Depois de passarem pela sala de triagem, pessoas que apresentam os sintomas semelhantes ao do vírus da Ébola são encaminhadas para o departamento de doenças infecciosas. Conacri, Guiné. Foto: OMS/T. Jasarevic
Representantes da ONU pedem esforços para conter surto de ebola em países da África Ocidental
3 de julho de 2014 · Notícias - ONU
Depois de passarem pela sala de triagem, pessoas que apresentam os sintomas semelhantes ao do vírus da Ébola são encaminhadas para o departamento de doenças infecciosas. Conacri, Guiné. Foto: OMS/T. Jasarevic
Representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) apelaram nessa quarta-feira (2) às autoridades de saúde dos países africanos afetados pelo surto de ebola que reúnam todos os esforços necessários para conter a epidemia.
“Movam céus e terras para conter esse surto”, pediram os representantes, sublinhando também a necessidade de motivar comunidades, líderes religiosos e de opinião para frear o contágio.
No início do mês de julho, um total de 750 casos e 455 mortes foram registrados em Guiné, Serra Leoa e Libéria. O diretor regional da OMS para a África, Luís Gomes Sambo, afirmou que esse já representa o maior surto de ebola em número de casos, mortes e expansão geográfica.
De fato, o diretor regional disse que “a tendência atual desta epidemia e o seu potencial de atravessar fronteiras e se espalhar internacionalmente constitui uma matéria de saúde pública de grande preocupação”. A Organização adicionou que práticas culturais e crenças tradicionais facilitam a propagação da doença nos três países, como, por exemplo, o ritual funerário de lavar e aproximar-se dos cadáveres.
Sambo afirmou que, além das perdas humanas, esta epidemia provocou “efeitos sócio-econômicos negativos”, afetando, inclusive, trabalhadores do setor de saúde, que sofreram já 60 casos de infecção e 32 mortes registradas até o momento.
Assim, o diretor regional da OMS apelou ainda a uma “estratégia única entre países”, parceiros e comunidades na adoção de medidas efetivas que contenham o surto.