Dilma está perdendo a
condição de ser candidata", diz Antônio Lavareda
Para o cientista
político, a reeleição da presidenta está ameaçada pelo desgaste do PT, baixa
popularidade e a percepção pessimista dos eleitores sobre os rumos da economia,
além da forte rejeição do mercado financeiro
Eduardo Mirandaeduardo.miranda@brasileconomico.com.br , Octávio
Costaocosta@brasileconomico.com.br e Paulo
Henrique de Noronhapaulo.noronha@brasileconomico.com.br
Especialista em marketing eleitoral e comunicação institucional, o
cientista político Antônio Lavareda considera a eleição de outubro a mais
imprevisível desde a volta do país à democracia. E aponta dificuldades especialmente
no caminho da presidenta Dilma Rousseff. Em sua opinião, a reeleição de Dilma
está ameaçada por três fatores: a popularidade em baixa, a percepção pessimista
dos eleitores sobre os rumos da economia e o desgaste do PT, após quase 12 anos
no poder. Essa, diz, é a explicação para a queda da presidenta nas pesquisas de
opinião. Além disso, ela enfrenta forte rejeição do mercado financeiro. “Desde
1989, era das eleições presidenciais democráticas no Brasil pós-ditadura, nunca
houve um candidato que tenha sido eleito ou reeleito sob o antagonismo
manifesto do mercado”, constatou Lavareda, em entrevista ao Brasil Econômico.
Com base nessa equação, afirma que “Dilma está perdendo as condições de ser
candidata” e pode ser substituída pelo ex-presidente Lula até as convenções de
junho. “Se o declínio nas pesquisas continuar, será extremamente difícil o PT
deixar no banco de reservas sua principal estrela”. Ele não chega a cravar uma
aposta na oposição, mas ressalta que Aécio Neves e Eduardo Campos são identificados
com o desejo de mudança por serem “candidatos do Século 21”.
Como o sr. está vendo o cenário
eleitoral, com o crescimento de Aécio Neves na última pesquisa de intenção
de votos?
O americano Thomas Holbrook (cientista político e professor da
Universidade Wisconsin-Milwaukee), estudando fatos que vêm antes das eleições
presidenciais dos Estados Unidos — um país onde o processo eleitoral tem uma
série histórica mais longa, que permite inferir as estatísticas de forma mais
robusta — elegeu três variáveis como as mais importantes para segurar, ou não,
a reeleição de um incumbente (titular do cargo) à Presidência.
Quais são essas variáveis?
A primeira é a popularidade do governante; a segunda, a percepção da
população sobre a economia; e a terceira, o tempo que o partido do incumbente
está no poder. Do ponto de vista da popularidade, Dilma está vendo aproximar-se
o início da campanha eleitoral em viés perigosamente de baixa de sua avaliação
positiva. As medições mais recentes apontam apenas 33% de ótimo e bom, contra
31% de ruim e péssimo. É um percentual baixo. Em segundo lugar, a percepção da
economia, que neste momento é predominantemente negativa: 79% dos brasileiros
dizem que o custo de vida aumentou nos últimos seis meses, segundo a pesquisa
CNT/MDA. Sendo que 70,8% dizem que o principal item cujos preços viram aumentar
nos últimos seis meses foi a alimentação. Ou seja, a inflação chegou à mesa dos
brasileiros, e isso tem um potencial de produzir irritação muito grande. Ainda
pela proposição do Holbrook, quanto mais tempo um partido passa no poder, menos
chances terá o incumbente de se reeleger. Nos EUA, de 1952 para cá, em todas as
eleições realizadas à época da televisão, somente uma vez um partido conseguiu
uma sequência de três mandatos. Foi o Partido Republicano, que elegeu Ronald
Reagan em 1980, reelegeu-o em 1984 e conseguiu eleger seu vice-presidente,
George Bush (pai), em 1988. Mas não conseguiu produzir um quarto mandato: Bush
perdeu para Bill Clinton em 1992. Assim, levando em conta essas três variáveis,
vê-se que o cenário é bastante adverso, hoje, para a presidenta Dilma. Seria
preciso que a economia melhorasse substancialmente, levando junto a percepção
da população, e tudo isso se refletisse em sua popularidade. Mas é difícil que
ocorra.
