Firmado acordo entre Brasil e China
no âmbito do Sistema de Proteção da Amazônia
Publicado em Quinta, 17 Julho 2014 17:08 | Última atualização em Sexta,
18 Julho 2014 08:37
Brasília,
17/07/2014 – Iniciativas de sensoriamento
remoto, telecomunicações e tecnologia da informação para a defesa e proteção da
Amazônia integram um dos 32 atos assinados nesta quinta-feira (17) entre Brasil
e China durante a visita oficial do presidente chinês Xi Jinping, no Palácio do
Planalto. O acordo se dará no âmbito do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM)
e foi firmado pelos ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Ciência, Tecnologia
e Indústria de Defesa da República Popular da China, Xu Dazhe.
Na
oportunidade, os dois países reafirmaram o propósito de cooperação na área de
defesa e fecharam outros acordos de temas como a facilitação de vistos de
negócios; cooperação ferroviária; promoção de investimento e cooperação
industrial; aquisição do controle acionária, por parte do Banco da Construção
da China, do Banco Industrial e Comercial S/A (Bic Banco).
Além
disso, a empresa chinesa Tianjin Airlines e o Industrial and Commercial Bank of
China (ICBC) fecharam contrato de compra de 60 aviões da Embraer. A companhia
aérea adquirirá 20 aviões E-190 e 20 E-190E-2. Já o banco chinês comprará 20
jatos E-190.
Em discurso de saudação ao l íder chinês, a presidenta Dilma Rousseff destacou que a visita de Xi Jinping marca o 40o aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. “O balanço não poderia ser mais positivo e o futuro não poderia ser mais promissor”, destacou a presidenta.
Em discurso de saudação ao l íder chinês, a presidenta Dilma Rousseff destacou que a visita de Xi Jinping marca o 40o aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. “O balanço não poderia ser mais positivo e o futuro não poderia ser mais promissor”, destacou a presidenta.
“Nossas
relações, que configuram uma parceria verdadeiramente estratégica,
desenvolvem-se com velocidade inédita, em diversas áreas de cooperação. China e
Brasil são as maiores economias em desenvolvimento nos respectivos hemisférios
– e cada vez mais integradas. Partimos de uma corrente de comércio de US$ 3
bilhões para a cifra recorde de quase US$ 90 bilhões, em 2013”, destacou Dilma
Rousseff.
A
presidenta enfatizou que a China é, desde 2009, o nosso principal parceiro
comercial e lembrou que o Brasil vem sendo o principal destino dos
investimentos chineses na América Latina. Segundo Rousseff, os acordos firmados
entre os dois países apresentam forte tendência de crescimento e de
diversificação em áreas como energia, tecnologias da informação e da
comunicação, automóveis, alta tecnologia, bancos, petróleo, entre outros
setores.
Proteção
da Amazônia
Os
termos do acordo na área de proteção da Amazônia foram avaliados durante
reunião dos dois ministros na sede do Ministério da Defesa. No encontro, Amorim
e Xu Dazhe concordaram em estreitar as relações sino-brasileiras no âmbito da
defesa. Assim, os termos desse protocolo foram trazidos para o crivo das duas
autoridades na cerimônia presidida por Dilma Rousseff e Xi Jinping.
O
ministro brasileiro destacou que o acordo abre novas oportunidades de
cooperação e de projetos conjuntos na área de defesa. Celso Amorim lembrou
também que Brasil e China são parceiros de longa data na produção de satélites
de observação da Terra. “Outras áreas podem se abrir, como proteção marítima e
de vigilância da fronteira terrestre”, afirmou.
O
ministro disse ainda que o Brasil tem interesse em conhecer aspectos relativos
à segurança nuclear e na área de defesa cibernética. Segundo ele, em uma
próxima reunião do comitê bilateral, poderá ser debatida uma aproximação entre
os centros de pesquisas e empresas dos dois países.
Enquanto
isso, o ministro chinês lembrou que a parceria entre os dois países remonta 40
anos de cooperação. Xu Dazhe também recordou o projeto do Satélite
Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers). “Temos características
diferentes em nossos pa íses, mas temos pontos fortes, num diálogo de alto
nível”, mencionou o ministro chinês.
Segundo
o ministro Xu Dazhe, seu país tem interesse em expandir a cooperação em
programas brasileiros de proteção aos recursos naturais, como o Sistema de
Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAz), além de dar continuidade à parceria
espacial.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa