quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ALERTA À NAÇÃO

O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. Anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos relevantes da História Pátria.

A fundação do Clube, em si, constituiu-se em importante fato histórico, produzindo marcas sensíveis no contexto nacional, ação empreendida por homens determinados, gerada entre os episódios sócio-políticos e militares que marcaram o final do século XIX. Ao longo do tempo, foi partícipe de ocorrências importantes como a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República, a questão do petróleo e a Contra-revolução de 1964, apenas para citar alguns.

O Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante, propugnando comportamento ético para nossos homens públicos, envolvidos em chocantes escândalos em série, defendendo a dignidade dos militares, hoje ferida e constrangida com salários aviltados e cortes orçamentários, estes últimos impedindo que tenhamos Forças Armadas (FFAA) a altura da necessária Segurança Externa e do perfil político-estratégico que o País já ostenta. FFAA que se mostram, em recente pesquisa, como Instituição da mais alta confiabilidade do Povo brasileiro (pesquisa da Escola de Direito da FGV-SP).

            O Clube Militar, sem sombra de dúvida, incorpora nossos valores, nossos ideais, e tem como um de seus objetivos defender, sempre, os interesses maiores da Pátria.

Assim, esta foi a finalidade precípua do manifesto supracitado que reconhece na aprovação da “Comissão da Verdade” ato inconseqüente de revanchismo explícito e de afronta à lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo.
 
 Militares reafirmam críticas a Dilma e afrontam Amorim
LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA
Em nota divulgada ontem, 98 militares da reserva reafirmaram recentes ataques feitos por clubes militares à presidente Dilma Rousseff e disseram não reconhecer autoridade no ministro da Defesa, Celso Amorim, para proibi-los de expressar opiniões.
A nota, intitulada "Eles que Venham. Por Aqui Não Passarão", também ataca a Comissão da Verdade, que apontará, sem poder de punir, responsáveis por mortes, torturas e desaparecimentos na ditadura. Aprovada no ano passado, a comissão espera só a indicação dos membros para começar a funcionar.
"[A comissão é um] ato inconsequente de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo", diz o texto, endossado por, entre outros, 13 generais.
Apesar de fora da ativa, todos ainda devem, por lei, seguir a hierarquia das Forças, das quais Dilma e Amorim são os chefes máximos.
O novo texto foi divulgado no site "A Verdade Sufocada", mantido pela mulher de Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado do Exército e um dos que assinam o documento.
Ustra, ex-chefe do DOI-Codi (aparelho da repressão do Exército) em São Paulo, é acusado de torturar presos políticos na ditadura, motivo pelo qual é processado na Justiça. Ele nega os crimes.
A atual nota reafirma o teor de outra, do último dia 16, na qual os clubes Militar, Naval e de Aeronáutica fizeram críticas a Dilma, dizendo que ela se afastava de seu papel de estadista ao não "expressar desacordo" sobre declarações recentes de auxiliares e do PT contra a ditadura.
Após mal-estar e intervenção do Planalto, de Amorim e dos comandantes das Forças, os clubes tiveram de retirar o texto da internet.
CRÍTICA A AMORIM
"Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do manifesto do dia 16", afirma a nota de ontem, que lembra que o texto anterior foi tirado da internet "por ordem do ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo".
Agora, os militares dizem que o "Clube Militar [da qual a maioria faz parte] não se intimida e continuará atento e vigilante".
A primeira das três declarações que geraram a nota foi da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), para quem a Comissão da Verdade pode levar a punições, apesar da Lei da Anistia.
Depois, Eleonora Menicucci (Mulheres) fez em discurso "críticas exacerbadas aos governos militares", segundo o texto. Já o PT, em uma resolução, disse que deveria priorizar o resgate de seu papel para o fim da ditadura.