O tempo é curto, de três, quatro
meses...
E há outro fator, que emite um sinal ainda mais preocupante para Dilma.
Desde 1989, era das eleições presidenciais democráticas no Brasil pós-ditadura,
nunca houve um candidato que tenha sido eleito ou reeleito sob o antagonismo
manifesto do mercado. Há uma manifestação objetiva e cotidiana do mercado nos
índices da bolsa de valores. Sintomaticamente, todas as vezes em que a
presidenta Dilma tem enfrentado dificuldades e assistido à queda de seus
índices de preferência, a bolsa de valores tem subido, automática e
simetricamente. Isso é inédito. Não estou dizendo que o mercado indica o
presidente, mas que, até hoje, não houve um candidato ou presidente vitorioso
que tivesse um visível antagonismo do mercado. Em 1989, quando Fernando Collor
começou a crescer, o mercado assistiu à sua ascensão aliviado, pois não queria
Brizola e muito menos Lula. Em 1994 e 1998, o mercado assistiu e refletiu a
satisfação com a ascensão de Fernando Henrique. Em 2002, até maio, o mercado
tinha hostilidade com relação ao pré-candidato Lula, mas, exatamente por isso,
ele confeccionou a “Carta ao Povo Brasileiro”. A partir de junho, tanto a
oposição a Lula na mídia impressa quanto o próprio mercado arrefeceram na
hostilidade ao candidato. Em 2006, podemos dizer que o mercado preferia A ou B,
mas não havia sinais de hostilidade a Lula. Em 2010, o mercado até assistia,
com boa vontade, o crescimento da candidata de Lula, então com 75% de avaliação
em ótimo/bom e, sobretudo, comandando o país em uma fase de crescimento do PIB
de 7,5%, sob os aplausos e a felicidade em larga latitude do mercado. Agora,
pela primeira vez, temos um candidato à reeleição sobre quem o mercado
manifesta desapreço.
Seria o caso de ela fazer uma nova
“Carta aos brasileiros”?
Essa questão da carta era adequada a um candidato fora do poder. Para
Dilma, essa recomposição com o mercado teria de ser sinalizada de forma mais
objetiva. Por exemplo, pela substituição do ministro da Fazenda por um nome
mais sintonizado com o mercado, um Henrique Meirelles da vida, em relação ao
qual ela se comprometesse a garantir o máximo de autonomia e, sobretudo, sua
permanência em um eventual segundo mandato. Mas isso não tem ocorrido, e ela
está perdendo tempo. E o pacote de 1º de maio é um fator que agrava ainda mais
a situação da presidenta com o mercado.
Mas não fortalece a base de
sustentação dela no Nordeste e nas classes C, D e E?
Obviamente, a presidenta fez uma aposta de estancar o sangramento de
seus índices de intenção de voto e deter, com isso, o “Volta, Lula”, que vem
ganhando volume. Ela sabe da leitura que o mercado fez do seu pacote e imagina
que pode ter chances de se reeleger a despeito da postura e da compreensão do
mercado em relação a ela. É óbvio que ela fez uma aposta. O tempo dirá se foi
correta, ou não.
Mas a gente pode chegar a um ponto
que tenha um perfil do eleitorado como se vê, por exemplo, na
Venezuela, em que você tem uma clara divisão entre as classes?
Nossa cultura política produziu um eleitorado menos ideologizado do que
em outros países latino-americanos, como Argentina, Uruguai e, hoje, Venezuela.
Nosso eleitorado é mais pragmático. Os partidos têm pequena inserção na
sociedade. O único partido que consegue ultrapassar dois dígitos na preferência
é o PT. Apenas ele.
Aécio Neves, pelo que se vê, tem
o apoio do mercado, já que, quando ele sobe nas pesquisas, o mercado sobe
também...
