Brasil
vai apoiar formação de Corpo de Engenharia Militar no Haiti
Porto Príncipe, 29/05/2014 – Em visita oficial ao Haiti, o ministro da Defesa, Celso Amorim, reafirmou o compromisso de longo prazo do Brasil com a estabilização e o desenvolvimento da nação caribenha. Após audiência com o presidente haitiano, Michel Martelly, Amorim assinou acordo de cooperação técnica com o ministro de Relações Exteriores, Duly Brutus, que prevê o apoio do Exército Brasileiro (EB) na formação de um corpo de engenharia militar no Haiti.
Acompanhado do general Joaquim Maia Brandão, chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do EB, Amorim entregou carta da presidente Dilma Rousseff a Martelly com a proposta de apoio brasileiro para a formação de um corpo de engenharia militar em nível técnico e superior. No texto, Rousseff salientou o desejo do Brasil aprofundar a cooperação com o Haiti, “em particular em setores que possam contribuir para o desenvolvimento haitiano no longo prazo”.
Porto Príncipe, 29/05/2014 – Em visita oficial ao Haiti, o ministro da Defesa, Celso Amorim, reafirmou o compromisso de longo prazo do Brasil com a estabilização e o desenvolvimento da nação caribenha. Após audiência com o presidente haitiano, Michel Martelly, Amorim assinou acordo de cooperação técnica com o ministro de Relações Exteriores, Duly Brutus, que prevê o apoio do Exército Brasileiro (EB) na formação de um corpo de engenharia militar no Haiti.
Acompanhado do general Joaquim Maia Brandão, chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do EB, Amorim entregou carta da presidente Dilma Rousseff a Martelly com a proposta de apoio brasileiro para a formação de um corpo de engenharia militar em nível técnico e superior. No texto, Rousseff salientou o desejo do Brasil aprofundar a cooperação com o Haiti, “em particular em setores que possam contribuir para o desenvolvimento haitiano no longo prazo”.
O acordo prevê que
o Exército capacitará 200 haitianos, entre assistentes, operadores e
engenheiros. Primeiramente, eles passarão um ano nas escolas militares
brasileiras. Depois, multiplicarão os conhecimentos ao retornarem ao Haiti.
Além disso, deverá ser montada uma missão de engenharia militar do EB na
capital haitiana de Porto Príncipe com o objetivo de supervisionar os trabalhos
do pessoal capacitado no Brasil, acompanhar a execução de obras de
infraestrutura e orientar tecnicamente os processos de aquisição de
equipamentos.
O documento sugere
que o pessoal capacitado pelo Brasil seja militar, com remuneração compatível e
plano de carreira. “É importante assegurar que esses profissionais permaneçam
vinculados ao Estado para desenvolver os projetos que o Haiti necessita. Os militares
são disciplinados e, assim, dificultaremos a evasão de cérebros”, ressaltou o
ministro Amorim.
O texto foi
elaborado dentro dos marcos legais de um acordo de cooperação
técnico-científica assinado em outubro de 1982 entre os dois países – não sendo
necessária, portanto, a apreciação pelo Congresso Nacional.
A duração do
documento é de seis anos e o orçamento total previsto é de R$ 110 milhões. Os
recursos que serão empregados pelo Ministério da Defesa serão advindos da
diminuição dos investimentos realizados pelo Brasil na Missão das Nações Unidas
para a Estabilização do Haiti (Minustah, na sigla em francês).
“Com esse acordo,
começamos uma cooperação muito importante para a defesa civil do Haiti, para
enfrentar os desastres naturais, para a construção de pontes e melhorar a
infraestrutura. Estamos fazendo um grande pacto para desenvolver um organismo
nacional fundamental para a nação”, destacou Celso Amorim durante a cerimônia
de assinatura.
Para o presidente
Michel Martelly, o termo de cooperação demonstra “que o Brasil tem compromisso
com as questões que são prioridades para os haitianos”. Martelly agradeceu a
participação brasileira nos dez anos de Minustah, destacando que os brasileiros
apoiaram o país não apenas na segurança, mas em projetos sociais relevantes
para a população, como a construção de hospitais, escolas e a capacitação da
Policia Nacional Haitiana – que já conta com um efetivo de cerca de 11 mil
homens.
Peacekeepers
Após a assinatura no Palácio Presidencial, o ministro Amorim seguiu para a base do Batalhão Brasileiro (Brabat) da Minustah. Lá, ao lado do force commander da missão, general José Luiz Jaborandy, e do comandante do Brabat, coronel David de Oliveira Júnior, assistiu a formatura militar das diferentes tropas que integram a Minustah. A cerimônia foi em comemoração ao Dia Internacional dos Peacekeepers, os “capacetes azuis” que atuam em operações de paz coordenadas pelas Nações Unidas.
Após a assinatura no Palácio Presidencial, o ministro Amorim seguiu para a base do Batalhão Brasileiro (Brabat) da Minustah. Lá, ao lado do force commander da missão, general José Luiz Jaborandy, e do comandante do Brabat, coronel David de Oliveira Júnior, assistiu a formatura militar das diferentes tropas que integram a Minustah. A cerimônia foi em comemoração ao Dia Internacional dos Peacekeepers, os “capacetes azuis” que atuam em operações de paz coordenadas pelas Nações Unidas.
Em entrevista após
a formatura, Amorim reafirmou o compromisso do Brasil com a segurança e o
desenvolvimento do Haiti, destacando que as tropas brasileiras não sairão do
país de forma “irresponsável”. O ministro disse que é razoável o prazo previsto
pela Organização das Nações Unidas (ONU) para devolver a segurança haitiana
para as forças policiais do pais caribenho em 2016.
Foto: Jorge Cardoso
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
Foto: Jorge Cardoso
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa