segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Armas nucleares ao alcance de terroristas é das mais inquietantes ameaças, afirma Ban Ki-moon
A consolidação de fortes mecanismos internacionais é vital para combater o terrorismo nuclear, sublinharam hoje (28) representantes das Nações Unidas, advertindo que os países devem agir urgentemente para enfrentar uma das mais graves ameaças atuais.
“A perspectiva de que terroristas adquiram materiais nucleares é uma das ameaças mais inquietantes imagináveis. No entanto, alguns já declararam a expectativa de obter armas nucleares. Outros ainda podem estar trabalhando nas sombras para alcançar esse objetivo”, afirmou o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, durante uma reunião de alto nível sobre o combate ao terrorismo nuclear, realizada no âmbito da 67ª Assembleia Geral. “Temos que usar todas as nossas ferramentas para conter esse espírito nuclear”, observou.
Ban Ki-moon afirmou que o mundo já enfrenta outros desafios referentes ao desarmamento nuclear. “De forma que não podemos permitir que essas armas se proliferem entre atores não estatais ou terroristas.”
Ele observou que os países já tomaram medidas para enfrentar estas ameaças, através da Convenção Internacional para a Supressão de Atos de Terrorismo Nuclear e da Resolução 1540 do Conselho de Segurança e pediu a todos os países que ainda não o fizeram que se tornem parte da Convenção e cumpram com a resolução 1540.
Yukiya Aman, Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), reiterou a importância da cooperação internacional e destacou que a AIEA está disponível para ajudar qualquer país que precise. ”Terroristas vão explorar o elo mais fraco em qualquer sistema de segurança. O desafio é global, portanto, a resposta deve ser global. Contínuas deficiências na segurança nuclear precisam ser abordadas com urgência”, observou. Ele também alertou que existem riscos importantes, como a possibilidade de terroristas detonarem uma “bomba suja”, quando é usado explosivo convencional e uma quantidade de material nuclear, o que teria graves consequências.
“Isso não seria uma verdadeira bomba nuclear, mas tal ataque poderia levar a um pânico em massa e causar perturbações econômicas consideráveis. Devemos, portanto, manter a maior vigilância na proteção nuclear e de outros materiais radioativos e instalações nucleares”, completou. ONU