segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"BLACK BLOCS" - ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Ponto Final - Uma organização criminosa
28/10/13 10:45 | Octávio Costa (ocosta@brasileconomico.com.br)

Se faltava uma imagem forte para mostrar a covardia dos Black Blocs e mostrar à opinião pública a insensatez de seus integrantes, já não falta mais
O bando que cercou e agrediu brutalmente o coronel Reynaldo Simões, da PM de São Paulo, desarmado e caído no chão, conseguiu provocar reação em todo o país. Acabou a paciência da sociedade.
Até mesmo a presidente da República, Dilma Rousseff, usou o twitter para manifestar sua indignação. "Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP", afirmou. E pôs a ação dos BBs no lugar que merece: "São barbáries antidemocráticas. A violência cassa o direito de quem quer se manifestar livremente. Violência deve ser coibida".
Até a sexta-feira, ainda havia muita gente com posições dúbias em relação aos ataques dos mascarados. Apesar dos seguidos atos de vandalismo, dizia-se que eles tinha o direito de manifestar seu descontentamento com os poderes instituídos. Os BBs eram tratados como jovens românticos a lutar por causas justas. Por mais espantosas que fossem as cenas de quebra-quebra e o total desrespeito às regras mínimas de civilidade, artistas consagrados, como Caetano Veloso, revelaram simpatia pelos pretensos carbonários. E desfilaram com panos pretos em volta a cabeça, a exemplo do ex-presidente da Mangueira Ivo Meirelles em sua apresentação no Rock in Rio. Muitos sequer admitiam que eles fossem chamados de vândalos, apesar do rastro de destruição que deixam por onde passam.
Vândalos, não! É o que diziam, no Rio, os ingênuos defensores do bando de oportunistas que se infiltrava em manifestações justas de professores em greve, aproveitando o final dos protestos para destruir bens privados e públicos. Professores, ao que se sabe, não atacam caixas de banco, nem queimam ônibus e lixeiras. Isso é coisa de marginal travestido de anarquista.
Em evento na semana passada, o ex-presidente Lula lembrou o tempo em que liderou a mobilização de milhares de metalúrgicos em São Bernardo Campo. Sem atos de violência, as assembleias com números recordes de trabalhadores chamavam atenção de todo o país e davam seu recado ao poder público, ainda nas mãos dos militares. Os eventos históricos tinham foco preciso e ajudaram a apressar o fim da ditadura. "Eu fiz movimento de rua. Eu nunca coloquei uma máscara porque nunca tive vergonha do que fiz. Nunca!", atacou Lula. E lembrou que não existe solução fora da política e da democracia. "Quando não tem isso, vem o fascismo. É o nazismo. É a ditadura."
A máscara caiu, finalmente. A imagem do coronel que só escapa vivo dos marginais graças à ajuda de um destemido policial armado está correndo o mundo. Também são estranhas as imagens dos repórteres de rede social assistindo a tudo, quase cúmplices. Já o coronel, mesmo ferido, pediu tranquilidade a seus comandados.
Que fique claro de uma vez por todas. Os Black Blocs nada têm a ver com os movimentos de jovens desencantados com a política. São bandidos. Apenas isso. Como afirmou o major da PM paulista Mauro Lopes, "para nós, é uma associação criminosa". É assim que a questão deve ser tratada pelo Estado. A recomendação, agora, partiu da própria presidente Dilma: "A Justiça deve punir os abusos, nos termos da Lei". Ou seja, contra os Black Blocs, aplique-se a Lei.