ONU condena ‘silêncio’ da
comunidade internacional frente à violência no Iêmen
Dois mil civis já
foram mortos no conflito. Há alegações de sérias violações de direitos humanos
e da lei humanitária internacional em todos o país, cometidas por ambas as
partes do conflito.
O bairro Faj Attan em Sanaa, Iêmen, é regularmente atingido por ataques
aéreos.Foto: OCHA/Charlotte Cans
Nesta quarta-feira
(16) a ONU condenou o silêncio da
comunidade internacional sobre o impacto da violência entre os civis no Iêmen,
um dia após o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos
(ACNUDH) denunciar que 2 mil pessoas já foram mortas e 4 mil feridas no
conflito no país.
“A menos que haja
um compromisso sério para encontrar uma solução política para o conflito que
acabe com a violência e assegure o acesso humanitário à população,
sem discriminação, a situação pode se degenerar ainda mais”, alertaram o
assessor especial para a Prevenção do Genocídio, Adama Dieng e a
conselheira especial sobre a Responsabilidade de Proteger, Jennifer Welsh.
Os assessores
disseram estar “alarmados com as alegações de sérias violações de direitos
humanos e da lei humanitária internacional em todos o país, cometidas por ambas
as partes do conflito” e disseram estar preocupados com o aumento do impacto
que o conflito está causando nos civis e o silêncio da comunidade internacional
a este respeito.
Lembrando que a
responsabilidade primária de proteger a população iemenita é das autoridades
nacionais, os assessores também disseram que a comunidade internacional tem a
responsabilidade de proteger as populações contra o genocídio, crimes de
guerra, limpeza étnica e crimes contra a humanidade, e “deve intensificar seus
esforços para cumprir esta responsabilidade coletiva no Iêmen”.