PESQUISA - As Forças Armadas são a instituição mais confiável para os brasileiros, aponta FGV
As Forças Armadas são a instituição mais confiável aos olhos da população brasileira. Esse é o resultado da pesquisa divulgada recentemente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avaliou o índice de confiança do 4º trimestre de 2011. Em primeiro lugar com 72% na preferência dos entrevistados, a instituição ficou à frente da Igreja Católica (58%) e do Ministério Público (51%).
O levantamento realizado pela Escola de Direito da FGV de São Paulo ouviu 1550 pessoas de diferentes Estados, como Rio de janeiro, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e do Distrito Federal. A coleta de dados ocorreu entre os meses de outubro e dezembro de 2011.
O prestígio das Forças Armadas também pôde ser medido pelo estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) sobre a percepção da população em geral acerca da Defesa Nacional. O levantamento, divulgado em janeiro deste ano, foi realizado com 3796 entrevistados em todo o Brasil. As 30 questões da pesquisa, estruturadas em torno de quatro eixos temáticos, abordavam itens como percepção de ameaças; percepção sobre a Defesa Nacional e as Forças Armadas;  poder militar do Brasil e inserção internacional; e a relação entre as Forças Armadas e sociedade.
A pesquisa do IPEA mostra que a população do Norte do país, com 55%, é a mais confiante nas Forças Armadas (Totalmente/muito). Em segundo lugar está a região Sul (50,4%) e em terceiro a Nordeste (50,1%). O levantamento também evidencia que a confiança da instituição é mais elevada entre os mais idosos. Os entrevistados com mais de 64 anos (58,1%) são os que mais confiam (Totalmente/Muito) nas Forças Armadas. Entre os jovens, na faixa-etária entre 18 e 24 anos, este índice é de 46,9%.
No quesito da importância das Forças Armadas, na avaliação regional, 90,7% da população do Norte do país ressaltou a importância das Forças Armadas tanto no caso de uma guerra como na ausência de um conflito bélico. Com relação à percepção sobre o trabalho realizado pelas Forças Armadas, 68,3% dos brasileiros acham “muito bom” o trabalho da instituição.
A pesquisa do IPEA concluiu que a maior parte dos entrevistados confia nas Forças Armadas, apóia as suas atividades e considera que elas têm uma função importante no País. Esta posição esteve presente em todas as regiões do Brasil e foi compartilhada por entrevistados de ambos os sexos, de diferentes faixas etárias, e com diferentes níveis de escolaridade.


Fonte: Agência Força Aérea

JEITINHO AMERICANO

Pense na reação dos críticos de plantão se, por hipótese, a Força Aérea Brasileira voltasse atrás da decisão de adquirir os caças F-18 fabricados pela Boeing depois de declarar a empresa americana vencedora de um processo de licitação público e aberto.
Pense nessa possibilidade. Com toda certeza, não faltaria gente para dizer que o Brasil não é um país sério e que não se pode confiar em nada do que é feito aqui.
Pois foi mais ou menos isso que aconteceu ontem, quando a Força Aérea Americana voltou atrás na decisão de comprar 20 aviões de treinamento Super-Tucano, projetado pela empresa brasileira.
No último dia 30 de dezembro, o governo dos Estados Unidos declarou que pretendia adquirir 20 dos aparelhos brasileiros, num contrato superior a US$ 350 milhões, que poderia ser ampliado mais tarde.
Seria um ótimo negócio para a Embraer e para sua parceira americana Sierra Nevada, que montaria os aviões. Acontece que, logo após o anúncio da vitória brasileira, o fabricante americano Hawker Beechcraft passou a contestar a decisão.
Até que ontem, numa atitude surpreendente, a Força Aérea Americana declarou que havia problemas com a mesma documentação que, há dois meses, tinha possibilitado uma decisão "justa, aberta e transparente".
Mais importante do que a Embraer perder um negócio que poderia resultar em novos pedidos, é o fato de que a empresa, para conseguir cumprir os prazos de entrega previstos na licitação americana, já havia se preparado para a produção dos aparelhos.
Isso exige a encomenda de peças e a contratação e treinamento de pessoas, além de mais uma série de medidas que, certamente, já tinham começado a ser tomadas pela Embraer e pela Sierra Nevada.
Ou seja: a mudança súbita de planos pode resultar, no final das contas, em prejuízo para as companhias - ainda que a produção não tenha sido deslanchada. Embora a Força Aérea dos Estados Unidos não admita e fale apenas em "problemas com a documentação", está mais do que nítido que a decisão pode ter uma inspiração protecionista.
Afinal de contas, a indústria americana vive um momento de crise e a necessidade de geração de empregos é intensa (sobretudo num ano eleitoral). Nesse cenário, apelou-se para o tal "jeitinho americano" e procurou-se uma desculpa qualquer para melar a licitação.
Mais uma vez, a comparação: se a decisão tivesse sido tomada pelo Brasil, a esta altura os críticos daqui e de lá estariam deitando e rolando.
Ocorre, porém, que os Estados Unidos não deixam de ter razão ao voltar atrás - e o Brasil precisa se inspirar em exemplos como esse para proteger não apenas sua indústria, mas principalmente os empregos gerados por ela.
Na própria licitação que está em curso para a compra dos novos caças (cujo resultado deve finalmente sair nos próximos meses), o país deveria atribuir um peso ainda maior aos postos de trabalho qualificados que o vencedor estiver disposto a gerar em seu território.
E, também, à transferência de tecnologia e ao índice de nacionalização dos componentes. Não se trata de nacionalismo exagerado. Mas de aplicar à escolha o princípio diplomático da reciprocidade.
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Ricardo Galuppo é Publisher do Brasil Econômico

