Mortos podem chegar a 10 mil no Sudão do
Sul, alerta missão de paz da ONU no país
13 de janeiro de 2014 · Destaque - ONU
Desolocados recebem
ajuda a ONU no Sudão do Sul. Foto: UNMISS
Após chegar a áreas
sitiadas, a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS)
alerta que o número de mortos em conflitos no país mais novo do mundo
ultrapassa enormemente estimativas anteriores, que previram a morte de mil
pessoas.
A missão informou neste domingo (12) que há indicações claras
de que o número de vítimas é muito maior – em torno de 10 mil. Apesar de
membros da UNMISS continuarem acompanhando de perto a situação dos direitos
humanos, entrevistando testemunhas e seguindo pistas, afirmam que “ainda não
podemos estabelecer e verificar o número exato de vítimas”.
“Indicações
preliminares destas entrevistas e investigações em Bentiu e Malakal contêm
alegações de atrocidades cometidas por parte das forças antigovernamentais
contra civis e soldados que se renderam incluindo execuções sumárias, tortura,
violência sexual e assassinato etnicamente segmentado”, disse a Missão em
comunicado, condenando esses atos de violência e desprezo pela vida e dignidade
humanas.
Devido à gravidade
da situação, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou, na sexta-feira
(10) o envio imediato do secretário-geral adjunto das Nações Unidas para os
Direitos Humanos, Ivan Simonovic, para o Sudão do Sul para analisar os casos de
violações que teriam sido cometidos durante o conflito, que já deslocou mais de
de 230 mil pessoas.