Os sem-terra esperam reunir 15 mil trabalhadores
rurais no congresso do movimento, a ser realizado em fevereiro em Brasília.
Foto: Ag. Brasil
MST quer título mundial em ocupações de latifúndio
Gilberto Nascimento
(gilberto.nascimento@brasileconomico.com.br)
09/01/14 10:23
09/01/14 10:23
A articulação é uma resposta aos baixos números de
desapropriações de terra durante todo o governo da presidente Dilma Rousseff
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
quer que o Brasil conquiste um título mundial em 2014, mas não é o do futebol.
Seus líderes pretendem bater o recorde de ocupações de latifúndios. A
articulação é uma resposta aos baixos números de desapropriações de terra durante
todo o governo da presidente Dilma Rousseff.
Os sem-terra esperam reunir 15 mil trabalhadores
rurais no congresso do movimento, a ser realizado na primeira semana de
fevereiro em Brasília. Para Alexandre Conceição, da coordenação nacional do
MST, o governo Dilma tem se mostrado fraco diante das pressões dos ruralistas -
organizados em uma bancada no Congresso com cerca de 180 integrantes - e de
empresas estrangeiras que aumentam a participação no agronegócio brasileiro.
Conceição vê com ressalvas o discurso do governo de
que a melhoria da qualidade dos assentamentos é mais importante do que os
números de desapropriação. "A reforma agrária se faz, antes de tudo, com a
destinação de terras para os camponeses produzirem comida", afirma. Ele reconhece
a importância do apoio técnico e a garantia de compra de alimentos pelo governo
por um valor mínimo, mas diz que ambos pouco adiantam sem a formação de novos
assentamentos.
Mesmo a medida provisória 636, que beneficia os
assentados endividados, é vista com críticas pelo MST. Conceição diz que a
medida é importante por beneficiar 200 mil agricultores e devolver em torno de
dois milhões de hectares à produção de alimentos, mas é contra a entrega do
título de propriedade das áreas. "A terra deve ser pública, usada por
concessão", opina.
Legislativo pouco legislou em 2013
Um levantamento feito pelo site jurídico Migalhas
indica que apenas seis dos 2.054 projetos de lei apresentados na Câmara dos
Deputados neste ano se tornaram lei. O estudo foi feito a partir do site do
Legislativo federal. A tramitação mais rápida foi do projeto de lei que mudou a
gestão dos direitos autorais. A proposta deu entrada no dia 5 de julho e foi
aprovada quatro dias depois, com o apoio de artistas de renome. A lei foi sancionada
pela presidente Dilma Rousseff no mês seguinte. O projeto havia sido aprovado
dois dias antes no Senado, a partir dos resultados da CPI do Ecad. No Senado,
das 560 propostas apresentadas, apenas uma virou lei.
Dilma vai pro Brejo
A presidente Dilma Rousseff vai vistoriar as obras
da transposição do Rio São Francisco ainda neste mês. Ela visita os municípios
de Jati e Brejo Santo, na região do Cariri, no Ceará. Iniciada em 2007 e com
entrega prevista para 2012, a obra só deve ser concluída em dezembro de 2015.
PT de Cotia recebeu dinheiro de Cunha
O ex-vereador Toninho Kalunga (PT), candidato
derrotado a prefeito em Cotia (Grande São Paulo) nas últimas eleições,
considera a prisão do deputado petista João Paulo Cunha uma
"injustiça" e diz publicamente que a campanha de seu partido na
cidade foi beneficiada com parte dos R$ 50 mil vindos da agência de Marcos
Valério, a SMP&B. Desse dinheiro, R$ 12, 5 mil foram utilizados no
pagamento de uma pesquisa eleitoral. "Essa é a consequência de não haver o
financiamento público de campanha. Alguns são punidos e a maioria não. Eu me
coloquei à disposição para depor", afirma.
Skaf ofereceu ao PRB cargos em cidades
Apesar de serem aliados do governador Geraldo
Alckmin (PSDB), dirigentes do PRB tiveram conversas sobre aliança com o PMDB. A
fim de atrair o partido, o pré-candidato peemedebista ao governo de São Paulo,
Paulo Skaf, ofereceu secretarias em prefeituras comandadas pelo PMDB.