Netanyahu pedirá a Obama que ameace Irã com um ataque militar
Jerusalém, 29 fev (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pedirá ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no encontro que manterão na próxima segunda-feira em Washington, que ameace publicamente o Irã com um ataque militar se o país persa não frear seu programa nuclear, informa hoje o diário "Ha'aretz".
Netanyahu endurecerá o tom sobre o tema, que gerou notável "desconfiança" entre os dois aliados por suas diferenças sobre o papel das sanções e o tempo de espera requerido antes de bombardear o Irã, assinala o rotativo.
Seu objetivo é arrancar de Obama uma declaração pública mais belicosa que a repetida fórmula "todas as opções estão sobre a mesa".
Netanyahu quer que Obama assegure de forma inequívoca que os Estados Unidos estão preparando uma operação militar para o caso de o Irã cruzar determinadas "linhas vermelhas", aponta o diário com base em um alto funcionário israelense que não foi identificado.
Os preparativos para o encontro com Netanyahu, um dia depois do que manterá com o presidente israelense, Shimon Peres, estão sendo intensivos.
Ontem, a Casa Branca propôs ao escritório do primeiro-ministro israelense que os líderes emitam um comunicado conjunto após seu encontro para passar uma imagem de unidade.
A desconfiança mútua reinante se origina na percepção de que cada administração está interferindo nos assuntos internos do outro país.
Israel suspeita que Obama está tentando colocar a população israelense contra um ataque ao Irã, enquanto na Casa Branca acredita-se que Netanyahu está usando republicanos e o Congresso, onde são maioria, para pressionar Obama a dar sinal verde ao ataque. EFE

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A HORA DA DEFESA.

Ainda bem que o Brasil não tem a necessidade imediata de um sistema de defesa exemplar, capaz de defendê-lo de vizinhos hostis. E talvez seja exatamente por esse motivo (a falta de um inimigo claro e ameaçador) que a questão dos caças que reequiparão a Força Aérea Brasileira venha se arrastando por tanto tempo.
Mas agora, 16 anos depois do início das discussões em torno desse assunto (que tiveram início ainda no governo Fernando Henrique Cardoso), parece que a presidente Dilma Rousseff quer pressa na escolha do avião.
Pelo menos é o que diz o ministro da Defesa Celso Amorim. Só para recapitular, estão na disputa o francês Rafale, da Dassault, que contava com a preferência do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o americano F-18, da Boeing, e o sueco Gripen, da Saab. Quem ganhar a disputa terá um contrato que poderá chegar a US$ 6,5 bilhões - com a entrega prevista de 36 aviões de combate bem mais modernos do que a atual frota da FAB.
Ótimo. Tomara que a presidente Dilma tome logo a decisão, que os aviões sejam encomendados e que essa novela tenha um desfecho. O Brasil está entrando numa nova etapa no cenário internacional, e a nova realidade o colocará diante da necessidade de maior zelo com a defesa das fronteiras e com a segurança interna.
E isso exigirá não só a compra de equipamentos de última geração para as Forças Armadas e para as polícias, como, também, uma mudança geral de mentalidade em relação a um problema que jamais foi tratado com a devida seriedade em nosso país.
Com a expansão da economia, a nova importância no jogo internacional e os eventos que atrairão a atenção do mundo inteiro, o Brasil corre o risco de se transformar em algo que nunca foi até aqui: alvo de atentados terroristas.
E antes que algo de ruim aconteça e que tenha início o Deus-nos-acuda típico dos imprevidentes, é bom começar a adotar procedimentos que, além de novos equipamentos, exigem uma melhor seleção e treinamento das pessoas e a adoção de cuidados que, à vista de muita gente, podem ser considerados um exagero.
O descaso com as políticas de segurança no Brasil é quase uma questão cultural. A procrastinação na compra dos caças, a falta de um sistema eficaz de vigilância nas fronteiras e o despreparo dos funcionários que carimbam os passaportes dos estrangeiros que visitam o Brasil em quantidade cada vez maior são partes do mesmo problema.
A impressão que se tem é que, se a Al-Qaeda ou qualquer outra organização terrorista quiser instalar um campo de treinamento em território brasileiro, terá liberdade completa de ação e não haverá quem a importune.
Muita gente, com certeza, tomará essa frase como um exagero - e insistirá na ideia de que não, o Brasil não necessita de medidas mais rigorosas de segurança. A verdade, por mais incômoda que seja, é que o crescimento econômico e o enriquecimento do país trazem consigo algumas exigências que não combinam com o jeitinho brasileiro de deixar como está para ver como é que a situação fica.
Se o Brasil quer ser grande, precisa adotar procedimentos de países grandes - com mais investimentos em áreas que, até aqui, eram consideradas secundárias. Isso é líquido e certo.
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Ricardo Galuppo é Publisher do Brasil Econômico