Não é bem um apoio do mercado ao Aécio. Na verdade, o movimento do mercado,
diametralmente oposto, é associado à presidenta Dilma: o mercado não escolheu
seu candidato, mas já definiu sua rejeição. E percebo que há poucas chances de
a presidenta fazer um movimento de recomposição com o mercado.
E as outras candidaturas?
Os candidatos Aécio e Eduardo têm pontos em comum. O principal deles é
que, pelo corte geracional, ambos são candidatos do século 21. A eleição de
2010, por exemplo, era entre dois candidatos que tinham combatido a ditadura.
Agora não, você tem dois candidatos mais jovens. No caso de Aécio Neves, ele
tem um partido e alianças com maior tempo de TV e que é melhor estruturado em
áreas importantes do país — Minas Gerais, São Paulo, no Norte, onde tem o
governo do principal estado, e no Sul, tem o Estado do Paraná, que é importante
na região. É o partido que tem a melhor estrutura, maior número de quadros e
maior tempo de TV. Já Eduardo tem a seu favor um posicionamento que não bate de
frente com o lulismo. Ele tem essa postura de terceira via, fortalecida pela presença
de Marina Silva na chapa.
Aécio, no programa de TV da semana
retrasada, deu muita ênfase ao fato de ser neto de Tancredo Neves. Até com
imagens dele ao lado do avô nas Diretas Já. Isso é um trunfo?
Quando você tem nomes desconhecidos na política, é natural que seus
marqueteiros divulguem referências que facilitem e ajudem a promover o
conhecimento sobre aquele candidato para o eleitorado. O fato de Aécio ser neto
de Tancredo ajuda o eleitor comum a encaixar, no seu quadro de referências,
essa figura do ex-governador de Minas. Isso dá uma marca de qualidade. Assim
como o governador Eduardo Campos, quando se refere a seu avô, Miguel Arraes.
Não é que isso tudo dê votos, mas aumenta sua taxa de conhecimento e
confiabilidade.
O sr. acredita que a entrada de Lula
na campanha de Dilma pode reverter a situação?
Lula teve um peso decisivo na eleição de Dilma em 2010, por dois
fatores: ela era pouco conhecida e, com um governo Lula muito bem avaliado, a
população desejou a continuidade desse governo e declarou isso em pesquisas.
Agora, na mente dos eleitores, não se trata de recuar a 2010 com Lula fazendo
uma reapresentação de Dilma. O apoio dele continua sendo importante, mas é um
apoio político. Lula é o capitão do time que apoia a presidenta. Mas o que será
tratado basicamente pelos eleitores são os sentimentos despertados pela
administração Dilma durante esses quatro anos. Uma questão importante: Lula e a
equipe de marketing da então candidata Dilma a apresentaram ao país como uma
grande gerente, com uma bagagem técnica, a mãe do PAC, e o cargo de
ministra-chefe da Casa Civil emprestava credibilidade.
E qual é o fator de agora?
É ver como ficou a imagem de gerente que o eleitorado “comprou” e
sufragou maciçamente em 2010. Se essa imagem, na campanha, permanecer como está
hoje, Dilma enfrentará severas dificuldades. Na pesquisa CNT/MDA, 22%
responderam que Dilma é boa gerente, 31% que não é boa gerente e 45% disseram
que ela é uma gerente regular. “Gerente regular” não é um atributo adequado
para um presidente.
E como ficam, então, Aécio e Eduardo,
dado que o povo não conhece bem esses candidatos?
Mais do que avaliação, a presunção de competência de Aécio e Eduardo
será processada pela população a partir das respectivas campanhas, e do que
mídia e adversários vão falar negativamente. As experiências de Aécio, no
Congresso e no governo de Minas, e de Eduardo Campos, no governo de Pernambuco
e no Ministério da Ciência e Tecnologia, serão avaliadas e, a partir daí, vai
ser construída uma imagem de maior ou menor competência, assim como a população
elaborou sua avaliação de competência gerencial da então candidata Dilma.
