Prorrogação da Zona
Franca de Manaus pode ser votada em 2014
Congresso deve votar
a prorrogação em dois turnos de votação em Plenário. Proposta do governo
federal é prorrogar modelo econômica até 2073
23 de Janeiro de 2014
AGÊNCIA CÂMARA
A Câmara dos Deputados pode votar neste
ano a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga os benefícios
fiscais da Zona Franca de Manaus até 2073. Pronta para inclusão na pauta do
Plenário, a PEC não chegou a ser votada no ano passado por falta de
acordo.
O deputado Francisco Praciano (PT-AM)
ressalta que a Zona Franca de Manaus gera empregos para o Amazonas e para toda
a Região Norte. “A Zona Franca é o centro dinâmico da economia do Norte”,
afirma. “O impacto positivo da Zona Franca é grande e se espraia por toda a
região.”
Pelo texto atual da Constituição, os
benefícios da Zona Franca, criada em 1967, terminam em 2023. A prorrogação até
2073 foi sugerida pelo governo e aprovada na comissão especial que analisou o
tema. Ainda são necessários dois turnos de votação em Plenário.
Os benefícios fiscais previstos no
texto incidem sobre os principais impostos e contribuições federais para os
produtos fabricados na Zona Franca de Manaus. São eles: isenção total do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); redução de até 88% do Imposto de
Importação sobre insumos da indústria; diminuição de 75% do Imposto de Renda; e
isenção do PIS/Pasep e da Cofins nas operações internas da área.
Em outubro do ano passado, o líder do
governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), se reuniu com o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, e com a ministra de Relações Institucionais, Ideli
Salvatti, e acabou anunciando que seria melhor não votar a proposta naquele
momento.
Lei da Informática
Segundo Chinaglia, não houve divergências
sobre a Zona Franca de Manaus. O adiamento ocorreu porque o governo não apoiava
o aumento do prazo de benefícios da Lei de Informática previsto em emenda à
PEC.
Na ocasião, o relator da PEC na
comissão especial, deputado Átila Lins (PSD-AM), aceitou o adiamento.
“Concordamos com o adiamento para que se chegue a um texto enxuto para
viabilizar a votação”, afirmou.
Parlamentares de estados como São Paulo
e Rio de Janeiro querem prorrogar os benefícios relativos aos impostos do setor
de informática aplicados a seus estados. Segundo eles, os estados do Sudeste
serão prejudicados se não forem prorrogados os benefícios concedidos pela Lei
da Informática, porque a de Manaus está garantida no texto da PEC.