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Defesa agracia militares que morreram no combate ao incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz
Comando da Marinha promoveu ex-primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos e o ex-suboficial Carlos Alberto Vieira Figueredo ao posto de primeiros-tenentes

Brasília, 27/02/2012 — Os segundos-tenentes Carlos Alberto Vieira Figueredo e Roberto Lopes dos Santos, mortos no combate ao incêndio que atingiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, serão agraciados com o grau de comendador da Ordem do Mérito da Defesa. O ministro da Defesa, Celso Amorim, encaminhou a solicitação para a presidenta da República, Dilma Rousseff, na tarde de hoje.

A Ordem do Mérito é a mais importante condecoração concedida pelo Ministério da Defesa. A medalha é outorgada com a finalidade de premiar civis e militares, brasileiros ou estrangeiros, que tenham se distinguido no exercício da profissão, além de organizações militares e instituições civis que também tenham prestado relevantes serviços ao Ministério da Defesa e às Forças Armadas no desempenho de suas missões constitucionais.

A condecoração foi criada em junho de 2002 e tem como grã-mestra a presidenta da República.

Para o ministro Celso Amorim, os dois militares brasileiros que morreram no incêndio foram heróis. “Eles estiveram na área de maior risco, que foi justamente onde originou o incêndio, na tentativa de debelar e não conseguiram. O momento é de dor pela perda das vidas.”
Em nota divulgada no sábado à noite pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a presidenta Dilma Rousseff destacou o heroísmo dos militares no combate ao incêndio e manifestou solidariedade às famílias dos dois mortos.

Honras militares

Os restos mortais dos militares mortos enquanto combatiam as chamas chegam amanhã pela manhã na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Às 9h, com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, e do ministro Celso Amorim, receberão honras militares. Por meio de portaria, o Comando da Marinha promoveu hoje o ex-primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos e o ex-suboficial Carlos Alberto Vieira Figueredo ao posto de primeiros-tenentes.

Ministério da Defesa

Assessoria de Comunicação Social
Ministro da Defesa contata novo comandante naval da Unifil

Brasília, 27/02/2012
— Hoje pela manhã, o ministro Celso Amorim visitou o 1º Distrito Naval (1º DN), no Rio de Janeiro, e teve a oportunidade de conversar por vídeo-conferência com o novo comandante da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil), contra-almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith.

Ele recebeu o cargo do contra-almirante Luiz Henrique Caroli no dia 25 de fevereiro, em cerimônia realizada, em Beirute, a bordo da fragata F-45 União, da Marinha do Brasil — capitânia da componente naval da Unifil.

A Unifil foi criada em 1978 com o propósito de manter a estabilidade na região, durante a retirada das tropas israelenses do território libanês. Atualmente, possui um contingente de aproximadamente 13.500 pessoas, entre militares e civis de mais de 30 países (dentre eles o Brasil) e se encontra sob o comando do General Paolo Serra, da Itália.

A FTM-Unifil, estabelecida em 2006, é a primeira Força-Tarefa Naval criada para uma missão de manutenção de paz da ONU e será comandada, pela segunda vez consecutiva, por um brasileiro.