Há riscos de Dilma não passar ao
segundo turno?
Um candidato incumbente tem, praticamente, um passaporte carimbado para
o segundo turno. Isso é verdade aqui e em outros países. Raramente ocorre de o
presidente ou o candidato apoiado por ele não chegar ao segundo turno. Mas isso
ocorre em situações onde a avaliação positiva caiu tanto, que o presidente ou o
candidato por ele apoiado perdeu as condições objetivas de apoio político e
subjetivas do eleitorado para chegar lá. No Brasil, isso ocorreu na primeira
eleição do ciclo de disputas democráticas, em 1989, com os candidatos Ulysses
Guimarães e Aureliano Chaves, dois pilares da Nova República. Mesmo que
estivessem unidos, o somatório da votação de ambos não os colocaria no segundo
turno. Na França, em maio de 2002, o primeiro-ministro Lionel Jospin, do
Partido Socialista, foi candidato, mas foi ultrapassado por Jean-Marie Le Pen
(Frente Nacional) e a França assistiu, perplexa, ao segundo turno entre o
candidato da extrema-direita e Jacques Chirac (UMP), com o Partido Socialista
de fora da disputa. A eventualidade desse viés de queda da presidenta Dilma
avançar numa reta linear de agora até o final da campanha eleitoral a coloca no
segundo turno. Acho que a possibilidade de ela não ir para o segundo turno é
menor que a possibilidade de ela ser substituída pelo ex-presidente.
O sr. acha que ela ainda pode ser
substituída por Lula?
Acho que sim. Por enquanto, Lula ratifica a candidatura da presidenta.
Mas há de convir que se você perguntasse ao PT, à base de partidos aliados, aos
candidatos a deputado estadual e federal, a senador e a governador o que facilitaria
suas campanhas eleitorais, se Dilma ou Lula, a resposta seria o ex-presidente
Lula. Se o declínio de Dilma continua, será extremamente difícil deixar no
banco de reservas sua grande estrela, que é o Lula. O “Volta, Lula” seria a
manifestação mais elementar da racionalidade do PT e de seus aliados.
Então não seria uma decisão dela, mas
do partido...
De nenhum dos dois. As lideranças políticas conduzem seus adeptos, seus
aliados, mas, em momentos cruciais, são conduzidas pelos interesses das
respectivas bases. Como líderes, eles não podem se furtar a ouvir determinadas
conclamações.
Dilma afirmou, semana passada, que
sai candidata com ou sem base aliada.
Foi um escorregão retórico da presidenta, porque o processo de indicação
da candidatura envolve partidos, alianças, tempo de televisão, compromissos com
aliados. Se não houver a concordância dos aliados, não haverá a candidatura de
Dilma.
Qual é o peso real do Bolsa Família
na eleição?
O Bolsa Família foi importante em 2006 e 2010. Em 2014, ele tem sua
inegável importância, mas o bom senso nos diz que o mesmo fator usado
reiteradamente ao longo do tempo — são quase 10 anos da existência do Bolsa
Família — vai perdendo sua utilidade eleitoral, a capacidade do programa de
influenciar as pessoas. O país já assistiu a isso antes, com o Plano Real, que
foi importantíssimo no discurso de 1998; em 2002, já não se mostrou decisivo;
e, em 2006, granjeou poucos votos ao então candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.
Há uma utilidade declinante nesse programa, como em quaisquer programas. A
presidenta tem outros programas, do ponto de vista da opinião pública, muito
mais novos e com impacto maior, como o Mais Médicos, que tem apoio de 75% da
população. O Mais Médicos veio ao encontro de uma demanda enorme da população,
que queria exatamente a presença de mais profissionais de saúde na rede
pública. O Bolsa Família já rendeu dividendos eleitorais lá atrás é sua
paternidade é creditada ao Lula.
O sr. acredita em aumento da
abstenção por conta de desilusões políticas surgidas nas manifestações de 2013?
