segunda-feira, 24 de junho de 2013

INTERPRETAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO PAÍS FAZ PARTE DA QUESTÃO.
LUCLASGOMES
A Consciência Nacional existe e ela se mostra nas pessoas que estão se reunindo
para questionar a atual situação, batendo agora, na porta do nosso Brasil.As multidões que
estão nas ruas são formadas por uma parte da população que está insatisfeita com os rumos
que o Estado está dando, de forma autoritária, às questões importantes da vida nacional.
O Estado que recebe a delegação da Nação para organizar a sociedade não está
compreendendo, faz muito tempo, a necessidade, ou melhor, a obrigação dele de captar a
vontade nacional.
Tem agido com a imposição de ideias contrárias a essa vontade e por isso nós
estamos vendo reações claras a tudo que representa os poderes executivo, legislativo e
judiciário do Estado.
Ora, está faltando justiça; a impunidade está viva aos olhos da sociedade; pessoas
estão sendo queimadas vivas e mortas por meliantes cruéis; criminosos encarcerados estão
impondo suas vontades em algumas de nossas cidades, queimando ônibus, matando
policiais, destruindo caixas eletrônicos de bancos, utilizando menores de idade para suas
infrações e esses estão entendendo claramente o crime que praticam impunemente; alguns
policiais têm sido flagrados a serviço de traficantes que despejam cada vez mais drogas
dentro do nosso Brasil e arrebanham uma legião de dependentes, cada vez maior, para esse
comércio sinistro.
O poder público se mostra cada vez mais leniente com os bandidos, aliviando suas
penas, pagando indenizações aos encarcerados, quando devia ser o contrário, deixando-os
sem um sistema de trabalho e reabilitação social e impondo à Consciência Nacional a culpa
por esses filhos da injustiça social; será que a sociedade concorda com essa interpretação
ideológica?
Está faltando saúde; as pessoas têm morrido nas filas e unidades de pronto socorro
dos hospitais públicos sem o mínimo de atenção com seu estado sanitário e pelos mais
variados motivos; está se decidindo trazer médicos estrangeiros para nossa Nação sem que
haja uma ampla discussão com os setores da sociedade sobre a diversidade dos problemas
da saúde pública no país, das quais a distribuição de médicos no território nacional é uma
delas. Entretanto, trazer médicos de outros países: é essa a solução que os brasileiros
desejam?
Está faltando educação; as escolas públicas e boa parte dos seus professores, do
ensino fundamental e médio, convivem, diariamente, com a precariedade do sistema
educacional e o poder público prefere gastar rios de dinheiro com eventos internacionais,
fizeram o acordo, mas não disseram à sociedade, na época, qual era a conta e como iria ser
paga. Esses eventos não vão melhorar a condição intelectual do nosso povo que continuará
relegado à ignorância, mas, trazem projeção política aos seus responsáveis.
Temos que considerar, também, a introdução de critérios no sistema educacional
público que ofendem claramente a busca e legitimidade do mérito intelectual como fator de
acesso aos níveis seguintes dos diferentes cursos; não dá pra melhorar o nível intelectual da
sociedade com medidas de aprovação por decreto.
No campo, uma das áreas mais proeminentes na formação de riqueza para o nosso
país, o Estado quer impor novas regras de demarcação de terras indígenas quando a
primeira preocupação deveria ser de como trazer os nossos irmãos indígenas para a
cidadania plena de brasileiros que são, respeitando seus traços culturais; índios também
querem fazer parte das conquistas tecnológicas da civilização brasileira. Entretanto, estão
sendo gerados conflitos desnecessários com fazendeiros e produtores rurais provocados por
equivocada visão ideológica de membros do poder público atual.
Há necessidade de se repensar o assistencialismo com o dinheiro público;
diagnosticar de forma efetiva e transparente para os contribuintes sobre quem continua
necessitando desse incentivo; um país se constrói com esforço de todo seu povo.
Infelizmente, existe no Estado, por interesse eleitoreiro, de uma legião de políticos, o real
desejo de perpetuar o sistema de bolsas de toda ordem com o dinheiro da Nação com vistas
a atender uma parte da sociedade, chamada de “menos favorecida”, que se faz condicionada
a esses benefícios sociais e se torna refém dessa nova vertente de escravidão, sem
perspectivas de receber da parte do poder público uma forma honesta e eficaz de sair dessa
escandalosa preservação da vala da miséria.
Um mecanismo dessa natureza, que quisesse realmente reverter a situação de
exclusão das pessoas atendidas, deveria estimular, de forma continua e eficiente, a saída
delas para o mercado de trabalho ao invés de condicioná-las ao sistema de troca de votos
com seus benfeitores políticos, que lucram com esse estelionato eleitoral moderno.
