revisão do currículo de treinamento básico dos militares do seu país, bem como uma possível ajuda na capacitação de forças especiais. “Nos interessa ter assistência para avaliar e formatar programas de treinamento”, salientou Latour.

Além de aspectos gerais de doutrina, esse apoio poderá envolver áreas específicas, como missões de paz, respostas a desastres naturais e operações na selva. Delegações do Suriname foram convidadas a vir ao Brasil para definir de que modo a ajuda poderá ser mais benéfica. “Isso implica uma série de viagens, algo inevitável em cooperações dessa natureza”, disse Amorim.  “Mas a melhor forma de colaborarmos é promovendo interação nos locais onde as coisas acontecem”, complementou.

Na reunião com o ministro Latour, Celso Amorim também anunciou a disposição de apoiar a modernização de carros de combate surinameses. A tropa dispõe de blindados brasileiros Cascavel e Urutu, fabricados pela extinta Engesa. Num primeiro momento, o Brasil deverá recolher alguns veículos para fazer a revitalização no país. Posteriormente, uma missão brasileira deverá ser enviada para avaliar a possibilidade de repotencialização, no próprio Suriname, de blindados que ainda estiverem operacionais.

Latour e Amorim também concordaram, no plano multilateral, em cooperar estreitamente na preparação da Presidência Pro Tempore surinamesa na Unasul, no ano que vem. No segundo semestre de 2013, o Suriname assumirá o mandato da organização, conforme a ordem alfabética definida no tratado que a constituiu. Durante seis meses, o país também ficará responsável pela presidência do Conselho de Defesa Sul-Americano.

A visita de Amorim a Paramaribo coincidiu com a entrada em vigor, ontem, do acordo de cooperação em defesa assinado por Brasil e Suriname em 2008, na própria capital. O documento prevê uma série de iniciativas destinadas a fortalecer a parceria militar entre as duas nações, incluindo ações de intercâmbio em instituições militares, apoio a iniciativas comerciais e implementação de programas e projetos sobre a aplicação de tecnologia de defesa.  “Demos mais um passo a frente para fortalecer nossos laços”, sentenciou o ministro da Defesa surinamês.
Acesse a íntegra (na versão original, em inglês) dos comunicados conjuntos no setor de Defesa emitidos em Georgetown, na Guiana, e em Paramaraibo, no Suriname:


Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

COVARDIA

Obama condena morte de embaixador americano e diz que "justiça será feita"

AFP - Líbios ajudam homem inconsciente, supostamente identificado como Chris Stevens, embaixador americano na Líbia, que morreu em ataque a consulado (Foto: AFP)
O presidente Barack Obama condenou nesta quarta-feira o ataque "ultrajante" que matou quatro americanos, incluindo o embaixador do país na Líbia, mas destacou que não vai romper os vínculos dos Estados Unidos com a nação africana.
Em um discurso no jardim da Casa Branca, Obama homenageou o embaixador Christopher Stevens e seus colegas, mortos em um ataque de manifestantes islamitas ao consulado americano em Benghazi, revoltados com as informações sobre um filme considerado ofensivo ao islã.
"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes este ataque ultrajante e chocante", afirmou Obama na Casa Branca.
"Não se enganem, nós vamos trabalhar com o governo líbio para levar à justiça os assassinos que atacaram nosso povo".
O filme que provocou a revolta dos islamitas foi realizado por um israelense-americano, que chama o islamismo de "câncer", e promovido pelo polêmico pastor da Flórida Terry Jones.
O presidente lembrou que desde sua independência, "a América é um país que respeita todas as crenças".
"Rejeitamos qualquer tentativa de denegrir a fé religiosa de outros. Mas não há absolutamente justificativa nenhuma para este gênero de violência sem sentido, nenhuma", destacou.
A secretária de Estado Hilary Clinton também condenou "nos termos mais enérgicos este ato de violência sem sentido".
"Expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e colegas daqueles que perdemos", disse.
"A amizade entre nossos países, nascida de uma luta comum, não será outra baixa deste ataque", afirmou a chefe da diplomacia americana.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

