sábado, 5 de maio de 2012

Mundo poderia evitar morte de mais de 250 mil bebês prematuros, revela ONU
3 de maio de 2012 · Notícias - ONU

Em torno de 15 milhões de bebês, mais de um a cada dez nascimentos, são precoces, de acordo com o relatório das Nações Unidas lançado na quarta-feira (02/05) Nascimento precoce: Relatório da Ação Global sobre Nascimento Prematuro. A publicação encoraja a adoção de medidas como a garantia de remédios necessários, equipamentos e profissionais de saúde bem treinados para promover a sobrevivência das crianças.
O relatório mostra que mais de um milhão de bebês prematuros morrem no parto e que, destes, três quartos poderiam sobreviver sem grandes custos, bastaria apenas alguns cuidados e tratamentos que estão disponíveis. Mostra também que nascer prematuro é a segunda maior causa de morte de menores entre cinco anos e que a maioria dos prematuros sobreviventes leva alguma deficiência, psicológica, educacional ou física para o resto da vida, com um grande ônus para a família e a sociedade.
O relatório foi produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e parceiros, como 100 especialistas de mais de 40 agências da ONU, universidades e organizações. A Diretora-Geral Assistente da OMS, Flávia Bustreo, disse que o relatório apresenta os desafios para o progresso da saúde de mães e crianças, ambas vulneráveis durante o parto.
O relatório mostra números novos sobre as disparidades dos países. De 11 países com taxas de prematuridade maior que 15%, apenas dois não estão na África Subsaariana. Mas esse também é um problema de países com maior renda. Brasil e EUA estão entre os 10 países com maior taxa de prematuridade, além de outros como Índia, China, República Democrática do Congo, Filipinas e Paquistão. Entre os com menor taxa, estão Croácia, Finlândia e Equador.
Em países de alta renda, os aumentos no número de nascimentos prematuros estão relacionados ao número de mulheres mais velhas tendo bebês, ao aumento do uso de medicamentos de fertilidade e à gravidez múltipla. Induções desnecessárias com o uso de medicamentos e cesarianas antes do tempo também são fatores. Em muitos países de baixa renda, as principais causas de partos prematuros incluem infecções, malária, HIV e altas taxas de gravidez de adolescentes.