O almirante Zamith exercerá o comando de, aproximadamente, 1.100 oficiais e marinheiros lotados em nove navios de seis nacionalidades, sendo três da Alemanha, dois de Bangladesh, um da Grécia, um da Indonésia e um da Turquia, além da fragata União.

Para o comandante da Marinha do Brasil, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, a participação brasileira na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) é motivo de orgulho para a Marinha do Brasil.

“Esta é a primeira vez que o comando da Força-Tarefa Marítima (FTM) da Unifil está a cargo de um país não-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)”, destacou o almirante. “A presença da fragata União, além de contribuir para o cumprimento das tarefas atribuídas à FTM, tem um grande significado para o Brasil no campo das relações internacionais, na medida em que demonstra o comprometimento do País com a Unifil, com a manutenção da paz no Líbano e com a estabilidade do Oriente-Médio.”

Ministério da Defesa
Assessoria de Comunicação Social
Rússia diz ter frustrado atentado de islamitas contra Putin
Por Por Nicolas Miletitch | AFP – 1 hora 6 minutos atrás
A Rússia anunciou nesta segunda-feira que seus serviços secretos e os ucranianos frustraram um atentado planejado por islamitas chechenos para assassinar o primeiro-ministro, Vladimir Putin, depois das eleições presidenciais de 4 de março, nas quais o chefe de governo é considerado favorito.
"Os preparativos tinham terminado. O atentado devia ser realizado depois da eleição presidencial", declarou um dos dois homens detidos neste caso, Adam Osmayev, um checheno de 31 anos, filmado durante um interrogatório pelo canal de televisão Pervyi Kanal, favorável ao Kremlin.
O porta-voz de Putin, Dimitri Peskov, os serviços secretos russos e ucranianos confirmaram a existência de uma tentativa de atentado contra o homem forte da Rússia.
A conspiração foi descoberta pelo serviço secreto ucraniano, após a explosão de uma bomba em 4 de janeiro em um apartamento de Odessa (sul da Ucrânia), que deixou um morto.
De acordo com o Pervyi Kanal, duas pessoas foram detidas e uma delas reconheceu que trabalhava para Duku Umarov, líder da rebelião islamita no Cáucaso russo e "inimigo número um" do Kremlin.
Segundo altos comandos do FSB (serviços secretos russos), consultados pela televisão, Adam Osmaiev revelou a existência de explosivos escondidos no centro de Moscou, perto da avenida Kutuzovski, uma via por onde costumam passar o carro de Putin e sua comitiva.
Estes explosivos eram "suficientemente potentes para destruir um caminhão", informou à AFP um oficial do FSB que pediu para não ser identificado.
Segundo a mesma fonte, o laptop de Osmayev, apreendido pelo FSB, continha vários elementos relacionados com o dispositivo de segurança que rodeia os deslocamentos de Vladimir Putin, acrescentou a fonte.
O segundo suspeito detido, Ilvi Pianzin, de 28 anos, cidadão do Cazaquistão, informou que o grupo, que chegou dos Emirados Árabes Unidos, passando pela Turquia, devia aprender na Ucrânia a fabricar bombas antes de viajar a Moscou para explodir edifícios e finalmente tentar assassinar Vladimir Putin.
Especialistas se perguntaram porque as autoridades russas aguardaram a semana da eleição presidencial para divulgar o caso.
Trata-se da sexta tentativa de assassinato de Vladimir Putin, segundo um cálculo feito pela imprensa russa.

Após escritório sofrer ataque, membros da Missão da ONU no Afeganistão são realocados
27 de fevereiro de 2012 · Notícias - ONU

A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) está realocando nesta segunda-feira (27/02) provisoriamente seus funcionários internacionais do escritório na província norte de Kunduz por medidas de segurança. Eles serão levados a outra localidade dentro do Afeganistão e retornarão para seus postos assim que a segurança for reforçada. O local foi  atacado no sábado (25/02)  supostamente por manifestantes que criticavam a queima de exemplares do Alcorão por soldados americanos na semana passada.
Nenhum funcionário da ONU morreu no incidente. No entanto, o confronto entre membros da Força de Segurança Nacional Afegã (ANSF) e manifestantes deixou diversas vítimas.
Segundo a imprensa, mais de 30 pessoas foram mortas em várias cidades afegãs desde o incidente da semana passada em que soldados em uma base aérea dos EUA jogaram fora e queimaram um grande número de materiais religiosos islâmicos , incluindo cópias do Alcorão.

