segunda-feira, 2 de setembro de 2013

ONU: Relação entre Kosovo e Sérvia avança, mas estabilização é processo delicado que exige esforços
2 de setembro de 2013 · Notícias
 
 
Representante especial do secretário-geral da ONU no Kosovo, Farid Zarif. Foto: ONU/Rick Bajornas
Medidas positivas tomadas por líderes da Sérvia e Kosovo nos últimos meses conquistaram acordos históricos e o progresso fundamental para a normalização das relações, disse o representante especial do secretário-geral da ONU no Kosovo, Farid Zarif. No entanto, Zarif afirmou que a implementação de acordos no Norte do Kosovo continua sendo um desafio.
Ao apresentar o último relatório do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, Zarif, disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas por meio de videoconferência que a implementação do acordo de 19 de abril de 2013 e cada um dos seus elementos é um “processo delicado, que exige esforços sustentados e foco”.
“É essencial que as partes mantenham seu foco na implementação do que foi acordado, sem a introdução de questões fundamentais adicionais que estão, no momento, fora do diálogo político”, acrescentou na quinta-feira (29) Zarif, que também é chefe da Missão de Administração Interina das Nações Unidas no Kosovo (UNMIK).
Entre as disposições do acordo, estão a realização de eleições locais este ano em municípios do Norte de Kosovo com a facilitação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Segundo Zarif, as eleições marcadas para 3 de novembro precisam levar ao poder autoridades locais viáveis que poderiam corretamente representar e defender os interesses da comunidade local.
Kosovo declarou independência da Sérvia em fevereiro de 2008, após anos de tensões étnicas, mas a Sérvia não reconheceu a declaração. A União Europeia desde então vem facilitando o diálogo entre as partes sobre uma série de questões práticas.
As tensões entre sérvios e albaneses inflamou-se ao longo dos anos, especialmente no Norte do Kosovo – que tem uma maioria sérvia, ao contrário do resto do Kosovo, onde os albaneses são a maioria – provocando preocupações na ONU.