sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


Suposto integrante do ETA preso no Rio chegou ao Brasil em 1996

DE SÃO PAULO
DO RIO
DA EFE

O suposto integrante do grupo separatista basco ETA que foi encontrado e preso no Rio vivia no Brasil desde 1996. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pela PF (Polícia Federal).

O homem, identificado como Joseba Gotzon Vizan González, apelidado Potxolín, estava foragido da Justiça da Espanha desde 1991, quando foi condenado por ter participado de um atentado à bomba que matou dois, em 1988, ainda conforme a PF.

No Brasil, dizem os investigadores, ele usava documentos falsos em nome de Aitor Julián Arechaga Echevarría e dava aulas de espanhol em um curso de idiomas na zona sul da cidade, cujo nome não foi divulgado. A PF informou ainda que ele morava na zona sul, com a mulher e um filho, espanhóis, mas não divulgou desde quando sua família morava no Brasil.

Fontes do Ministério do Interior espanhol informaram à agência de notícias Efe que a prisão foi feita por meio de uma cooperação entre agentes brasileiros e espanhóis motivada por um mandado expedido pela Audiência Nacional espanhola, tribunal encarregado de crimes de terrorismo.

Segundo a PF brasileira, o acusado estava na lista vermelha da Interpol (polícia internacional), que relaciona os procurados de alta periculosidade.

 
 
 
 
 

ETA

Em outubro de 2011, o ETA anunciou que estava se retirando da luta armada. Mesmo debilitada, porém, a organização se recusa a se dissolver e entregar as armas, como exigem os governos espanhol e francês. O último atentado reivindicando pelo ETA ocorreu em agosto de 2009.

Em 40 anos de luta armada em nome da independência do País Basco, o ETA assassinou 829 pessoas, de acordo com as estimativas oficiais.