Colômbia confirma presença do Brasil em libertação de reféns das Farc
DA EFE, EM GENEBRA
O governo brasileiro vai colaborar com o Executivo colombiano na libertação dos últimos sequestrados retidos pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), confirmou nesta segunda-feira o vice-presidente colombiano, Angelino Garzón.

Em Genebra por causa da 19ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o vice-presidente, disse à agência Efe que como fez em ocasiões anteriores o governo brasileiro ajudará o colombiano nas tarefas logísticas para libertar os retidos.
"O governo colombiano já está trabalhando no plano logístico com o governo do Brasil", confirmou Garzón, sem dar detalhes sobre a coordenação.
O governo da Colômbia avaliou como positiva a participação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e do governo do Brasil nos processos de libertação, acrescentou.
Garzón, no entanto, negou que vá tratar o tema com a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos do Brasil, Maria do Rosário, que está em Genebra, e com quem vai se reunir nesta tarde. "Esses assuntos são tratados diretamente na capital", especificou.
As Farc anunciaram no domingo pelo site onde costumam se manifestar que renunciavam aos "sequestros de pessoas" com fins financeiros e que colocarão em liberdade os últimos dez militares que mantêm reféns.
Com relação à possibilidade de o Executivo presidido por Juan Manuel Santos abrir agora um processo de diálogo aproveitando o anúncio das Farc, Garzón explicou que para isso primeiro deve haver o anúncio do fim da violência.
"O que o povo da Colômbia mais quer é o fim da violência e se eles adotarem esse gesto de forma integral é certo que o Governo terá toda a vontade de construir espaços de paz de perdão e de reconciliação", afirmou.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Para analistas, fim de Era Chávez é risco para Cuba e Nicarágua
Nicarágua e Cuba recebem empréstimos e compram petróleo do país a preços baixos. Os dois países já se mobilizam para amortecer um possível golpe caso a ajuda venezuelana chegue ao fim.
Havana e Lima — O presidente venezuelano, Hugo Chávez, já está realizando exames pré-operatórios em Havana, onde passará por uma cirurgia para a retirada de uma “lesão” na mesma região onde já teve um tumor.
Para analistas, populações e autoridades de países com forte relação com a Venezuela, como Cuba, temem por uma possível saída de Chávez do poder. Apesar de ter viajado para o tratamento, ele não passou a presidência e continua no comando do governo.
Nicarágua e Cuba, por exemplo, recebem empréstimos e compram petróleo do país a preços baixos. Os dois países já se mobilizam para amortecer um possível golpe caso a ajuda venezuelana chegue ao fim.
Chávez insiste que seus laços econômicos com Cuba e outros países aliados tem um sentido financeiro, além da solidariedade revolucionária esquerdista, mas seus críticos sustentam que, na maioria dos casos, o venezuelano tenta comprar lealdade e contra-atacar a influência americana.
O rival de Chávez nas eleições presidenciais de outubro, Henrique Capriles, daria fim ao “assimétrico” favoritismo econômico do país e à ajuda externa baseada em ideologias, de acordo com Carlos Romero, assessor em política exterior do candidato.
Cuba depende da Venezuela para dois terços de seu petróleo, de acordo com especialistas. Jorge Piñon, da Universidade do Texas, diz que seria “catastrófico” para Cuba se o país for obrigado a pagar o petróleo a preço de mercado, já que a ilha teria que reduzir as importações de comida. Cuba importa cerca de 70% de seus alimentos.
Nicarágua, por sua vez, tem incentivado os investimentos estrangeiros em setores como a extração de ouro, mas na realidade, o apoio econômico que não vem da Venezuela chega quase exclusivamente de empréstimos multilaterais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
A Nicarágua recebe a maior parte de seu petróleo subsidiado da Venezuela, como parte de transferências anuais do governo Chávez que são calculadas em US$ 600 milhões. Isso permite que o governo de Daniel Ortega subsidie as faturas de eletricidade e o transporte público.
— Acabar com essa assistência poderia arrastar Nicarágua ou Cuba para profundas recessões — prevê o analista Adam Isacson, do grupo Washington Office na América Latina.

Embaixador dos EUA promete redobrar esforços no Afeganistão
AFP – 4 horas atrás
O embaixador americano no Afeganistão prometeu neste domingo "redobrar" os esforços americanos no país, apesar do ataque talibã contra o ministério do Interior em Cabul que matou dois oficiais dos EUA no sábado.
A Otan retirou seus conselheiros dos ministérios do governo afegão após o ataque da véspera, que teria a cumplicidade de um oficial da inteligência afegã e foi uma retaliação à queima de exemplares do Alcorão em uma base americana no país.
"A tensão está crescendo aqui, mas acredito que precisamos manter a calma e retornar a um ambiente normal, para poder voltar ao trabalho", afirmou o embaixador americano Ryan Crocker, no sexto dia de violentos protestos contra os Estados Unidos.
"Agora não é o momento de decidir se vamos terminar aqui. É preciso redobrar nossos esforços, criar uma situação para impedir a volta da Al-Qaeda", declarou Crocker à rede de televisão CNN.
Os dois oficiais americanos mortos a tiros no sábado trabalhavam como conselheiros da Otan e estavam dentro do ministério do Interior quando "um indivíduo" descarregou sua arma contra a dupla, segundo a Aliança.
Ao menos 30 pessoas morreram nas manifestações contra os americanos no Afeganistão após a queima dos exemplares do Alcorão.

FARC

Rebeldes das Farc dizem que vão interromper sequestros e libertar prisioneiros
26 de fevereiro de 2012 | 18h 24
REUTERS
O temido grupo rebelde colombiano FARC disse que pretende abandonar sua política de décadas de sequestros por motivos econômicos e que vai libertar todos os reféns militares e policiais que mantém em cativeiro em acampamentos na selva, em mais um sinal de que os insurgentes de esquerda, financiados pelos cartéis de drogas, podem estar buscando um acordo de paz.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o maior e mais antigo grupo armado da América Latina, mantêm presos dez membros das forças armadas, assim como centenas de civis que foram sequestrados para fins de extorsão, para financiar a luta contra o governo.
"Muitos falam da prática de sequestrar pessoas, homens e mulheres da população civil para financiar e sustentar a nossa luta... a partir de agora, vamos eliminar isso da nossa atividade revolucionária," informou a FARC em comunicado com data de 26 de fevereiro das "Montanhas da Colômbia."
Na sua conta no Twitter, o presidente colombiano Juan Manuel Santos escreveu: "Entendemos a declaração da FARC de parar os sequestros como um passo importante e necessário, mas não suficiente, na direção certa."
A declaração é a mais recente de uma série de mensagens enviadas pela liderança da FARC que podem indicar que o grupo de insurgentes que existe há meio século quer algum tipo de negociação de paz. Os rebeldes disseram que, além dos seis prisioneiros fardados que já haviam prometido libertar, eles pretendem soltar mais quatro.
Santos, que está enfrentando um aumento na pressão para que busque um fim para o conflito, que já matou dezenas de milhares de prisioneiros ao longo de décadas, tem recusado qualquer negociação de paz, a não ser que o grupo liberte todos os prisioneiros e cesse todos os ataques a alvos civis e militares.
(Por Helen Murphy)

Marinha divulga nota que atualiza informações sobre acidente na Estação Comandante Ferraz
O Comando da Marinha divulgou nota atualizando informações sobre o incêndio que destruiu cerca de 70% das instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz. Abaixo, segue a íntegra do texto:
A respeito do incêndio ocorrido na Estação Antártica Comadante Ferraz (EACF), a Marinha do Brasil (MB) presta as seguintes informações complementares:
Ontem (25), o chefe da EACF e mais três integrantes do grupo-base, apoiados por um helicóptero da Força Aérea Chilena, retornaram à estação para uma avaliação inicial. No local, cerca das 17 h (Brasília), essa equipe localizou os corpos dos dois militares desaparecidos: suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos.
Os corpos dos militares já foram transferidos para a Base Chilena Eduardo Frei, onde permanecerão até o seu transporte para o continente, na cidade de Punta Arenas, no Chile, dependendo das condições meteorológicas na região, e, posteriormente, para o Brasil.
O militar ferido, primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros, foi recebido em Punta Arenas por um médico da MB e transferido para o Hospital das Forças Armadas do Chile, onde está internado para observação e curativos, não corre risco de morte e não possui restrições quanto ao regresso ao Brasil.
A Marinha continua prestando apoio total às famílias dos militares falecidos e do ferido.
A avaliação preliminar da equipe do grupo-base que esteve na estação brasileira indica que aproximadamente 70% das instalações foram destruidas pelo fogo. O prédio principal da EACF, onde ficavam a parte habitável e alguns laboratórios de pesquisas, foi completamente atingido pelo incêndio, tendo permanecidos intactos os refúgios (módulos isolados para casos de emergência), os laboratórios (de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera), os tanques de combustíveis e o heliponto da Estação, que são estruturas isoladas do prédio principal.
Os 30 pesquisadores, o alpinista, o representante do Ministério do Meio Ambiente e os 12 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, juntamente com o militar ferido, que se encontram em Punta Arenas recebendo todo apoio da MB, decolarão às 15h, chegarão hoje às 23h50 à Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), com escala na cidade de Pelotas (RS) entre 20h30 e 21h, em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Quatro pesquisadores desembarcarão na cidade de Pelotas.
O secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, contra-almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, está em Punta Arenas, coordenando as ações necessárias.


