Rondônia entre os estados com maior índice de hanseníase em 2013
Dados preliminares
de 2014 indicam que a taxa de detecção da doença no país foi 12,14 para cada
100 mil habitantes
Por AGÊNCIA BRASIL
Brasília, DF - Os estados de Mato
Grosso, do Pará, Maranhão, Tocantins, de Rondônia e Goiás são os que concentram
áreas de maior risco para a transmissão da hanseníase, de acordo com dados
divulgados hoje (21) pelo Ministério da Saúde.
Em 2013, ocorreram
31.044 novos casos da doença, no país. Entre menores de 15 anos, ocorreram
cinco casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A medição, neste caso, é
considerada estratégica porque uma criança doente sinaliza que há um adulto não
tratado transmitindo hanseníase.
Dados preliminares
de 2014 indicam que a taxa de detecção da doença no país foi 12,14 para cada
100 mil habitantes, o que corresponde a 24.612 novos casos no Brasil. Na
população menor de 15 anos, foram identificados 1.793 novos casos. Ao todo,
31.568 pacientes estavam em tratamento no mesmo período.
O ministro da
Saúde, Arthur Chioro, avaliou como desafio permanente lidar com as chamadas
doenças negligenciadas, que incluem a hanseníase e que, muitas vezes, estão
vinculadas a situações de pobreza.
"A hanseníase,
historicamente, vem sendo marcada pelo estigma e também por esse padrão de
distribuição, que tem a ver com a desigualdade profunda que ainda existe no
seio da sociedade", disse o ministro.
A hanseníase é uma
doença crônica, infectocontagiosa, transmitida por pessoas doentes que não
estão em tratamento. A doença tem cura, mas pode causar incapacidades físicas
se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito de forma adequada.
O ministério
recomenda que as pessoas procurem um serviço de saúde, no caso de aparecimento
de manchas de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, sobretudo, se a mancha
apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o
tratamento, o paciente para de transmitir a doença quase que imediatamente.