Faisal tem
18 meses e sofre grave desnutrição aguda, e recebe tratamento no hospital
Sabeen, na capital do Iêmen Saná. Foto: UNICEF /Yasin
Oito crianças são mortas ou mutiladas por dia no Iêmen’, afirma
UNICEF
Relatório
divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revela que
aproximadamente 400 crianças foram mortas e mais de 600 ficaram feridas desde a
intensificação da violência, há cerca de quatro meses.
Uma média de oito crianças é morta ou mutilada todos os dias no Iêmen
como resultado direto do conflito que assola o país desde abril, de acordo com
um novo relatório divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF). “Este conflito é uma tragédia particular para
crianças iemenitas”, disse o representante do UNICEF no país, Julien Harneis.
O
relatório “Iêmen: Infância Ameaçada” revela que aproximadamente 400
crianças foram mortas e mais de 600 ficaram feridas desde a intensificação da
violência cerca de quatro meses atrás. “Elas estão sendo mortos por bombas ou balas,
e aqueles que sobrevivem enfrentam a crescente ameaça de doenças e desnutrição.
Isso não pode continuar”, frisou Harneis.
Serviços
de saúde interrompidos, aumento dos níveis de desnutrição infantil, escolas
fechadas e números elevados de crianças recrutadas por grupos armados estão
entre os efeitos do conflito devastador no país mais pobre do mundo árabe,
constata o estudo. Em todo o país, quase 10 milhões de crianças – 80% da
população menor de 18 anos do país – necessitam de ajuda humanitária urgente.
Mais de 1,3 milhão de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas.
O UNICEF
tem estado no centro das operações humanitárias no Iêmen desde o início do
conflito, trabalhando em todo o país para responder às necessidades críticas de
crianças, fornecendo serviços vitais, incluindo água potável, bem como
oferecendo tratamento contra a desnutrição, diarreia, sarampo e pneumonia. Ao
longo dos últimos seis meses o Fundo tem fornecido apoio psicológico para
ajudar mais de 150 mil crianças, enquanto 280 mil pessoas aprenderam a não se
ferir com engenhos explosivos e minas.