11 DE SETEMBRO

EUA lembram os 11 anos dos atentados do 11 de Setembro
Por Chris Francescani
11 Set (Reuters) - Milhares de pessoas vão se reunir nesta terça-feira em Nova York, e Washington e numa zona rural da Pensilvânia para marcar o 11o aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001, mas no principal desses locais, o Marco Zero, no centro de Manhattan, estará ausente um importante elemento das cerimônias de anos anteriores: os discursos dos políticos.
Na manhã de 11 de setembro de 2001, militantes islâmicos da Al Qaeda sequestraram quatro aviões que tinham acabado de decolar e atiraram dois deles contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York.
Um terceiro avião foi lançado contra o Pentágono, nos arredores de Washington, e o quarto caiu na Pensilvânia após uma luta entre os passageiros e os sequestradores, o que evitou que a aeronave fosse também jogado contra algum alvo -- provavelmente o Congresso.
Em anos anteriores, presidentes, governadores e prefeitos de Nova York, entre outros políticos, participaram da leitura dos nomes das vítimas ou de leituras de passagens bíblicas e literárias no local onde ficava o WTC, e que foi rebatizado de Marco Zero.
Neste ano, apenas as famílias dos mais de 2.750 mortos nos atentados vão subir ao palanque para ler seus nomes. Os políticos poderão estar presente, mas precisarão seguir regras estabelecidas em julho pelo Memorial e Museu Nacional do 11 de Setembro, presidido pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Nas cerimônias em outros lugares, no entanto, discursos políticos estarão liberados.
No Pentágono, nos arredores de Washington, onde mais de 180 pessoas foram mortas, o secretário de Defesa, Leon Panetta, irá discursar numa cerimônia aberta apenas a parentes de vítimas.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá falar em Shanksville, onde caiu o voo United 93.
"A forma como lidamos com o legado dessas 40 pessoas e com o que elas fizeram, o que elas evitaram que acontecesse, é realmente mais uma declaração sobre nós mesmos, sobre o que valorizamos como sociedade", disse Patrick White, primo de uma das vítimas e atual presidente da entidade Famílias do Voo 93.
Como em vários anos anteriores --e no próprio 11 de setembro de 2001--, as cerimônias de terça-feira devem ocorrer sob céu claro e com o frio que prenuncia o outono.
Em Nova York, haverá minutos de silêncio nas horas exatas dos impactos dos aviões -- 8h46, 9h03, 9h37 e 10h03 (hora local, uma a menos que Brasília). Momentos de silêncio adicionais serão observados às 9h59 e 10h28, momento em que as torres desmoronaram.
O presidente norte-americano, Barack Obama, e sua mulher, Michelle, vão participar de um minuto de silêncio no gramado da Casa Branca e da cerimônia no Pentágono, segundo sua assessoria.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Farc não descartam apresentar candidato a presidente em 2014
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) não descartam apresentar um candidato às eleições presidenciais de 2014 na Colômbia caso o processo de paz com o governo tenha êxito.
Em entrevista ao jornal "El Espectador", um dos ideólogos da guerrilha, Jesús Emilio Carvajalino, conhecido como Andrés Paris, disse que o grupo pensará nessa possibilidade caso haja êxito no processo de paz.
"Se o processo de acordos continuar e houver as condições políticas para participar de eleições, podemos pensar nessa possibilidade", disse Jesús Emilio Carvajalino, conhecido como "Andrés Paris".
Carvajalino foi um dos integrantes das Farc que participou das conversas iniciais com o governo colombiano em Havana que abrirão caminho em outubro para um diálogo formal de paz.
"Nós aspiraríamos à eleição de um candidato que venha das forças políticas que nascerão do processo de paz", afirmou o guerrilheiro.
Ele também explicou que a intenção das Farc é criar sua própria força política, que não teria "absolutamente nenhum vínculo" com algum dos atuais partidos colombianos.
ELN
O ideólogo também comentou sobre as violentas relações nos últimos anos entre as Farc e a segunda maior guerrilha colombiana, o ELN (Exército de Libertação Nacional).
As direções dos movimentos rebeldes "se comprometeram a superar esse conflito, e hoje podemos dizer que ele está superado", ressaltou, dizendo acreditar que o ELN pode se somar ao processo de paz aberto pelas Farc e o governo.
Na primeira parte desta entrevista, publicada pelo jornal no domingo, "Andrés Paris" qualificou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, como "um homem realista".

Número 2 da rede Al Qaeda no Iêmen é morto, diz ministério
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O número 2 da rede terrorista Al Qaeda no Iêmen, o saudita Said Ali al Shehri, foi morto em uma operação do Exército no leste do país, anunciou nesta segunda-feira o ministério iemenita da Defesa.
Além dele, outros seis membros da organização morreram na operação lançada no vale de Hadramut, informou o ministério em seu site na internet.

De acordo com o ministério, que cita uma autoridade, as "forças armadas iemenitas lançaram uma operação no vale de Hadramut, matando o terrorista Said Ali al-Shehri e seis terroristas que estavam com ele".
O Ministério, que não forneceu detalhes sobre as circunstâncias do ataque, disse que a morte do dirigente foi "um duro golpe aos terroristas".
A morte do líder da rede no Iêmen, que se denomina AQPA (Al Qaeda na Península Arábica), não foi confirmada por fontes independentes.
A AQPA foi criada em janeiro de 2009, após a união dos braços saudita e iemenita da Al Qaeda.
NÚMERO 2
Al Shehri era braço-direito do iemenita Nasser al Wahishi, o emir da Al Qaeda na Península Arábica, desde o anúncio da fundação da organização no Iêmen, em 2009.
Ele esteve preso em Guantánamo, de onde foi libertado em 2008, quando retornou para a Arábia Saudita e, pouco depois, para o Iêmen.
Em fevereiro de 2011, autoridades iemenitas anunciaram a morte de Al Shehri em uma explosão acidental na província de Abian, mas a informação foi desmentida.
ATAQUES
Ontem, o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, disse que as forças de segurança frustraram três atentados simultâneos com carros-bomba que a Al Qaeda pretendia perpetrar na capital Sanaa e em outras duas cidades.
A Al Qaeda aumentou sua atividade no Iêmen devido à situação de instabilidade que vive o país desde que, em janeiro de 2011, eclodiu a revolta popular contra o ditador Ali Abdullah Saleh.
Após Saleh ceder o poder a Hadi, em fevereiro passado, o Exército iemenita lançou uma operação militar no sul do país e conseguiu libertar as zonas controladas pela Al Qaeda

O resultado da indústria
10/09/12 07:19 | Júlio Gomes de Almeida - Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e professor da Unicamp
Do ponto de vista da indústria como um todo o resultado de julho foi decididamente uma decepção. Um aumento real de 0,3% com relação a junho é muito baixo para um setor que acumulou no primeiro semestre do ano uma retração de 3,7%.
Tendo sequência para os meses restantes de 2012, a taxa referente a julho não mudará muito o quadro de declínio da indústria para o ano, pois nessa hipótese o retrocesso da produção industrial será próximo a 3%.
Colocando de outra forma, para que a indústria brasileira tenha crescimento zero neste ano seria necessário que nos meses de agosto a dezembro o crescimento de sua produção superasse 2% a cada mês, algo muito difícil de ser alcançado.
Por trás dos números mais globais, algumas tendências setoriais estão em desenvolvimento, as quais acenam que de fato a indústria brasileira pode estar transitando para uma etapa de maior dinamismo, embora nada ainda leve a crer que a nova fase terá a volta do crescimento acelerado.
A primeira delas tem relação com medidas adotadas pelo governo para acelerar a evolução do crescimento econômico.
Ao contrário do que afirmavam algumas análises, o incentivo da redução de impostos na aquisição de bens de consumo duráveis tem efeito sobre a produção desses bens, notadamente nos casos de automóveis, geladeiras e outros bens da chamada linha branca, móveis e materiais de construção.
Com isso, desde junho a indústria de bens duráveis de consumo passou a registrar índices positivos de produção, o que foi reproduzido em julho e deve ser mantido ao longo dos próximos meses por uma dupla razão: 1) devido à prorrogação do subsídio fiscal até outubro para automóveis, até dezembro próximo para linha banca e móveis e até o final de 2013 para material de construção; 2) em razão da regularização das condições do crédito às famílias que deve ser processada nos próximos meses.
Outro ramo que dá sinais de ter superado uma sucessão de meses negativos é alimentos. Como tem elevada participação na indústria, está disseminado por todas as regiões do país e é muito empregador, o retorno do crescimento neste caso é tão ou mais importante do que a superação da crise na indústria automobilística.
Os últimos resultados da indústria mostram ainda a continuidade pelo segundo mês de elevação da produção de bens de capital, o que pode ser indicativo de que o investimento na economia começa a ser redinamizado.
Além desses pontos, há um outro fato novo: a volta ao crescimento em ramos relevantes de bens intermediários, cujo declínio se arrastava em alguns casos por mais de quatro meses. O poder da indústria reside em sua capacidade de espalhar para segmentos da própria indústria e para os outros setores da economia um determinado estímulo de demanda, potencializando o crescimento. Este poder deriva da existência de um diversificado segmento de bens intermediários.
A importação tem levado para benefício da produção no exterior um pedaço relevante dessa engrenagem, mas as últimas indicações são de que há uma reexpansão de ramos nacionais que formam a base de várias cadeias produtivas, como produtos químicos, metalurgia, borracha e plástico e minerais não metálicos.
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Julio Gomes de Almeida é ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e professor da Unicamp


