Suecos da Saab discutem investimentos com Marinho
Gilberto
Nascimento (gilberto.nascimento@brasileconomico.com.br)
Luiz Marinho
ajudou na decisão pelo caça Gripen NG, escolhido pela presidenta Dilma no fim
de 2013 para substituir a frota da FAB
Dirigentes da empresa sueca Saab estarão hoje em
São Bernardo do Campo para discutir com o prefeito da cidade, Luiz Marinho
(PT), detalhes de investimentos a serem feitos na cidade. A Saab produz o caça
Gripen NG, escolhido pela presidenta Dilma, no fim do ano passado, para
substituir a frota de Mirages da Força Aérea Brasileira (FAB), que será
desativada. Atuando nos bastidores, Marinho foi importante na decisão do
governo brasileiro de escolher o caça sueco.
Outra figura decisiva foi o ex-analista da CIA
Edward Snowden, acusado de espionagem pelos Estados Unidos após divulgar
informações sigilosas. A presidente Dilma havia dado sinais de que poderia
optar pelo F-18, da americana Boeing. Depois das revelações de Snowden,
desistiu da ideia.
A proposta americana ruiu com a descoberta da rede
de espionagem dos EUA nos gabinetes de Brasília. O ex-presidente Lula preferia
o Rafale, da francesa Dassault. Mas Lula, em maio de 2010, ficou decepcionado
com o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, pelo fato de ele ter se
declarado a favor de sanções diplomáticas ao Irã, contrariando posições do Brasil
e Turquia. Ao final de seu governo, o petista decidiu deixar a decisão para a
sucessora Dilma. Marinho, então, foi comunicar o fato aos dirigentes da Saab,
em um jantar na Suécia. Defensor da instalação de uma fábrica do Gripen em São
Bernardo, o prefeito questionou a razão de o rei Gustavo e a rainha Silvia não
se envolverem na discussão dos caças, diferentemente de líderes dos países
concorrentes. Na mesma noite, recebeu no hotel um convite para conversar com o
rei.
Quem sabe menos
Marinho teve um atrito com o ex-ministro da Defesa,
Nelson Jobim, que havia convencido Lula a defender o Rafale. Informado das
ações do prefeito, Jobim indagou: "Quem é Marinho e o que ele entende de
aviação?" O petista respondeu: "Tanto quanto o Jobim, ou seja,
nada".
Para identificar
quem ajudou a ditadura
O Grupo de Trabalho dos Sindicalistas da Comissão
da Verdade vai homenagear no próximo sábado mais de 400 trabalhadores
perseguidos durante a ditadura. No ato, em São Bernardo, os sindicalistas vão
pedir o julgamento de processos de trabalhadores parados na comissão de anistia
e a revisão dos valores pagos, muitas vezes tidos como irrisórios. Também vão
se manifestar pela identificação de empresas, inclusive privadas, que
colaboraram com o regime na perseguição a trabalhadores por motivos políticos.
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC durante as greves dos anos 70,
o ex-presidente Lula é esperado na homenagem.
Meirelles marca
distância de Alckmin
Para o PSD, o discurso que Henrique Meirelles,
ex-presidente do Banco Central, fez em São José do Rio Preto (SP), no fim de
semana, deixa clara a distância entre ele e o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), candidato à reeleição. Tucanos sonham com Meirelles como vice.
O PSD deve apoiar a reeleição de Dilma Rousseff e lançou o ex-prefeito
paulistano Gilberto Kassab ao governo. Meirelles criticou a paralisia do
Estado, à qual culpou pelo baixo crescimento do País.
Brasília:
faltavam eles nas negociações
Além dos ex-governadores do Distrito Federal
Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, a conversa para formar uma chapa anti-PT -
do governador Agnelo Queiroz - também passa pelo senador Gim Argello (PTB) e
pelo ex-senador Luiz Estevão, que preside o PRTB-DF, ao qual Roriz está
filiado. O governador Marconi Perillo (PSDB) é o mentor da formação do grupo.
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Com Leonardo
Fuhrmann