terça-feira, 6 de novembro de 2012

Forças Armadas iniciam substituição das tropas brasileiras no Haiti
Brasília, 06/11/2012 – No último domingo (4), 130 militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) embarcaram para a capital haitiana Porto Príncipe, onde integrarão o novo contingente do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

Até o início de dezembro, estão previstos mais nove voos de traslado para levar 522 soldados ao país caribenho, totalizando um efetivo de 652 homens do 1º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabatt 1). Este é o 17º contingente enviado ao Haiti pelo Brasil. O país lidera a Minustah desde que a missão foi criada, em 2004.

No embarque de domingo, uma aeronave KC-137 da FAB partiu do Rio de Janeiro com 46 militares (31 da Marinha, 13 do Exército e dois da FAB). Outros 84 soldados do Exército ingressaram a bordo do avião em escalas nas cidades de Natal (RN) e Manaus (AM). A próxima partida está marcada para esta quarta-feira (7).



Para reforçar as ações logísticas da Minustah, a Marinha do Brasil enviou, há uma semana, o Navio de Desembarque de Carros de Combate "Garcia D’Avila" (foto acima). A embarcação irá transportar material da Força de Fuzileiros da Esquadra e do Exército para suprir os contingentes das tropas brasileiras no Haiti, além de substituir o material que será repatriado e que necessita de manutenção.
Redução e mudança de foco

Por liderar o componente militar da missão, o Brasil é o país que conta com o maior efetivo militar na nação caribenha. Atualmente, 1.878 capacetes azuis brasileiros atuam no Haiti: 249 da Marinha, 1.599 do Exército e 30 da FAB.

Esse quantitativo, no entanto, tende a diminuir gradualmente, de acordo com a Resolução 2070, de 12 de outubro de 2012, do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento renovou, por mais um ano – até 15 de outubro de 2013 – as atividades da Minustah.

Na resolução, o órgão determinou uma redução de 15% no contingente militar que 19 países mantêm no Haiti. Cairá de 7.340 para 6.270, em 2013, o total de efetivos que atuam na reintegração do país. O número de integrantes da Força Policial também será reduzido de 3.241 para 2.601 homens.

A "retirada gradual das tropas" no país caribenho vai ao encontro de um anseio expresso pelo ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim. Desde que assumiu o cargo, há cerca de um ano e meio, Amorim tem dito que "não pode haver permanência para sempre, nem retirada irresponsável" do Haiti.

Em pronunciamentos e entrevistas, o ministro tem apoiado uma estratégia de saída que seja favorável aos dois países. No entender de Amorim, isso é necessário para que, ao poucos, os haitianos sejam capazes de prover sua própria segurança.

Outra expectativa brasileira – a de ajustes no foco da missão – também foi contemplada pela nova resolução do
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa