terça-feira, 15 de abril de 2014


Sudão do Sul: Ataques em série e piora de crise motivam ação conjunta

14 de abril de 2014 · Notícias - ONU

Ataques aéreos a comunidades vulneráveis são novo capítulo na crise humanitária da mais “jovem” nação do mundo. Em declaração conjunta, ONU, EUA e União Europeia pedem mais cooperação internacional.

 

A recente descoberta de aviões não identificados sobrevoando o campo de refugiados de Yida, no Sudão do Sul, e do bombardeamento aéreo em uma comunidade vizinha trouxe receios quanto à segurança dos refugiados e trabalhadores humanitários. De acordo com as Nações Unidas, esses incidentes podem indicar um aumento da violência no país.

“Estamos preocupados com a segurança de nosso pessoal em Yida após uma aeronave não identificada ter circulado o acampamento diversas vezes no dia 9”, disse Melissa Fleming, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). O flagra aconteceu dois dias depois do bombardeio aéreo da comunidade de Neem, em uma fronteira disputada próxima de Yida.

Preocupados com a situação humanitária do país, cujos cidadãos têm sido afetados por confrontos armados, deslocamentos e escassez alimentícia, a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, e representantes dos Estados Unidos e da União Europeia, emitiram uma declaração conjunta no último sábado (12).

“Esta declaração é um alerta para prevenir uma catástrofe pior no Sudão do Sul, que atualmente vive à beira de uma crise de fome”, declarou Amos, enquanto Kristalina Georgieva, representante da UE, completou: “São civis inocentes que estão pagando o mais alto preço da crise. Precisamos fazer todo o possível para parar este conflito que está destruindo a nação”.

Quase 5 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária imediata no país, incluindo mais de 800 mil pessoas que estão deslocadas internamente. Outros 280 mil sul-sudaneses também estão buscando refúgio em países vizinhos. Um fundo da ONU já concedeu financiamento para atender às necessidades humanitárias dos sul-sudaneses na Etiópia, Quênia, Sudão e Uganda.