quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eduardo Campos morre em queda de avião em Santos
Jato caiu em área residencial em Santos. Voo seguia para Guarujá
Redação Brasil Econômico redacao@brasileconomico.com.br
Foi confirmada a morte do candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos,  em queda de jato em Santos. O partido Rede Sustentabilidade de Marina Silva, vice da chapa de Eduardo Campos, disse pelo twitter que todos estão chocados com a morte do candidato e que Marina está se dirigindo a São Paulo neste momento.
Roberto Amaral, vice-presidente nacional do PSB, havia dito ao  Brasil Econômico que Eduardo Campos estava, com sua equipe de TV da campanha, no jato que caiu em Santos na manhã desta quarta-feira. 
A aeronave de pequeno porte caiu sobre uma residência na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu, por volta das 10h, em uma casa na altura do número 50 da Rua Vahia de Abreu, na esquina com a Rua Alexandre Herculano, no bairro do Boqueirão.
De acordo com o Comando da Aeronáutica, a aeronave é um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.
A Aeronáutica informou que já iniciou as investigações para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente.
Há vítimas no local, mas o Corpo de Bombeiros não sabe ainda informar quantas pessoas se feriram no acidente e se há mortos.
Oito carros do Corpo de Bombeiros estão atendendo às ocorrências.
Perguntado sobre o cenário político após o acidente, Amaral afirmou que só vai se pronunciar após a posição oficial do partido.
Eduardo Campos
Natural de Recife, Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em 10 de agosto de 1965. É filho da deputada Ana Arraes e do escritor Maximiano Campos e neto do ex-governador Miguel Arraes. Formou-se em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco, onde começou a atuar na militância política, como presidente do Diretório Acadêmico em 1985.
No ano seguinte, participou da campanha de reeleição de Arraes ao governo de Pernambuco, se tornando o seu chefe de gabinete. Em 1990, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual foi eleito deputado estadual.
Chegou ao Congresso Nacional em 1994, eleito com 133 mil votos. No ano seguinte, foi secretário do governo e, em 1996, secretário da Fazenda. Foi reeleito em 1998 para a Câmara Federal, como deputado mais votado de Pernambuco, com 173.657 votos. Seu terceiro mandato como deputado federal veio em 2002, quando se tornou um dos principais articuladores do governo Lula.
No ano seguinte, tornou-se ministro da Ciência e Tecnologia e, em 2005, assumiu a presidência nacional de seu partido. No início de 2006, se licenciou do cargo para concorrer ao governo do Estado, pela Frente Popular de Pernambuco, sendo eleito. Ele foi reeleito com 82,84% dos votos nas eleições de 2010, tornando-se  o governador com a maior percentual de votos do país.