ONU: Mais de 1,5 mil civis morreram no Afeganistão
no primeiro semestre de
“A impunidade para
as graves violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário
tem reinando por muito tempo no Afeganistão e alimentado o ciclo de
violência”., afirma o alto comissário para os direitos humanos da ONU.
Família afegã na
província de Faryab, norte do Afeganistão. Foto: ACNUR/S. Sisomsack
Os civis continuam
sendo as maiores vítimas do conflito no Afeganistão, revela um novo relatório –
Relatório sobre a Proteção dos Civis em Conflitos Armados do
primeiro semestre de 2015 – lançado nesta quarta-feira (5). De acordo com a Missão da ONU
de Assistência no Afeganistão (UNAMA) e com o Escritório do Alto Comissariado
para os Direitos Humanos (ACNUDH), mais de 1,5 mil civis morreram e mais de 3,3
mil ficaram feridos somente nos primeiros seis meses deste ano.
A grande maioria –
ou 90% – das vítimas civis (mortos e feridas) foi causada por enfrentamentos
terrestres, dispositivos explosivos improvisados, ataques suicidas e
assassinatos seletivos, afirma a publicação.
“Este relatório
expõe o sofrimento prolongado dos civis no Afeganistão, que continuam a
suportar o impacto do conflito armado e vivem em insegurança e incerteza sobre
se uma visita ao banco, a uma alfaiataria, a um tribunal ou uma festa de
casamento, pode ser a última”, disse o Alto Comissário da ONU para os direitos
humanos Ra’ad Zeid Al Hussein. “A impunidade para as graves violações de
direitos humanos e do direito internacional humanitário tem reinando por muito
tempo no Afeganistão e alimentado o ciclo de violência”.