Dilma diz que reconstruirá estação destruída na Antártida
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff divulgou nota lamentando a morte de dois militares no incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, na Antártica, na madrugada deste sábado.


Na nota, a presidente diz que os militares tiveram ato de "heroísmo" e foram "mortos ao servir a Pátria".
Dilma agradeceu o auxílio de outras nações como Chile, Argentina e Polônia. E afirmou que o país tem "A firme disposição (...) de reconstruir a Estação".
Leia a íntegra da nota:
"A presidenta Dilma Rousseff recebeu com grande consternação, neste sábado, a informação sobre o incêndio ocorrido na Estação Antártica Comandante Ferraz, que vitimou os militares da Marinha suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e sargento Roberto Lopes dos Santos, e provocou ferimentos no sargento Luciano Gomes Medeiros.
A presidenta determinou ao Ministro da Defesa, Celso Amorim, a adoção de todas as medidas necessárias para salvaguardar a segurança dos cientistas, militares e visitantes que se encontravam na Base.
A presidenta destaca o heroísmo dos militares no combate ao incêndio e, consternada, manifesta sua solidariedade e do seu governo com as famílias dos dois militares, mortos ao servir a Pátria.
A presidenta reafirma a importância do programa de pesquisas desenvolvido na Estação e elogia a abnegação e o desprendimento dos brasileiros que lá trabalham. A Presidente manifesta, ainda, a firme disposição do País de reconstruir a Estação Antártica Comandante Ferraz.
Em telefonema hoje à tarde, ela agradeceu ao presidente do Chile, Sebastián Piñera, o apoio daquele país no socorro e no resgate dos brasileiros atingidos pelo incêndio.
Agradece, também, o apoio e a solidariedade prestados pelos Governos da Argentina, e da Polônia.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República".
ACIDENTE


Informações preliminares da Marinha do Brasil informaram que um incêndio na "praça de máquinas", local onde ficam os geradores de energia da Estação Ferraz, causou uma explosão que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, base militar brasileira de pesquisas na Antártida.
O ministério da Defesa confirmou que dois corpos foram achados nos escombros da estação. Há indícios de que os corpos sejam do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que estavam desaparecidos.
Outro ocupante da estação, o sargento Luciano Gomes Medeiros encontra-se internado em virtude de ferimentos. Ele será transferido ainda hoje para Punta Arenas e, depois, para o Rio de Janeiro.
A base tinha uma infraestrutura que incluía laboratórios científicos bem equipados, dormitórios e cozinha industrial, biblioteca, oficinas e instalações técnicas para embarcações usadas em expedições.
A Marinha disse estar "extremamente consternada" com o ocorrido. A estação, que começou a operar em 1984, atualmente abrigava 59 pessoas.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, divulgou nota de pesar após ter sido informado pelo comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, sobre o acidente.
Segundo o ministério, Amorim recebeu a notícia no início da manhã e, em seguida, informou a presidente, Dilma Rousseff, do ocorrido.
Um Avião da FAB C-130 decolou às 17h30 deste sábado da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, em direção ao Chile para resgatar os brasileiros que estavam na estação.
De acordo com a Aeronáutica, o avião fará um pouso em Pelotas (RS) e deverá chegar a Punta Arenas, no Chile, por volta das 3h de amanhã, já considerado o novo horário nacional. Ainda não há confirmação sobre o retorno da aeronave. A previsão é que isso aconteça na tarde de domingo.