Genocídio é ameaça real no Sudão do Sul,
alerta ONU
5 de maio de 2014 · Destaque - ONU
Segundo alertas ONU
no Sudão do Sul, realizados nesta sexta-feira (02), o país presencia uma
drástica deterioração dos direitos humanos, com crescimento de violência
étnica, assassinatos como revanche e indícios de genocídio. Representantes da
ONU no local exigiram uma ação do Conselho de Segurança para prevenir o
aprofundamento da crise na nação mais jovem do mundo.
“Caso os
combatentes não demonstrem intenções claras de acabar com a violência e os
ataques a civis”, disse o assessor especial do secretário-geral sobre Prevenção
de Genocídios, Adama Dieng, “creio que o Conselho deve tomar medidas
adicionais para prevenir a deterioração da situação.”
Desde dezembro de
2013, rivalidades entre apoiadores e opositores do governo desencadearam lutas
armadas que já custaram milhares de vidas. Segundo Dieng, há também indícios de
incitação ao genocídio e a outras atrocidades, como políticas se separação de
civis por etnia e disseminação de mensagens de ódio via rádio.
“Como aqueles que
apoiam Riek Machar [líder oposicionista] pertencem à etnia Nuer e os são
favor do presidente Kiir são predominantemente Dinka, o risco de ataques
sistemáticos com base na etnia aumentou”, alertou Dieng. “Essa polarização é
reforçada por relatos de exclusão e discriminação étnica pelo país.”