As pesquisas têm apresentado um percentual inusual de eleitores que não
votarão em nenhum candidato. O que pode ocorrer é que, à medida que esses
eleitores forem conhecendo candidatos alternativos a Dilma (que já é conhecida
por 99% dos entrevistados), podem, eventualmente, direcionar o apoio a esses
candidatos e essa desilusão ser apenas momentânea. Ou não — dependendo das
campanhas desses candidatos, a decepção que produz tais percentuais nas
pesquisas pode vir a se consolidar e mostrar a maior taxa de alienação da
história das eleições no período democrático.
A abstenção favorece Dilma?
Depende de onde parte essa abstenção. Se a abstenção se faz mais intensa
nas camadas D e E, isso prejudica a presidenta Dilma. Numa pesquisa recente, o
Ibope perguntou se as pessoas votariam caso o voto não fosse obrigatório.
Metade votaria, a outra, não. Então, se o não-voto assumisse uma grande
proporção, faria o resultado dessa eleição uma grande interrogação.
O sr. concorda com a tese de que essa
eleição será a mais difícil da história, inclusive nos estados?
Há um fator que não é lembrado diariamente, que são as manifestações de
junho, a crise de representação que não desapareceu da cabeça do brasileiro.
Como, durante a Copa, vai se reacender aquele tipo de desejo que a população
expressou em 2013, de passar a limpo a política, de maior e melhor
participação? Não sabemos ainda com que características isso voltará à
superfície. Quando você pergunta nas pesquisas de opinião se haverá novas
manifestações, mais de 60% dizem que sim, mas ninguém sabe qual a dimensão,
quais as características, como isso vai interagir com a Copa do Mundo e
desaguar na campanha eleitoral. É um conjunto de indagações. Portanto, temos as
eleições, se não as mais complexas, com certeza as mais imprevisíveis
pós-ditadura.
Se o Brasil perder no início da Copa,
isso é um agravante?
A Copa nunca esteve relacionada ao resultado de eleições presidenciais,
mas há o fato de a Copa ser no Brasil, onde a capacidade de organização do país
está sendo muito discutida. Se houver uma onda de manifestações, uma vitória do
Brasil pode ajudar a atenuar insatisfações. Já uma derrota, pode ser um pouco
mais de água no copo cheio de indignação do povo. Não é que a vitória na Copa
seja um excepcional resultado para o governo; é que ela ajudaria a desanuviar
espíritos negativos.
Lula foi um presidente político e
Dilma popularizou-se como uma gerente. Ser gerente já não traz uma carga
inerente de impopularidade?
A avaliação dos governantes é sempre parametrizada pela avaliação
retrospectiva dos antecessores. Se Dilma tivesse sucedido um Lula impopular,
ela não teria sido eleita, mas seria beneficiada com isso. Governantes que
sucedem líderes impopulares têm uma chance maior de desfrutar de uma boa
avaliação ao longo do percurso, assim como o inverso é verdadeiro. Dilma, por
seu estilo e pelas dificuldades que enfrentou, tem ainda como agravante uma
comparação inconsciente que a população faz o tempo todo com Lula. E a
comparação é sempre negativa para ela. Ainda assim, isso não a impediu de, por
boa parte do seu mandato, ter patamares de aprovação bem elevados. Era
impossível imaginarmos, um ano atrás, que as coisas sobre as quais estamos
conversando pudessem vir a ocorrer. Em maio de 2013, a situação era muito
diferente. Em junho de 2013, a avaliação positiva de Dilma era de 54%, segundo
a pesquisa CNT/MDA. Hoje, está reduzida a 33%. A partir de julho, Dilma sofreu
essa inflexão e, por volta de outubro, houve uma reação, mas ela já iniciou o
ano em viés de baixa. É importante lembrar que a avaliação de governador e prefeito
em todo o país está longe de ser positiva. Os governadores têm, hoje, em
conjunto, 34,2% de avaliação entre ótima e boa e os prefeitos, 29,8%.
Então, o sr. não acredita que a
presidente se reeleja...
O que eu acho é que ela está perdendo as condições de se manter como
candidata. Isso é até mais grave.