Não esqueçamos que a abrangência do assistencialismo corrói uma grande parte
dos impostos pagos pelos setores produtivos nacionais que não observam qualquer
preocupação do Estado em anunciar uma forma de saída desse círculo vicioso e isso causa
indignação; até quando vamos estimular a manutenção dessa sistemática eleitoreira em
detrimento da inclusão efetiva desses brasileiros no mercado de trabalho?
A sociedade não pode ser refém do Estado, pois, existem instrumentos
constitucionais para que ela seja ouvida nas questões de interesse nacional e apresente a sua
vontade. Quando ela elege seus integrantes na democracia moderna, ela não está dando um
cheque em branco pra que esses representantes façam o que quiserem com a Nação.
A parte do tecido social que está indignada representa a fatia de pessoas que
reflete sobre o momento atual do Brasil e consegue pensar no futuro, admitindo que o rumo
tomado não está bom e que a conta vai ser alta para seus filhos, lá na frente.
Essa é, em sua maioria, a parcela da população que, talvez, não tenha apostado na
presidente eleita, mas aceitou democraticamente o resultado das urnas.
Agora, está reclamando e revendo essa legitimidade, pois o barco tomou outros
rumos, a começar, no início, pelo desrespeito à nossa língua pátria – “Presidenta” é uma
palavra que não existe; mas que foi adotada por portaria presidencial publicada no Diário
Oficial da União.
Tem, também, a Comissão da Verdade que vai sendo usada para outros fins,
menos apurar os fatos reais. Afinal, a primeira que deveria dar o exemplo e contar o que
aconteceu seria a presidente que esteve envolvida de forma intensa com a luta armada.
Há, ainda, uma curiosidade da Nação, sobre os critérios adotados pelo poder
público para pagar altas indenizações financeiras com dinheiro dos contribuintes aos que se
dizem perseguidos políticos daquela época e por que não atenderam as vítimas dos
atentados da luta armada?
O povo nas ruas demonstra que está cansado das mentiras dos políticos, tipo “O
MENSALÃO NÃO EXISTIU”; os “mensaleiros” já foram condenados pelo STF, mas,
estão por ai, criminosos “coitadinhos”, dando as cartas no legislativo e no governo,
conspirando e usando de todas as formas para solapar e tirar do Poder Judiciário algumas
de suas atribuições, numa verdadeira afronta ao princípio de independência dos poderes e à
vontade nacional.
Ora, essa gente observa que o poder executivo adota, perante à Nação, uma
postura democrática a favor das liberdades de expressão e de imprensa, entre outras, e
assume, pragmaticamente, no meio internacional, uma posição de alinhamento com países
possuidores de governos autoritários e cerceadores dos direitos de seus cidadãos como:
Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Coreia do Norte, Irã, Argentina...
Existem questões, que as pessoas nas ruas querem mais transparência por parte do
poder executivo, como: por que a PETROBRAS perdeu tanto seu valor de mercado nos
últimos anos; por que o BNDES está financiando obras de infraestrutura nos outros países
se existe uma carência imensa nessa área dentro do Brasil; por que essa carga tributária
avassaladora sobre os contribuintes que só faz crescer; por que perdoaram a dívida de
milhões de reais de alguns países com o Brasil, será que a Nação já pode se dar ao luxo
desse desperdício de recursos?
O Poder Legislativo, composto por alguns brasileiros comprovadamente danosos
ao país, em sua grande maioria, está preso aos objetos de negociação do Executivo e seus
39 ministérios, um absurdo da gestão atual; continua fazendo, sempre que necessário, um
jogo de troca sem visar o interesse nacional em questões vitais para a evolução da
civilização brasileira em todos aspectos do poder.
Há, também, a figura do ex-presidente que insiste em falar à Nação, como se fosse
um exemplo de moralidade, acima de qualquer suspeita, quando, na verdade, deveria se
disponibilizar a responder pelas situações duvidosas em que se viu envolvido, desde então.
Tudo isso vem causando revolta e essa bola de neve tem mais questões do que
pudemos abordar, mas, é real que a sociedade está carente de um princípio organizador que
dite, desde cedo, os valores morais e cívicos que regem a Nação, nos lares, nas escolas, nas
igrejas e nos outros lugares do país; que garanta uma educação de qualidade onde a
profissão dos que formam as novas gerações e fazem evoluir a civilização, que é a profissão
mais importante da sociedade, o mestre, o professor, o educador, esteja valorizada e
atraindo os melhores expoentes sociais para seus quadros; onde todos estejam conscientes
de seus deveres e direitos e tenham pleno conhecimento da Constituição Federal e da
necessidade de ter os mais bem preparados moral e intelectualmente para exercer as
funções públicas em um sistema em que o povo saiba, a todo instante, quem é o seu
representante político; e quando eleitos esses homens públicos saibam usar os instrumentos
legais para se comunicar com a sociedade e fazer o que deseja a Consciência Nacional