quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Autoridades dos EUA estão investigando alegações de que uma unidade de espionagem do governo indiano invadiu os emails de uma comissão do governo norte-americano que monitora relações econômicas e de segurança entre Estados Unidos e China, incluindo questões relacionadas à segurança cibernética.

Autoridades dos EUA estão investigando alegações de que uma unidade de espionagem do governo indiano invadiu os emails de uma comissão do governo norte-americano que monitora relações econômicas e de segurança entre Estados Unidos e China, incluindo questões relacionadas à segurança cibernética.
O pedido de investigação foi feito depois que hackers postaram na Internet o que seria um documento da inteligência militar indiana sobre espionagem cibernética, que discute planos de atacar a comissão – aparentemente, usando know-how fornecido por fabricantes de celulares ocidentais.
Anexado ao documento estão transcrições do que seriam trocas de mensagens online entre os membros da comissão.
“Estamos cientes desses relatos e entramos em contato com as autoridades relevantes para investigar a questão. Somos incapazes de fazer mais comentários a esta altura”, disse o porta-voz Jonathan Weston, da Comissão de Revisão de Segurança e Economia Sino-Americana.
A autenticidade do documento não pôde ser verificada de forma independente. Mas a comissão sino-americana não está negando a autenticidade dos emails.
Autoridades na Índia não quiseram comentar o assunto.
Um site sediado na Índia citou um militar não identificado que teria negado que a Índia usou empresas de telefonia celular para espionar a comissão e disse ainda que os documentos foram forjados.
O brigadeiro aposentado Rumel Dahiya, vice-diretor-geral do Instituto para Estudos de Defesa e Análises do Ministério da Defesa, também disse que o documento parecia ser uma falsificação.
“Não parece uma carta verdadeira de forma nenhuma”, disse Dahiya à Reuters. Ele serviu como adido da defesa na Turquia, Síria e Líbano.
“A questão que está ali dentro não é tratada pela autoridade que é mencionada. Sei disso porque tratei com aquele escritório quando era adido da defesa. Esse escritório lida apenas com adidos da defesa e cooperação com ministérios das relações exteriores”.
Dahiya afirmou que o cabeçalho da carta e a assinatura foram cortados e colados de outra carta. Ele disse não saber se o conteúdo era genuíno.
CIBERATAQUES
O suposto memorando diz que a Índia selou um acordo tecnológico – os detalhes não eram claros – com fabricantes de celulares “em troca da presença no mercado indiano”. Cita três fabricantes: Research in Motion, que produz o BlackBerry; Nokia; e Apple.
A porta-voz da Apple, Trudy Muller, disse que a empresa dela não havia fornecido ao governo indiano acesso a seus produtos. Um porta-voz da RIM na Índia afirmou que a empresa não comenta rumores ou especulações. A Nokia não quis fazer declarações.
O Congresso norte-americano criou a comissão em 2000 para investigar e relatar implicações à segurança nacional da relação econômica entre os EUA e a China.
O painel bipartidário, de 12 membros, realiza audiências periódicas todos os anos sobre tópicos relacionados à China, como segurança cibernética, proliferação de armas, energia, comércio internacional e política de informação.
A violação de email, se confirmada, seria a última de uma série de intrusões em computadores que atingiram as instituições norte-americanas, do Pentágono e empreiteiras de defesa e até o Google Inc..
Um grupo que se intitula os Lordes de Dharmaraja disse em um post na Internet que havia revelado a invasão. Disse ter descoberto os códigos da fonte de uma dezena de empresas de software nos servidores da Inteligência Militar indiana.
Uma autoridade do governo norte-americano, que pediu anonimato, disse que a questão estava sendo investigada. O FBI tem jurisdição para investigar cyber-hacking dentro dos EUA. Um porta-voz do FBI não quis comentar.
Posted: 10 Jan 2012 12:22 PM PST
O governo boliviano está atento ao fluxo migratório de haitianos e não permitirá qualquer “abuso ou malfeito” de bolivianos que estejam atuando nas migrações até Brasileia, no Acre, segundo informou o cônsul da Bolívia no município, José Luis Méndez Chaurara.
Chaurara ressaltou que, para tomar as devidas providências, necessita de formalização de denúncias de imigrantes que chegam à cidade acriana em busca de melhores condições de vida no Brasil.
O cônsul disse que, até o momento, as informações que chegaram às autoridades da Bolívia é que não há registro de mortos na rota usada para atravessar a fronteira, e que os haitianos fazem todo esse percurso encapuzados.
“Se identificarmos qualquer tráfico [de haitianos que envolva cidadão boliviano] agiremos dentro das normas legais e levando em conta as questões humanitárias”, afirmou.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse que o governador Tião Viana já encaminhou informações ao ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, para que entre em contato com os representantes dos governos da Bolívia e do Peru, no Brasil.
A finalidade é tomar providências sobre qualquer tráfico internacional que tenha como rota os dois países e eventuais participações de bolivianos e peruanos.
Mourão informou ainda que nesta semana deve chegar uma autoridade do governo boliviano à cidade de Cobija para investigar o envolvimento de cidadãos do país nessa possível rota de tráfico.
“A informação que temos é que os haitianos compram pacotes em agências de turismo da República Dominicana e, a partir de lá, fazem toda rota até chegar ao Brasil. Nesse processo pode existir pessoas interessadas em ganhar dinheiro, o que descaracteriza qualquer questão humanitária.”
Ontem, a Polícia Federal, em parceria com o governo do Estado e a prefeitura de Brasileia, passou a emitir 40 vistos por dia, o que tem facilitado a contratação de mão de obra haitiana por empresas brasileiras.
Nilson Mourão informou que só hoje três empresas, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e Minas Gerais, estão em Brasileia para formalizar essas contratações.