sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Sudaneses deixam terras centro-africanas após uma década de exílio

A saída voluntária de 1,4 mil pessoas repatriadas para a região sudanesa de Darfur marcou o fim de 10 anos de asilo na República Centro-Africana.
A Agência das Nações Unidas para Refugiados, ACNUR, garantiu neste fim de semana a transferência dos cidadãos sudaneses que viviam no acampamento centro-africano de Pladama Ouaka, em Bambari, para a área de Dafag.
A operação, iniciada no dia 12 de dezembro, envolveu um total de 66 voos fretados. Em território centro-africano continuam 194 refugiados sudaneses, que correspondem a 70 famílias, que optaram por permanecer.
O conflito entre as forças sudanesas e grupos armados provocou o êxodo da área de Darfur do Sul para a República Centro-Africana. Uma década depois, os refugiados manifestaram vontade de voltar para casa devido à melhoria da segurança e o avanço do desarmamento dos grupos armados nas suas áreas de origem.
Apoio à reintegração
Além de garantir o transporte aéreo e terrestre dos retornados, o ACNUR ofereceu um pacote para financiar a reintegração dos sudaneses.
Nas suas áreas de origem, cada pessoa recebeu parcelas de terras, artigos não alimentares e dinheiro para apoiar na construção.
O Programa Mundial de Alimentação da ONU (PMA) participa na iniciativa com alimentos suficientes para dois meses. As autoridades locais deverão fornecer terra para que os repatriados pratiquem a agricultura.
No terreno, o ACNUR ajuda a melhorar os serviços de saúde enquanto espera que o governo do Sudão implemente as normas internacionais sobre o retorno dos refugiados, que incluem as anistias.
O ACNUR continuará acompanhando a situação de repatriados de Dafag para assegurar um processo de reintegração seguro e inclusivo.