Mali: Terroristas se reorganizam no norte e
Conselho de Segurança pede reforço de missão da ONU
24 de janeiro de 2014 · Notícias - ONU
Capacetes-azuis do
Chade trabalhando na MINUSMA patrulham Tessalit, no norte do Mali. Foto:
MINUSMA /Marco Dormino
Todos os
Estados-membros da ONU devem apoiar a implantação completa dos capacetes-azuis para
que a Missão Multidimensional Integrada da ONU para a Estabilização no Mali (MINUSMA)
consiga consolidar a segurança nos centros populacionais e proteger os civis, à
medida que terroristas e grupos armados estão se reorganizando no norte do
país, afirmou o Conselho de Segurança das Nações Unidas em uma declaração na
quinta-feira (23).
Até agora, a missão
possui 5.488 dos 11.200 militares previstos, 71 dos 320 policiais e 883 dos
1.200 elementos de Unidades de Polícia Formada que devem estar no país até o
final de junho para continuar apoiando o processo político no Mali.
O mandato da missão
consiste em promover os direitos humanos e proteger os civis, funcionários da
Organização e bens culturais.
No comunicado, o
Conselho pediu que o novo governo do país se reúna com os grupos opositores
para resolver as causas da crise que afeta o país. Ele também elogiou os
esforços iniciais das autoridades malinesas de lançar uma série de eventos de
consulta sobre a situação no norte e ressaltou a necessidade da garantia da “participação
plena, igual e efetiva da mulheres” nesta fase de estabilização do país.
O Conselho condenou
veementemente as violações do direito internacional humanitário e os abusos dos
direitos humanos no Mali, entre eles os incidentes de violência sexual em
conflitos armados, inclusive contra crianças, e pediu que os responsáveis sejam
punidos.
O comunicado também
pediu que o governo continue cooperando com o Tribunal Penal Internacional (TPI) e os esforços para
acelerar o retorno das autoridades judiciais no norte do país.