quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

COREIA DO NORTE EXIGE FIM DAS MANOBRAS MILITARES.

A Coreia do Norte exigiu nesta quarta-feira que a Coreia do Sul e Estados Unidos suspendam suas manobras militares conjuntas, previstas para o mês de março. O regime comunista considera que os exercícios têm a intenção de ensaiar uma invasão ao país.
Em nota da agência Uriminzokkiri, o governo norte-coreano afirma que as ações manifestam a “loucura dos belicistas”, fazendo referência a americanos e sul-coreanos, “para acender a fagulha da guerra”.
Motivo de irritação dos norte-coreanos, as atividades militares são anunciados por Seul e Washington como o maior treinamento em 23 anos, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Os exercícios são parte das iniciativas para a preparação dos dois países ante provocações norte-coreanas.
Estados Unidos e Coreia do Sul alegam que as ações são exclusivamente de natureza defensiva e fazem parte de um novo acordo operacional assinado entre as autoridades dos países. A elaboração do documento começou após o ataque de artilharia da Coreia do Norte, na ilha de Yeonpyeong, em novembro de 2010, quando quatro sul-coreanos morreram.
FORÇAS ARMADAS
No domingo (22), o novo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, fez uma nova inspeção a uma unidade militar, a quinta em apenas três semanas, com o objetivo aparente de consolidar seu poder com o respaldo do Exército, informou a agência sul-coreana “Yonhap”.
O filho mais novo e sucessor do falecido Kim Jong-il visitou a unidade 671 do Exército e ressaltou perante os soldados “a necessidade de melhorar o comando e gestão da unidade e estabelecer uma ferrenha disciplina militar”, indicou uma nota da agência norte-coreana “KCNA”, republicada pela “Yonhap”.
Também apelou para a “temperança heroica” dos membros da unidade no sagrado serviço de defender o país, segundo a “KCNA”.
Desde o início do ano o jovem Kim Jong-un, cuja idade se estima em 28 ou 29 anos, realizou cinco visitas a unidades do Exército, um dos mais numerosos do mundo, com mais de um milhão de soldados, em um país de menos de 25 milhões de habitantes.
As Forças Armadas são o principal fiador de poder da dinastia Kim, por isso que, para os analistas sul-coreanos, as inspeções do sucessor de Kim Jong-il às diferentes unidades buscam reafirmar seu papel de “comandante supremo”.
O jovem Kim assumiu este cargo depois da morte de seu pai, no dia 17 de dezembro do ano passado. O ex-ditador liderou o regime comunista com mão de ferro durante 17 anos.
As Forças Armadas mostraram seu apoio à sucessão de poder da dinastia Kim com atos como o do passado dia 10 de janeiro, quando soldados juraram lealdade a Kim Jong-un em cerimônia pública em Pyongyang.