Navio brasileiro resgata 220 refugiados no Mar Mediterrâneo
Brasília,
04/09/2015 – A corveta Barroso (V-34), da
Marinha do Brasil, resgatou, na tarde desta sexta-feira, 220 imigrantes que iam
em direção à Europa. Enquanto navegava no Mar Mediterrâneo com destino a Beirute,
no Líbano, a embarcação recebeu um comunicado do Centro de Busca e Salvamento
Marítimo italiano (MRCC). O alerta foi dado a respeito da existência de um
navio com risco de afundar com imigrantes em destino à Europa.
Foto: Marinha do
Brasil
Corveta
brasileira auxiliou o resgate de imigrantes no Mar Mediterrâneo na tarde desta
sexta-feira
O pedido de auxílio aconteceu às
13h30 (horário de Brasília/18h30 hora da Itália). O ministro da Defesa, Jaques
Wagner, foi informado dos detalhes da operação, pelo comandante da Marinha,
almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e comentou a importância da
participação da Força Naval nessa ação.
"O navio estava indo para o
Líbano e acabou cumprindo outra missão humanitária, que é o resgate de
refugiados, hoje uma preocupação que aflige o mundo inteiro. Foram salvas 220
vidas e evitamos outras mortes como a daquela criança síria que chocou o
mundo", disse o ministro Wagner.
Neste momento, segundo comunicado
da Marinha do Brasil, os refugiados já foram transferidos para a corveta
Barroso. Ao todo são 220 pessoas, entre elas 94 mulheres, 37 crianças e quatro
bebês de colo (muitos deles debilitados).
Operação de resgate
Ainda de acordo com a Força Naval,
o MRCC solicitou ao navio brasileiro que se aproximasse da posição conhecida da
embarcação, a cerca de 150 milhas da terra mais próxima, Peloponeso, Grécia,
tendo o navio chegado ao local após uma hora de navegação.
Dois navios-patrulha italianos de
pequeno porte se juntaram à cena e, tendo em vista a impossibilidade de
receberem os imigrantes a bordo, a Guarda Costeira italiana solicitou o apoio
dos brasileiros para efetuar o resgate e posterior transporte para o porto
italiano de Catânia.
Toda a ação foi autorizada pelo
comandante da Marinha do Brasil, com vistas à salvaguarda da vida humana no
mar.
Sobre a embarcação
A Corveta “Barroso” saiu em 8 de
agosto do Rio de Janeiro para substituir a Fragata “União” na Força-Tarefa
Marítima da Nações Unidas (FTM-Unifil) no Líbano. Ela irá atuar, ainda este
mês, como nau-capitânia da missão e vai realizar tarefas de interdição marítima
e capacitação da Marinha libanesa. O Brasil comanda a FTM-Unifil desde 2011.
De projeto e fabricação
nacionais, a corveta é um navio de 103,5 m de comprimento e 2,4 mil toneladas
(a plena carga), com autonomia para permanecer por 30 dias em missão. Sua
velocidade nominal máxima, com turbina a gás, é de 30 nós, e seu raio de ação,
com velocidade de 12 nós, é de 4 mil milhas (ou 7,2 mil km).
Com uma tripulação de 191
militares a bordo, o navio permanecerá no Líbano até fevereiro de 2016. Assim
que a Corveta “Barroso” assumir a missão, a Fragata “União” retornará ao
Brasil.
O ministro Jaques Wagner tem
viagem programada para o Líbano, neste mês de setembro, com o objetivo de
acompanhar a atuação dos militares brasileiros, bem como a passagem de comando
da missão.
*Com informações da
Marinha do Brasil
Assessoria de
Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
Ministério da Defesa