Empresas dão patrocínio de olho em caças
DE SÃO PAULO
Enquanto esperam sinais do Planalto sobre a compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), as três empresas concorrentes buscam se aproximar do governo investindo num programa que é a menina dos olhos da presidente Dilma Rousseff.
No limbo desde o fim do governo Lula, a americana Boeing, a sueca Saab e a francesa Dassault decidiram apostar no patrocínio de bolsas para alunos brasileiros pelo Ciência sem Fronteiras.
O programa é bandeira de Dilma e visa promover a expansão de ciência e tecnologia por meio de intercâmbios. Ele já teve 5.978 bolsas implementadas até julho --cerca de 6% do que o governo federal pretende em quatro anos.
Representantes das empresas e dos governos envolvidos na negociação dos caças não escondem a expectativa de que a ação surta resultados na escolha do governo brasileiro sobre o negócio, estimado em até R$ 16 bilhões.
"Acho que demonstrar seu compromisso além da venda de bens ou serviços ajuda qualquer empresa americana", disse o subsecretário de Comércio dos EUA, logo depois de se encontrar com representantes da Boeing no Brasil durante visita a São Paulo, na última semana.
O último contato feito pelo governo federal com as empresas interessadas no fornecimento dos caças foi por meio de uma carta, em junho, pedindo a extensão das propostas (termos, condições e valores) até 31 de dezembro.
As ofertas dos caças Rafale (Dassault), F-18 Superhornet (Boeing) e Gripen NG (Saab) haviam sido apresentadas ainda no governo Lula.
ESTRATÉGIA
O diretor de estratégia da Saab, Dan Jungblad, que esteve no Brasil nos últimos dias, também disse "esperar" que a participação ajude na aproximação com o governo.
"No meio-tempo [enquanto a decisão não é tomada], trabalhamos com o Ciência sem Fronteiras e com projetos de transferência de tecnologia e inovação", disse.
A Saab já selecionou nove estudantes de doutorado e pós-doutorado para terem os cursos financiados em universidades da Suécia. Em 2011, a empresa anunciou que pretendia cofinanciar cerca de cem bolsas.
A Boeing pediu ao governo uma lista com todos os graduandos em engenharia aeroespacial e aeronáutica inscritos no programa --14 já estão estudando nos EUA desde janeiro. A intenção, segundo a empresa, é repetir a concessão de bolsas em 2013.
Representantes do consórcio francês Rafale no Brasil dizem ajudar o governo francês na concessão das bolsas.
Por um acordo assinado em dezembro de 2011, entre os dois governos, a França prometeu 10 mil bolsas.
"Caso o [caça] Rafale seja o escolhido, a parceria entre Brasil e França irá aumentar exponencialmente, tanto para o intercâmbio de estudantes e estágios em empresas francesas quanto para pesquisa e desenvolvimento", disse, em nota, Jean-Marc Merialdo, do consórcio Rafale.
As empresas não revelam os gastos com as bolsas.

domingo, 9 de setembro de 2012


06 Sep 2012 11:30 am | ceiri@ceiri.com.br (Marcelo Suano - Analista CEIRI - MTB: 16479RS)
De acordo com o que vem sendo disseminado na mídia internacional, apesar do apoio recebido dos países não alinhado para o seu “Programa Nuclear”, os iranianos acreditam que têm no horizonte um provável combate com os israelenses e em breve realizarão exercício militares com vistas a enfrentar uma possível invasão, provavelmente de Israel.
Muitos analistas apontam que o momento poderia ser após as “Eleições Presidenciais Norte-Americanas”, razão pela qual as autoridades iranianas anunciaram que farão exercícios militares para proteger suas usinas nucleares entre os meses de setembro e outubro próximos para testar a defesa antiaérea do país.


06 Sep 2012 01:00 pm | ceiri@ceiri.com.br (Paulo Daniel Watanabe - Colaborador Voluntário)
No dia 5 de setembro de 2012, o Governo japonês informou que concluiu as negociações para a compra, no valor de 26 milhões de dólares, de várias ilhotas do arquipélago Senkaku (Diaoyu para os chineses e Tiaoyutai para os taiwaneses). Esse conjunto de ilhas é alvo de disputas entre o Japão, a China e Taiwan. As negociações em torno dessas ilhas, que envolvia um proprietário particular, aumentou as tensões entre os países.