sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Novos refugiados, a maioria mulheres e crianças, fogem da violência no noroeste da República Centro-Africana (RCA) com destino ao Chade. Foto: ACNUR/Ezzat Habib Chami
Na sequência de uma recente onda de violência na República Centro-Africana (RCA), a agência de refugiados das Nações Unidas disse na sexta-feira (5) que está registrando e apoiando milhares de refugiados, principalmente mulheres e crianças, que chegam ao Chade.
“A estimativa é de que mais mais de 5 mil refugiados tenham chegado ao sul do Chade desde o fim de dezembro, fugindo de confrontos entre grupos armados do Movimento de Libertação do Povo Centro-Africano (MLPC) e do grupo Justiça Revolução na cidade de Paoua”, disse Babar Baloch, porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em coletiva de imprensa em Genebra.

Novos refugiados, a maioria mulheres e crianças, fogem da violência no noroeste da República Centro-Africana (RCA) com destino ao Chade. Foto: ACNUR/Ezzat Habib Chami
Na sequência de uma recente onda de violência na República Centro-Africana (RCA), a agência de refugiados das Nações Unidas disse na sexta-feira (5) que está registrando e apoiando milhares de refugiados, principalmente mulheres e crianças, que chegam ao Chade.
“A estimativa é de que mais mais de 5 mil refugiados tenham chegado ao sul do Chade desde o fim de dezembro, fugindo de confrontos entre grupos armados do Movimento de Libertação do Povo Centro-Africano (MLPC) e do grupo Justiça Revolução na cidade de Paoua”, disse Babar Baloch, porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em coletiva de imprensa em Genebra.
Localizada na província de Ouhan-Pendé, a cidade também tem outras 20 mil pessoas deslocadas internamente.
“Com nossos parceiros governamentais no Chade, o ACNUR registrou até agora cerca de 2,3 mil novos refugiados no vilarejo de Odoumian, localizado a 15 km da fronteira com a RCA”, acrescentou.
Muitos dos refugiados viajaram ao Chade a pé. Oficiais locais disseram que cerca de 5,6 mil chegaram desde 27 de dezembro, quando os recentes confrontos começaram. Mais de 1 mil novos refugiados também chegaram a campos existentes perto da cidade de Goré.
“O influxo é o maior movimento de refugiados da RCA, excedendo o número total de 2017, quando cerca de 2 mil pessoas entraram no Chade”, disse o porta-voz, acrescentando que muitos relataram abusos de direitos humanos cometidos por grupos armados em vilarejos próximos à fronteira entre os dois países.
Apesar de a fronteira com a RCA estar oficialmente fechada, Baloch elogiou o gesto humanitário do Chade de permitir que os refugiados buscassem proteção internacional dentro de seu território.
Abrigando mais de 75 mil cidadãos da RCA, as autoridades do Chade estão recebendo ajuda do ACNUR para registro e apoio.
“Com seus parceiros, o ACNUR também está fornecendo atendimento médico para os muitos refugiados que chegam com saúde debilitada, alguns incapazes de andar”, declarou.
A violência armada e os ataques dentro da RCA deixaram um alto número de refugiados e pessoas internamente deslocadas no país — quase um quarto da população de cerca de 4,6 milhões de habitantes.